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Questionário 1:

Em suas observações, Galileu descobriu que a Lua era repleta de crateras, ao contrário do que se
acreditava na época
Verdadeiro. Galileu Galilei foi um astrônomo italiano do século XVII que fez diversas observações importantes sobre o
sistema solar, incluindo a descoberta de que a Lua era repleta de crateras. Antes de suas observações, acreditava-se
que a Lua era uma esfera perfeita e suave, sem irregularidades em sua superfície.

Porém, Galileu observou a Lua com um telescópio que ele mesmo construiu, e observou uma série de montanhas,
vales e crateras em sua superfície. Essas observações foram documentadas em seu livro "Sidereus Nuncius",
publicado em 1610.

A descoberta de Galileu foi revolucionária para a astronomia, pois mostrou que a Lua não era um corpo celeste
perfeito e imutável, mas sim um objeto sólido com superfície irregular, assim como a Terra. A partir disso, muitos
outros astrônomos passaram a estudar e mapear a superfície lunar, levando a novas descobertas e avanços em nossa
compreensão do sistema solar.

Os telescópios refratores são instrumentos compostos por espelhos.


Falso. Os telescópios refratores são instrumentos ópticos compostos por lentes, e não por espelhos. Essas lentes são
usadas para refratar (dobrar) a luz e formar uma imagem ampliada do objeto observado.

Os telescópios refratores funcionam de maneira semelhante a uma lupa, onde a lente convergente é utilizada para
formar uma imagem virtual maior do objeto que está sendo observado. Eles são amplamente utilizados em
astronomia amadora e em observatórios profissionais para observação de objetos do céu profundo, planetas,
estrelas e outros corpos celestes.

Por outro lado, os telescópios reflectores são instrumentos ópticos que utilizam espelhos para refletir a luz e formar
uma imagem ampliada do objeto observado. Eles são comumente usados em astronomia e são particularmente úteis
para observar objetos muito distantes e fracos, como galáxias e nebulosas

A única vantagem do uso de lentes ou espelhos cada vez maiores é que podemos detectar mais
luz.
Falso. O uso de lentes ou espelhos cada vez maiores em telescópios tem várias vantagens além de permitir a
detecção de mais luz. Algumas dessas vantagens incluem:

Maior resolução: telescópios com espelhos ou lentes maiores podem captar mais detalhes e fornecer imagens mais
nítidas e detalhadas de objetos celestes distantes.

Maior capacidade de coleta de luz: telescópios maiores podem coletar mais luz e, portanto, detectar objetos celestes
mais fracos e distantes que não podem ser detectados por telescópios menores.

Maior campo de visão: telescópios maiores também podem ter um campo de visão mais amplo, permitindo a
observação de uma área maior do céu e a detecção de objetos celestes mais amplos.

Menor distorção: telescópios maiores podem reduzir a distorção causada pela atmosfera terrestre, o que pode levar
a imagens mais nítidas e detalhadas.

Em resumo, o uso de lentes ou espelhos maiores em telescópios pode proporcionar uma série de benefícios em
relação à detecção de mais luz, incluindo maior resolução, maior capacidade de coleta de luz, maior campo de visão
e menor distorção.
Distância focal é definida como o diâmetro do espelho ou da lente primária.
Falso. A distância focal não é definida como o diâmetro do espelho ou da lente primária, mas sim como a distância
entre o centro óptico da lente ou do espelho e o ponto focal, ou seja, o ponto onde os raios de luz paralelos que
incidem na lente ou no espelho convergem após a reflexão ou refração.

Em outras palavras, a distância focal é a distância entre a lente ou o espelho e o ponto em que a imagem é formada.
É medida em milímetros ou centímetros e pode ser calculada para uma lente ou um espelho simples ou para um
sistema óptico mais complexo.

O diâmetro da lente ou do espelho primário é chamado de abertura, e é um fator importante na determinação da


quantidade de luz que o instrumento pode captar. A abertura e a distância focal são duas propriedades ópticas
distintas que estão relacionadas, mas não são a mesma coisa.

A lei da difração nos diz que não observamos com nitidez, a olho nú, as montanhas da Lua
porque não é possível atingir uma resolução suficiente com instrumentos tão pequenos como a
pupila do nosso olho.
Isso é verdadeiro. A lei da difração nos diz que, quando a luz passa por uma abertura (como a pupila do nosso olho),
ela se curva e difrata, criando um padrão de interferência que pode afetar a nitidez da imagem formada. Esse
fenômeno é conhecido como difração limitada pela abertura.

A pupila do olho humano tem um diâmetro de cerca de 2 a 8 mm, o que significa que a abertura pela qual a luz passa
é relativamente pequena. Como resultado, a luz que atinge a retina é difratada, criando um padrão de interferência
que pode afetar a nitidez da imagem formada.

Para observar detalhes finos na superfície da Lua (como as montanhas), é necessário uma resolução espacial alta o
suficiente para distinguir pequenas diferenças de luminosidade ou cor. Isso só é possível com instrumentos ópticos
de alta qualidade, como telescópios com aberturas maiores ou com o uso de técnicas de pós-processamento de
imagem para minimizar o efeito da difração.

Portanto, é verdadeiro dizer que não é possível observar com nitidez as montanhas da Lua a olho nu devido à
limitação da pupila do nosso olho em atingir a resolução espacial necessária para captar esses detalhes finos.

Os efeitos da turbulência atmosférica nas observações astronômicas podem ser eliminados com
o uso de telescópios espaciais.
Sim, os efeitos da turbulência atmosférica nas observações astronômicas podem ser eliminados com o uso de
telescópios espaciais. A turbulência atmosférica pode causar distorções na imagem capturada pelo telescópio
terrestre, devido ao desvio dos raios de luz provocado pelas diferentes camadas de ar com diferentes densidades.

Os telescópios espaciais, por estarem fora da atmosfera terrestre, não sofrem com essas distorções e permitem uma
observação mais nítida e precisa dos objetos celestes. Além disso, a ausência de atmosfera também permite a
captação de radiações eletromagnéticas que são bloqueadas ou distorcidas pela atmosfera, como a radiação
ultravioleta e infravermelha.

Exemplos de telescópios espaciais incluem o Telescópio Espacial Hubble, o Telescópio Espacial Spitzer e o Telescópio
Espacial Kepler, que têm permitido grandes avanços na astronomia, proporcionando imagens e dados de alta
qualidade e resolução.

Um telescópio com foco newtoniano possui um espelho secundário que desvia o foco da luz
proveniente das estrelas para a lateral do tubo do telescópio, facilitando a observação.
Verdadeiro. Um telescópio com foco newtoniano possui um espelho secundário plano ou
inclinado que desvia o foco da luz proveniente das estrelas para a lateral do tubo do telescópio,
facilitando a observação. Esse tipo de telescópio é composto por um espelho primário côncavo e um
espelho secundário plano ou inclinado que reflete a luz para um orifício lateral no tubo do telescópio,
onde é colocada uma ocular para observação.
O espelho secundário é fixado em uma estrutura chamada de "araignée", que é colocada em
frente ao espelho primário. Esse arranjo permite que o foco da luz seja desviado para um ângulo de 90
graus em relação ao eixo do telescópio, tornando mais fácil a visualização das imagens através da
ocular.
O telescópio de foco newtoniano foi inventado pelo físico e matemático britânico Isaac Newton em
1668 e é um dos tipos mais comuns de telescópios utilizados por astrônomos amadores e profissionais
em todo o mundo.

Os telescópios Gemini e Soar são telescópios com foco Cassegrain. Em suas montagens temos
um espelho primário e outro secundário que reflete a luz proveniente das estrelas, direcionando
o foco para trás do espelho primário. Esse espelho secundário é preso por uma estrutura de
suporte na frente do espelho primário como pode ser visto na figura abaixo. No entanto, esse
suporte e o espelho secundário não aparecem nas belas imagens astronômicas que obtemos
com esses grandes telescópios. 
Como é possível que isso aconteça? 

Isso acontece porque o espelho secundário e a estrutura de suporte estão localizados na parte dianteira do espelho
primário, o que significa que eles podem bloquear a luz das estrelas e causar sombras indesejadas na imagem final.
Para evitar isso, os telescópios Cassegrain utilizam um design chamado de "buraco de gato", que é um pequeno
orifício circular no centro do espelho primário que permite que a luz das estrelas passe sem ser obstruída pelo
espelho secundário e sua estrutura de suporte.
O buraco de gato é projetado para ser pequeno o suficiente para minimizar a quantidade de luz bloqueada, mas
grande o suficiente para permitir que o espelho secundário reflita a luz para a ocular ou para outros instrumentos de
detecção de luz, como câmeras CCD. Dessa forma, a imagem final obtida é livre de sombras e outras distorções
causadas pelo suporte e pelo espelho secundário.

O telescópio Gemini, por exemplo, possui um buraco de gato com um diâmetro de cerca de 1,8 metros, enquanto o
telescópio Soar possui um buraco de gato com um diâmetro de cerca de 0,9 metros. Esses buracos de gato permitem
que os telescópios Cassegrain obtenham imagens astronômicas de alta qualidade sem a presença de sombras ou
distorções indesejadas causadas pelo suporte e pelo espelho secundário.

Comentário:
Oi Tais! Você falou bem sobre o esquema/montagem de um telescópio com foco Cassegrain e as
implicações disso. No entanto, a parte central aqui estaria relacionada com a questão do foco. Veja,
como o foco aqui estará em objetos a distâncias muito grandes, o que acontece na prática é que o
espelho secundário e seu aparato não fazem parte da imagem observada, mas influenciam ela, como
um todo só reduzindo um pouco da luz que chega.

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