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FUNDAMENTOS DA

ASTRONOMIA
AULA 6

Prof.ª Sophia Feld


CONVERSA INICIAL

Considerando a história dos telescópios, a observação sistematizada do céu


noturno começou com os árabes, na Idade Média, e continuou com os europeus no
século XI. Porém, até a invenção do telescópio no final do século XVI, a principal
ferramenta de observação do céu noturno era o próprio olho humano.
Galileu Galilei foi o primeiro a empregar o telescópio nas observações do céu.
Mas a invenção do telescópio não é creditada a Galileu, mas ao holandês Hans
Lippershey. Porém, Galileu logo aperfeiçoou o instrumento, que já possuía aumento de
30x no melhor telescópio construído pelo físico italiano.
Os primeiros telescópios eram refratores, isto é, utilizavam um conjunto de
lentes. No século XVII, Isaac Newton inventou o telescópio refletor, que utiliza um
espelho côncavo no lugar de uma das lentes. São os telescópios refletores os utilizados
em observatórios profissionais até hoje: o Telescópio Espacial Hubble é um espelho
refletor.
Os telescópios convencionais percebem apenas o espectro visível, sensível aos
olhos. Entretanto, os corpos celestes emitem e refletem mais do que os olhos podem ver:
radiofrequência, infravermelho, ultravioleta, raios X e raios gama: o espectro
eletromagnético. Os radiotelescópios percebem os astros em radiofrequências e são
importantes no entendimento do universo: foram radiotelescópios que descobriram a
radiação cósmica de fundo, base importante para a teoria do Big Bang.
Algumas estrelas são mais brilhantes e outras mais fracas: essa percepção é
medida por sua magnitude aparente. Sirius é a estrela mais brilhante do céu, com uma
magnitude de -1,46. Porém, a magnitude aparente não mede a real luminosidade de uma
estrela. Se Sirius e Vega, outra estrela brilhante do céu noturno estivessem à mesma
distância em relação à Terra, Vega seria mais brilhante e teria uma magnitude absoluta
maior.
Pode-se analisar a composição química de uma substância por meio do espectro
que ela emite. Newton percebeu que a luz branca do Sol poderia ser decomposta no
espectro do arco-íris. Joseph von Frauhofen percebeu linhas escuras no espectro solar e
Gustav Kirchhoff percebeu linhas brilhantes quando substâncias eram queimadas no
bico de Bunsen. Kirchhoff foi além e percebeu que as linhas escuras e brilhantes
coincidiam e eram assinaturas bem

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específicas das substâncias. Foi dessa forma que alguns elementos químicos foram
descobertos no Sol, como o sódio, o magnésio e o níquel.
O objetivo geral desta aula é Analisar os instrumentos e técnicas em
Astronomia. Os objetivos específicos são:

 Relacionar o estudo de Galileu e seus experimentos com o


desenvolvimento da Astronomia;
 Explicar a técnica de fotometria;
 Explicar a técnica de espectroscopia;
 Explicar o funcionamento e uso de telescópios refratores e refletores;
 Explicar o funcionamento e uso de radiotelescópios.

TEMA 1 – GALILEU GALILEI E O TELESCÓPIO

A observação astronômica mais sistematizada começou ainda com os árabes do


século VII. Baseados nas precisões das medidas das posições de estrelas e planetas
realizadas por Ptolomeu, observatórios foram instalados em Bagdá, Damasco, Cairo e
outras cidades importantes do mundo árabe. Novos instrumentos foram inventados para
melhorar a precisão das medidas, como o astrolábio e a ampulheta. As observações
astronômicas dos árabes foram introduzidas na Europa do século XI e continuaram a
evoluir (Fara, 2014).

Figura 1 – Galileu Galilei

Créditos: delcarmat/Shutterstock.

Leonard Digges (1520-1559) descreveu em seu livro, publicado em 1571, um


conjunto no qual uma das lentes possuía uma grande distância focal e outra

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com pequena distância focal, precursor do telescópio. Galileu Galilei já estava
trabalhando com um telescópio rudimentar construído por ele mesmo em 1610. Porém,
a invenção do telescópio não pode ser atribuída a Galileu, pois o conhecimento de lentes
esféricas e sua utilização em óculos já era conhecido desde o fim da Idade Média. O
microscópio já havia sido inventado em 1590 pelo holandês Zacharias Janssen, e boa
parte dos historiadores creditam a invenção do telescópio ao holandês Hans Lippershey
(1570-1619). Galileu soube da existência do telescópio em 1609 e, no ano seguinte, já
havia aperfeiçoado o instrumento com um aumento de 3 vezes. Seu melhor telescópio já
tinha um aumento de 30 vezes (Kepler; Saraiva, 2014).

1.1 Telescópios refletores e refratores

Galileu construiu seus primeiros telescópios com uma lente convexa e outra
côncava como lentes ocular e objetiva, respectivamente. Johannes Kepler, no ano
seguinte, afirmou que seria mais viável construir um telescópio com duas lentes
convexas. Esse é o modelo de telescópio refrator utilizado até os dias atuais (Kepler;
Saraiva, 2014).

Figura 2 – Telescópio refrator moderno

Créditos: MIGLENA PENCHEVA/Shutterstock.

Isaac Newton, em 1668, construiu o primeiro telescópio refletor, utilizando um


espelho côncavo como objetiva. Os telescópios refletores são utilizados até hoje em
observatórios profissionais, pois espelhos garantem uma qualidade de imagem melhor
do que os telescópios refratores. Telescópios refratores utilizam

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lentes de materiais transparentes, como o vidro, e, dependendo de sua distância focal,
uma lente faz o mesmo que um prisma óptico: separa as cores da luz policromática (luz
branca) em suas componentes monocromáticas (cores do arco-íris). Para um observador
em um telescópio refrator, essa separação das cores torna o objeto visualizado
praticamente invisível, pois o olho humano não consegue combinar novamente as cores.
Essa dificuldade de distinguir o objeto em lentes por causa da separação das cores é
chamada de aberração cromática (Nussenzveig, 1988).
Porém, até mesmo o telescópio refletor de Newton tinha suas imperfeiçoes. O
espelho côncavo utilizado era esférico e, para espelhos côncavos com pouca distância
focal, a imagem observada parecerá sempre “desfocada”, “borrada”. Isso se deve à
aberração esférica do espelho, problema que se contorna ao substituir o espelho esférico
por um espelho parabólico (Nussenzveig, 1988).

Figura 3 – Telescópio refletor em um observatório

Créditos: ANDRIY SOLOVYOV/Shutterstock.

Existem técnicas que minimizam a aberração cromática de telescópios


refratores, permitindo o aumento do tamanho das lentes e, consequentemente, o
aumento proporcionado pelo telescópio. Porém, pelo próprio peso do vidro, os
telescópios refratores possuem lentes limitadas a um metro de diâmetro: acima disso, o
próprio peso do vidro da lente a deforma, inviabilizando o telescópio (Comins;
Kaufmann III, 2010).
Os telescópios profissionais refletores atuais, instalados em grandes
observatórios, conseguem detectar objetos cuja abertura angular é inferior a um

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segundo de arco (1/3600 de grau). Com imensos espelhos parabólicos, uma pequena
deformação inviabiliza o telescópio, mas deformações controladas podem até mesmo
contornar a refração indesejada da luz das estrelas pela atmosfera terrestre, em um
processo conhecido como ótica ativa (Comins; Kaufmann III, 2010).

TEMA 2 – FOTOMETRIA

Um objeto pode ser analisado por meio de sua luz, e o estudo desses objetos pela
medida de sua luz emitida é conhecido como fotometria. Até a Idade Média, a principal
ferramenta de percepção de luz era o próprio olho humano, auxiliado por diversos
acessórios. No início do século XVII, o telescópio auxiliou o olho humano na análise
dos corpos celestes e, no fim do século XIX, a fotografia começou a auxiliar os
astrônomos nesse processo. Por muitos anos, apenas o espectro visível foi analisado,
mas atualmente praticamente todo o espectro eletromagnético, desde as
radiofrequências até os raios gama são observados.

Figura 4 – Estrelas mais brilhantes possuem maior fluxo luminoso, indicando seu brilho
intrínseco ou sua distância em relação à terra

Créditos: TOM WILDONER/Shutterstock.

Embora haja tecnologia suficiente para que observemos um astro fora da


atmosfera terrestre, como o Telescópio Espacial Hubble, a maior parte da fotometria
ainda é realizada em Terra (Kepler; Saraiva, 2014).

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TEMA 3 – MAGNITUDE APARENTE, ABSOLUTA E BOLOMÉTRICA

O brilho aparente de um astro observado na Terra é basicamente o fluxo de luz


expresso em termos de magnitude aparente. Embora essa medida atualmente seja
baseada no real fluxo de luz, em termos físicos, a magnitude aparente foi introduzida de
forma subjetiva por Hiparco (160-125 a.C), atribuindo a magnitude 1 às estrelas mais
brilhantes e a magnitude 6 às menos brilhantes. O significado físico da magnitude
aparente, que possui escala logarítmica, foi introduzido por Norman Robert Pogson
(1829-1891) (Kepler; Saraiva, 2014).
Por exemplo, Sirius possui magnitude aparente -1,46, a Lua Cheia possui
magnitude -12,8 e o Sol possui magnitude -26,4. Vênus possui magnitude aparente igual
a -4,4 pouco antes e depois de sua maior aproximação em relação à Terra. Mercúrio
possui magnitude -1,9 nas mesmas circunstâncias. Marte, Júpiter e Saturno possuem
magnitudes -2,0, -2,7 e 0,6, respectivamente, quando estão em maior aproximação em
relação à Terra. Urano e Netuno possuem magnitudes 5,5 e 7,8, respectivamente, nas
mesmas circunstâncias: Urano é visível a olho nu somente para olhos bem treinados.
Por outro lado, Netuno é observado apenas com o auxílio de telescópios. Plutão tem
magnitude aparente de 15,0 e é praticamente invisível mesmo para os mais poderosos
observatórios (Kepler; Saraiva, 2014).
Porém, a magnitude aparente não mede a luminosidade real de uma estrela. A
magnitude aparente de Sirius é -1,46, ao passo que a de Vega é igual a 0,00. Mas e se
Vega e Sirius estivesse à mesma distância em relação à Terra (~33 anos-luz)? Sirius,
que estaria mais longe, teria uma magnitude de +1,42, ao passo que Vega teria uma
magnitude de +0,58. Portanto, a magnitude absoluta de Vega é superior a de Sirius e,
sendo assim, a magnitude absoluta de Vega é maior de que de Sirius (Kepler; Saraiva,
2014).
Porém, essas medições de magnitudes levam em conta apenas o espectro visível.
E se o olho humano fosse sensível a todo o espectro eletromagnético? Se uma estrela
pudesse ser vista em todo o espectro eletromagnético, perceberíamos sua magnitude
bolométrica (Kepler; Saraiva, 2014).

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TEMA 4 – ESPECTROSCOPIA

No século XVII, Isaac Newton demonstrou, com o auxílio de um prisma


transparente, que a luz branca poderia ser decomposta em diferentes cores, formando o
espectro do arco-íris. Em 1802, William Hyde Wollaston (1766-1828), ao fazer a luz
solar passar por uma fenda, formando um feixe de luz, e ao passar o feixe por um
prisma, observou que existiam linhas escuras no espectro. Wollaston entendeu que eram
as “divisórias” entre as diferentes cores. Porém, com o maior detalhamento do espectro
da luz solar, mais e mais linhas foram descobertas (Kepler; Saraiva, 2014).
Em 1820, Joseph von Fraunhofer (1787-1826) já havia contado mais de 500
dessas linhas escuras. Fraunhofer também classificou essas linhas escuras do mais
intenso para o mais fraco, atribuindo letras maiúsculas (A, B, C...) para as mais intensas
e letras minúsculas (a, b, c...) para as mais fracas. Os instrumentos fabricados por
Fraunhofer eram tão precisos que ele podia observar as linhas escuras do espectro de
outras estrelas brilhantes, como Sirius (Kepler; Saraiva, 2014).
Em 1856, Robert Wilhelm Bunsen (1811-1899) inventou o bico de gás (bico de
Bunsen) que permitia uma chama invisível. Qualquer cor na chama do bico de Bunsen
era devido à substância queimada, não da chama. Seu auxiliar, Gustav Robert Kirchhoff
(1824-1887), que já era conhecido pelas suas contribuições em Eletrodinâmica, sugeriu
que a luz emitida por substâncias queimadas no bico de Bunsen poderia ser mais bem
analisada fazendo a luz emitida. O espectro de cada substância química possui uma
assinatura própria, com um espectro que não era contínuo, como observado na luz solar,
mas um espectro constituído de raias, linhas brilhantes e monocromáticas. O gás neônio,
por exemplo, apresenta fortes linhas vermelhas (o neônio é utilizado em letreiros
vermelhos) e o sódio vaporizado apresenta duas linhas amarelas características (luz de
aspecto amarelado que as lâmpadas de vapor de sódio apresentam na iluminação
pública) (Nussenzveig, 1988).
Kirchhoff também fez a luz solar passar pela chama de vapor de sódio esperando
que as linhas escuras, descobertas por Fraunhofer, fossem preenchidas pelas linhas
brilhantes emitidas pelo próprio sódio. Mas o efeito foi o oposto: as linhas escuras
ficaram ainda mais escuras. Então Kirchhoff substituiu a luz solar pela luz emanada por
uma barra de ferro incandescente, e

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novamente observou as linhas escuras correspondentes ao sódio ainda mais escuras.
Kirchhoff então deduziu, corretamente, que o Sol era uma esfera incandescente rodeada
por uma atmosfera fria que continha vapor de sódio. Pela mesma técnica, Kirchhoff
descobriu na atmosfera fria do Sol a presença de magnésio, cálcio, cromo, cobalto,
zinco, bário e níquel (Nussenzveig, 1988).

Figura 5 – Espectroscopia contínua

Créditos: DESIGNUA/Shutterstock.

Existem três tipos de espectros (Kepler; Saraiva, 2014):

 Contínuo: emitido por algo incandescente, como o filamento de uma lâmpada.


Não apresenta linhas brilhantes ou escuras;
 Emissão: emitido por substâncias em uma chama de Bunsen ou por excitação.
Apresenta apenas linhas brilhantes;
 Absorção: emitido por algo incandescente, mas a luz antes atravessa regiões
compostas por substâncias frias. Tem a aparência do espectro contínuo, mas
apresenta linhas escuras correspondentes às substâncias frias.

TEMA 5 – RADIOTELESCÓPIOS

O italiano Gugliermo Marchese Marconi (1874-1937) desenvolveu um


sistema de comunicação a distância utilizando ondas de rádio, radiação

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eletromagnética de ondas longas. A primeira observação do cosmos nessa faixa da
radiação eletromagnética foi realizada por Karl Guthe Jansky (1905-1950) enquanto
estudava a interferência de rádio causada por grandes tempestades. Na frequência de
20,5 MHz, ele percebeu que a interferência era periódica e aparecia a cada 24 horas
(Kepler; Saraiva, 2014).
Anos mais tarde descobriu-se que essa fonte de rádio era o próprio núcleo da Via
Láctea. As observações sistemáticas das radiofrequências começaram com Grote Reber
(1911-2002). Atualmente, as radiofrequências pesquisadas no céu noturno se
enquadram em frequências que variam entre poucos megahertz a 300 GHz. O maior
radiotelescópio único do mundo foi construído em Arecibo, Porto Rico, com uma
antena parabólica de 300 m de diâmetro. Em 1980, um dos maiores conjuntos de
radiotelescópios do mundo, o Very Large Array, foi construído no Novo México,
Estados Unidos (Kepler; Saraiva, 2014).

NA PRÁTICA

Você poderá montar um telescópio refrator com materiais simples e duas lentes.
Essas lentes devem seguir alguns parâmetros: devem funcionar como lupa (lentes
convexas) e não podem ser iguais. Quanto maior for a diferença entre as lentes, maior
aumento terá o telescópio.
Com tesoura, papelão corrugado, lápis, supercola e as lentes, podemos montar
um telescópio refrator. Olhe pelas duas lentes ao mesmo tempo: a princípio, a imagem
parecerá “borrada”. Varie a distância entre elas até conseguir uma imagem nítida. Note
que a imagem será de cabeça para baixo. O papelão deve ser enrolado em volta de uma
das lentes, de preferência a menor delas. Marque a circunferência no papelão, deixando
uns três centímetros de sobra para colar. Corte o papelão nessa marca, na largura e não
no comprimento. O comprimento do papelão deve ter uns 60 cm.
Após colado, em uma das pontas desse tubo corte uma fenda na largura do tudo
de papelão, a uns 3 cm da borda. Tome cuidado para não cortar todo o papelão: a fenda
servirá para encaixar. Se necessário, cole a borda da lente ao papelão para mantê-la
firme. Repita o processo para a segunda lente.
Teremos dois tubos de papelão, cada um para uma das lentes. Um tubo terá
maior diâmetro do que o outro, devido às diferenças entre as lentes. Encaixe um tubo no
outro, com as lentes opostas. Com o encaixe, você poderá regular a distância entre as
lentes.

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Pronto! Poderá ver os astros no céu com um aumento maior. Experimente olhar a
Lua: o telescópio é ideal para observar as crateras lunares.

FINALIZANDO

Os conteúdos abordados nesta aula foram:

 Galileu Galilei e o telescópio, uma relação que revolucionou o entendimento do


universo, permitindo a observação do céu com detalhes jamais vistos;
 Telescópios refletores e refratores, tipos de telescópios que utilizam lentes
esféricas e/ou espelhos côncavos, respectivamente;
 Fotometria, técnica de estudo do fluxo luminoso das estrelas, analisando seu
brilho ou magnitude aparente para se concluir sobre seu brilho intrínseco ou sua
distância em relação à Terra.
 Espectroscopia, técnica de estudo da composição da luz emitida por uma estrela,
conhecendo-se, por meio de suas raias espectrais e cor característica, a
composição química e a temperatura de uma estrela.
 Radiotelescópios, uma outra maneira de observar o céu por meio das ondas de
rádio emitidas pelos corpos celestes.

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REFERÊNCIAS

COMINS, N. F.; KAUFMANN III, W. J. Descobrindo o universo. 8. ed. São


Paulo: Bookman, 2010.

FARA, P. Uma Breve História da Ciência. Curitiba: Editora Fundamento, 2014.

KEPLER, S. O.; SARAIVA M. F. O. Astronomia e Astrofísica. Porto Alegre:


Departamento de Astronomia Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2014.

KUHN, T. A Revolução Copernicana. Tradução de Marília Costa Fontes. 70. ed.


Lisboa: 1957.

NUSSENZVEIG, M. Curso de Física. 1. ed., v. 1. São Paulo: Blucher, 1988.

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