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ASTRONOMIA
AULA 6
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específicas das substâncias. Foi dessa forma que alguns elementos químicos foram
descobertos no Sol, como o sódio, o magnésio e o níquel.
O objetivo geral desta aula é Analisar os instrumentos e técnicas em
Astronomia. Os objetivos específicos são:
Créditos: delcarmat/Shutterstock.
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com pequena distância focal, precursor do telescópio. Galileu Galilei já estava
trabalhando com um telescópio rudimentar construído por ele mesmo em 1610. Porém,
a invenção do telescópio não pode ser atribuída a Galileu, pois o conhecimento de lentes
esféricas e sua utilização em óculos já era conhecido desde o fim da Idade Média. O
microscópio já havia sido inventado em 1590 pelo holandês Zacharias Janssen, e boa
parte dos historiadores creditam a invenção do telescópio ao holandês Hans Lippershey
(1570-1619). Galileu soube da existência do telescópio em 1609 e, no ano seguinte, já
havia aperfeiçoado o instrumento com um aumento de 3 vezes. Seu melhor telescópio já
tinha um aumento de 30 vezes (Kepler; Saraiva, 2014).
Galileu construiu seus primeiros telescópios com uma lente convexa e outra
côncava como lentes ocular e objetiva, respectivamente. Johannes Kepler, no ano
seguinte, afirmou que seria mais viável construir um telescópio com duas lentes
convexas. Esse é o modelo de telescópio refrator utilizado até os dias atuais (Kepler;
Saraiva, 2014).
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lentes de materiais transparentes, como o vidro, e, dependendo de sua distância focal,
uma lente faz o mesmo que um prisma óptico: separa as cores da luz policromática (luz
branca) em suas componentes monocromáticas (cores do arco-íris). Para um observador
em um telescópio refrator, essa separação das cores torna o objeto visualizado
praticamente invisível, pois o olho humano não consegue combinar novamente as cores.
Essa dificuldade de distinguir o objeto em lentes por causa da separação das cores é
chamada de aberração cromática (Nussenzveig, 1988).
Porém, até mesmo o telescópio refletor de Newton tinha suas imperfeiçoes. O
espelho côncavo utilizado era esférico e, para espelhos côncavos com pouca distância
focal, a imagem observada parecerá sempre “desfocada”, “borrada”. Isso se deve à
aberração esférica do espelho, problema que se contorna ao substituir o espelho esférico
por um espelho parabólico (Nussenzveig, 1988).
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segundo de arco (1/3600 de grau). Com imensos espelhos parabólicos, uma pequena
deformação inviabiliza o telescópio, mas deformações controladas podem até mesmo
contornar a refração indesejada da luz das estrelas pela atmosfera terrestre, em um
processo conhecido como ótica ativa (Comins; Kaufmann III, 2010).
TEMA 2 – FOTOMETRIA
Um objeto pode ser analisado por meio de sua luz, e o estudo desses objetos pela
medida de sua luz emitida é conhecido como fotometria. Até a Idade Média, a principal
ferramenta de percepção de luz era o próprio olho humano, auxiliado por diversos
acessórios. No início do século XVII, o telescópio auxiliou o olho humano na análise
dos corpos celestes e, no fim do século XIX, a fotografia começou a auxiliar os
astrônomos nesse processo. Por muitos anos, apenas o espectro visível foi analisado,
mas atualmente praticamente todo o espectro eletromagnético, desde as
radiofrequências até os raios gama são observados.
Figura 4 – Estrelas mais brilhantes possuem maior fluxo luminoso, indicando seu brilho
intrínseco ou sua distância em relação à terra
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TEMA 3 – MAGNITUDE APARENTE, ABSOLUTA E BOLOMÉTRICA
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TEMA 4 – ESPECTROSCOPIA
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novamente observou as linhas escuras correspondentes ao sódio ainda mais escuras.
Kirchhoff então deduziu, corretamente, que o Sol era uma esfera incandescente rodeada
por uma atmosfera fria que continha vapor de sódio. Pela mesma técnica, Kirchhoff
descobriu na atmosfera fria do Sol a presença de magnésio, cálcio, cromo, cobalto,
zinco, bário e níquel (Nussenzveig, 1988).
Créditos: DESIGNUA/Shutterstock.
TEMA 5 – RADIOTELESCÓPIOS
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eletromagnética de ondas longas. A primeira observação do cosmos nessa faixa da
radiação eletromagnética foi realizada por Karl Guthe Jansky (1905-1950) enquanto
estudava a interferência de rádio causada por grandes tempestades. Na frequência de
20,5 MHz, ele percebeu que a interferência era periódica e aparecia a cada 24 horas
(Kepler; Saraiva, 2014).
Anos mais tarde descobriu-se que essa fonte de rádio era o próprio núcleo da Via
Láctea. As observações sistemáticas das radiofrequências começaram com Grote Reber
(1911-2002). Atualmente, as radiofrequências pesquisadas no céu noturno se
enquadram em frequências que variam entre poucos megahertz a 300 GHz. O maior
radiotelescópio único do mundo foi construído em Arecibo, Porto Rico, com uma
antena parabólica de 300 m de diâmetro. Em 1980, um dos maiores conjuntos de
radiotelescópios do mundo, o Very Large Array, foi construído no Novo México,
Estados Unidos (Kepler; Saraiva, 2014).
NA PRÁTICA
Você poderá montar um telescópio refrator com materiais simples e duas lentes.
Essas lentes devem seguir alguns parâmetros: devem funcionar como lupa (lentes
convexas) e não podem ser iguais. Quanto maior for a diferença entre as lentes, maior
aumento terá o telescópio.
Com tesoura, papelão corrugado, lápis, supercola e as lentes, podemos montar
um telescópio refrator. Olhe pelas duas lentes ao mesmo tempo: a princípio, a imagem
parecerá “borrada”. Varie a distância entre elas até conseguir uma imagem nítida. Note
que a imagem será de cabeça para baixo. O papelão deve ser enrolado em volta de uma
das lentes, de preferência a menor delas. Marque a circunferência no papelão, deixando
uns três centímetros de sobra para colar. Corte o papelão nessa marca, na largura e não
no comprimento. O comprimento do papelão deve ter uns 60 cm.
Após colado, em uma das pontas desse tubo corte uma fenda na largura do tudo
de papelão, a uns 3 cm da borda. Tome cuidado para não cortar todo o papelão: a fenda
servirá para encaixar. Se necessário, cole a borda da lente ao papelão para mantê-la
firme. Repita o processo para a segunda lente.
Teremos dois tubos de papelão, cada um para uma das lentes. Um tubo terá
maior diâmetro do que o outro, devido às diferenças entre as lentes. Encaixe um tubo no
outro, com as lentes opostas. Com o encaixe, você poderá regular a distância entre as
lentes.
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Pronto! Poderá ver os astros no céu com um aumento maior. Experimente olhar a
Lua: o telescópio é ideal para observar as crateras lunares.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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