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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LICENCIATURA EM FÍSICA APLICADA

III ANO

HISTÓRIA E FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS

IV GRUPO

A Óptica

DISCENTES:

Maculuve, Gervásio Guedes de Castro

Sawanguane, Hernandes José

DOCENTES:

Prof. Dr. Carlos Abilio Alejandro Alfonso

Dr. Jorge Elias Mabjaia

Maputo, Novembro de 2021


1. Introdução
A área da Óptica é um campo de estudos fascinante. De maneira simplificada,
podemos dizer que ela é o ramo da Física que estuda a propagação da luz e sua interação
com a matéria. Em muitas áreas da ciência e tecnologia, o entendimento de determinados
conceitos pode ser difícil porque seus efeitos não são facilmente visualizados.
Na óptica, entretanto, o simples uso de um laser permite a visualização de um dado
efeito como função de vários parâmetros, facilitando o aprendizado. Isto se deve
principalmente à coerência, monocromaticidade e colimação da luz proveniente deste
instrumento, que permitem a observação de fenômenos tais como interferência,
polarização e difração da luz, nos quais a natureza ondulatória da luz se manifesta
claramente. Entretanto, para se chegar ao desenvolvimento deste dispositivo, e de vários
outros que são importantes no nosso cotidiano, um longo caminho foi percorrido e este
percurso gerou um histórico bastante rico.
Alguns aspectos que merecem destaque estão ligados às idéias sobre a natureza
da luz e aos caminhos paralelos que a óptica e o electromagnetismo trabalharam durante
séculos. Para se entender um pouco estes fatos, faremos, no transcorrer desta seção, uma
breve revisão histórica do desenvolvimento dos conceitos principais ligados à Uso de
lentes, Leis de propagação da luz, Teoria de cor, Teoria ondulatória, Velocidade da luz,
Teoria quântica e Mecânica quântia ou em geral à óptica.

2
2. A Óptica
2.1 O uso de lentes
Em 1266, Roger Bacon, no seu Opus MaiusI, explicava como se escrevia bem,
colocando um pedaço de vidro esférico em contato com o papel. A descoberta dos óculos
é atribuída ao florentino Armati, que morreu em 1317.

Discrição 1: Kepler
Kepler foi o fundador da dióptrica, melhorou e ampliou os conhecimentos do seu
tempo sobre a luz e deu um novo impluso para o progresso do ramo da física cujos
conhecimentos teóricos estavam há muito tempo parados. Kepler tenta explicar
teoricamente como funciona o óculos e procura a lei de refração ar-vidro. (Aragão, 2006)

Discrição 2: Roger Bacon


Admite-se que, de alguma forma, o telescópio tenha sido conhecido de Roger
Bacon, talvez até antes dos cientistas árabes. Contudo, o primeiro exemplo, sem margens
para dúvidas, foi a criação de um instrumento na Holanda, por volta de 1608, e que é
atribuído a Hans Lipperhey e Zacarias Jansen, dois fabricantes de óculos de Middelburg.
Este óculos dispõe de duas lentes convergentes montadas num tubo.

Discrição 3: Hans Lipperhey

3
Os objectos são vistos de forma ampliada, e mais próximos, mas vêem-se
invertidos. (Aragão, 2006)
Galileu ouve falar do invento e ele mesmo produziu um novo modelo, que corrigiu
as imperfeições do óculos de Middelburg, e o aproveita para fazer numerosas
descobertas no domínio da astronomia.

Discrição 4: Leonardo da Vinci


Os percursores das lentes de contato foram Leonardo da Vinci, em 1508, e Young,
em 1801, para correção das ametropias, ao sugerirem instrumentos adaptáveis ao olho,
que assim ficaria em contato com a lente através da água. As primeiras tentativas devem-
se a Kalt, francês, Fick, Suiço e Gladback, alemão, que adaptaram ao olho lentes de
vidro em forma de concha. (Aragão, 2006)

Discrição 5: Thomas
Toda a lente constitui um corpo de substância transparente limitado por duas
superfícies polidas convexas ou côncavas (podendo uma delas ser plana). A maior parte
das lentes são de superfícies esféricas, com um material cujo índice de refracção tem um
valor adequado. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985, p. 464)

i. Força Óptica duma lente

A grandeza D que caracteriza as propriedades ópticas da lente, que variam em


função da posição do seu foco principal sobre o eixo óptico, tem o nome de força óptica
da lente. A força óptica da lente pode avaliar-se quantitativamente exprimindo-se inverso
da distancia focal principal f da mesma (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985):

4
1
𝐷= (1)
𝑓

A força óptica da lente depende da curvatura das suas superfícies, bem como do
índice de refracção da substância de que é feita em relação ao meio ambiente, podendo-
se calcular o seu valor pela seguinte fórmula (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985):

1 1
𝐷 = (𝑛 − 1) ( − ) (2)
𝑟1 𝑟2

Em que 𝑟1 e 𝑟2 são os raios das superfícies esféricas da lente, enquanto que n é o


índice de refracção da substância de que é feita em relação ao meio ambiente em que
esta se encontra.

✓ O valor numérico de r para a superficie convexa da lente tem de


considerar-se positivo.
✓ O valor numérico de r para a superficie côncava da lente tem de
considerar-se negativo.
✓ As lentes convexas tornam-se divergentes e as côncavas
convergentes quando n < 1.
ii. Luneta de Kepler. Telescópios
O instrumento óptico utilizado para a observação de objectos muito distantes que
não se podem aproximar da vista tem o nome de Luneta astronómica. As primeiras
destas lunetas foram construídas em 1609 pelo sábio italiano G. Galileu e pelo físico
alemão J. Kepler.
A luneta de Kepler consta de duas lentes convergentes: a objectiva e a ocular.
O telescópio não só facilita observar os objectos situandos a uma reduzida
distância angular um doutro, como também torna possível ver fontes luminosos muito
fracas, tudo isto devido ao facto de a sua objectiva abranger e convergir um amplo feixe
de raios. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

5
iii. Luneta de Galileu. Binóculo

A luneta de Kepler produz imagens invertidas. Este facto não tem inportância na
observação dos ostros, mas torna-se incómodo quando queremos observar objectos
situados à superfície da terra.

A luneta de Galileu costa de uma lente convergente (objectiva) e uma divergente


(ocular). A objectiva e a ocular são montadas de forma a que os focos coincidam.

Duas lunetas de Galileu, quando montadas paralelamente, constituem um binóculo


de teatro, aparelho óptico de punho muito cómodo pelas suas dimensões reduzidas.
(L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

2.2 Leis da Propagação da luz


O primeiro avanço teórico importante no domínio da óptica foi a descoberta das
leis da refração por Snell, em 1621. Willbrord Roy van Snell (1581-1626) não publicou
a sua descoberta em 1620 porque morreu antes e a publição coube a Descartes, em 1622.

Discrição 6: Ellirbord Snell


Mas a dedução da lei da refração assentava fundamentalmente em analogias e
Pierre Fermat (1601-1665), matemático francês, criticou a publicação de Descartes, que
defendia que um raio de luz entre dois dados pontos seguia através do caminho que leva
menos tempo a percorrer. Fermat, estabelecia que o caminho óptico realmente seguido
pela luz é estacionário. O princípio de Fermat foi, e ainda é hoje, impropriamente
designado por princípio do tempo mínimo. (Aragão, 2006, p. 87)

6
Discrição 7: Pierre Fermat
O princípio de Fermat foi desenvolvido por Hamilton dois séculos mais tardes,
como um método geral de investigação de passagem da radiação, através de sistemas
ópticos. (Aragão, 2006)
Robert Hooke (1635-1703), físico inglês, descobriu que a luz não é propagada
exatamente em linhas retas, mas que há sempre alguma iluminação dentro da sombra
geométrica, projetada em um alvo, por um corpo opaco. O fenômeno de difração da luz
foi primeiramente mencionado por Leonardo da Vinci e descrito pela primeira vez por
Grimaldi.

Discrição 8: Robert Hooke


Robert Hooke era um excelente observador, mas também um bom teórico e a sua
investigação teórica sobre a luz foi de grande importância. Chegou à conclusão de que
a emissão da luz por parte de um corpo luminoso, constituía um movimento vibratório
rápido, de muito pequena amplitude, e como resultado cada partícula enviava pulsações
que se expandem rapidamente e com igual velocidade, em todas as direções. Hooke fez
a analogia da sucessão de esferas concêntricas originadas por uma partícula emissora
com as ondulações, vista quando uma pedra cai na água. (Aragão, 2006, p. 88)
O fenômeno da interferência luminos foi observado por Newton, em 1675.
Newton constatou que, quer por reflexão, quer por transmissão, se podia observar uma
série de anéis, concêntricos com o ponto de contato das superfícies de uma lente plano-
convexa e de uma lâmina de vidro, de faces planas e paralelas. Newton deu uma
explicação para o fenômeno que não podia se basear completamente na teoria
corpuscular. Coube a Young demonstrou em 1801, através da experimentação, o

7
fenômeno da interferência luminosa. Observando a luz solar atravessar e iluminar um
alvo com duas fendas paralelas e etreitas, pôde vislumbrar os anéis alternados, brilhantes
e escuros. (Aragão, 2006, p. 89)
Mas Hooke foi o primeiro cientista a dar uma interpretação correta dos anéis de
Newton, no domínio da interpretação da luz, usando não a teoria corpuscular, mais sim
a teoria ondulatória. (Aragão, 2006)

i. Lente convergente

Quando a lente que faz com que raios luminosos inicialmente paralelos ao eixo
central se aproximem do eixo. (Halliday, Resnick, & Walker, 2014)

ii. Lente divergente

Quando a lente que faz com que os raios se afastem do eixo central.

Uma lente pode produzir uma imagem de um objeto porque é capaz de desviar
os raios luminosos, mas só é capaz de desviar os raios luminosos se tiver um índice de
refração diferente do índice de refração do meio. (Halliday, Resnick, & Walker, 2014)

iii. Princípio de Huygens


Cada ponto em uma frente de onda primário serve como fonte de onda secundárias
esféricas que avançam. A frente de onda primária em algum instante posteror será o
envelope destas ondas secundárias.
A propagação da frente de onda no espaço explica-se com base no princípio de
Huygens que afirma que todos os pontos pertencentes à frente de onda começam a vibrar
e a partir deles propagam-se as ondas elementares, a envolvente de todas estás ondas
elementar origina a nova posição da frente de onda. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

8
Discrição : Princípio de Huygens. Raios luminosos

2.3 Teoria da Cor


Hooke estudou também o fenômeno que determinava as cores que se poderiam
ver quando a luz branca é refratada por um prisma. Esta teoria da cor de Hooke foi,
dentro de pouco tempo, derrotada pelo trabalho experimental de Sir Isaac Newton, que
demonstrou, em 1666, que as cores do espetro não eram modifições do caráter, impostas
nos feixes de luz pela refração, mas propriedades inatas, possuídas por diferentes
variedades de luz, de diferentes graus inatos de refrangibilidade, originalmente todas
mesturadas, para formar luz branca e separada de cada cor por refração, através de um
prisma. (Aragão, 2006)

Discrição 9: Sir Isaac Newton


Newton parece ter adotado a hipótese de um meio, o éter, e rejeitado a teoria da
luz como a propagação retilínea e, por outro lado, porque parecia ser incapaz de se
conciliar com o fenômeno da polarização, descoberto por Huygens e primeiramente
interpretado pelo próprio Newton. Estas duas concepções eram ao mesmo tempo
válidas, mas a primeira perdeu a sua força quando o pequeno comprimento de onda da
luz (de cerca de 1/1061040 mm) foi tomado em consideração e a segunda deixou de ter
razão de ser, pela introdução da hipótese da luz consistir de vibrações transversais.
(Aragão, 2006)

9
O éter era visto como uma espécie intermédia entre a luz e a matéria e a refração
era devida a uma mundaça na densidade do éter dentro do meio da refração, resultando
na reflexão dos raios luminosos. A difração foi considerada, mais tarde, como uma
evidência conclusiva a favor da teoria ondulatória. (Aragão, 2006)

Discrição 10: Cristiano Huygens


Aquilo que se designa por cor é a sensação fisiológica provocada pela ação da luz,
ao incidir numa região da retina sobre os pigmentos dos cones dessa região. Essa
sensação depende da intensidade com que a luz excita cada um dos três tipos de
pegmentos, que têm curvas de sensibilidade diferentes, de acordo com a frequência, com
máximo nas regiões de baixas frequências, cor vermelha, na região central, cor verde
amarelada e nas regiões de altas frequências com a cor azul. A cor está, portanto,
relacionado com a qualidade da cor da luz que a produziu, que pode ser definida pela
sua composição espectral. (Aragão, 2006)

2.4 Teoria Ondulatória

Cristiano Huygens, descobriu a polarização da luz, ou seja, a transformação de


uma radiação luminosa de forma a que esta deixa de apresentar propriedades idênticas
em todas as anteriores, em torno da sua direção de propagação. Mas o principal título
de glória constituiu o Traité de la Lumière que ele escreveu em 1678, mas só publicou
em 1690, onde se declarou o princípio que lhe fornecer que a teoria ondulatória
explicaria todos os fenômenos conhecidas da óptica. Infelizmente, a interpretação
ondulatória de Huygens não teve aceitação nos físicos contemporâneos, talvez pela
influência do autor da teoria rival. A única exceção foi Hooke. Efetivamente o prestígio
de Newton, contrariou o desenvolvimento da teoria ondulatória de Huygens, o que levou
a um atraso no conhecimento da natureza da luz. (Aragão, 2006)

10
Huygens melhorou a teoria ondulatória. A sua percepção sobre a propagação de
uma onda era baseada na idéia de que cada ponto de uma superfície de onda pode, em
qualquer instante, ser visto, como uma fonte de uma nova onda que se expande sob uma
forma esférica.

Discrição 11: Fresnel Discrição 12: Kirchhoff

Esta idéia foi ampliada por Young e Fresnel e traduzida matematicamente por
Kirchhoff, no século XIX, que se distinguiu no domínio da análise espetral e no domínio
da radiação térmica. A teoria é conhecida por princípio de Huygens. (Aragão, 2006)

i. Interferência de luz. Biprisma de Fresnel

Foi precisamente com base nestes fenómenos que o físico francês A.Fresnel
descobriu a natureza ondulatória da luz e estabeleceu que as radiações luminosas são
constituíndas por ondas transversais.

As experiências provaram que as radiações luminosas provenientes de duas fontes


diferentes, mesmo que estas sejam idênticas não produzem interferência. Portanto, estas
fontes luminosas tornam-se incoerentes. Incoerentes, dizem-se os feixes luminosos
produzidos por uma mesma fonte luminosa. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

ii. Interferência numa película cuneiforme. Anéis de Newton

Para que a interferência seja vista nitidamente, o raio de curvatura da superfície da lente
tem de ser suficientemente grande. Ao submetermos um aparellho óptico a uma radiação
de feixes paralelos e monocromáticos de modo que os raios luminosos incidam
perpendicularmente à superfície plana da lente, veremos nitidamente na luz refletida uns
anéis de interferência alternadamente escuros e claros. Trata-se, neste caso, da interferência

11
dos raios que se reflente na superfície curva da lente e na superfície da lâmina. (L.S.Jdánov
& G.L.Jdánov, 1985)

iii. Difracção da luz

O segundo indício que prova a natureza ondulatória da luz é o fenómeno de difracção.


Difracção diz-se o fenómeno óptico segundo o qual as ondas de radiações luminosos
contornam um obstáculo opaco. Os obstáculos alteram a rectilinearidade da propagação da
frente da onda. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

iv. Polarização da luz

Foi demonstrado experimentalmente que os raios luminosos se podem polarizar. Os


primeiros polarizadores utilizados para emitir radiações luminosas foram construidos de
cristais de turmalina (mineral natural).

As experiências com as radiações luminosas comprovam que:

1. As radiações luminosas estão constituídas por ondas transversais;


2. Num feixe de luz natural, as ondulações que se desenvolvem no plano perpendicular
ao feixe, se propagam em todas as direções, sem que nenhuma delas prevaleça.

2.5 Velocidade da luz


Em 1675, Olaus Roemer (1644-1710), astrônomo dinamarquês, foi levado a
concluir que a luz viaja com uma velocidade finita. Observando os eclipses do satélite
de Júpiter, mais próximos do planeta, Roemer pensou ser possível deduzir a velocidade
de propagação da luz através das suas observações . Efetivamente, as épocas nas tabelas
organizadas para os eclipses daquele satélite apresentavam sempre um avanço sobre as
épocas observadas quando a Terra estava entre Júpiter e o Sol e um atraso quando o Sol
estava entre a Terra e Júpiter, ou seja, em conjugação.
A divergência entre os valores previstos e os valores calculados levou Roemer a
concluir que, em caso de conjugação, a luz refletida pelo satélite tem de percorrer uma
trajetória superior àquela que percorreria quando os planetas se encontram em oposição,
sendo a diferença entre os dois trajetos, o diâmetro da órbita terrestre.

12
Discrição 13: Olaus Roemer
Então, a partir dos valores numéricos dos avanços e dos atrasos, Roemer calculou
para a velocidade da luz nos espaços interplanetários, um valor próximo de 300 000
Km/seg. (Aragão, 2006)

Mais tarde, James Bradley (1693-1762), astrônomo inglês, descobriu o fenômeno


da aberração das estrelas fixas, em 1723, que consiste no fato de estas parecerem
descrever, anualmente, pequenos elipses. E através do valor angular do eixo maior
destas elipses, que é igual à razão entre a velocidade de translação da Terra e a
velocidade de propagação da luz, determinou para a velocidade da luz um valor idêntico
ao encontrado por Roemer. (Aragão, 2006)

Discrição 14: James Bradley

A descoberta da interferência da luz em 1801, por Young (quando num ponto do


espaço atuam simultaneamente duas perturbações luminosas), teve enorme importância,
porque permitiu estabelecer o conceito de a variável luminosa é uma grandeza periódica
no espaço e no tempo, concepção esta, que está na base da teoria ondulatória da luz.
Mas Young, na sua comunicação à Royal Society, foi alvo de troça e de protesto e as
suas conclusões só foram definitivamente aceitas depois dos trabalhos de confirmação
de Fresnel e Arago. Thomas Young (1773-1829), médico Inglês, licenciou-se em 1796
e doutorou-se doze anos mais tarde. Começou a exercer medicina, tendo depois entrado
para o Hospital S. Jorge. Como médico, descobriu as relações do músculo ciliar com a
forma do cristalino em 1793, descobriu o astigmatismo no olho humano e sua medição

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em 1801. Dedicou-se à óptica, e descobriu a interferência da luz através de uma célebre
experiência com a luz solar atravessando uma fenda para iluminar um alvo com duas
fendas estreitas, paralelas, equivalentes a duas origens secundárias no mesmo ano.
(Aragão, 2006)

Esta experiência permitiu conhecer-se que a interferência em óptica, se dá


basicamente no princípio da sobreposição linear de campos eletromagnéticos, o que
concorreu para confirmar a teoria ondulatória. O fenômeno da interferência em óptica,
foi descrito por Newton em 1675, através da sobreposição de uma superfície curva de
uma lente plano-convexa com uma lâmina de vidro de faces plano-paralelas. Newton
observou, quer por transmissão, quer por reflexão, uma série de anéis corados,
concêntricos e regulares com o ponto de contato das duas superfícies, os designados
anéis de Newton. No entanto para o fenômeno, Newton deu uma explicação que não
podia ser completamente assente na teoria corpuscular. Young contribuiu ainda para a
formulação da teoria sob a percepção da cor. Por rudo isto Young é considerado um
grande físico. (Aragão, 2006)

Mais tarde, Fresnel e Young interpretaram com toda a facilidade a interferência


luminosa, que era inexplicável pela teoria corpuscular, e o fenômeno da polarização,
respetivamente, através da teoria ondulatória, admitindo que as ondas luminosas são
transversais. Nos anos que se seguiram, Fresnel deu forma matemática à teoria. (Aragão,
2006)

Mas decorreu mais de um século, até ser possível a determinação da velocidade


de propagação da luz, à superfície da Terra. Coube a honra a Armand Hippolyte Louis
Fizeau (1819-1896), físico francês, de determinar, em 1849, a velocidade da propagação
da luz à superfície na Terra, através de uma roda dentada. O valor obtido concordava
perfeitamente com os obtidos pelos métodos astronômicos.

14
Discrição 15: Armand Hippolyte Louis Fizeau

Fizeau tinha-se dedicado anteriormente ao estudo da fotografia, tendo sido o


primeiro cientista a obter uma fotografia do Sol, das interferências luminosas, entre
outros domínios da ciência. Algum tempo depois, em 1862, pondo em prática um outro
método, o do espelho girante, Foucault obteve o valor de 298 mil/Km / s. Este método
tem a vantagem de ser um método laboratorial, o que permite medir a velocidade da luz
em qualquer meio gasoso, líquido ou sólido. (Aragão, 2006)

O acontecimento decisivo para o triunfo da teoria ondulatória deveu-se a Foucault.


Jean Bernard Foucault (1819-1868), físico francês, dedicou-se desde cedo ao estudo
para a determinação da velocidade da luz e em 1850 verificou que a velocidade de
propagação da luz no ar é maior do que na água, ao contrário do que afirmavam os
partidários da teoria corpuscular, ou da emissão. Em 1873, uma teoria ondulatória é
aperfeiçoada com o aparecimento da teoria eletromagnética de Maxwell. A grandeza
tem um significado diferente, porque na teoria de Fresnel a luz é devida a vibrações
elásticas do éter, e na teoria de Maxwell a luz é devida a vibrações eletromagnéticas.
Subsiste, no entanto, a idéia, da vibração luminosa e da sua propagação por ondas.
(Aragão, 2006)

i. Velocidade de propagação da luz no vazio. Expêriencia de Michelson.

Dado que a velocidade de propagacão da luz é muito grande, o tempo que a luz
dispende para percorrer as distâncias só é significativo se estas forem bastante grandes.

As primaeiras medições da velocidade da luz no vazio foram realizadas pelo


astrónomo dinamarquês O. Roemer em 1675, ao estudar os eclipses dum dos satétites

15
de Júpiter. Conhecendo os valores de l e t, Roemer calculou a velocidade da luz e obteve
𝑚
um valor próximo de 3 × 108 .
𝑠

Posteriormente, a velocidade da luz foi medida inúmeras vezes nas mais diversas
condições. O valor mais exacto da medição da velocidade da luz no ar foi obtido pelo
físico americano A. Michelson. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

Colocou-se numa centrífugadora um cilindro provido de espelhos nas suas faces


laterais, com k espelhos e fez-se incidir um feixe luminoso proviniente da laterna F,
fazendo, depois disto, rodar o cilindro. Este facto evidenciava que o cilindro tinha
realizado um deslocamento angular exactamente igual a uma face durante o intervalo de
tempo em que a luz percorria a distância entre os espelhos.

Dado que o tempo de deslocamento angular se pode exprimir pela fórmula

1 60
𝑡= = (5)
𝑘×𝑛 𝑘×𝑛
60

Obtemos a seguinte fórmula para a velocidade da luz c

2𝑙 𝑙 × 𝑛 × 𝑘
𝑐= = (6)
𝑡 30

Uma vez que c constitui a velocidade de propagação máxima possível dos sinais
na natureza e que se emprega em inúmeras fórmulas, o seu valor torna-se uma das mais
importantes constantes físicas. As inúmeras verificações têm evidenciado que 𝑐 =
𝑘𝑚
299792,5 ± 0,5 . (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)
𝑠

ii. Reflexão e Refracçao da luz

Usaremos o modelo de raios luminosos para estudar dois dos aspectos mais
importantes da propagação da luz: a reflexão e a refração. Quando uma onda de luz
atinge uma superfície lisa separando dois meios transparentes (como o ar e o vidro ou
a água e o vidro), em geral a onda é parcialmente refletida e parcialmente refratada
(transmitida) para o outro material. (Young & Freedman, 2016)
16
➢ Leis da reflexão e refração da luz

As leis que regem os fenómenos de reflexão das radiações luminosas foram


descobertas por via experimental no século III a.C pelo sábio grego Euclides.

As leis da reflexão da luz coincidem com as que regem os fenómenos de reflexão


das ondas ao depararem com obstáculos. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

1. Um raio incidente a normal à superfície de reflexão no ponto de incidência


e o correspondente raio refletido têm a mesma direcção.
2. O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão:
𝜃𝑟 = 𝜃𝑎 (7)

Essa relação, com a observação de que os raios incidente e refletido e a normal


estão todos sobre o mesmo plano, constitui a chamada lei da reflexão. (L.S.Jdánov &
G.L.Jdánov, 1985)

3. Para a luz monocromática e para um determinado par de materiais, a e b,


em lados opostos da interface, a razão entre o seno dos angulos 𝜃𝑎 e 𝜃𝑏 ,
em que os dois ângulos são medidos a partir da normal a superfície, e
igual ao inverso da razão entre os dois índices de refração:
sin 𝜃𝑎 𝜃𝑏
= (8)
sin 𝜃𝑏 𝜃𝑎

Esse resultado, com a observação de que os raios incidente e refratado e a normal


à superfície no ponto de incidência estão todos sobre o mesmo plano, constitui a
chamada lei da refraçãao, ou lei de Snell.

sin 𝜃𝑎 × 𝜃𝑎 = sin 𝜃𝑏 × 𝜃𝑏 (9)

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iii. Velocidade de propagação da luz em diferentes meios. Densidade óptica do
meio.

A velocidade de propagação das ondas electromagnéticas depende da naturaza do


meio e se avalia pela fórmula

𝑐 𝑐
𝑣= = (10)
√𝜇 × 𝜀 𝑛

A grandeza n, que nos dá a relação entre a velocidade de propagação das ondas


electromadnéticas no vazio e a velocidade de propagação dessas mesmas ondas num
outro meio qualquer, recebe o nome de índice de refração absoluta do meio.

A velocidade de propagação das ondas electromagnéticas num meio material é


sempre inferior à sua velocidade de propagação no vazio, ou seja, n é superior à unidade.

A grandeza que caracteriza a propagação da luz em função da naturaza do meio


tem o nome de densidade óptica do meio e exprime-se pelos valores númericos do índice
de refração absoluto do meio

𝑐
𝑛= (11)
𝑣

Torna-se evidente que a densidade óptica do vazio é igual a um. Com o índice de
refracção n do ar é de 1.003, a velocidade de luz no ar considera-se frequentemente igual
a c. A velocidade de propagação da luz na água foi medida pela primaira vez por L.
Foucault, e o seu valor torna-se 1.33 vezes inferior à que se verifica no ar, isto é, é igual
a 𝑛 = 1.33.

A variação da velocidade de propagação da luz é causada pela refracção da luz,


quer dizer, pela alteração do sentido de sua propagação no instante da sua passagem de
um meio transparente para um outro. (L.S.Jdánov & G.L.Jdánov, 1985)

18
2.6 Teoria Quântica
i. Os primórdios da teoria quântica
➢ Da teoria eletromagnetica a teoria quântica

Buscando explicar a natureza da luz, o cientista escocês James Clerk Maxwell


(1831-1879) propôs a teoria de que a luz seria constituída por ondas eletromagnéticas.
Assim, as diferentes radiações visíveis (cores) e invisíveis (raios gama, raios X,
ultravioleta, infravermelho, micro-ondas e ondas de rádio) distinguir-se-iam por
possuírem comprimentos de onda e frequências diferentes. porem houve aspectos que
esta teoria não conseguiu explicar.

Discrição 16: James Clerk Maxwell

O resultado de um cálculo com base em uma teoria clássica da radiação de corpo


negro conhecida como lei de Rayleigh--Jeans é

2𝜋𝑐𝑘. 𝑇
𝐼(𝜆, 𝑇) = (12)
𝜆4

Discrição 17: Rayleigh e Jeans

Porem a teoria clássica não conseguia determinar a intensidade para o


comprimento do ultravioleta.

As descobertas como do efeito fotoelétrico por Heinrich Hertz (1887) a partir da descarga
produzida a partir num eletrodo onde incidia luz ultravioleta, a descoberta do raio–X por
Roentgen (1895), a descoberta da radioatividade por Henri Becquerel (1896), o eletrão por
Sir Thompson (1897) deram espaço a uma nova área da física, que foi chamada de
radiologia. (Aragão, 2006)
19
Discrição 18: Heinrich Hertz

ii. Hipotese de Plank (1900)

A concepção atual sobre a natureza da luz tem sua origem nos primórdios da
física quântica. Em 1900, Max Planck propõe uma fórmula matemática que descreve o
espectro da radiação emitida por um corpo aquecido, mais precisamente um corpo
negro, definido como um objeto ideal que absorve toda a radiação incidente sobre ele.
Embora idealizado, o corpo negro é uma boa aproximação de sistemas encontrados na
natureza, como estrelas e fornos de siderúrgicas. Além disso, o espectro da radiação de
fundo do Universo segue de perto a lei de Planck, que pode ser escrita como:

8𝜋𝜈 2 ℎ𝜈
𝜌(𝑣, 𝑇) = 𝑥 ℎ𝜈 (13)
𝑐3
𝑒 𝑘𝑇 −1

Discrição 19: Max Planck

Max Planck determinou a energia de um quantum de luz mais conhecido por


fotão, que é o produto da constante de seu nome e da frequência

𝑐
𝐸 = ℎ. 𝜈 = ℎ. → 𝐸 = ℏ. 𝜔 (14)
𝜆

Tal constante é uma se não a mais importante constante da mecânica quântica até
os dias de hoje. (John W. Jewett & Serway, 2013)

iii. O corpo negro

Corpo negro é um corpo ideal que absorve toda a radiação térmica incidente. É,
portanto, um absorvedor perfeito, uma vez que seu poder de absorção é igual a 1.

20
➢ A lei de Stefan-Boltzman deduzida a partir da formula de Max Planck
para a radiação do corpo negro

ℎ𝑤 3 1
𝑈(𝜔) = 𝜋2𝑐 3 𝑥 ℎ𝑤 (15)
𝑒 𝑘𝑡 −1

∞ ℎ.2𝜋𝑣
𝑈(𝑇) = ∫0 𝑈(𝜔)𝑑𝜔 ; 𝑥= 𝐾𝑇

8𝜋 3 ℎ ∞ 𝑣 3 𝑑𝑣 𝐾𝑇 𝐾𝑇 𝐾𝑇
𝑈(𝑇) = ∫0 ℎ𝜔 ; 𝑣 = 2𝜋ℎ 𝑥 → 𝑣 3 = 𝑥 3 ( ℎ )3 → 𝑑𝑣 = (2𝜋ℎ)𝑑𝑥
𝜋2𝑐 3
𝑒 𝐾𝑇 −1

8ℎ𝜋 𝐾𝑇 𝐾𝑇 ∞ 𝑥 3 𝑑𝑥 𝟏 𝟏
𝑈(𝑇) = . ( ℎ ) . ( ℎ )3 . ∫0 ; 𝒆𝒙 = + 𝟏! 𝒙 + 𝟐! 𝒙𝟐 + ⋯
𝑐3 𝑒 𝑥 −1


𝑥 3 𝑑𝑥 𝜋4
∫ =
0 𝑒 𝑥 − 1 15

8𝜋𝐾4 ∞ 𝑥 3 𝑑𝑥 8𝜋𝐾4 𝜋4
𝑈(𝑇) = . 𝑇 4 . ∫0 ou seja 𝑈(𝑇) = . 𝑇 4 . 15
𝜋 2 ℎ𝑐 3 1+𝑥−1 𝜋 2 ℎ𝑐 3

8𝜋𝐾 4 𝜋 4 4
𝑈(𝑇) = . .𝑇 (16)
𝜋 2 ℎ𝑐 3 15

Comprovou-se experimentalmente que a intensidade total da radiação emitida


aumenta com a temperatura apatir da lei de stefan-Boltzman para o corpo negro:

𝑈(𝑇) = 𝐼 = 𝜎. 𝑇 4 lei de Stefan-Boltzman

➢ A lei de Wien a partir da fórmula da radiação de corpo negro de Planck

Para que a energia 𝑈(𝜆) seja maxima

𝑑𝑈(𝜔) 𝑑𝑈(𝜆)
=0 ; =0 (17)
𝑑𝜔 𝑑𝜆

2𝜋𝑐 𝜋𝑐
Sendo 𝜔 = 2𝜋𝜈 = teremos 𝑑𝜔 = 𝑑𝜆
𝜆 𝜆2

ℎ𝑤 3 1 ℎ8𝜋𝑐 1
𝑈(𝜔) = 𝜋2𝑐 3 𝑥 ℎ𝑤 → 𝑈(𝜆) = 𝑥 ℎ2𝜋𝑐
𝜆5
𝑒 𝑘𝑡 −1 𝑒 𝐾𝑇𝜆 −1

21
𝑑𝑈(𝜆) 𝑑 8𝜋ℎ𝑐 `1 𝑑 𝜆−5
= ( 5 ) = 0 → 8𝜋ℎ𝑐 ( )
𝑑𝜆 𝑑𝜆 𝜆 exp (ℎ2𝜋𝑐 ) − 1 𝑑𝜆 exp (ℎ2𝜋𝑐 ) − 1
𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇𝜆
=0

ℎ2𝜋𝑐 ℎ2𝜋𝑐
−5𝜆−6 (exp ( ) − 1) − 𝜆−5 (exp ( ) − 1)
𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇𝜆 =0
2
ℎ2𝜋𝑐
(exp ( ) − 1)
𝑘𝑇𝜆

ℎ𝑐 ℎ𝑐 ℎ𝑐 −1
−5𝜆−6 (exp ( ) − 1) − 𝜆−5 (exp ( ) )=0
𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇 𝜆2

ℎ𝑐 ℎ𝑐
−5𝜆 (1 − exp (− )) + =0
𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇

ℎ𝑐 ℎ𝑐
−5 (1 − exp (− )) + =0
𝑘𝑇𝜆 𝑘𝑇𝜆

ℎ𝑐
Fazendo 𝑥 = 𝑘𝑇𝜆

−5(1 − 𝑒 −𝑥 ) + 𝑥 = 0 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 − 5 + 5. 𝑒 −𝑥 = −𝑥

ℎ𝑐 0,0029
𝑥𝑝 = 4,97 = = (18)
𝜆𝑝 𝐾𝑇 𝑇

➢ Lei de Wien
iv. Albert Einstein e o Efeito fotoelétrico (1905)

Esta nova teoria de emissão e absorção das radiações através dos fotões deu uma
nova ideia de que a energia não seria somente a propagação de onda, mas que ao incidir
numa superfície comporta-se como partícula “dualidade onda-partícula “. (John W.
Jewett & Serway, 2013)

Este fenômeno foi conhecido como efeito fotoelétrico mais tarde explicada pelo
modelo de Albert Einstein em 1905 que determinava a energia cinética desses eletrões
a partir da seguinte expressão:

22
𝐸𝑐 = ℎ. 𝜈 − ∅ (19)

Onde ∅ é a função trabalho e varia em cada metal.

Descrição 20: Albert Einstein

Einstein previu que se fossem realizados experimentos para a medição de certos


parâmetros do efeito fotoelétrico, os resultados mostrariam que sua hipótese, e somente
ela, forneceria as previsões corretas. Essas inusitadas previsões eram:

1) que a energia cinética dos elétrons independeria da intensidade da luz;

2) que existiria uma freqüência de corte da luz incidente, abaixo da qual o efeito cessa,
não importando quão intensa seja a luz;

3) que os elétrons seriam ejetados imediatamente, não importando quão baixa seja a
intensidade da luz.

v. Henri Becquerel e a descoberta da radioatividade (1906)

Descrição 21: Henry Becquerel

No laboratório de seu pai, Henri Becquerel desenvolveu seu treino científico e


realizou suas primeiras pesquisas – quase todas sobre óptica e muitas delas, no período
de 1882 a 1887, sobre fosforescência. Entre outras coisas, estudou a fosforescência
invisível (no infravermelho) de várias substâncias. Estudou, em particular, os espectros
de fluorescência de sais de urânio. (Martins, 2011)

23
vi. Experiência de Millikan para determinar as cargas do electrão (1911)

Em 1911, o física norte-americano Robert Millikan realizou um experimento que


possibilitou calcular o valor numérico de uma carga elétrica elementar. Millikan borrifou
gotículas de óleo no interior de uma câmara, entre duas placas eletricamente carregadas
no interior do campo elétrico. Quando o campo era suficientemente forte, algumas
gotículas passavam a subir, indicando que possuíam carga negativa. Millikan ajustou o

campo de modo que as gotículas ficassem flutuando imóveis. Ele sabia que a força
da gravidade, orientada para baixo, era exatamente equilibrada pela força elétrica gerada,
orientada para cima. A pesquisa revelou que a carga de cada gotícula era sempre um
múltiplo do mesmo e único valor muito pequeno, que Millikan propôs que fosse a carga
elementar portada por cada elétron Para perplexidade geral, medições cuidadosas
realizadas em 1914 pelo grande experimentalista americano Robert Millikan
confirmaram as previsões de Einstein. Foi por este trabalho e pela determinação da razão
carga/massa do elétron que Millikan ganhou o Prêmio Nobel, em 1923; e foi por haver
explicado (antecipadamente!) as observações de Millikan que Einstein ganhou o seu, em
1921.. (Zito, 2009)

Descrição 22: Robert Millikan

vii. Modelo de Rutherford(1911)

Rutherford chegou à conclusão de que o átomo teria um núcleo pequeno, denso


e positivo, além de elétrons girando ao redor do núcleo em uma região vazia chamada
eletrosfera.

24
Descrição 23: Ernest Rutherford

No ano de 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford conduziu um


experimento muito importante que mudou o modo como o átomo era visto pelos
cientistas da época.

Descrição 24: Experimento de Rutherford.

Ele observou que a maior parte dessas partículas atravessava a lâmina, algumas
eram repelidas e outras eram desviadas. A conclusão que ele chegou era átomo possui
um grande vazio e seria formada por outras partículas: os prótons e elétrons. O átomo
seria constituídos por um núcleo carregado positivamente e uma nuvem eletrônica
carregada negativamente. Essa nuvem eletrônica era composta por elétrons que
giravam em órbitas elípticas ao redor do núcleo, como o sistema solar. Esse
era o motivo pelo qual, algumas partículas foram repelidas, pois elas bateram
no núcleo atômico de ouro. Enquanto as que foram desviadas, elas passaram
muito perto do núcleo do ouro que era positivo, gerando uma repulsão (Chibeni,
2013)

viii. Concluindo a teoria quantica

A teoria quanta explica facilmente os fenômenos de emissão e absorção da energia


que radiam mas só estes, e a teoria ondulatória explica facilmente os fenômenos de
propagação mas só estes, também. As duas teorias, embaixadoras assentes em bases
experimentais pecem incompatíveis. (Aragão, 2006)

25
A teoria quântica acabou por impor-se, implicando o abandono da teoria
eletromagnética, sobre a repartição continua de energia radiante e aproximou-se mais
a teoria corpuscular da luz antes abandonada. (Aragão, 2006)

2.7 Mecanica Quântica

A mecânica quântica de Heisenberg e Schrodinger é, junto com a teoria da


relatividade de Einstein, a teoria mais fundamental da física. Essas teorias concernam
a física do estado sólido á física das partículas elementares. (Griffiths, 2005)

i. Hipotes de Debrogile(1924)

A hipótese de De Broglie propõe que toda a matéria apresenta propriedades de


onda semelhante e refere-se a observada do comprimento de onda da matéria para a
sua dinâmica. Depois de Albert Einstein teoria de fótons tornou-se aceito, a questão
tornou-se se esta era verdade apenas para a luz ou se objetos materiais também exibiram
comportamento ondulatório. (John W. Jewett & Serway, 2013)

Descrição 25: Louis de Broglie

Em sua tese de doutoramento fez uma afirmação ousada relacionando o


comprimento de onda de Einstein e o momento a partir da seguinte formula:


Para de Broglie cada partícula 𝜆 = ;
𝑚.𝜈

𝐸 ℏ.𝜔 ℏ2𝜋𝜈
assumiu que: 𝑃 = ; teremos 𝑃 = = (20)
𝑐 𝑐 𝑐

ℎ ℎ2𝜋𝜈 ℎ𝜈
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 ℏ = 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑃 = =
2𝜋 2𝜋𝑐 𝑐
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐 = 𝜆. 𝜈 𝑒 ℎ = 2𝜋
ℏ2𝜋
Por fim 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑃 = = ℏ. 𝐾 (21)
𝜆

26
Onde K é o numero de ondas

Esta relação constituiu a primeira de uma série de contribuições para a mecânica quântica,
deixando as fundações para a mecânica ondulatória, ao estabelecer um sistema entre as
teorias, prevendo teoricamente o que as experiência confirmaram.

Posteriormente, os fisicos, tal como Niels Bohr, admitiram que o fóton e a


eletromagnética são complementares "complementares" da mesma realidade fisica.

ii. Teorema de Shrodinger (1925-1927)

Um experimento mental foi proposto por Erwin Schrödinger, em 1935, para


demonstrar os estados de superposição quântica dizia: só saberemos se o gato está vivo ou
morto se abrirmos a caixa, mas se isso for feito, alteraremos a possibilidade do gato estar
vivo ou morto.

Descrição 26: Erwin Schrodinger

O movimento de uma particula é dada pela equação de shrodinger

𝑑𝜓 ℏ𝟐 2
𝑖ℏ. = [− ∇ + 𝑼(𝒓)] 𝜓(𝑟, 𝑡) (22)
𝑑𝑡 2𝑚

❖ A parte esquerda representa a variação temporal


❖ A parte direita representa a energia, ou seja, a soma da energia potencial e
da cinética
ℏ𝟐 2
𝐸𝑚𝑒𝑐𝑎𝑛𝑖𝑐𝑎 = 𝐻 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 = − ∇ + 𝑈(𝑟) (23)
2𝑚
❖ 𝜓(𝑟, 𝑡) é a função de onda

27
iii. Heisenberg e a Mecânica Matricial (1925)

Heisenberg, ao elaborar, em 1925, a nova Mecânica dos “Quanta”, procurou fixar


a sua atenção unicamente sobre as grandezas que possuem significação experimental
precisa, e tais como:

1. As freqüências e as intensidades dos raios espectrais do átomo;

2. Os níveis energéticos do átomo que nos são revelados, quer pelas experiências
sobre o choque eletrônico (experiências de Frank e Hertz, e de outros), quer pela
espectroscopia que nos fornece, para o cálculo da freqüência da radiação emitida pelo
átomo.

Consideremos primeiramente o caso de um sistema atômico dependendo de um


único parâmetro (real) x.

𝑥(𝑡) = ∑ 𝑎𝜏 . exp (2𝜋𝑖𝜏𝜈𝑡) (24)


𝜏

Descrição 27: Werner Heisenberg

O principio de correspondência conduziu Heisenberg a admitir a possibilidade de


formar a função hamiltoniana H(x, p) das matrizes x e p, tal queos vectores x e p
satisfaçam às equações denominadas canônicas

𝜕𝐻 𝜕𝐻
𝑥̇ = ( ) , 𝑃̇ = − ( ) (25)
𝜕𝑃 𝜕𝑥

𝜕𝐻 𝜕𝐻
Sendo 𝑥̇ = 2𝜋𝑖𝜈. 𝑥 ; então: 2𝜋𝑖𝜈. 𝑥 = ( 𝜕𝑃 ) 𝑒 2𝜋𝑖𝜈. 𝑃 = −( 𝜕𝑥 )

28
combinando as equações já estabelecidas


∑[𝑃. 𝑥 − 𝑥. 𝑃] = (26)
2𝜋𝑖
𝑘

Todas as variáveis obedecem ao princípio de Heisenberg

iv. Postulados da Mecânica Quântica


1. O estado de qualquer sistema é descrito por uma função de onda, cujas
caracteristicas são:
• Seja ela normalizavel;
• Função Complexa;
• Admita segunda derivada
𝜓(𝑟, 𝑡) → |𝜓(𝑟, 𝑡)|2 = 𝜓 ∗ (𝑟, 𝑡) . 𝜓(𝑟, 𝑡) (27)
• 𝜓(𝑟, 𝑡) não tem sentido físico
• A quantidade destas variáveis dinâmicas está relacionada com o
grau de liberdade
2. As grandezas físicas são representadas por operadores lineares hermitianos

M. Clássica M. Quântica
X 𝑥̂
R ̂
𝑟(𝑥̂, 𝑦̂, 𝑧̂ )
P 𝑝̂
H 𝐻̂
𝜕 2
̂ = −𝑖 ℏ ∇ + 𝑈(𝑟) (28)
Sendo 𝑃̂𝑥 = −𝑖ℏ 𝜕𝑥 ; 𝐻 2𝑚

Os autovalores dos operadores Hermitianos representam todos os


autovalores dos espectros possíveis de resultados experimentais
̂ 𝜓(𝑟, 𝑡) = 𝜆. 𝜓(𝑟, 𝑡)
𝐴. (29)
𝜆- Autovalor
𝐴̂- Operador
𝜓(𝑟, 𝑡)- Autofunção

29
v. A evolução temporal é dada pela equação de Shrodinger
𝑑𝜓 ℏ𝟐 2
𝑖ℏ. = [− ∇ + 𝑼(𝒓)] 𝜓(𝑟, 𝑡) (30)
𝑑𝑡 2𝑚
Explicada na parte ii) do trabalho (Bagnato & Pratavieira, 2021)

vi. Todas as variaveis dinamicas obedecem ao principio de Heisenberg


Explicada na parte 2.7. iii do trabalho

30
3. Link das Imagens/ Figuras

2.1 O uso de lentes

Roger bacon

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Kepler

https://external-
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DOIP.yDtB_2fcrV6xmvm_X89qAgHaEc%26pid%3DApi&f=1

Hans Lipperhey

https://external-
content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2Ftse3.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3
DOIP.gKOZYK-5HBNm524OyeVOuQHaJD%26pid%3DApi&f=1

Zacarias Hansey

https://external-
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DOIP.kMXNA_4hX1CelD-hNPPvJwAAAA%26pid%3DApi&f=1

Leonardo da Vinci

https://external-
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Thomas Young

31
https://external-
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DOIP.WQrwvyP8ueicY_ecDABaMwAAAA%26pid%3DApi&f=1

2.2 Leis da propagação da luz

Eillebrord snell

https://external-
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DOIP.fgdRwwatl1XChdJt6MZExwHaJA%26pid%3DApi&f=1

Rene Descartes

https://external-
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DOIP.8cmLf2Tz2R3rOqIn3jtPkAHaGL%26pid%3DApi&f=1

Pierre Fermat

https://external-
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DOIP.a4y-o40A1-F_MJO_q9VCUwHaIA%26pid%3DApi&f=1

Robert Hooke

https://external-
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DOIP.eTNX8tJjO648kgdZVK1A_AHaIP%26pid%3DApi&f=1

2.3 Teoria da cor

Christian Huygens

https://external

32
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Fid%3DOIP.1c1v1fswKeMbbVdbFwG4iQHaI2%26pid%3DApi&f=1

2.4 Teoria ondulatória

Fresnel

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DOIP.fZdv5cE4CyqiNPnOmrDTHAHaHa%26pid%3DApi&f=1

Kirchhof

https://external-
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OIP.1_LVewwWNX30hcdYX-54RwHaGf%26pid%3DApi&f=1

2.5 Velocidade da Luz

Olaus Roemer

https://external-
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DOIP.OteAQ5Ph9fFhnsZRWlxhigHaIv%26pid%3DApi&f=1

James Bradley

https://external-
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%3DOIP.EyvY6-D8k8v4QaZbVOeqqwHaG8%26pid%3DApi&f=1

Armand Fizeau

https://external-
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DOIP.pDHIJxZjSFKkUoG8rMutEAAAAA%26pid%3DApi&f=1

33
2.6 Teória Quântica

James Maxwell

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Fthmb%2FM1Qzz4rUSKWCIc78kaTTi5NwPlY%3D%2F768x0%2Ffilters%3Ano_u
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Raylleyjean

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IARDcAQ

Henry hertz

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as.org%2Fwiki%2Fimages%2Fthumb%2F5%2F50%2FHeinrich_Rudolf_Hertz.jpg%2
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34
Max Planck

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Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fa%2Fa7%2FMax_Planck_%25281858-
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o%3AMax_Planck_(1858-1947).jpg&tbnid=jmNPIB2s45g-
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hUKEwjO8p_f95f0AhUR_hoKHekgD88QMygBegUIARCwAQ

Albert Einstein

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la.uol.com.br%2Fbe%2Fconteudo%2Fimages%2F2-albert-
einstein.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fbrasilescola.uol.com.br%2Fbiografia%2F
albert-
einstein.htm&tbnid=oiJ2uyLl4DMXTM&vet=12ahUKEwj0vJ7995f0AhUHmhoKH
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lbert%20insten&client=opera&ved=2ahUKEwj0vJ7995f0AhUHmhoKHX9cA10QM
ygAegUIARCyAQ

Henri Becquerel

https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2
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1908%2529.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fpt.m.wikipedia.org%2Fwiki%2FFich
eiro%3ABecquerel%2C_Henri_(1852-
1908).jpg&tbnid=pOQ8nkEu2cABlM&vet=12ahUKEwj_68ep95f0AhWQgc4BHVZ
ABR0QMygCegUIARCqAQ..i&docid=oy5Fhyc0xlkGxM&w=3003&h=3575&itg=1
&q=Henri%20Becquerel&client=opera&ved=2ahUKEwj_68ep95f0AhWQgc4BHVZ
ABR0QMygCegUIARCqAQ

35
Robert Millikan

https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2
Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fb%2Fbe%2FRobert_Andrews_Millikan_19
20s.jpg%2F1200px-
Robert_Andrews_Millikan_1920s.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.or
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Jf0AhUJ_IUKHRrLD44QMygAegUIARCcAQ

Ernest Rutherford

https://external-
content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2Ftse1.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3
DOIP.jbaVscrfLKrjF1ykvzjQCAHaJ7%26pid%3DApi&f=1

2.7 Mecânica Quântica

Louis de Broglie

https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2
Fwikipedia%2Fcommons%2Fd%2Fd2%2FBroglie_Big.jpg&imgrefurl=https%3A%2
F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FLouis_de_Broglie&tbnid=YaMpsUdJXTNTaM
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Erwin Schrodinger

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Werner Heisenberg

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4. Conclusão

Apresentamos, neste trabalho, um material didático construído a partir de trechos


dos artigos originais da óptica física e quântica dentro do possível.

Podemos notar à analogia existente entre a óptica física e a mecânica quântica. No


estado estacionário, ambas são descritas pela mesma equação de ondas e assim, vários
fenômenos que se observa num laboratório de óptica podem ser usados para um melhor
entendimento da mecânica quântica. Apenas como exemplo, o princípio da incerteza de
Heisenberg pode ser verificado num experimento de difração de luz por uma fenda.
Similarmente, outros fenômenos nos quais a matéria comporta-se de forma ondulatória
encontra seu análogo na óptica física. Desta forma, o aprendizado da mecânica quântica
torna-se mais simples com o auxílio da óptica.

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Referências Bibliográficas

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