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Eletrotécnica Básica Capítulo 2

Capítulo 2 Magnetismo e
eletromagnetismo

2.1- INTRODUÇÃO
Em remota antiguidade, os gregos descobriram que um certo tipo de rocha, que eles
encontravam inicialmente perto da cidade de Magnésia, na Ásia Menor tinha o poder de atrair
e segurar pedaços de ferro, A rocha encontrada na realidade era um tipo de minério de fero,
chamado magnetita, e por isso o seu poder de atração foi chamado de magnetismo. As rochas
que contêm o minério que apresenta esse poder de atração são chamadas de ímas naturais.

Os ímãs naturais foram pouco usados, até que se descobriu que um ímã montado em
liberdade de movimento giraria de tal maneira que um dos seus extremos sempre apontaria
para o norte. Os pedaços de “magnetita”, suspensos por um fio, foram chamados de “pedras
guias”, e foram usados pelos chineses, há mais de 2000 anos como bússulas primitivas para
viagens nos desertos. Bússolas primitivas feitas de ímãs naturais, forma também usadas pelos
matinheiros nos primeiros descobrimentos marítimos. A própria Terra é um grande ímã natural
e a orientação dos ímãs na direção norte-sul é causada pelo magnetismo da terra.

2.2- CAMPO MAGNÉTICO


O magnetismo é uma força invisível que pode ser apreciado pelos efeitos que produz.
Você sabe que o vento, por exemplo, exerce uma força, porém não pode ser visto. Da mesma
forma a força magnética pode ser sentida, mas não vista.

O campo magnético ao redor do ímã pode ser explicado sob a forma de linhas invisíveis,
que deixam o ímã em um ponto e entram em um outro. Denominamos a essas regiões pólos de
um ímã, que por convenção, devido o magnetismo terrestre, se chamam Pólo Norte e Pólo Sul
de um ímã.

Podemos também determinar experimentalmente o campo magnético de um ímã.


Jogando ao seu redor limalha de ferro observaremos as linhas de campo magnético, observe a
figura 2.1.

Figura 2.1

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2.3- FORÇA MAGNÉTICA

Se você aproximar dois ímãs, de acordo com a figura 2.2, de modo que dois pólos Norte
se defronte, você sentirá uma força de repulsão, mas um pólo Norte colocado defronte a um
pólo sul produzirá uma força de atração. Podemos então dizer que pólos de mesmo nome se
repelem e de nomes diferentes se atraem.

Figura 2.2

Uma outra propriedade interessante que observamos em relação aos ímãs, é que seus
pólos são inseparáveis, ou seja, se quebramos um ímã ao meio, não teremos um pólo Sul
separado de um Norte o vice versa, e sim dois, ou três novos ímãs dependendo de quantos
partes quebramos o ímã.

Figura 2.3

Daí concluímos então que os pólos dos ímãs, são inseparáveis.

2.4- DOMÍNIOS MAGNÉTICOS

A inseparabilidade dos pólos magnéticos leva ao conceito de ímãs elementares, cujo


conjunto formam os domínios magnéticos. Materiais que possuem por natureza seus domínios
magnéticos alinhados, damos o nome de ímãs.

ímã

S N

Figura 2.4

Qualquer outro material que não possuir seus domínios alinhados podem ser divididos
em três classes de materiais:

-Ferromagnéticos (figura 2.5)

Materiais cujos domínios magnéticos são alinhados com o campo magnético do ímãs,
tais materiais são fortemente atraís pelos ímãs (Ferro, níquel, cobalto, ligas de aço, etc).

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Figura 2.5

-Diamagnéticos (figura 2.6)

Seus domínios magnéticos se alinham de maneira contrária aos domínios do ímã,


causando um fraca repulsão.

Figura 2.6

-Paramagnéticos (figura 2.7)

Seus domínios se alinham de acordo com o ímã, porém nem todos, ocasionando uma
levíssima atração.

Figura 2.7

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2.5- CAMPO MAGNÉTICO CRIADO POR UM CONDUTOR


RETILÍNEO

Em 1820, o dinamarquês Hans


Christian Oersted demonstrou que a
passagem de uma corrente elétrica num
fio condutor gera, em torno dele um
campo magnético. Hoje em dia
estudamos tal fenômeno como sendo o
“efeito da magnético da corrente
elétrica” ou “efeito Orested”.
Experimentalmente verifica-se que o
campo magnético criado por uma
intensidade de corrente elétrica
passando por um condutor retilíneo são
circunferências concêntricas situadas
num plano perpendicular ao condutor. A
figura 2.8 representa a experiência
descrita.

Figura 2.8

A lei de Bio-Savart permite obter a intensidade do vetor campo magnética B a uma


distância d do condutor retilíneo.

 .i
B=
2d

A unidade do campo magnético no sistema internacional é o Tesla – T.

Na expressão da Lei de Biot-Savart µ é uma constante de proporcionalidade


denominada constante permeabilidade magnética do meio que para o vácuo vale µ0 = 4π x 10-7
T.m/A.

A direção e o sentido de B (sempre tangente as


linhas de Campo) podem ser obtidos com o auxílio da
figura 2.9 através da regra da mão direita.

Para facilitar as nossas análises, utilizaremos


uma convenção para desenhar os vetores, pois como Figura 2.9
podemos observar, necessitamos de representar o
desenho em três dimensões. Para isto iremos utilizar a
convenção seguinte para facilitar os desenhos,
utilizando então figuras em duas dimensões.

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A figura 2.10 mostra a convenção que utilizaremos toda vez que um vetor estiver
entrando no plano do papel e quando estiver saindo do plano do papel.

Figura 2.10

Utilizando esta convenção podemos simplificar os desenhos, como mostra a figura 2.11.

Figura 2.11

2.6- CAMPO MAGNÉTICO CRIADO POR UMA ESPIRA


CIRCULAR

Quando dobramos um condutor, conforme a figura


2.12, de forma a termos um anel, dizemos então que
construímos uma espira. Desta forma concentramos o
campo magnético produzido pelo fio aumentando assim
sua intensidade e observando a produção de nosso
eletroímã elementar, com seu pólos magnéticos agora
visíveis.
Figura 2.12

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Aplicando da mesma forma através regra da


mão direita (figura 2.13) podemos determinar o
sentido das linhas de campo magnético produzidos
por uma espira.

A intensidade do campo magnético B no


centro da espira será dada pela expressão:
Figura 2.13
. i
B=
2R

Onde R é o raio da espira em metros.

É importante observar que a espira


percorrida por uma corrente elétrica funciona como
um ímã (figura 2.14), na medida que suas faces se
comporta como pólo magnético sul e a outra face s
comporta como pólo magnético norte.
Figura 2.14

Se tivermos várias espiras justapostas


(figura 2.15), obteremos então uma bobina.

O módulo do campo magnético em seu


interior será dado por:

 .i
B=N
2R
Figura 2.15
Onde N é o número de espiras.

2.7- CAMPO MAGNÉTICO CRIADO POR UM SOLENÓIDE

Quando um fio é enrolado na forma de


espiral cilíndrica, como na figura 2.16, obtemos um
solenóide.

Ao ser percorrido por uma corrente i, o


solenóide gera um campo magnético praticamente
uniforme. O módulo do vetor campo magnético B
gerado pelo solenóide em seu interior pode ser
obtido pela expressão:

. N.i
B= Figura 2.16
L

Onde L é o comprimento do solenóide.

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2.8- FORÇA MAGNÉTICA

Quando um portador de carga elétrica se move no interior de um campo magnético, não


paralelamente às linhas de campo, verifica-se que ele fica sujeito à ação de uma força exercida
por esse campo, denominada força magnética.

2.8.1- Força magnética sobre uma carga pontual


Admitamos que seja lançada uma carga com
velocidade v no interior de um campo magnético B.

Sendo  o ângulo entre v e B, pode-se


obter o módulo da força que atua sobre a carga
pela expressão:
Figura 2.17

F =q.v.B.sen 

A unidade de força no sistema internacional


é o Newton – N.

Experimentalmente observa-se que a força


magnética é defletora, isto é, atua segundo uma
direção simultaneamente perpendicular a v e a B. A
direção e o sentido é dada pela regra da mão
direita, de acordo com a figura 2.18. Observe que
os três dedos, o polegar o indicador e dedo médio
que indicam a direção e o sentido da força
magnética, velocidade e campo magnético
respectivamente, devem formar ângulos de 90o Figura 2.18
entres eles.

Obs: A regra da mão direita foi definida para cargas elétricas positivas, como o sentido
da força é indicado pelo polegar, se a carga elétrica for negativa, o sentido da força será
contrário ao do polegar.

-Carga elétrica lançada paralelamente às linhas de campo magnético

A figura 2.19 representa esta situação onde


temos  = 0° e, em conseqüência, F = 0. Não
haverá aceleração e a carga tende a descrever um
movimento retilíneo uniforme (MRU).

Figura 2.19

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- Carga elétrica lançada perpendicularmente às linhas de campo magnético

De acordo com a figura 2.20, o ângulo agora


será  = 90° e sen 90° = 1. Logo:
o
F=q.v.B.sen90

F=q.v.B

Observe que, neste caso, os vetores F, v e B


formam ângulos retos entre si. F faz o papel de uma
força centrípeta que causa tão somente a alteração Figura 2.20
na direção da velocidade. Observe a figura 2.20.

O movimento a ser desenvolvido pela carga será, em função disto, um movimento


circular uniforme, cujo raio da trajetória pode ser obtido através da 2a Lei de Newton, ou seja,

∑ F=m. a centrípeta

A única força que atua sobre a partícula é a própria força magnética FMag=q.v.B ,
então:

FMag=m.a centrípeta
q.v.B=m .acentrípeta
2
v
q.v.B=m.
R

m. v
R=
q .B

Podemos ainda determinar o período do movimento, ou seja, o tempo que a partícula


gasta para completar uma volta, podendo ser calculado por:

S
T=
v

Para uma volta, ou seja, o período, o espaço percorrido é o comprimento da


circunferência descrita pela trajetória da partícula , então:

S =2  R
2 R
T= ,
v

Substituindo R na expressão, temos:

m .v
2
q .B
T=
v

2 m
T=
q .B

Observe que independentemente do valor da velocidade o tempo que a partícula gasta


para completar a volta será o mesmo, só dependendo de seu valor, massa e da intensidade do
campo magnético na região.

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- Carga elétrica lançada obliquamente às linhas de campo magnético

Quando o vetor velocidade for oblíquo ao


vetor indução B, a trajetória da carga será uma
combinação das duas trajetórias vistas
anteriormente. Temos então um helicóide, e será
um movimento helicoidal uniforme.

Figura 2.21

2.8.2- Força magnética sobre um condutor retilíneo

Considere um condutor retilíneo, no vácuo,


percorrido por uma corrente elétrica i e submetido
a um campo magnético B como mostra a figura
2.22.

Supondo L o comprimento do condutor ,


demonstra-se que a intensidade da força magnética
que atua sobre o mesmo pode ser obtida pela
expressão:

F=B.i.L.sen 

Sendo  o ângulo entre a corrente elétrica


(direção do condutor) e o campo magnético.

Figura 2.22
Procure observar que  é o ângulo entre a
direção do condutor e a direção de B. Se o condutor
estiver disposto paralelamente a B, então  = 0°
ou  = 180° e sen  = 0. Em conseqüência, a
força será nula.

A direção e sentido da força F podem ser


obtidos através da figura 2.23 que representa a
regra da mão direita para condutores elétricos.

Figura 2.23
Este fenômeno também é conhecido como o
princípio do motor.

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2.9- INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

2.9.1- Fluxo magnético


Se uma espira de área interna igual a A
estiver imersa em um campo magnético uniforme,
ela será atravessada por um determinado número
de linhas de indução magnética.

A grandeza escalar que expressa o número


de linhas de indução magnética através da
superfície A é denominada fluxo magnético  e
definida por:

Figura 2.24
=B.A.cos 

A unidade do fluxo magnético no sistema


internacional é o Weber – Wb

2.9.2- Corrente induzida

Michael Faraday, por volta de 1830, realizou


diversas experiências que mostraram a
possibilidade de se produzir corrente elétrica
usando um campo magnético. Observe a figura
2.25.

Observamos que se aproximarmos o ímã da


espira notamos que a lâmpada começa a acender,
ou seja, passa uma corrente elétrica por ela. Esta Figura 2.25
corrente desaparece quando o ímã para de se
movimentar. Quando se afastava o ímã, a corrente
surgia novamente, mas agora no lado oposto.

2.9.3- Lei de Faraday

Observando experiências como a descrita acima podemos concluir que é possível


produzir uma corrente elétrica a partir de um fluxo magnético variável.

No entanto sabemos que só pode existir corrente elétrica num circuito se nele atuar
uma força eletromotriz. Segundo Faraday, essa f.e.m. induzida no circuito é devido a variação
do fluxo magnético, podendo se calculada por:

− 
=
t

A unidade da força eletromotriz é dada em Volts – V como já é sabido.

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2.9.4- Lei de Lenz

A lei de Lenz (Henrich F. Emil Lenz) permite determinar a polaridade da f.e.m. induzida
e, conseqüentemente, o sentido da corrente elétrica, se esta existir. O seu enunciado é descrito
a seguir:

“O sentido da corrente induzida é tal,


que se opõe
à variação do fluxo magnético
que a deu origem.”

Exemplificaremos a Lei de Lenz levando em conta a corrente induzida numa espira


circular pela aproximação ou afastamento de um ímã.

1º- ímã se aproxima da espira (figura 2.26):

Se o pólo norte do ímã se aproxima da


espira, nela surgirá um pólo norte para se opor à
aproximação do pólo norte do ímã (corrente no
sentido anti-horário).

Figura 2.26

2º - ímã se afasta da espira (figura 2.27):

Se o pólo norte do ímã se afasta da espira,


nela surgirá um pólo sul para se opor ao
afastamento do pólo norte do ímã (corrente no
sentido horário).

Figura 2.27

2.9.5- F.e.m. induzida

Admita um condutor retilíneo AB de


comprimento L, que se desloca sobre um condutor
retilíneo a figura a seguir a um campo magnético
uniforme.

Aplicando a Lei de Faraday teremos:

=B.L.v
Figura 2.28
Onde L é o comprimento do condutor imerso
no campo magnético.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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2.1- Um longo fio retilíneo é percorrido por uma corrente de intensidade igual a 2 A. Sendo µ =
4π.10–7 Tm/A, calcule a intensidade de campo magnético produzido por este fio a 20 cm dele.

2.2- Se aumentássemos a corrente do exercício anterior para 4 A, qual seria o valor do campo
magnético produzido no mesmo ponto? Que relação podemos obter entre corrente elétrica e
campo magnético?

i1
2.3- Dois longos fios retilíneos, estendidos no plano Região I Região II
do papel, se cruzam perpendicularmente sem que
haja contato elétrico entre eles.

Esses dois fios são percorridos pelas corrente i1 e i2,


cujos sentidos estão indicados na figura.
i2
r2
a) Em qual das regiões é possível ser nulo o campo
magnético? P
. r1

Região Região III


b) Caracterize o campo magnético resultante no
IV
ponto P, supondo i1 = 10 A, i2 = 40 A, µ = 4π.10–7
Tm/A, r1 = 10 cm e r2 = 20 cm.

2.4- Um fio condutor retilíneo muito longo, imerso em um meio cuja permeabilidade magnética
é µ = 4π.10–7 Tm/A, é percorrido por uma corrente i. A uma distância d = 1m do fio sabe-se que
o módulo do campo magnético é 10–6 T. Qual é a corrente elétrica i que percorre o fio?

2.5- A figura a seguir mostra uma pequena chapa metálica imantada que flutua sobre a água
de um recipiente. Um fio elétrico está colocado sobre esse recipiente. O fio passa, então, a
conduzir uma intensa corrente elétrica contínua, no sentido da esquerda para a direita.
A alternativa que melhor representa a posição da chapa metálica imantada, após um certo
tempo, é:

2.6- Pode-se obter o aspecto das linhas de indução de uma região de campo magnético
salpicando limalha de ferro sobre uma folha de papel colocada horizontalmente. As partículas
de ferro, na região do campo magnético, imantam-se e comportam-se como pequenos ímãs,
alinhando-se com o vetor indução magnética. Analise as afirmações e as figuras a seguir.

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Figura I. Representa a distribuição da limalha de ferro na folha de papel, colocada sobre um ímã em
forma de barra.
Figura II. Representa a distribuição da limalha de ferro na folha de papel, colocada sobre um ímã em
forma de ferradura.
Figura III. Um fio, percorrido por corrente contínua, atravessa um pedaço de papel e a limalha de ferro se
arruma conforme a figura.
Figura IV. Fazendo as espiras de um solenóide, percorrido por corrente contínua, atravessarem o papel,
vê-se que a limalha de ferro forma linhas paralelas e eqüidistantes dentro do solenóide.

Pode-se afirmar que são corretas APENAS

a) I e II b) III e IV c) I, II e III d) I, II e IV e) II, III e IV

2.7- Na figura, estão representados uma bobina (fio


enrolado em torno de um tubo de plástico) ligada em série
com um resistor de resistência R e uma bateria. Próximo à
bobina, está colocado um ímã, com os pólos norte (N) e sul
(S) na posição indicada. O ímã e a bobina estão fixos nas
posições mostradas na figura.

Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que

a) a bobina não exerce força sobre o ímã.


b) a força exercida pela bobina sobre o ímã diminui
quando se aumenta a resistência R.
c) a força exercida pela bobina sobre o ímã é diferente da
força exercida pelo ímã sobre a bobina.
d) o ímã é repelido pela bobina.

2.8- Uma espira circular de raio 2π cm situa-se no plano do


papel e é percorrida por corrente de intensidade igual a
5 A, no sentido indicado. Caracterize o vetor indução
magnética criado pela espira em seu centro, sendo
µ = 4π.10–7 Tm/A.

2.9- Deseja-se construir uma bobina com raio de 1 cm, para produzir um campo magnético em
seu interior de 2 T. Se construirmos a bobina enrolada em um pedaço de cano de pvc de
espessura desprezível, quantas espiras precisaremos enrolar sendo que a corrente que
circulará na bobina é de 4 A. Dado: µ = 4π.10–7 Tm/A.

2.10- Se introduzíssemos um núcleo de material ferromagnético com uma permeabilidade


magnética 1000 vezes maior que a do ar, quantas espiras precisaríamos para produzir com a
mesma corrente o mesmo valor de campo magnético?

2.11- Um solenóide de 20 cm de comprimento contém 100 espiras e é percorrido por uma


corrente elétrica de 5 A. Sendo µ = 4π.10–7 Tm/A a permeabilidade absoluta do meio material
existente em seu interior, calcule o módulo do vetor campo magnético criado pelo solenóide
nessa região.

2.12- Na figura a seguir, a resistência elétrica do solenóide, que tem 1000 espiras por metro, é
igual a 10 Ω. Supondo que haja ar no interior do solenóide ( µ = 4π.10–7 Tm/A ), determine:

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10 Ω

a) o módulo do campo de indução


magnética em seu interior. +
b) a polaridade magnética na parte 74 V _ solenóide
superior do solenóide.

2.13- Na figura a seguir, três partículas carregadas M, N e P penetram numa região onde existe
um campo magnético uniforme B (vetor), movendo-se em uma direção perpendicular a esse
campo. As setas indicam o sentido do movimento de cada partícula.

A respeito das cargas das partículas, pode-se afirmar que:

a) M, N e P são positivas.
b) N e P são positivas.
c) somente M é positiva.
d) somente N é positiva.
e) somente P é positiva.

2.14- Um feixe de elétrons passa inicialmente entre os pólos de um ímã e, a seguir, entre duas
placas paralelas, carregadas com cargas de sinais contrários, dispostos conforme a figura a
seguir. Na ausência do ímã e das placas, o feixe de elétrons atinge o ponto O do anteparo.

Em virtude das opções dos campos magnético e elétrico, pode-se concluir que o feixe:
a) passará a atingir a região I do anteparo.
b) passará a atingir a região II do anteparo.
c) passará a atingir a região III do anteparo.
d) passará a atingir a região IV do anteparo.
e) continuará a atingir o ponto O do anteparo.

2.15- Na figura a seguir, representa-se um ímã prismático, com seu


pólo norte voltado para baixo. Esse ímã foi abandonado e cai
passando pelo centro de uma espira circular situada em um plano
horizontal. Sejam Fie e Fei as forças do ímã sobre a espira e da espira
sobre o ímã, respectivamente.

Enquanto o ímã se aproxima do plano da espira, pode-se afirmar que:

a) Fie é vertical para cima, e Fei é vertical para baixo.


b) Fie é vertical para cima, e Fei também é vertical para cima.
c) Fie é nula, e Fei também é nula.
d) Fie é vertical para baixo, e Fei é vertical para cima.
e) Fie e Fei têm direções e sentidos indeterminados.

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2.16- Nessa figura, representa-se um ímã prismático, com seu pólo


norte voltado para baixo. Esse ímã foi abandonado e cai passando
pelo centro de uma espira circular situada em um plano horizontal.
Sejam i1 e i2, respectivamente, as correntes na espira quando o ímã
se aproxima e quando se afasta dela.

Sobre as correntes na espira, pode-se afirmar que

a) i1 está no sentido MNP, e i2, no sentido MPN.


b) i1 está no sentido MPN, e i2, no sentido MNP.
c) i1 está no sentido MNP, e i2 é nula.
d) i1 e i2 estão ambas no sentido MNP.
e) i1 e i2 estão ambas no sentido MPN.

2.17- Uma barra metálica de comprimento L=50,0cm


faz contato com um circuito, fechando-o. A área do
circuito é perpendicular ao campo de indução
magnética uniforme B = 0,15 T. A resistência do
circuito é R=3,00 Ω, e a barra está movimento
uniforme com velocidade v = 2,00m/s. Nessas
condições, calcule a corrente no resistor.

2.18- Uma espira quadrada de 20 cm de lado está totalmente imersa num campo magnético
uniforme e constante, de intensidade 4,0 T. Calcule o fluxo de indução através dessa espira,
nos seguintes casos:

a) o plano da espira é perpendicular às linhas de campo magnético;


b) o plano da espira é paralelo às linhas do campo magnético.

2.19- Um avião encontra-se em movimento retilíneo e horizontal, a 250 m/s, num local onde o
campo magnético terrestre possui uma componente vertical de 2,0 x 10 -5 T de intensidade.
Sabendo que a distância entre as extremidades de suas asas é igual a 20 m, calcule o módulo a
f.e.m. induzida entre esses pontos.

2.20- Do instante t1 = 1,0 s ao instante t2 = 1,2 s, o fluxo magnético através de uma espira
variou de 2,0 Wb para 8,0 Wb. Determine a f.e.m. induzida média na espira, no intervalo de
tempo entre t1 e t2.

2.21- Uma espira de 20 cm2 de área é atravessada perpendicularmente por um campo


magnético que varia de acordo com o gráfico abaixo. Determine:
B(T)

+0,5

0,01 0,03 0,05 0,07


t(s)

-0,5

a) a f.e.m. induzida no intervalo de tempo de 0,01 s a 0,03 s.


b) desenhe o gráfico da f.e.m. induzida na espira até 0,08 s.

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2.22- Refaça o exercício 2.21 supondo que a freqüência do campo magnético dobre. Observe o
gráfico abaixo. Compare as respostas obtidas no exercício 2.21 e 2.22 e obtenha uma relação
entre a freqüência do campo magnético e o valor da f.e.m. induzida.
B(T)

+0,5

t(s)
0,01 0,03 0,05 0,07

-0,5

2.23- Uma bobina circular de raio R = 1,0 cm e 100 espiras de fio de cobre é colocada num
campo magnético constante e uniforme de módulo igual a 1,2 T, está inicialmente numa
posição tal que o fluxo de B através dela é máximo. Em seguida, num intervalo de tempo de
1,5 x 10-2 s, ela é girada para uma posição em que o fluxo de B através é nulo. Qual a f.e.m.
média induzida entre os terminais da bobina?

2.24- Uma espira quadrada d 0,3 m da lado é atravessada por um campo magnético uniforme
perpendicular ao plano da espira. O campo magnético varia só em módulo, passando de um
valor inicial igual a 0,2 T para um valor final igual a 0,8 T num intervalo de tempo de 0,04 s.

a) calcule o fluxo do campo magnético através da espira no instante inicial e no instante final.
b) supondo que a espira tenha uma resistência elétrica de 0,5 Ω, calcule a corrente induzida na
espira.

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Respostas

2.1- B = 1,26 x 10-5 T


2.2- B = 2,51 x 10-5 T. São grandezas diretamente proporcionais.
2.3- a) Regiões II e IV b) 2,0 x 10-5 T, perpendicular ao plano do papel e entrando no papel
2.4- i = 5 A
2.5- c)
2.6- d)
2.7- b)
2.8- B = 5 x 10-7 T, perpendicular ao plano do papel e entrando no papel.
2.9- 7962 esp
2.10- 8 esp
2.11- 0,314 T
2.12- a) 9,3 x 10-3 T b) Sul
2.13- d)
2.14- a)
2.15- d)
2.16- a)
2.17- 50 mA
2.18- a) 0,16 Wb b) zero
2.19- 0,1 V
2.20- 30 V
2.21- a) 0,1 V
2.22- a) 0,2 V
2.23- 2,51 V
2.24- a) 1,8 x 10-2 Wb e 7,2 x 10-2 Wb b) 20 mA

Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo 2-16

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