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Na região do espaço em torno de um imã Figura 1.2 – Efeitos sobre as linhas de campo
permanente existe um campo magnético que pode
ser representado por linhas semelhantes às linhas Observação: As linhas de campo magnético
de campo associadas a um campo elétrico. buscam ser mais curtas possível e tomar o
caminho com maior permeabilidade.
Conforme a figura 1.1, observamos que as linhas
de campo magnético não começam e terminam em Uma das aplicações práticas deste fenômeno é a
cargas, mas formam curvas fechadas. construção de blindagens eletromagnéticas na
proteção de instrumentos elétricos sensíveis a
ação de campos magnéticos espúrios, conforme a
figura 1.3.
As linhas de campo se dirigem do polo norte para o Figura 1.3 – Efeito da blindagem eletromagnética
polo sul no exterior e do polo sul para o polo norte
Em torno de qualquer fio percorrido por corrente
no interior. As linhas estão igualmente espaçadas
elétrica existe um campo magnético (representado
no interior da barra e simetricamente distribuídas
por linhas circulares), conforme figura 1.4.
no exterior desta.
B n dA (1.2)
A
Onde:
A este fenômeno dá-se o nome de “indução É importante observar, ainda, que o fenômeno da
eletromagnética”. indução também ocorre quando se mantém o imã
fixo e se movimenta o circuito fechado.
Da experiência desenvolvida por Faraday é
necessário destacar que, para que surja uma f.e.m. b) Variação do Fluxo pela variação da Área
induzida no circuito, não é necessário somente a
Considere um circuito fechado de área “A”
existência de um fluxo magnético através da
movendo-se no plano do papel sobre um campo
espira, mas sim o fato de que este fluxo deve variar
magnético uniforme e perpendicular à folha,
no decorrer do tempo.
conforme ilustra a figura 1.11, a seguir.
Assim, pode-se escrever matematicamente que:
(1.3)
Onde:
= Fluxo magnético, variável com o tempo,
que atravessa o circuito.
e = Forca eletromotriz induzida no circuito (ou
espira).
Figura 1.11 – Circuito fechado entrando em um campo
magnético
1.3.3 Fatores que influem na variação do
Fluxo Magnético No instante em que o circuito passa a se
a) Variação do Fluxo pela mudança da intensidade movimentar, penetrando no campo, inicia-se o
do Campo Magnético aumento do fluxo no seu interior, pois ocorre uma
variação na área “A” imersa no campo magnético
Considere um circuito fechado fixo e um imã em (“A” varia com o tempo). Aparece então uma f.e.m.
forma de barra, conforme ilustra a figura 1.10, a induzida no circuito, esta f.e.m. dá origem a uma
seguir. corrente e consequentemente o amperímetro sofre
imã móvel uma deflexão.
Quando o circuito estiver totalmente imerso no
S
campo magnético, o fluxo através da área “A” não
N mais varia e, portanto, não há corrente induzida no
circuito.
c) Variação do Fluxo pela variação do Ângulo “”
Considere um circuito fechado imerso em um
B campo magnético uniforme de módulo “B”,
inicialmente na posição (1) perpendicular ao
circuito fechado campo, conforme mostra a figura 1.12, a seguir.
Figura 1.10 – Imã se aproximando de um circuito fechado
fixo
ELET ROIMÃ
Desta forma pode-se escrever a Lei de Faraday
(expressa matematicamente pela equação 1.3),
como sendo:
(1.4)
O N=3
i a b
Figura 1.16 – Fluxo enlaçado com uma bobina
Figura 1.14 – Barra de ferro com N espiras
Para uma corrente “i” injetada no terminal “a” Se o fluxo “” for variável com o tempo tem-se,
obtém-se um fluxo “” no material ferromagnético. através das leis de Lenz e Faraday, que:
Na figura 1.14, este fluxo “” enlaça ou concatena d
as “N” espiras da bobina. Assim, pode-se definir e1 (1.6)
dt
que:
N d
(1.5) e2 (1.7)
dt
Onde:
d
= Fluxo enlaçado ou concatenado e3 (1.8)
dt
Weber espira ou Wb esp
Compondo, agora, as equações (1.6), (1.7) e (1.8),
Portanto, “” corresponde ao fluxo que enlaça ou vem:
envolve as “N” espiras da bobina.
d d d
A figura 1.15, a seguir, apresenta outros exemplos. e e1 e2 e3 (1.9)
dt dt dt
(1)
Ou ainda,
d
(2)
e 3 (1.10)
dt
Para uma bobina de “N” espiras obtém-se:
o2 d
o1 e N (1.11)
dt
(3) Ou de outra forma:
(4) d (N )
e (1.12)
dt
Figura 1.15 – Fluxos enlaçados ou concatenados
Com N (ver equação 1.5), pode-se
Na figura 1.15 pode-se observar que: escrever que:
Com a polaridade dos enrolamentos definida, pela Figura 1.23 – Bobinas em Série
marcação de pontos, o núcleo dos enrolamentos
não precisa mais ser desenhado e o circuito passa A convenção de pontos para indutores conectados
a ser representado como mostrado a seguir. em série, com pontos se somando, a indutância
total (polaridade aditiva) será:
L L1 L2 2 M (1.27)
Para indutores conectados em série, com pontos
opostos, a indutância total (polaridade subtrativa)
será:
Figura 1.20 – Polaridade das Bobinas
L L1 L2 2 M (1.28)
Portanto, para um par de bobinas acopladas o sinal
do termo relativo à indutância mútua fica definido 1.6.2 Coeficiente de Acoplamento
da seguinte forma: Na figura 1.19, a corrente “i1” na bobina (1)
1) Quando as correntes assumidas nos estabelece um fluxo magnético total “1”. Parte
enrolamentos entram ambas ou saem deste fluxo total atravessa a bobina (2), mais
ambas dos terminais marcados, o sinal do precisamente a parcela “21”. A relação entre a
termo M será positivo. parcela de fluxo magnético “21” e o fluxo total “1”
é denominada coeficiente de acoplamento (K) e
2) Quando uma corrente entra e a outra sai pode ser expresso por:
dos terminais marcados o sinal do termo M
será negativo. 21 12
K (1.27)
Assim, a polaridade de referência de uma tensão 1 2
mútua depende da direção de referência da
corrente induzida e os pontos nas bobinas Da expressão (1.23) tem-se que:
acopladas. 21
A aplicação da convenção de pontos pode ser
M 21 N 2
i1
ilustrada conforme as figuras a seguir.
De forma análoga pode-se escrever que: 05) Quais são as unidades de fluxo magnético
normalmente utilizadas?
12
M 21 N1 (1.28) 06) Fale sobre a experiência realizada por Michael
i2 Faraday.
Como M12=M21, tem-se: 07) Qual é o significado da lei de Faraday?
M 12 M 21 M 2 (1.29) 08) O que é uma f.e.m. de movimento? Onde se
aplica? Dê exemplos.
E ainda,
09) O que é uma f.e.m. de efeito transformador?
Onde se aplica? Dê um exemplo.
M 2 N 2 21 N 1 12 (1.30)
i1 i2 10) Qual é o significado da lei de Lenz?
Determinar L1, L2 e M.
20) Qual é a indutância de uma bobina que induz
20 V, quando a corrente que passa pela
bobina varia de 12 para 20 A em 2 s?
21) Uma bobina tem uma indutância de 50 mH.
Qual é a tensão induzida na bobina quando a
taxa de variação da corrente for de 10000 A/s?
22) Uma determinada bobina de 20 mH opera com
uma frequência de 950 kHz. Qual é a reatância
indutiva da bobina?
1.9 BIBLIOGRAFIA