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A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação
eletromagnética, visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e
difração, a interação entre a luz e o meio, entre outras coisas.
Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível, infravermelha, e
ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda electromagnética, fenómenos
análogos acontecem com os raios X, microondas, ondas de rádio, e outras formas de
radiação electromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma
subdisciplina do electromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza
da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a mecânica quântica.
Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por ordem
crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela
seguinte):
* Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio
de Fermat. Utiliza-se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes,
espelhos), a reflexão e a refração.
* Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua
frequência e comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
* Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética,
explicando assim a reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e
anisotrópicos.
* Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas
eletromagnéticas e a matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel
crucial.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) Ele pregava que a luz, ao bater nos objetos, retirava
deles uma microscópica camada superficial de átomos que, ao serem projetados,
acabavam atingindo nossos olhos permitindo assim que víssemos o mesmo. Problemas:
- Desgaste que os objetos sofreriam ao serem iluminados - As imagens embaralhadas
que deveríamos formar devido às colisões de átomos de dois objetos, etc. Sobre o
segundo problema, Aristóteles até tentou se defender alegando que, o que ocorria fora
do corpo, era exatamente o que sua hipótese sugeria e que tais imagens irreais não eram
percebidas pelas pessoas pois, quando a luz entrava por nossos olhos, a "alma humana"
a recebia e só repassava ao cérebro as imagens corretas
Os antigos filósofos gregos não estabeleciam diferença entre a luz e a visão Os seres
vivos têm uma tênue chama dentro dos olhos Acreditavam que de dentro dos olhos
projetavam-se raios de luminosos que tateavam os objetos e retornavam aos olhos
trazendo consigo informações que, ao serem interpretadas pelo cérebro, acabavam
gerando a sensação visual.
Cláudio Ptolemeu (90 -168 DC) foi um cientista grego que viveu em Alexandria, uma
cidade do Egito. Baseando-se no sistema de mundo de Aristóteles, fez um sistema
geométrico-numérico, de acordo com as tabelas de observações babilônicas, para
descrever os movimentos do céu. Realizou também trabalhos importantes em óptica
sendo um dos primeiros a abordar esse tema.
Alhazen (965 -1040 DC) Físico e matemático árabe. Pioneiro da Óptica, depois de
Ptolomeu. Um dos primeiros a explicar o fenômeno dos corpos celestes no horizonte.
Explicando enxergamos porque a luz atinge os objetos e chegam aos nossos olhos.
Escreveu numerosas obras notáveis pelo estilo e pelas observações sobre os fenômenos
da refração da luz, com especial incidência na refração atmosférica ao nascer e ao pôr
do Sol.
Roger Bacon (1214-1294 DC) foi um filósofo inglês que deu bastante ênfase ao
empirismo e ao uso da matemática no estudo da natureza. Seus avanços nos estudos da
Óptica possibilitaram a invenção dos óculos e seriam em breve imprescindíveis para a
invenção de instrumentos como o telescópio e o microscópio.
Marcelo Malpigh I (1628-1694) fisiologista italiano. Pensei que poderia ser uma
combinação de lentes projetadas para aumentar o tamanho de pequenos objetos e assim
nem sequer inventou o microscópio. O microscópio é amplamente desenvolvida em
meados do século XVII.
Isaac Newton (1642-1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e
matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e
teólogo. Primeira pedra na teoria ondulatória. Propõe a teoria corpuscular para explicar
a dispersão da luz em um prisma. Explica porque a luz caminha em linha reta. Publicou
o Opticks, na qual expõe suas teorias anteriores e a natureza corpuscular da luz, assim
como um estudo detalhado sobre fenômenos como refração, reflexão e dispersão da luz.
Século XIX
Fez renascer a teoria ondulatória: Incorporou um novo conceito: a interferência,
explicou as franjas coloridas observadas em películas ( Hooke) e determinou o
comprimento de onda de varias cores.
George Louis Leclerc (1707 - 1788), escritor e naturalista francês, em 1748 sugeriu
que poderia reduzir o peso das lentes, se a superfície esférica, em vez de ser contínuo foi
dividido em sucessivos anéis concêntricos. Se os anéis montados corretamente formar
uma lente esférica, mas sobre uma superfície plana.
William Hyde Wollaston (1766 - 1828) físico e químico britânico que perdeu a visão e
foi para a eletroquímica e investigação óptica. Foi o primeiro a informar sobre as linhas
escuras no espectro solar e fez importantes observações sobre a refração da luz. Ele
inventou um dispositivo para medir o poder de refração de sólidos.
Henri Poincaré (1854-1912) foi um matemático e físico francês. Foi talvez o primeiro
a compreender todas as verdadeiras implicações dos resultados dos experimentos de
Mchelson-Morley. “O éter existirá na realidade? Não acredito que observações mais
precisas possam alguma vez revelar algo mais do que movimentos relativos”
Albert Einstein ( 1879-1955) foi um físico teórico alemão radicado nos Estados
Unidos. Em 1905 apresentou a teoria da relatividade restrita em que rejeitava a
existência do éter. “A introdução de “um éter” será supérflua uma vez que o ponto de
vista aqui desenvolvido não requer sequer um espaço em repouso absoluto” A luz se
propaga no vazio com uma velocidade bem definida c, independente do estado do
emissor.
Os físicos tinham que se habituar com a idéia de que as ondas eletromagnéticas podiam
se propagar através do espaço livre. A luz agora é encarada como uma onda que se auto-
sustenta e agora a ênfase conceitual passava do éter para o campo. A onda
eletromagnética se tornou uma entidade própria.
Max Planck (1858-1947) foi um físico alemão. Estudando a radiação térmica emitida
por um corpo negro. Propõe que a Energia da radiação seja dada por E = h f h constante
de Planck = 6,6 x 10-34 j.s Para um ajuste matemático
Ótica geométrica A luz é tratada com um feixe luminoso que se propaga em linha reta
(raio de luz) Os obstáculos que a luz atravessa são bem maiores que o comprimento de
onda da luz e o que se tem são apenas sombra e penumbra. Não há difração
Considerando a teoria corpuscular, um raio é simplesmente a trajetória retilínea que um
corpúsculo de luz percorre Considerando a teoria ondulatória, um raio é uma linha
imaginária na direção de propagação da onda, ou seja, perpendicular à frente de onda
Princípios da ótica geométrica Nos meios homogêneos e transparentes a luz se propaga
em linha reta. A propagação da luz independe da existência de outros raios de luz na
região que atravessa A trajetória seguida pelo raio luminoso independe do sentido do
percurso.
Considerações finais
Reflexão
Reflexão especular da luz
O fenômeno da reflexão tem a ver com o retorno de um raio de luz que atinge uma
superfície opaca. Quando um feixe de luz atinge uma superfície lisa e polida ele retorna
ao meio de qual é proveniente. Supondo que a superfície, além de ser lisa e polida
também for plana, e sendo os raios, do feixe incidente, paralelos entre si, os raios de
feixe emergentes, isto é, os raios refletidos, serão, também, paralelos entre si.
Reflexão difusa da luz
Quando um feixe de raios paralelos entre si incidem em uma superfície rugosa mas
opaca, os raios refletidos, isto é, o feixe emergente, retornam ao meio do qual são
provenientes, porém perdendo o paralelismo entre si.
Leis da Reflexão
Qualquer que seja o tipo de reflexão que ocorra na superfície, seja ela especular ou
difusa, os raios, individualmente, sempre obedecem a duas leis básica:
1ª Lei da reflexão: " O raio incidente, o raio refletido e a linha normal à superfície
refletora são coplanares."
2ª Lei da reflexão: " O ângulo de incidência, formado entre o raio incidente e a linha
normal, é sempre igual ao ângulo de reflexão, formado entre o raio refletido e a
normal". Tal como na reflexão mecânica de bolas de bilhar, o qual, levou Newton a
pensar no modelo corpuscular.
Lei da Refração
A lei da refração surge com Descartes, mas Snell, em 1625 já tinha desenvolvido
alguma coisa do assunto.
Em 1662 Fermat demonstra a lei da refração, que é corrigida em 1774 por Maupertius.
Refração da luz
O fenômeno da refração esta associado à passagem da luz de um meio para outro. Para
tanto é necessária a presença de dois meios transparentes ou translúcidos. Quando um
feixe de luz, de raios paralelos entre si, incide e uma superfície refratora, isto é, uma
superfície que separa dois meios transparentes ou translúcidos, os raios passam a se
propagar no segundo meio. Caso os dois meios sejam homogêneos, individualmente, os
raios emergentes, isto é, os raios refratados, não perdem o paralelismo entre si.
Índice de refração
Quando a luz atravessa a superfície que separa dois meios ela passa a se propagar de
acordo com as características desse segundo meio. o índice de refração é uma relação
entre a velocidade da luz em um determinado meio e a velocidade da luz no vácuo. Em
meios com índices de refração mais baixos (próximos a 1) a luz tem velocidade maior,
ou seja, próximo a velocidade da luz no vácuo.
Leis da Refração
Refratar significa atravessar de um meio para o outro. Quando dizemos que um raio
sofreu refração estamos automaticamente dizendo que ele começou a propagar-se em
um meio diferente do que ele estava "andando". É graças ao fenômeno da refração da
luz no ar que conseguimos enxergar os objetos que nos rodeiam, neste caso dizemos que
ar é um meio transparente. Caso a luz não conseguisse refrata-se pelo ar, não
conseguiríamos ver. É também devido ao fato da luz refratar-se no meio vidro que
conseguimos colocar óculos para corrigir eventuais defeitos de visão. Qualquer que seja
o tipo de refração que ocorra entre dois meios, os raios, individualmente, sempre
obedecem as duas leis básica:
1ª Lei da refração: " o raio incidente, o raio refratado e a linha normal à superfície
refratora são coplanares".
2ª Lei da refração: " o produto do índice de refração do meio pelo seno do ângulo
formado pela linha normal e do raio de luz existente neste meio é constante para
qualquer meio."
Lei de Snell-Descartes
A lei da refração recebeu o nome dos dois cientistas, Snell e Descartes, porque apesar
de terem trabalhado independentemente, chegaram à mesma Lei.