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Cinética

A energia cinética é a energia associada ao movimento dos corpos. Do grego o termo "cinética" significa
"movimento".
Qualquer corpo em movimento é capaz de realizar trabalho, portanto, possui energia, que neste caso é
chamada de cinética.

A unidade da energia cinética, no sistema internacional, é medida em Joule (J), em homenagem ao


cientista inglês James Prescott Joule (1818-1889).
Fórmula da Energia Cinética
Para calcular a energia cinética dos corpos, utiliza-se a equação abaixo:

Onde:

Ec: energia cinética, também pode ser representada pela letra K (J)
m: massa do corpo (kg)
v: velocidade do corpo (m/s)
A partir disso, conclui-se que se duplicarmos a massa de um corpo, mantendo sua velocidade, a sua
energia cinética também irá duplicar.

Por outro lado, a velocidade está elevada ao quadrado, então se o seu valor duplicar e sua massa
permanecer constante, a energia cinética será quadruplicada.

Exemplo
Qual a energia cinética de uma pessoa com 60 kg e que está numa velocidade de 10 m/s?

Assim, no instante considerado, a energia cinética do corpo é igual a 3000 J.


Leia também sobre Energia.

Teorema da Energia Cinética


Para que um corpo sofra uma variação na sua velocidade, é necessário que um trabalho seja realizado
sobre ele. Essa variação na velocidade do corpo faz com que sua energia cinética varie.
O teorema da energia cinética indica que a variação da energia cinética é igual ao trabalho, ou seja:

T = ∆Ec
Onde,

T: trabalho (J)
∆Ec: variação da energia cinética (J)
Exemplo
Qual o trabalho que deverá ser realizado sobre um corpo de massa igual a 6 kg, para que sua velocidade
passe de 4 m/s para 20 m/s?

Solução
O trabalho é igual a variação da energia cinética. Essa variação pode ser calculada diminuindo-se o valor
da energia cinética final da energia cinética inicial:

∆Ec = Ecf - Eci

Calculando os valores de Ecf e Eci, temos:

Portanto, o trabalho necessário para mudar a velocidade do corpo, será igual a 1152 J.
Leia também sobre Trabalho na Física.

Energia cinética e Energia Potencial


A soma da energia cinética, produzida pelo movimento, e da energia potencial, gerada pela interação
dos corpos, correspondem à energia mecânica, ou seja, a energia produzida por um corpo através do
trabalho e que pode ser transferida.

A energia mecânica (Em) é expressa matematicamente como a soma da energia cinética (Ec) e energia
potencial (Ep).

Em = Ec + Ep
As fórmulas para calcular a energia cinética e a energia potencial são:

Energia Cinética: Ec = mv2/2


Energia potencial elástica: Epe= kx2/2
Energia potencial gravitacional: Epg= m. g. h
Onde,

m: massa (kg)
v: velocidade (m/s)
K: constante elástica (N/m)
x: deformação (m)
g: aceleração da gravidade de aproximadamente 10 m/s2
h: altura (m)

Pela conversão de unidades, temos:

Movimento Uniforme
Na física, o movimento uniforme (MU) representa o deslocamento de um corpo a partir de determinado
referencial, sob velocidade constante.
Dessa forma, o movimento uniforme ocorre quando um corpo percorre distância iguais em intervalos de
tempos iguais.

Por exemplo, um carro que percorre uma trajetória (São Paulo-Rio de Janeiro) com velocidade
constante de 120 km/h.

Movimento Retilíneo Uniforme


Note que no movimento uniforme (MU) a trajetória percorrida pelo corpo pode ter diversas formas (reta,
circular, curvilínea etc.), desde que o corpo permaneça com velocidade constante.
No movimento retilíneo uniforme (MRU) o corpo está sob velocidade constante, contudo, a trajetória
percorrida pelo corpo é em linha reta, por isso, o nome retilíneo.

Leia também Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.


Equação Horária do Movimento Uniforme
Podemos encontrar a posição de um corpo que apresenta movimento uniforme, através da sua equação
horária. Esta equação indica a posição do corpo em função do tempo. Assim:

Sendo

s: posição do corpo em um determinado tempo (m)


s0: posição inicial do movimento (m)
v: velocidade (m/s)
t: intervalo de tempo (s)

No movimento uniforme a velocidade média terá o mesmo valor da velocidade em cada instante
(velocidade instantânea), pois seu valor é sempre igual. Assim, temos:

Sendo

v: velocidade do movimento uniforme (m/s)


vm: velocidade média (m/s)
Δs: deslocamento (posição final - posição inicial) (m)
t: intervalo de tempo (s)
Veja também: Exercícios sobre velocidade média
Gráficos do movimento uniforme
A função horária do movimento uniforme é uma função do 1º grau. Desta forma, seu gráfico será uma
reta cuja inclinação será igual ao valor da velocidade.

Podemos ainda, representar o gráfico da velocidade em função do tempo. Este gráfico será o da função
constante, pois a velocidade apresenta o mesmo valor ao longo do tempo.

Movimento Uniformemente Variável


Movimento Uniformemente Variado (MUV) é aquele em que há variação de velocidade nos mesmos
intervalos de tempo e com mesma intensidade. É o mesmo que dizer que a sua aceleração é constante e
diferente de zero.

É a aceleração que determina a variação da velocidade. Assim, a média da aceleração é fundamental


para que se obtenha o perfil do MUV. Seu cálculo é feito através da seguinte fórmula:

Onde,
a: aceleração
am: aceleração média
: variação da velocidade
: variação do tempo
Lembrando que a variação é calculada subtraindo um valor final do valor inicial, ou seja,

A partir daí, obtemos a seguinte fórmula, a qual resume a melhor forma de obter a velocidade decorrida
em função do tempo:

Onde,
v: velocidade
vo: velocidade inicial
a: aceleração
t: tempo
Para saber a variação de um movimento precisamos que todas as posições estejam relacionadas com o
momento em que acontecem.

É o que se chama função horária da posição:


Onde,
S(t): posição em determinado instante
So: posição inicial
vo: velocidade inicial
a: aceleração
t: tempo
Através da Equação de Torricelli, por sua vez, é possível definir a velocidade em função do espaço:

Onde,
v: velocidade
vo: velocidade inicial
a: aceleração
ΔS: variação da posição

Em um gráfico da velocidade em função do tempo a área da figura abaixo da curva representa a


distância percorrida no movimento. Essa propriedade simplifica o cálculo da distância a partir do gráfico
da velocidade.
Leis de Kepler

As Leis de Kepler são três leis, propostas no século XVII, pelo astrônomo e matemático alemão Johannes
Kepler (1571-1630), na obra Astronomia Nova (1609).

Elas descrevem os movimentos dos planetas, seguindo modelos heliocêntricos, ou seja, o Sol no centro
do sistema solar.

As Leis de Kepler: Resumo


Segue abaixo as três Leis de Kepler sobre os movimentos planetários:

Primeira Lei de Kepler


A 1ª Lei descreve as órbitas dos planetas. Kepler propôs que os planetas giram em torno do Sol, em uma
órbita elíptica, com o Sol em um dos focos.

Nesta Lei, Kepler corrige o modelo proposto por Copérnico que descrevia como circular o movimento
orbital dos planetas.

Segunda Lei de Kepler


A 2ª lei de Kepler assegura que o segmento (raio vetor) que une o sol a um planeta varre áreas iguais em
intervalos de tempo iguais.

Uma consequência deste fato é que a velocidade do planeta ao longo da sua trajetória orbital é
diferente.
Sendo maior quando o planeta se encontra mais próximo do seu periélio (menor distância entre o
planeta e o Sol) e menor quando o planeta se encontra próximo do seu afélio (maior distância do
planeta ao Sol).

Terceira Lei de Kepler


A 3ª lei de Kepler indica que o quadrado do período de revolução de cada planeta é proporcional ao
cubo do raio médio de sua órbita.

Por isso, quanto mais distante o planeta estiver do sol, mais tempo levará para completar a translação.
Matematicamente, a terceira Lei de Kepler é descrita da seguinte maneira:

Onde:

T: corresponde ao tempo de translação do planeta


r: o raio médio da órbita do planeta
K: valor constante, ou seja, apresenta o mesmo valor para todos os corpos que orbitam ao redor do Sol.
A constante K depende do valor da massa do Sol.

Portanto, a razão entre os quadrados dos períodos de translação dos planetas e os cubos dos
respectivos raios médios das órbitas será sempre constante, conforme apresentado na tabela abaixo:
Leis de Kepler e a Gravitação Universal
As Leis de Kepler descrevem o movimento dos planetas, sem se preocupar com as suas causas.

Isaac Newton ao estudar essas Leis, identificou que a velocidade dos planetas ao longo da trajetória é
variável em valor e direção.

Para explicar essa variação, ele identificou que existiam forças atuando nos planetas e no Sol.

Deduziu que essas forças de atração dependem da massa dos corpos envolvidos e das suas distâncias.

Chamada de Lei de Gravitação Universal, sua expressão matemática é:

Sendo,

F: força gravitacional
G: constante de gravitação universal
M: massa do Sol
m: massa do planeta

Gravidade

Gravidade ou gravitação é uma força que regula os objetos em repouso. As conclusões sobre a existência
da força da gravidade resultam da pesquisa de Isaac Newton (1642-1727) e foram aperfeiçoadas pelos
estudos de Albert Einstein (1879 - 1955).
Conforme os relatos históricos, Newton, ao observar uma maça cair da árvore, concluiu que - se a fruta e
todos os outros corpos são atraídos para a Terra sem que tenham qualquer velocidade inicial, a Terra
deveria ter uma força de atração que os obrigassem a cair em sua direção.
Esta é a mesma que mantém a Lua em órbita ao redor da Terra. O mesmo ocorre com o Sol que, por sua
vez, exerce a força de atração para manter a Terra e os demais planetas ao seu redor.

Newton concluiu a existência de uma força de atração mútua entre todos os corpos, a qual dependeria
de suas massas. Em 1666, Newton foi o primeiro a perceber a lei fundamental que seria básica para a
compreensão de vários fenômenos, antes inexplicáveis, que ocorrem no universo - a gravitação
universal.

Leis de Newton
As Leis do Movimento, de Newton foram publicadas no livro "Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural, ou da Ciência. Conforme a Primeira Lei de Newton: um corpo em repouso permanece em
repouso se não é forçado a mudar.

Já um corpo que se move continuará a se mover com a mesma velocidade e no mesmo sentido, se não
for forçado a mudar.

A Segunda Lei de Newton a força que atua sobre um objeto é igual à massa do objeto vezes a sua
aceleração.

A Terceira Lei de Newton, chamada da Lei da Ação e Reação, estabelece que todas as vezes que um
objeto 1 exerce uma força sobre outro objeto 2, este outro objeto 2 vai exercer uma força igual no
sentido contrário sobre o objeto 1.

Assim, as forças não se equilibram porque são aplicadas sobre corpos diferentes.

Lei da Gravitação Universal


A mais extraordinária de suas leis foi a da gravitação universal, quando Newton provou que cada
partícula de matéria atrai outras partículas de matéria.

Não é só a Terra que puxa para seu centro a maçã da árvore, mas também a maçã puxa a Terra.

Essa lei aplica-se a todos os planetas. O Sol puxa, ou atrai a Terra, esta atrai a Lua, e a Lua atrai a Terra.
Newton mostrou que a força entre os corpos depende de sua massa, assim como da proximidade deles.

Força da Gravidade
Ao formular a lei da gravidade, Newton considerou a gravitação e aceleração como coisas distintas.
Albert Einstein, 300 anos depois, demonstrou que ambos os fenômenos são aspectos diferentes da
mesma força - a massa.

Assim, massa inercial é a resistência que um objeto oferece a qualquer alteração de seu estado, e massa
gravitacional é a propriedade que um objeto tem de atrair outros.

A primeira calcula-se descobrindo a quantidade de energia necessária para dar certa aceleração a um
objeto; a segunda se avalia simplesmente pensando o objeto na superfície da Terra.

A relação entre as duas é uma relação proporcional: quanto maior a massa, maior a energia necessária
para mudar seu estado de repouso e movimento.

Gravidade da Terra
A gravidade é demonstrada pela notação g e o valor aproximado é de 9,80665 m/s². O valor é
aproximado porque a Terra não é uma esfera perfeita e há pontos na superfície em que a gravidade
varia.

Gravidade dos Planetas


A massa é diretamente proporcional à gravidade. Assim, quanto maior a massa, maior a gravidade
exercida. Essa é a lógica para compreender a gravidade dos planetas.

A gravidade também influencia no peso. A força da gravidade faz com que o peso seja alterado de
planeta para planeta. Já a massa é constante em todo o Universo.

Gravidade em metros / segundo²


Sol 273,42
Mercúrio 3,78
Vênus 8,60
Terra 9,8
Marte 3,72
Júpiter 24,8
Saturno 10,5
Urano 8,5
Netuno 10,8
Plutão 5,88
Lua 1,67

Gravidade na Lua
Como a Lua é bem menor que a Terra, sua força de gravidade também é menor, logo os corpos são
atraídos com menor força para a superfície lunar. Na prática significa que lá, esses corpos pesam menos
que na Terra.

A ação gravitacional da Lua e do Sol atua sobre a Terra, associada ao movimento de rotação desses
corpos celestes, produzindo movimentos periódicos nos mares e oceanos.

A esses movimentos dá-se o nome de maré astronômica. A periodicidade da maré e sua magnitude
variam de lugar para lugar em todo o Planeta.

Movimento das Marés


No Brasil, a maré enche duas vezes por dia e esvazia duas vezes.Há lugares em que a maré sobe e desce
apenas uma vez por dia; e outros que a maré varia dependendo da época do mês.

Em geral, os lugares em que a maré sobe e desce só uma vez por dia estão situados em latitudes acima
de 50 graus norte e sul.

O ponto mais alto da maré cheia chama-se preamar, e o mais baixo baixamar. A diferença entre esses
dois pontos chama-se amplitude da maré.

As marés de maior amplitude, chamadas de maré forte, ocorrem perto dos dias de Lua Nova e Lua Cheia;
e as marés de menores amplitudes ocorrem perto dos dias de Lua de Quarto crescente e Quarto
minguante. Isso demonstra que as oscilações das marés se devem à ação da Lua e do Sol.
Hidrostática
A Hidrostática é uma área da física que estuda os líquidos que estão em repouso. Esse ramo envolve
diversos conceitos como a densidade, a pressão, o volume e a força empuxo.
Principais Conceitos da Hidrostática
Densidade
A densidade determina a concentração de matéria num determinado volume. Ela representa a relação
entre a massa e o volume ocupado por esta massa.

Elementos químicos e substâncias (sólidas, líquidas e gasosas), que ocupem mesmo volume, possuem
massas diferentes. É a densidade que expressa esta relação.

Corpo sólido imerso em um fluido


Se a densidade do corpo for menor que a densidade do fluido, o corpo flutuará na superfície do fluido;

A água líquida é mais densa do que na fase sólida.

Se a densidade do corpo for equivalente à densidade do fluido, o corpo ficará em equilíbrio com o fluido;

Se a densidade do corpo for maior que a densidade do fluido, o corpo afundará.


A densidade do álcool é maior que a do gelo.

Fórmula da densidade

sendo,
d: densidade
m: massa (em Kg)
v: volume (em m³)
A unidade de medida é o . Também é usualmente expressa em grama por centímetro cúbico
(g/cm3) ou em grama por mililitro (g/mL).

Leia também sobre a Densidade e a Densidade da Água.

Pressão
A pressão é um conceito essencial da hidrostática, e nessa área de estudo é chamada pressão
hidrostática. Ela determina a pressão que exercem os fluidos.

Como exemplo, podemos pensar na pressão que sentimos quando estamos nadando. Assim, quanto
mais fundo mergulharmos, maior será a pressão hidrostática.

Esse conceito está intimamente relacionado com a densidade do fluido e a aceleração da gravidade.
Sendo assim, a pressão hidrostática é calculada pela seguinte fórmula:

Onde,
P: pressão hidrostática
d: densidade do líquido (em g/cm3)
h: altura do líquido no recipiente (em m)
g: aceleração da gravidade (em m/s²)
A unidade de medida de pressão hidrostática é o Pascal (Pa), mas também é utilizado a atmosfera (atm)
e o milímetro de mercúrio (mmHg);

Obs: Note que a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente. Ela depende da densidade
do fluido, da altura da coluna do líquido e da gravidade do local.
Leia também sobre a Pressão Atmosférica.

Empuxo
O empuxo, também chamado impulsão, é uma força hidrostática que atua num corpo imerso em um
fluido. Dessa forma, a força empuxo é a força resultante exercida pelo fluido sobre determinado corpo.
Como exemplo, podemos pensar no nosso corpo que parece mais leve quando estamos na água, seja na
piscina ou no mar.

Observe que essa força exercida pelo líquido sobre o corpo já era estudada na Antiguidade.

O matemático grego Arquimedes foi quem realizou uma experiência hidrostática que permitia calcular o
valor da força empuxo (vertical e para cima) que torna um corpo mais leve no interior de um fluido. Note
que ela atua em sentido contrário à força peso.

Assim, o enunciado do Teorema de Arquimedes ou Lei do Empuxo é:

“Todo corpo mergulhado num fluido recebe um impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do
fluido deslocado, por esse motivo, os corpos mais densos que a água, afundam, enquanto os menos densos
flutuam”.

Em relação à força empuxo, podemos concluir que:

• Se a força do empuxo (E) tiver maior intensidade que a força peso (P), o corpo subirá para a
superfície;
• Se a força empuxo (E) tiver a mesma intensidade que a força peso (P) o corpo não subirá nem
descerá, permanecendo em equilíbrio;
• Se a força empuxo (E) tiver menor intensidade que a força peso (P), o corpo afundará.
Lembre-se que a força empuxo é uma grandeza vetorial, ou seja, possui direção, módulo e sentido.
No Sistema Internacional (SI), o empuxo (E) é dado em Newton (N) e calculado pela seguinte fórmula:

Onde,

E: força empuxo (em N)


df: densidade do fluido (em kg/m³)
Vfd: volume do fluido deslocado (em m³)
g: aceleração da gravidade (em m/s²)
Leia a fórmula do empuxo.

Balança Hidrostática
A balança hidrostática foi inventada pelo físico, matemático e filósofo italiano Galileu Galilei (1564-
1642).

Baseada no Princípio de Arquimedes, esse instrumento serve para medir a força empuxo exercida em
um corpo imerso em um fluido.
Ou seja, ela determina o peso de um objeto imerso em um líquido, que por sua vez é mais leve que no ar.
Balança Hidrostática

Lei Fundamental da Hidrostática


O Teorema de Stevin é conhecido como a “Lei fundamental da Hidrostática”. Essa teoria postula a
relação de variação entre os volumes dos líquidos e da pressão hidrostática. Seu enunciado é expresso
da seguinte maneira:

“A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio (repouso) é igual ao produto entre
a densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos.”

O Teorema de Stevin é representado pela seguinte fórmula:

ou

Onde,

∆P: variação da pressão hidrostática


γ: peso específico do fluido
∆h: variação da altura da coluna de líquido
d: densidade
g: aceleração da gravidade
No Sistema Internacional (SI):
• a variação da pressão hidrostática é em Pascal (Pa);
• o peso específico do fluido é em Newton por metros cúbicos (N/m3);
• a variação da altura da coluna do líquido é em metros (m);
• a densidade é em quilograma por metros cúbicos (Kg/m3);
• a aceleração da gravidade é em metros por segundo ao quadrado (m/s2).

Hidrostática e Hidrodinâmica
Enquanto a hidrostática estudo os líquidos em repouso, a hidrodinâmica é o ramo da física que estuda o
movimento desses fluidos.

Termologia

A termodinâmica é uma área da Física que estuda as transferências de energia. Busca compreender as
relações entre calor, energia e trabalho, analisando quantidades de calor trocadas e os trabalhos
realizados em um processo físico.

A ciência termodinâmica foi inicialmente desenvolvida por pesquisadores que buscavam uma forma de
aprimorar as máquinas, no período da Revolução Industrial, melhorando sua eficiência.

Esses conhecimentos se aplicam atualmente em várias situações do nosso cotidiano. Por exemplo:
máquinas térmicas e refrigeradores, motores de carros e processos de transformação de minérios e
derivados do petróleo.

Leis da Termodinâmica
As leis fundamentais da termodinâmica regem o modo como o calor se transforma em trabalho e vice-
versa.

Primeira Lei da Termodinâmica


A Primeira Lei da Termodinâmica se relaciona com o princípio da conservação da energia. Isso quer
dizer que a energia em um sistema não pode ser destruída nem criada, somente transformada.
A fórmula que representa a primeira lei da termodinâmica é a seguinte:
A quantidade de calor, o trabalho e a variação de energia interna possuem como unidade de medida
padrão o Joule (J).

Um exemplo prático da conservação de energia ocorre quando uma pessoa usa uma bomba para encher
um objeto inflável, ela está usando força para colocar ar dentro do objeto. Isso significa que a energia
cinética faz o pistão abaixar. No entanto, parte dessa energia se transforma em calor, que é perdida para
o meio.

A Lei de Hess é um caso particular do princípio da conservação de energia. Saiba mais!

Segunda Lei da Termodinâmica


As transferências de calor ocorrem sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio, isso acontece
de forma espontânea, mas o contrário não. O que significa dizer que os processos de transferência de
energia térmica são irreversíveis.
Desse modo, pela Segunda Lei da Termodinâmica, não é possível que o calor se converta integralmente
em outra forma de energia. Por esse motivo, o calor é considerado uma forma degradada de energia.

Exemplo da Segunda Lei


da Termodinâmica
A grandeza física relacionada com a Segunda Lei da Termodinâmica é a entropia, que corresponde ao
grau de desordem de um sistema.

Lei Zero da Termodinâmica


A Lei Zero da Termodinâmica trata das condições para a obtenção do equilíbrio térmico. Dentre essas
condições podemos citar a influência dos materiais que tornam a condutividade térmica maior ou
menor.

Segundo essa lei,

1. se um corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo B e


2. se esse corpo A está em equilíbrio térmico em contato com um corpo C, logo
3. B está em equilíbrio térmico em contato com C.

Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, aquele que estiver mais
quente irá transferir calor para aquele que estiver mais frio. Isso faz com que as temperaturas se igualem
chegando ao equilíbrio térmico.

É chamada de lei zero porque o seu entendimento mostrou-se necessário para as primeiras duas leis
que já existiam, a primeira e a segunda leis da termodinâmica.

Terceira Lei da Termodinâmica


A Terceira Lei da Termodinâmica surge como uma tentativa de estabelecer um ponto de referência
absoluto que determine a entropia. A entropia é, na verdade, a base da Segunda Lei da Termodinâmica.

Walther Nernst, o físico que a propôs, concluiu que não era possível que uma substância pura com
temperatura zero apresentasse a entropia num valor aproximado a zero.

Por esse motivo, trata-se de uma lei polêmica, considerada por muitos físicos como uma regra e não
uma lei.

Sistemas termodinâmicos
Em um sistema termodinâmico pode haver um ou vários corpos que se relacionam. O meio que o
envolve e o Universo representam o meio externo ao sistema. O sistema pode ser definido como: aberto,
fechado ou isolado.
Sistemas termodinâmicos
Quando o sistema é aberto, há transferência de massa e energia entre o sistema e o meio externo. No
sistema fechado há apenas transferência de energia (calor), e quando é isolado não há trocas.

Comportamento dos gases


O comportamento microscópico dos gases é descrito e interpretado de forma mais fácil do que nos
outros estados físicos (líquido e sólido). É por isso que os gases são mais usados nesses estudos.

Nos estudos termodinâmicos são usados gases ideais ou perfeitos. É um modelo no qual as partículas se
movem de forma caótica e interagem apenas nas colisões. Além disso, se considera que essas colisões
entre as partículas, e delas com as paredes dos recipientes, são elásticas e duram por pouquíssimo
tempo.

Em um sistema fechado, o gás ideal pressupõe um comportamento que envolve as seguintes grandezas
físicas: pressão, volume e temperatura. Essas variáveis definem o estado termodinâmico de um gás.
Comportamento dos gases segundo as leis dos gases
A pressão (p) é produzida pelo movimento das partículas do gás dentro do recipiente. O espaço ocupado
pelo gás no interior do recipiente é o volume (v). E a temperatura (t) está relacionada com a energia
cinética média das partículas do gás em movimento.

Energia interna
A energia interna de um sistema é uma grandeza física que ajuda a medir como ocorrem as
transformações pelas quais um gás passa. Essa grandeza está relacionada com a variação da
temperatura e da energia cinética das partículas.

Um gás ideal, formado por apenas um tipo de átomo, possui energia interna diretamente proporcional à
temperatura do gás. Isso é representado pela fórmula a seguir:
Óptica geométrica
Óptica geométrica é a parte da Física responsável pelo estudo da luz e dos fenômenos associados a ela,
considerando que sua propagação ocorre por meio de raios de luz.
A câmera fotográfica é um instrumento óptico que funciona de acordo com os princípios da Óptica
Geométrica
A Óptica é a parte da Física responsável pelo estudo da luz e dos fenômenos associados a ela. Como a
luz apresenta comportamento dual, podendo ser considerada como onda ou partícula, os estudos da
Óptica dividem-se em duas partes:
• Óptica física – quando se considera a natureza ondulatória da luz;
• Óptica geométrica – quando a luz é considerada uma partícula e seus estudos são feitos a
partir do conceito de raios de luz, conferindo um modelo geométrico para a luz.
Definições importantes da Óptica Geométrica
Como o foco deste texto é apenas a Óptica Geométrica, antes de conhecermos seus princípios, vejamos
algumas definições importantes:

Os raios de luz são segmentos de reta que representam a direção e o sentido de propagação da luz.
Eles podem ser emitidos por dois tipos de fonte:
• Fontes primárias: que emitem luz própria, como o sol, a chama de uma vela ou uma
lâmpada;
• Fontes secundárias: que refletem a luz que recebem de uma fonte primária, como a lua
que reflete a luz que recebe do sol, ou um livro, que só pode ser visto se refletir a luz que
recebe de uma lâmpada.
As fontes luminosas também podem ser classificadas em relação à sua dimensão:

• Fontes extensas: quando possuem dimensões consideráveis se comparadas às dimensões


do objeto a ser iluminado. Por exemplo: uma lâmpada acesa perto de um livro;
• Fontes pontuais: se as dimensões da fonte de luz forem consideradas desprezíveis em
relação ao objeto a ser iluminado.
Um conjunto de raios de luz constitui um feixe de luz. A luz emitida por uma fonte pontual propaga-se
em todas as direções, sendo assim, ele é denominado feixe divergente de raios de luz. Quando os raios
são paralelos, como no caso da luz emitida por uma lanterna, dizemos que o feixe de luz é convergente.
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O feixe de luz emitido pela lanterna possui raios de luz paralelos, ou seja, é convergente
Princípios da Óptica Geométrica
Existem três princípios adotados pela Óptica Geométrica para explicar os fenômenos luminosos.

O primeiro é denominado Princípio da Propagação Retilínea da Luz e afirma que:


“Em meios homogêneos e transparentes, a luz propaga-se em linha reta.”
Esse princípio explica vários fenômenos, como a semelhança geométrica entre a sombra e o objeto que
a produz, além da formação de penumbra e dos eclipses.

O segundo princípio da Óptica Geométrica é o da independência dos raios luminosos, que tem o
seguinte enunciado:
“Quando dois ou mais feixes de luz se cruzam, um não altera a propagação do outro.”
Os dois feixes de luz interceptam-se e continuam propagando-se na mesma direção
Por fim, o terceiro princípio, que é o da reversibilidade dos raios luminosos:

“A trajetória seguida pela luz independe do seu sentido de propagação.”


A Óptica Geométrica é responsável pelo estudo de vários conceitos físicos, entre eles a formação
de sombra, penumbra e eclipse; a reflexão e a refração da luz, bem como a formação da imagem em
espelhos, nas lentes e nos instrumentos ópticos.

Espelhos Planos
Os espelhos planos são superfícies aplainadas e polidas os quais possuem poder de reflexão. Nesse
caso, a reflexão da luz num espelho plano, acontece de forma regular de maneira que o feixe de luz se
apresenta bem definido e segue somente uma direção.
Ademais, o raio de luz incidente, o raio refletido e a reta normal à superfície, estão situados no mesmo
plano, ou seja, são coplanares, de forma que o ângulo de reflexão e o de incidência possuem a mesma
medida.

Os espelhos são superfícies refletoras compostas de vidro e metal, sendo que o mais usado nos espelhos
atuais é a prata. De acordo com sua superfície refletora, os espelhos podem
ser Planos ou Esféricos (côncavo e convexo).
No caso das formas dos espelhos planos, eles possuem diversos formatos, a saber: circular, triangular,
poligonal, dentre outros. Um exemplo muito comum de espelho plano é o vidro, material que permite a
formação de imagens nítidas.

Formação da Imagem
A imagem refletida num espelho plano, chama-se “Enantiomorfa” na medida que se forma à mesma
distância do espelho que o objeto, sendo, portanto, simétrica do objeto em relação ao espelho.
Por isso, quando colocamos um espelho ao lado do outro, eles formam uma circunferência, o que
corrobora a equidistância de todos os pontos do centro e sobretudo, a simetria da imagem.

Um exemplo notório é quando vemos nossa imagem refletida num espelho, que parece formar-se atrás
do espelho.

Dessa forma, nossa imagem fica do mesmo tamanho que somos e configura-se numa imagem virtual do
nosso corpo, a qual apresenta uma “reversão da imagem”, ou seja, uma inversão da esquerda-direita.

Assim, nos espelhos planos o objeto é real e a imagem virtual e simétrica.

Em outros termos, num espelho plano, imagem e objeto não se sobrepõem sendo, a distância do objeto
ao espelho (do) será equivalente à distância da imagem ao espelho (di): di = - do. Do mesmo modo, a
altura do objeto (ho) será igual à altura da imagem (hi)
Associação de Espelhos Planos
Quando associamos dois ou mais espelhos planos, ou seja, colocamos os espelhos lado a lado, as
imagens que se formam multiplicam-se, compondo um ângulo (α) e na medida que (α) diminui, o
número de imagens aumenta.

Para saber qual o número de imagens (n) fornecidas pelos espelhos que formam esse ângulo, utiliza-se a
seguinte fórmula:

Espelhos Esféricos
Os espelhos esféricos são superfícies arredondadas os quais possuem também o poder de reflexão. São
as esferas lisas e polidas, de forma que os ângulos de incidência e de reflexão são equivalentes, e os
raios incidido, refletidos e a reta normal, ao ponto incidido. São classificados em:
• Espelhos côncavos: aquele em que a superfície refletora é a parte interna do espelho.
• Espelhos convexos: aquele em que a superfície refletora é a parte externa do espelho.

As lentes esféricas fazem parte do estudo da física óptica, sendo um dispositivo óptico composto por
três meios homogêneos e transparentes.
Nesse sistema, dois dioptros estão associados, sendo que um deles é necessariamente esférico. Já o
outro dioptro, pode ser plano ou esférico.

As lentes possuem uma grande importância nas nossas vidas, posto que com elas podemos aumentar
ou reduzir o tamanho de um objeto.

Exemplos
Muito objetos do cotidiano utilizam as lentes esféricas, por exemplo:

• Óculos
• Lupa
• Microscópios
• Telescópios
• Câmeras Fotográficas
• Filmadoras
• Projetores
Tipos de Lentes Esféricas
De acordo com a curvatura que apresentam, as lentes esféricas são classificadas em dois tipos:
Lentes Convergentes
Também chamadas de lentes convexas, as lentes convergentes apresentam uma curvatura para o
exterior. O centro é mais espesso e a borda é mais delgada.

Esquema de lente convergente


O principal objetivo desse tipo de lente esférica é de aumentar os objetos. Recebem esse nome pois
os raios de luz convergem, ou seja, se aproximam.
Lentes Divergentes
Também chamadas de lentes côncavas, as lentes divergentes apresentam uma curvatura interna. O
centro é mais fino e a borda é mais espessa.

Esquema de lente divergente


O principal objetivo desse tipo de lente esférica é de diminuir os objetos. Recebem esse nome pois
os raios de luz divergem, ou seja, afastam.
Além disso, segundo os tipos de dioptros que apresentam (esféricos ou esférico e plano), as lentes
esféricas podem ser de seis tipos:

Tipos de Lentes Esféricas


Lentes Convergentes
• a) Biconvexa: possui duas faces convexas
• b) Plano Convexa: uma face é plana, e o outra, convexa
• c) Côncavo-convexa: uma face é côncava, e o outra, convexa
Lentes Divergentes
• d) Bicôncava: possui duas faces côncavas
• e) Plano Côncava: uma face é plana, e a outra, côncava
• f) Convexa-Côncava: uma face é convexa, e a outra, côncava
Obs: Dentre esses tipos, três delas apresentam uma borda mais fina, e três bordas mais espessas.
Aprenda mais sobre lentes convergentes e divergentes.

Quer saber mais sobre o tema? Leia também:

• Reflexão da Luz
• Refração da Luz
• Espelhos Planos
• Espelhos Esféricos
• Luz: Refração, Reflexão e Meios de Propagação
• Fórmulas de Física
Formação de Imagens
A formação de imagens varia de acordo com o tipo de lente:

Lente Convergente
As imagens podem ser formadas em cinco casos:

• Imagem real, invertida e menor do que o objeto


• Imagem real, invertida e mesmo tamanho do objeto
• Imagem real, invertida e maior que o objeto
• Imagem imprópria (está no infinito)
• Imagem virtual, a direita do objeto e maior do que ele
Lente divergente
Já a lente divergente, a formação de imagem é sempre: virtual, a direita do objeto e menor do que ele.

Potência Focal
Cada lente apresenta uma potência focal, ou seja, a capacidade de convergir ou divergir os raios de
luz. A potência focal é calculada pela fórmula:
P = 1/f
Sendo,

P: potência focal
f: distância focal (da lente ao foco)
No Sistema Internacional, a potência focal é medida em Dioptria (D) e a distância focal em metros (m).

Importante notar que nas lentes convergentes, a distância focal é positiva, por isso também são
chamadas de lentes positivas. Já nas lentes divergentes ela é negativa, e portanto, são chamadas de
lentes negativas.
Exemplos
1. Qual a potência focal de uma lente convergente de distância focal de 0,10 metros?
P = 1/f
P = 1/0,10
P = 10 D
2. Qual a potência focal de uma lente divergente de distância focal de 0,20 metros?
P = 1/f
P = 1/-0,20
P=-5D

Ondas

As ondas são perturbações que se propagam pelo espaço sem transporte de matéria, apenas de energia.

O elemento que provoca uma onda é denominado fonte, por exemplo, uma pedra lançada nas águas de
um rio gerará ondas circulares.

Ondas circulares na superfície de um líquido


São exemplos de ondas: ondas do mar, ondas de rádio, som, luz, raio-x, micro-ondas dentre outras.

A parte da Física que estuda as ondas e suas características é chamada de ondulatória.

Características das Ondas


Para caracterizar as ondas usamos as seguintes grandezas:

• Amplitude: corresponde à altura da onda, marcada pela distância entre o ponto de equilíbrio
(repouso) da onda até a crista. Note que a “crista” indica o ponto máximo da onda, enquanto o
“vale”, representa a ponto mínimo.
• Comprimento de onda: Representado pela letra grega lambda (λ), é a distância entre dois vales
ou duas cristas sucessivas.
• Velocidade: representado pela letra (v), a velocidade de uma onda depende do meio em que ela
está se propagando. Assim, quando uma onda muda seu meio de propagação, a sua velocidade
pode mudar.
• Frequência: representada pela letra (f), no sistema internacional a frequência é medida em hertz
(Hz) e corresponde ao número de oscilações da onda em determinado intervalo de tempo. A
frequência de uma onda não depende do meio de propagação, apenas da frequência da fonte
que produziu a onda.
• Período: representado pela letra (T), o período corresponde ao tempo de um comprimento de
onda. No sistema internacional, a unidade de medida do período é: segundo (s).

Tipos de Ondas
Quanto à natureza, há dois tipos de ondas:
• Ondas Mecânicas: para que haja propagação, as ondas mecânicas necessitam de um meio
material, por exemplo, as ondas sonoras e as ondas em uma corda.
• Ondas Eletromagnéticas: nesse caso, não é necessário que haja um meio material para que a
onda se propague, por exemplo, as ondas de rádio e a luz.
Classificação das Ondas
Segundo a direção de propagação das ondas, elas são classificadas em:
• Ondas Unidimensionais: as ondas que se propagam em uma direção.
Exemplo: ondas em uma corda.
• Ondas Bidimensionais: as ondas que se propagam em duas direções.
Exemplo: ondas se propagando na superfície de um lago.
• Ondas Tridimensionais: as ondas que se propagam em todas as direções possíveis.
Exemplo: ondas sonoras.
As ondas também podem ser classificadas de acordo com a direção de vibração:
• Ondas Longitudinais: a vibração da fonte é paralela ao deslocamento da onda.
Exemplo: ondas sonoras

• Ondas Transversais: a vibração é perpendicular à propagação da onda.


Exemplo: onda em uma corda.
Fórmulas
Relação entre período e frequência
O período é o inverso da frequência.

Assim:

Velocidade de propagação

A velocidade também pode ser calculada em função da frequência, substituindo o período pelo inverso
da frequência.

Temos:

Exemplo
Qual o período e a velocidade de propagação de uma onda que apresenta frequência de 5Hz e
comprimento de onda de 0,2 m?

Como o período é o inverso da frequência, então:

Para calcular a velocidade usamos o comprimento de onda e a frequência, assim:

Fenômenos Ondulatórios
Reflexão
Uma onda se propagando em um determinado meio ao se deparar com um obstáculo pode sofrer
reflexão, isto é inverter o sentido da propagação.

Ao sofrer reflexão, o comprimento de onda, a velocidade de propagação e a frequência da onda não se


alteram.

Um exemplo é quando uma pessoa grita em um vale e escuta alguns segundos depois o eco da sua voz.

Através da reflexão da luz conseguimos ver nossa própria imagem em uma superfície polida.
Imagem refletida na superfície tranquila de um lago
Refração
A refração é um fenômeno que acontece quando uma onda muda o meio de propagação. Nesse caso,
poderá ocorrer uma mudança no valor da velocidade e na direção de propagação.

As ondas em uma praia se quebram paralelamente a orla, devido ao fenômeno da refração. A mudança
de profundidade da água (meio de propagação) faz com que a direção das ondas se modifique,
tornando-as paralela a orla da praia.

Difração
As ondas contornam obstáculos. Quando isso ocorre dissemos que a onda sofreu difração.

A difração nos permite ouvir por exemplo uma pessoa que está do outro lado de um muro.

Ao passar por um obstáculo, as ondas sofrem um espalhamento.


Interferência
Quando duas ondas se encontram, ocorre uma interação entre suas amplitudes chamada de
interferência.

A interferência pode ser construtiva (aumento da amplitude) ou destrutiva (diminuição da amplitude).

Ondas Estacionárias
As ondas estacionárias ocorrem da superposição de ondas periódicas iguais e de sentidos contrários.
Ao ocorrer interferência construtiva e destrutiva, apresentam pontos que vibram e outros que não
vibram.

Podemos produzir ondas estacionárias em uma corda com as extremidades fixas, como por exemplo,
nas cordas de um violão.

O efeito doppler é um fenômeno da física referente a variação de frequência percebida de uma onda em
movimento relativo a um observador.

Esse efeito foi estudado pelo físico austríaco Christian Doppler (1803-1853) e a descoberta foi batizada
em sua homenagem. Daí, efeito doppler.
O efeito doppler pode ser observado em toda e qualquer onda eletromagnética, como a luz, ou
mecânica, como o som.

Imagem ilustrativa do efeito doppler em repouso (esquerda) e em movimento (direita)


Desse modo, o efeito é percebido a partir do movimento. Conforme a fonte de som ou luz se
aproxima, a frequência percebida aumenta e ao se afastar do observador, a frequência diminui.
Fórmulas do Efeito Doppler
É importante perceber que a frequência de propagação da onda não varia. A fórmula é referente à
frequência de onda captada pelo observador.

Fórmula clássica (som)


Assim, a fórmula clássica do efeito doppler utilizada para em sua relação com o som é:

• Quando fonte e observador se aproximam: + no numerador e - no denominador.


• Quando fonte e observador se afastam: - no numerador e + no denominador.

No caso do som, mais fácil de ser observado, pode-se notar que o som tende a se tornar mais grave à
medida que a fonte se afasta do observador.
A frequência percebida varia de acordo com o movimento em relação aos observadores
Fórmula relativística (luz)
No caso da luz, à medida com que se aproximam, sua frequência tende ao ultravioleta (frequência mais
alta) e ao se afastarem, tendem ao infravermelho (mais baixa). Essa variação é observada por
astrônomos em relação ao movimento da luz no espaço.

O astrônomo Edwin Hubble observou que as galáxias vizinhas quando observadas apresentam um
"desvio para o vermelho", que demonstra que sua luz percebida está em uma frequência mais baixa
(tendendo ao vermelho) que a emitida.

Desse modo, deduziu que as outras galáxias estão se afastando da nossa, deixando deduzir que o
universo se encontra em expansão. A Lei de Hubble teve como base o efeito doppler.

Diferente do som, a luz se propaga independentemente de um meio, sua velocidade será sempre. Sua
fórmula tem como base apenas a velocidade relativa entre a fonte e o observador.

Eletricidade

Carga Elétrica
A carga elétrica é um conceito físico que determina as interações eletromagnéticas dos corpos
eletrizados.
Assim, a partir do atrito entre os corpos, ocorre o fenômeno chamado “eletrização”, de modo que todos
os corpos possuem a propriedade de se atraírem ou se repelirem.
Dessa forma, cargas de mesma natureza (positivo e positivo, negativo e negativo) se repelem, enquanto
as cargas de sinais contrários (positivas e negativas) se atraem.
Isso ocorre pelo fato que as cargas elétricas são formadas por partículas elementares que constituem os
átomos, conhecidas como prótons (carga positiva), elétrons (carga negativa) e nêutrons (carga neutra).

No Sistema Internacional, a unidade de carga elétrica é o Coulomb (C) em homenagem ao físico francês
Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) pelas suas contribuições nos estudos da eletricidade.
Carga Elétrica Puntiforme
As chamadas “cargas elétricas puntiformes” correspondem aos corpos eletrizados cujas dimensões e
massa são desprezíveis, se comparadas às distâncias que os afastam de outros corpos eletrizados.

Veja também: Corrente Elétrica

Átomos
Os átomos são unidades fundamentais da matéria, formados por um núcleo com carga elétrica positiva,
chamada de prótons, e os nêutrons, partículas de carga neutra.

O núcleo atômico, que carrega quase toda a massa (99,9%) do átomo, é envolvido por uma nuvem de
elétrons de carga negativa, localizados na eletrosfera.

Prótons (p+)
Os prótons são partículas eletrizadas de carga positiva, as quais, junto aos nêutrons, constituem o
núcleo dos átomos.

Possuem o mesmo valor da carga dos elétrons, e por isso, os prótons e os elétrons tendem a se atrair
eletricamente.

O valor da carga do próton e do elétron é chamado de quantidade de carga elementar (e) e possui o
valor de e = 1,6 .10-19 C.

Elétrons (e-)
Os elétrons são minúsculas partículas eletrizadas de carga negativa e massa desprezível (cerca de 1840
vezes menor que a massa do núcleo atômico).

Diferente dos prótons e dos nêutrons, os elétrons encontram-se na eletrosfera, os quais circundam o
núcleo atômico, a partir da força eletromagnética.

Nêutrons (n0)
Os nêutrons são partículas de carga neutra, ou seja, não possuem carga; junto aos prótons, constituem o
núcleo dos átomos.
Possui grande importância no núcleo dos átomos, uma vez que proporciona estabilidade ao núcleo
atômico, já que a força nuclear faz com que seja atraído por elétrons e prótons.

Campo Elétrico
O campo elétrico é um local donde há uma forte concentração de força elétrica, é um tipo força que as
cargas elétricas geram ao seu redor.

Veja também: Exercícios de Campo Elétrico

Cálculo de Cargas Elétricas


Para calcular a quantidade de cargas elétricas, utiliza-se a seguinte expressão:

Q = n.e
Onde,

Q: carga elétrica
n: quantidade de elétrons
e: 1,6. 10-19C, chamada de carga elétrica elementar
Veja também: Circuito Elétrico

Lei de Coulomb
A Lei de Coulomb foi formulada pelo físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) no final do
século XVIII. Ela apresenta conceitos acerca da interação eletrostática entre as partículas eletricamente
carregadas:

“A força de ação mútua entre dois corpos carregados tem a direção da linha que une os corpos e sua
intensidade é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado
da distância que as separa”.

Assim, para calcular a força elétrica das cargas:

Onde:

F: força (N)
K: constante elétrica: 9.109 Nm2/C2
q1 e q2: cargas elétricas (C)
r: distância da força elétrica (m)
Eletrostática

Eletrostática é a parte da área da eletricidade que estuda as cargas elétricas sem movimento, ou seja,
em estado de repouso.
Blindagem Eletrostática
A blindagem eletrostática torna o campo elétrico nulo. Isso acontece em decorrência da distribuição de
cargas elétricas em excesso num condutor. As cargas de mesmo sinal têm a tendência de se afastar até
que atingem o repouso.

Foi o que Michael Faraday provou com a Gaiola de Faraday. Nesse experimento, o químico sentou-se
dentro de uma gaiola que estava submetida à descarga elétrica e saiu dela sem que nada acontecesse
com ele.

Força e Energia Eletrostática


Força eletrostática é a força de interação eletrostática entre duas cargas elétricas através da atração e
da repulsão.

Ela é calculada pela Lei de Coulomb, que é expressa pela seguinte fórmula:

Onde,

k = constante eletrostática
q1 e q2 = cargas elétricas
r = distância entre as cargas
A constante eletrostática, também conhecida como constante de Coulomb, é influenciada pelo meio
onde as cargas elétricas se encontram. Assim, a constante eletrostática influencia o valor da força.

Geralmente no vácuo, o seu valor é 9.109 N.m2 /C2, mas ela pode aparecer em outros meios, por exemplo:

• Água 1,1.108 N.m2 /C2


• Benzeno 2,3.109 N.m2 /C2
• Petróleo 3,6.109 N.m2 /C2

Energia eletrostática ou energia potencial elétrica é a energia produzida pelo excesso de cargas elétricas
em atrito. Ela é medida pela seguinte fórmula:
Onde,

k = constante eletrostática
Q = carga fonte
q = carga de prova ou teste
d = distância entre cargas
Campo Elétrico
Campo elétrico é o local onde as cargas elétricas se concentram, cuja intensidade é medida através da
fórmula:

Onde,

E = campo elétrico
F = força elétrica
q = carga elétrica

Carga Elétrica
As cargas elétricas são o resultado da atração ou repulsão das cargas. Cargas semelhantes se repulsam,
enquanto as contrárias se atraem.

Elas são medidas em coulomb e a menor dessas cargas que é encontrada na natureza é a carga
elementar (e = 1,6 .10-19 C).

A fórmula da carga elétrica é:

Q = n.e
Onde,

Q = carga elétrica
n = quantidade de elétrons
e = carga elementar
Fórmulas
Além das fórmulas da eletrostática que foram citadas acima, são utilizadas também:

Potencial Elétrico

Onde:

V = Potencial elétrico
Ep = energia potencial
Q = Carga elétrica

Diferença de Potencial
U = vb - va
Onde,

U = diferença de potencial
va = potencial elétrico em a
vb = potencial elétrico em b

Eletrostática vs eletrodinâmica
Enquanto a Eletrostática estuda as cargas elétricas sem movimento, a Eletrodinâmica estuda as cargas
em movimento.

Eletrostática e Eletrodinâmica são, portanto, áreas de estudo da física que se dedicam a diferentes
aspectos da eletricidade.

Além dessas áreas, há também o Eletromagnetismo, que estuda a capacidade da eletricidade em atrair e
reprimir polos.

Eletrização

Os processos de eletrização são métodos onde um corpo deixa de ser eletricamente neutro e passa a
estar carregado positivamente ou negativamente.
Os corpos são formados por átomos e estes são constituídos por elétrons, prótons e nêutrons, que são
as principais partículas elementares.

No interior do átomo, chamado de núcleo, ficam os nêutrons e prótons. Os elétrons ficam girando ao
redor do núcleo.

Essas partículas apresentam uma propriedade física chamada carga elétrica. Esta propriedade está
relacionada ao fato de ocorrer uma força de atração ou de repulsão entre elas.
Os elétrons e os prótons são atraídos entre si. Os nêutrons não são nem repelidos nem atraídos por
prótons ou elétrons.

Entretanto, se aproximarmos dois prótons ocorrerá uma força de repulsão e que o mesmo ocorrerá
quando aproximamos dois elétrons.

Como os elétrons e os prótons se atraem, dizemos que possuem efeitos elétricos contrários. Desta
forma, definiu-se que a carga elétrica dos prótons é positiva e a dos elétrons é negativa.

Os nêutrons por não apresentarem efeitos elétricos, não possuem cargas.

Dizemos que um corpo é neutro quando o número de prótons (carga positiva) é igual ao número de
elétrons (carga negativa). Quando um corpo recebe ou perde elétrons ele se torna eletrizado.
Quando aproximamos dois corpos eletrizados com cargas de sinais contrários, observamos que ocorre
uma força de atração. Já quando os corpos possuem cargas de sinais iguais, eles se repelem.

Note que a eletrização ocorre pela mudança no número de elétrons e não de prótons. Como estes estão
localizados no núcleo dos átomos, por processos de eletrização, não é possível mudar este número.

Tipos de Eletrização
Existem três tipos de eletrização: por atrito, por contato e por indução.

Eletrização por Atrito


Os elétrons estão localizados na eletrosfera, que é a parte externa do núcleo e são mantidos girando ao
seu redor por forças eletrostáticas. Contudo, esta força vai diminuindo com a distância.

Desta forma, os elétrons mais exteriores da eletrosfera são mais facilmente retirados de sua órbita.
Quando esfregamos dois corpos, alguns desses elétrons migram de um corpo para o outro.
O corpo que recebeu esses elétrons ficará carregado negativamente, por sua vez, o que perdeu elétrons
ficará carregado positivamente. Portanto, fica carregado positivamente quem perdeu elétrons e não
quem ganhou prótons.

Receber ou perder elétrons depende da substância de que é constituído o corpo. Esse fenômeno é
chamado de triboelétrico e através de experimentos em laboratório são elaboradas séries
triboelétricas.
Nesta tabela, os elementos são ordenados de tal modo que adquirem cargas positivas, quando atritadas
por um que o segue, e com cargas negativas, quando atritadas por um que o precede na tabela.

Eletrização por Contato


Este tipo de eletrização ocorre quando um corpo condutor está carregado e entra em contato com um
outro corpo. Parte da carga irá ser transferida para o outro corpo.

Neste processo, os corpos envolvidos ficam carregados com cargas de mesmo sinal e a carga do corpo
que estava inicialmente eletrizado diminui.

Quando os corpos envolvidos na eletrização são condutores de mesmas dimensões e mesma forma,
após o contato, terão cargas de mesmo valor.
Na figura abaixo, vemos que a menina ao encostar em uma esfera condutora eletrizada, também ficou
carregada com cargas de mesmo sinal da esfera.

Prova disto, é observar que seu cabelo está "arrepiado". Como neste tipo de eletrização as cargas
possuem mesmo sinal, os fios passam a se repelirem.

Condutores e isolantes
Quanto à mobilidade das cargas elétricas, os materiais podem ser condutores e isolantes.

Os materiais que ao serem eletrizados as cargas se espalham imediatamente por toda a sua extensão,
são chamados de condutores elétricos, sendo um exemplo os metais.

Outros materiais, ao contrário, conservam o excesso de carga nas regiões onde elas surgiram, neste
caso, são chamados de isolantes ou dielétricos.

A madeira e o plástico são exemplos de materiais isolantes. O ar seco também é um bom isolante
elétrico, entretanto, aumenta a sua condutividade elétrica quando está úmido.

Tanto na eletrização por contato quanto na eletrização por indução é necessário que os corpos
envolvidos sejam condutores.

Como em ambos os tipos de eletrização há necessidade de que as cargas tenham mobilidade, nos
corpos isolantes, isto não é possível. Portanto, a eletrização dos materiais isolantes só ocorre por atrito.

Magnetismo

Magnetismo é a propriedade de atração e repulsão de determinados metais e ímãs, que apresentam um


polo positivo e outro negativo, caracterizados pelas “forças dipolo”.
Dessa forma, a propriedade chamada de “dipolo magnético” informa que os polos iguais se repelem e os
polos opostos se atraem.
História do Magnetismo e do Eletromagnetismo
Sabe-se que o Magnetismo não é algo novo, uma vez que desde o século VII a. C. já eram utilizados seus
conceitos; textos gregos apontam para a existência do magnetismo, propriedade de corpos presentes
numa região denominada “Magnésia” e daí surgiu o nome da propriedade de atração e repulsão de
determinados corpos.

Tales de Mileto, filósofo, físico e matemático grego (623 a.C. - 558 a.C.) foi quem observou a atração do
ímã natural, a magnetita, com o ferro.
Além disso, a invenção da bússola, que permitiu o avanço das navegações, já era utilizada pelos
chineses desde século VII. Acredita-se que além de um instrumento, eles utilizavam-na como símbolo de
sorte ou um oráculo.

Alguns séculos depois, os estudos sobre o magnetismo e eletromagnetismo foram se expandindo. Isso
aconteceu primeiramente em meados do século XIII, com Pierre Pelerin de Maricourt, o qual descreve
sobre a bússola e as propriedades dos ímãs.

Por conseguinte, no século XVI, Willian Gilbert (1544-1603) concluiu que a terra era magnética. Era por
esse motivo que as bússolas sempre apontavam para o sentido norte.

Em fins do século XVIII, Charles Coulomb (1736-1806) avançou nos estudos sobre eletricidade e
magnetismo. Publicou a lei dos polos inversos de atração e repulsão entre as cargas elétricas.

No século XIX, Hans Christian Oersted (1777-1851) publica trabalhos sobre o eletromagnetismo e os
campos elétricos.

Logo depois, entre 1821 e 1825, Andrè-Marie Ampère (1775-1836) realiza pesquisas sobre as correntes
elétricas nos ímãs. Em homenagem a ele, o nome Ampère (A) foi eleita à unidade de medida da
intensidade de corrente elétrica.

Entretanto, foi Joseph Henry (1797-1878) e Michael Faraday (1791-1867) que descobrem a indução
eletromagnética.

Assim, 1865 foi o ano marco da era da eletricidade com a invenção do dínamo. Por meio da indução
eletromagnética, o dínamo converte a energia mecânica em energia elétrica.

Ímã
O ímã, íman ou magneto é um corpo magnético (ferros magnetizados, rochas magnéticas) dipolo, ou
seja, possui dois polos.

Um dos polos é positivo e o outro é negativo. Eles possuem a propriedade de atrair outros corpos
ferromagnéticos.

São encontrados na natureza, em alguns minerais com propriedade magnéticas, por exemplo,
a magnetita, ímã natural que atrai o ferro.
Por outro lado, há o processo de fabricação dos ímãs artificiais, chamado de “imantação”, o qual ao
corpo neutro é conferida a propriedade de atração magnética.
Note que o ferro e algumas ligas metálicas são corpos que se imantam mais facilmente. Por isso, os ímãs
artificiais são muito importantes na fabricação de aparelhos eletrônicos, geradores elétricos, bússolas,
dentre outros.

Magnetismo Terrestre
O planeta Terra é considerado um grande ímã, dividido em dois polos (norte e sul), assemelhando-se a
propriedade de dipolo magnético.
Essa descoberta foi feita no século XVI, a partir das pesquisas do físico inglês William Gilbert. Note que o
polo Norte é o campo magnético que sempre atrai a bússola, o que explica que a Terra se comporta
como um grande ímã que exerce força de atração na direção norte.

Condução Elétrica: Correntes Alternada e Contínua

Na corrente contínua, a movimentação dos elétrons ocorre em um único sentido preferencial. Já na


corrente alternada, o sentido dos elétrons oscila-se periodicamente.

Corrente contínua e corrente alternada são duas formas distintas relacionadas à forma como
os elétrons (ou outros portadores de carga) movem-se no interior dos condutores. Enquanto na
corrente contínua, os elétrons movem-se em um único sentido, na corrente alternada, o sentido de
movimento é alterado de maneira periódica.

Como funcionam as correntes contínuas e alternadas?

A corrente contínua é caracterizada pela movimentação de elétrons em um único sentido preferencial.


O módulo da corrente elétrica não varia (ou varia muito pouco) com o tempo:
É possível produzir corrente contínua a partir da corrente alternada, ou seja, retificar a corrente
alternada selecionando apenas um de seus sentidos. Isso pode ser feito por meio de um circuito que
utiliza diodos, dispositivos semicondutores que só admitem a passagem de corrente em um sentido.

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A corrente elétrica alternada, por sua vez, tem módulo variável, isto é, seu módulo muda com o tempo.
Nesse tipo de corrente, os elétrons realizam um movimento oscilatório em torno da mesma posição e,
por isso, não se propagam ao longo do condutor. Na figura abaixo, é possível observar uma
representação do módulo da corrente alternada em função do tempo:

O módulo da corrente alternada pode variar com o tempo, como uma onda senoidal.

Após um longo embate histórico entre figuras importantes,


como Thomas Edison, George Westinghouse e Nikola Tesla, ficou provado que o uso da corrente
alternada para a distribuição de energia elétrica por longas distâncias é economicamente mais viável,
pois reduz a dissipação de energia em decorrência do efeito Joule.

A corrente alternada é produzida por geradores AC, que consistem de uma espira condutora e giratória
inserida em um conjunto de ímãs. A rotação dessa espira pode ser feita por qualquer tipo de força motriz
externa, como queda d'água, vapor de água, movimento das marés, etc. O fenômeno responsável pela
produção dessa corrente elétrica é chamado de indução eletromagnética, de Faraday.
Vantagens e desvantagens

Uma das principais vantagens das correntes contínuas é sua maior eficiência em circuitos
de baixa tensão, como nos aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, veículos híbridos, antenas
de televisão, rádio e celular, células fotovoltaicas etc. Uma das desvantagens desse tipo de corrente é
que sua tensão não pode ser alterada por meio dos transformadores.

A corrente alternada apresenta como vantagem a possibilidade de abaixar ou aumentar facilmente


sua tensão elétrica por meio dos transformadores. Além disso, o uso desse tipo de corrente para a
transmissão de alta potência é mais econômico, pois oferece menor perda energética. Apesar desses
pontos positivos, a corrente alternada não funciona tão bem quanto a corrente contínua em circuitos
sensíveis, como microchips.

Aparelhos que funcionam com corrente contínua

Todos os aparelhos que funcionam por meio de pilhas e baterias utilizam a corrente contínua. Além
disso, circuitos de baixa tensão, como os carregadores de celulares, computadores e lâmpadas, também
fazem uso desse tipo de corrente.

Aparelhos que funcionam com corrente alternada

A corrente alternada é utilizada na rede de distribuição de energia elétrica e nas tomadas residenciais.
Entre os aparelhos que utilizam esse tipo de corrente elétrica para o seu funcionamento, podemos
destacar os motores, como os liquidificadores, batedeiras, máquinas de lavar, ventiladores etc. Todos
esses aparelhos precisam inverter sua polaridade a fim de produzir energia cinética.

Eletromagnetismo

Eletromagnetismo é o ramo da física que estuda a relação entre as forças da eletricidade e do


magnetismo como um fenômeno único. Ele é explicado pelo campo magnético.

Origem
Michael Faraday (1791-1867) descobriu os efeitos elétricos produzidos pelo magnetismo. Através desses
efeitos, chamados de indução eletromagnética, ele explicou a natureza e as propriedades dos campos
magnéticos.
Faraday explicou que o campo magnético é produzido pelas cargas elétricas geradas a partir do atrito
entre os corpos que, por sua vez, sofrem atração ou repulsão.

A ligação de um campo elétrico com um campo magnético produz um campo eletromagnético

É o mesmo que dizer que é possível gerar energia movimentando um ímã próximo a um indutor ou um
condutor. Esse movimento faz com que os elétrons se movimentem, resultando em tensão elétrica,
ou energia eletromagnética.
Isso acontece em decorrência da polaridade existente à matéria de qualquer corpo: carga positiva
(próton), carga negativa (elétron) e carga neutra (nêutron).

O local onde essa força está concentrada é chamado de campo elétrico.

A força das cargas elétricas é calculada através da Lei de Coulomb. Além dessa lei, o entendimento
acerca do campo magnético desencadeou muitas descobertas referentes à eletricidade.

Mas foi James Clark Maxwell (1831-1879) que conseguiu reunir o conhecimento existente acerca da
eletricidade e do magnetismo.

Maxwell estudou o efeito de forma inversa àquela apresentada por Faraday. Assim, mostrando a
variação do campo elétrico sob o campo magnético, propôs 4 equações, as chamadas equações de
Maxwell, que estão inseridas no conceito de eletromagnetismo clássico.

O físico escocês mostrou a existência dos campos eletromagnéticos. Trata-se da concentração de


cargas elétricas e magnéticas, as quais movimentam-se como ondas. Por esse motivo, são chamadas
de ondas eletromagnéticas e propagam-se à velocidade da luz. A luz é um exemplo de onda
eletromagnética!
O micro-ondas, o rádio e os aparelhos utilizados nos exames de radiografia são outros exemplos da
presença das ondas eletromagnéticas.

Leis de Kirchhoff
As Leis de Kirchhoff são utilizadas para encontrar as intensidades das correntes em circuitos

elétricos que não podem ser reduzidos a circuitos simples.

Constituídas por um conjunto de regras, elas foram concebidas em 1845 pelo físico alemão

Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), quando ele era estudante na Universidade de

Königsberg.
A 1ª Lei de Kirchhoff é chamada de Lei dos Nós, que se aplica aos pontos do circuito onde a

corrente elétrica se divide. Ou seja, nos pontos de conexão entre três ou mais condutores

(nós).

Já a 2ª Lei é chamada de Lei das Malhas, sendo aplicada aos caminhos fechados de um

circuito, os quais são chamados de malhas.

Lei dos Nós


A Lei dos Nós, também chamada de primeira lei de Kirchhoff, indica que a soma

das correntes que chegam em um nó é igual a soma das correntes que saem.

Esta lei é consequência da conservação da carga elétrica, cuja soma algébrica das cargas

existentes em um sistema fechado permanece constante.

Exemplo

Na figura abaixo, representamos um trecho de um circuito percorrido pelas correntes i1, i2,

i3 e i4.

Indicamos ainda o ponto onde os condutores se encontram (nó):


Neste exemplo, considerando que as correntes i1 e i2 estão chegando ao nó, e as correntes

i3 e i4 estão saindo, temos:

i1 + i2 = i3 + i4

Em um circuito, o número de vezes que devemos aplicar a Lei dos Nós é igual ao número de

nós do circuito menos 1. Por exemplo, se no circuito existir 4 nós, vamos usar a lei 3 vezes (4 -

1).

Lei das Malhas


A Lei das Malhas é uma consequência da conservação da energia. Ela indica que quando

percorremos uma malha em um dado sentido, a soma algébrica das diferenças de potencial

(ddp ou tensão) é igual a zero.

Para aplicar a Lei das Malhas, devemos convencionar o sentido que iremos percorrer o

circuito.

A tensão poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o sentido que arbitramos para a

corrente e para percorrer o circuito.

Para isso, vamos considerar que o valor da ddp em um resistor é dado por R . i, sendo

positivo se o sentido da corrente for o mesmo do sentido do percurso, e negativo se for no

sentido contrário.
Para o gerador (fem) e receptor (fcem) utiliza-se o sinal de entrada no sentido que adotamos

para a malha.

Como exemplo, considere a malha indicada na figura abaixo:

Aplicando a lei das malhas para esse trecho do circuito, teremos:

UAB + UBE + UEF + UFA = 0

Para substituir os valores de cada trecho, devemos analisar os sinais das tensões:

• ε1: positivo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que escolhemos)

chegamos pelo polo positivo;

• R1.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o

sentido de i1;

• R2.i2: negativo, pois estamos percorrendo o circuito no sentido contrário que definimos

para o sentido de i2;

• ε2: negativo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que escolhemos),

chegamos pelo polo negativo;

• R3.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o

sentido de i1;

• R4.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o

sentido de i1;
Considerando o sinal da tensão em cada componente, podemos escrever a equação desta

malha como:

ε1 + R1.i1 - R2.i2 - ε2 + R3.i1 + R4.i1 = 0

Passo a Passo
Para aplicar as Leis de Kirchhoff devemos seguir os seguintes passos:

• 1º Passo: Definir o sentido da corrente em cada ramo e escolher o sentido em que

iremos percorrer as malhas do circuito. Essas definições são arbitrárias, contudo,

devemos analisar o circuito para escolher de forma coerente esses sentidos.

• 2º Passo: Escrever as equações relativas a Lei dos Nós e Lei das Malhas.

• 3º Passo: Juntar as equações obtidas pela Lei dos Nós e das Malhas em um sistema de

equações e calcular os valores desconhecidos. O número de equações do sistema

deve ser igual ao número de incógnitas.

Ao resolver o sistema, encontraremos todas as correntes que percorrem os diferentes ramos

do circuito.

Se algum dos valores encontrados for negativo, significa que a sentido da corrente escolhido

para o ramo tem, na verdade, sentido contrário.

Exemplo

No circuito abaixo, determine as intensidades das correntes em todos os ramos.


Solução

Primeiro, vamos definir um sentido arbitrário para as correntes e também o sentido que

iremos seguir na malha.

Neste exemplo, escolhemos o sentido conforme esquema abaixo:

O próximo passo é escrever um sistema com as equações estabelecidas usando a Lei dos

Nós e das Malhas. Sendo assim, temos:

Por fim, vamos resolver o sistema. Começando substituindo i3 por i1 - i2 nas demais equações:

Resolvendo o sistema por soma, temos:

Agora vamos encontrar o valor de i1, substituindo na segunda equação o valor encontrado

para i2:
Finalmente, vamos substituir esses valores encontrados na primeira equação, para encontrar

o valor de i3:

Assim, os valores das correntes que percorrem o circuito são: 3A, 8A e 5A.

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