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como funcionam as usinas nucleares?

Para começar, é importante definir o que é energia nuclear. Trata-se da energia


liberada na transformação de núcleos atômicos. Basicamente, o que ocorre é a
transformação de um núcleo atômico em vários outros núcleos mais leves, ou
ainda, em isótopos do mesmo elemento.

As fissões nucleares, reações que consistem na quebra de um núcleo mais


pesado em outros menores e mais leves após a colisão de um nêutron no
núcleo inicial, são a base para a produção de energia nas usinas nucleares.

Assim, sendo o urânio um elemento bastante disponível na Terra, é o principal


recurso utilizado nas reações nucleares destas usinas. O urânio 238 (U-238),
por exemplo, que tem meia-vida de 4,5 bilhões de anos, compõe 99% do
urânio do planeta; já o urânio 235 (U-235) compõe apenas 0,7% do urânio
remanescente e o urânio 234 (U-234), ainda mais raro, é formado pelo
decaimento de U-238.

Apesar de menos abundante, o U-235 possui uma propriedade interessante


que o torna útil tanto na produção de energia quanto na produção de bombas
nucleares: ele decai naturalmente, como o U-238, por radiação alfa e também
sofre fissão espontânea em um pequeno intervalo de tempo. No entanto, o U-
235 é um elemento que pode sofrer fissão induzida, o que significa que, se um
nêutron livre atravessar seu núcleo, ele será instantamente absorvido,
tornando-se instável e dividindo-se.
Consideremos, então, um nêutron que se aproxima de um núcleo de U-235. Ao
capturar o nêutron, o núcleo se divide em dois átomos mais leves e arremessa
de dois a três nêutrons - este número depende da forma como o urânio se
dividiu. Os dois novos átomos formados emitem radiação gama de acordo com
o modo que se ajustam em seus novos estados.

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