Você está na página 1de 11

TRABALHO DE FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

CARVÃO MINERAL
PROFESSORA:
CARMEN MARIA GADEA DE SOUZA

ALUNOS:

FAUSTO MOURA 600621160


SIGISFREDO HOPPE 600294193
WALNEY GOMES 600480473
VICTOR RIBEIRO 600649985

NITEROI
MAIO/2019
SUMARIO

1. HISTÓRIA DO CARVÃO
2. COMPOSIÇÃO DO CARVÃO MINERAL
2.1 ESTÁGIOS DO CARVÃO MINERAL
2.1.1 TURFA
2.1.2 LINHITO
2.1.3 HULHA OU CARVÃO BETUMINOSO
2.1.4 ANTRACITO
3. PAÍSES QUE POSSUEM AS MAIORES RESERVAS
4. UTILIZAÇÃO DO CARVÃO

4.1 PRODUÇÃO DO CARVÃO NO BRASIL


4.2 EXTRAÇÃO
5. IMPACTO AMBIENTAL DA MINERAÇÃO
5.1.1 IMPACTO AMBIENAL DA MINERAÇÃO A CÉU ABERTO
5.1.2 IMPACTO AMBIENTAL DA MINERAÇÃO SUBTERRANEA
6. BENEFICIAMENTO
7. TRANSPORTE
8. GERAÇÃO DE ENERGIA
9. EMISSÕES ATMOSFERICAS
9.1 MONOXIDO DE CARBONO
9.2 DIOXIDO DE CARBONO
9.3 ENXOFRE
9.4 METANO
9.5 ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOX)
9.6 MERCURIO
10. CONCLUSÃO
11. BIBLIOGRAFIA
1. HISTÓRIA DO CARVÃO 

O carvão mineral foi o primeiro combustível fóssil utilizado em larga


escala. Ele serviu como fonte de energia básica para as máquinas e
locomotivas desde o final do século XVIII, com a Revolução industrial, até a
primeira metade do século XX, quando foi superado pelo petróleo, mas até hoje
é usado como fonte de energia.
Conhecido por sua coloração preta, carvão mineral é um material
rochoso, fóssil, encontrado em jazidas localizadas no subsolo e que pode ser
extraído por meio do processo de mineração. Tem em sua composição o
carbono, o oxigênio, o hidrogênio, o enxofre e cinzas.
A formação desse combustível fóssil ocorreu há milhões de anos, devido
a galhos, troncos, folhas e raízes de grandes árvores que depois de mortas
foram soterrados por sedimentos. Mas foi graças à alta pressão e elevadas
temperaturas que esses fragmentos de vegetais gradativamente se
transformaram no carvão mineral.

Carvão no Brasil
Desde 1827, esse minério negro já era explorado no Brasil, uma
empresa inglesa fazia a extração nas minas localizadas em Santa Catarina.
Porém, oficialmente, a primeira jazida de carvão mineral no Brasil foi aberta em
1855, em Arroio dos Ratos.

2. COMPOSIÇÃO DO CARVÃO MINERAL

O carvão é composto de hidrocarbonetos, ou seja, na sua composição


há principalmente carbono e hidrogênio, além de enxofre e outros elementos.
A quantidade de carbono presente na sua estrutura determina o tipo de carvão.
Quanto maior o teor de carbono, mais puro e maior o poder energético do
carvão.

2.1 ESTÁGIOS DO CARVÃO MINERAL

O processo de transformação do carvão é definido em 4 estágios. A


princípio se constitui a turfa, posteriormente o linhito, depois o hulha ou
carvão betuminoso e por fim o antracito que é uma forma mais pura do carvão
mineral, ele é rico em carbono, compacto, duro e não produz cheiro durante
sua queima.

2.1.1 TURFA

É um material composto de camadas com restos de vegetais, como


galhos e raízes bem conservados. É o primeiro estágio da formação do carvão,
formado num tempo geológico relativamente curto. Apesar de inflamável, não é
usado como combustível nas indústrias, por conter baixo teor de carbono.
É reconhecido o seu poder de absorver e isolar outros compostos de
hidrocarbonetos, desse modo é usado em derramamentos de petróleo.

2.1.2 LINHITO

Na etapa seguinte à turfa é formado o primeiro tipo de carvão chamado


linhito. Nesse estágio, a massa vegetal está mais compacta e com maior teor
de carbono, formando uma massa escura. Por suas características é
empregado na siderurgia.

2.1.3 HULHA OU CARVÃO BETUMINOSO

A hulha é composta de restos vegetais parcialmente conservados,


elementos voláteis, minerais e água. Seu teor de carbono é maior do que o
linhito (cerca de 80%), e é empregada tanto como combustível quanto como
redutor de óxidos de ferro. Além disso, possui impurezas usadas para produzir
substâncias de emprego industrial.
A partir da hulha pode ser produzido o coque (carvão coque é um
subproduto do carvão mineral) através de processos artificiais. Aquece-se o
carvão em ambiente fechado, sem que ele entre em combustão. No brasil os
mais adequados são os de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

2.1.4 ANTRACITO

O antracito é o estágio mais puro e com maior teor de carbono, além


disso possui poucos elementos voláteis. Apresenta cor preta e brilhante e alto
poder calorífico, queimando mais lentamente e produzindo pouca fuligem, o
que o torna mais caro.

3. PAÍSES QUE POSSUEM AS MAIORES RESERVAS

Apesar de ser um mineral não renovável, entre os minérios de


combustíveis fósseis, ele se destaca por ter a maior reserva de combustível
natural do planeta. As maiores reservas de carvão são encontradas em
quantidades expressivas em 75 países - embora aproximadamente 60% do
volume total esteja concentrado nos Estados Unidos (28,6%), Rússia (18,5%) e
China (13,5%). O Brasil aparece na 10ª posição. Assim como em outros
países, o carvão mineral no Brasil também é explorado, porém em menor
escala.
Atualmente a maior concentração de mineração desse carvão no Brasil
está situada na região sul. As principais reservas de carvão já identificadas
integram os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas
Gerais, São Paulo, Bahia e em demais estados que produzem o carvão em
menor quantidade.
4. UTILIZAÇÃO DO CARVÃO

O carvão mineral é utilizado na indústria química, na produção de


corantes, explosivos, inseticidas, plásticos, medicamentos e fertilizantes.
Nas siderúrgicas é a principal fonte de energia usado para aquecer os
altos fornos das onde o aço é fabricado.
Na movimentação das máquinas a vapor que deram grande impulso no
desenvolvimento da indústria, na produção de eletricidade em usinas
termoelétricas. Cerca de 97% da energia consumida era gerada pelo carvão
mineral.
O carvão mineral no Brasil abastece a economia, em especial as usinas
termelétricas que consomem cerca de 85% da produção. Já a indústria de
cimento no país é abastecida com aproximadamente 6% desse carvão.
Restando 4% para produção de papel celulose e apenas 5% nas indústrias de
alimentos, cerâmicas e grãos.

Quase 100 anos depois do seu ápice de exploração, esse mineral


perdeu espaço e passou a gerar apenas 12% de tal energia, graças ao
petróleo. Com o passar dos anos ocorreu uma grande crise e houve aumento
no petróleo.

A crise do petróleo, desencadeada na década de 1970 pelo grande


aumento do preço internacional do produto, levou o governo brasileiro a criar o
Plano de Mobilização Energética, com uma intensa pesquisa para descobrir
novas reservas de carvão. O Serviço Geológico do Brasil teve papel de
destaque nesse programa, através de trabalhos efetuados no Rio Grande do
Sul e em Santa Catarina, que aumentaram em muito as reservas de carvão
mineral até então conhecidas. Foram executados mais de 3 mil furos de sonda,
totalizando 711.700 metros, entre 1970 e 1986 (principalmente entre 1978 e
1983), e a partir do ano de 1973, esse mineral voltou a gerar energia em maior escala
e até 2004, gerou cerca de 23% de energia para o mundo.

4.1. PRODUÇÃO DO CARVÃO NO BRASIL


A produção desse mineral no país abrange em grande escala o carvão
tipo sub-betuminoso e betuminoso, encontrado em São Paulo. Já nas demais
jazidas de carvão do país predominam o carvão tipo linhito e sub-betuminoso.

Somente a Jazida de Candiota (RS) possui 38% de todo o carvão


nacional. Como se trata de um carvão de qualidade inferior, é utilizado apenas
na geração de energia termoelétrica e no próprio local da jazida.
Carvão de boa qualidade, adequado para uso em metalurgia e em
grande volume (sete bilhões de toneladas), foi então descoberto em diversas
jazidas no Rio Grande do Sul (Morungava, Chico Lomã, Santa Teresinha), mas
em profundidades relativamente grandes (até 1.200 m), o que inviabilizou até
agora seu aproveitamento. Essas reservas devem ser classificadas, porém,
não como antieconômicas, e sim como subeconômicas, porque seu
aproveitamento pode se mostrar viável com a adoção de uma política
governamental que priorize o aproveitamento dessa fonte energética ou caso
haja mudanças significativas na economia internacional que voltem a elevar
muito o preço do petróleo, por exemplo.
A produção de carvão mineral bruto no Brasil foi de 13,6 milhões de
toneladas em 2007, quinto ano consecutivo de aumento. Santa Catarina
produziu 8,7 Mt (milhões de toneladas); Rio Grande do Sul, 4,5 Mt; e Paraná,
0,4 Mt. Vê-se, portanto, que, embora as reservas do Rio Grande do Sul sejam
muito maiores que as de Santa Catarina, sua produção é menor.
Em 2011, o carvão respondeu por apenas 5,6% da energia consumida
no Brasil, sendo o petróleo a principal fonte (38,6%). Mas ele é uma importante
fonte estratégica, que pode ser acionada quando, por exemplo, os níveis de
água das barragens estiverem muito baixos, reduzindo excessivamente a
oferta de energia hidroelétrica. Isso aconteceu em 2013, quando foram
reativadas várias usinas termoelétricas então paralisadas, mantendo assim a
oferta necessária, ainda que a um custo maior.
Mundialmente o carvão também é utilizado na produção de cosméticos,
gás carbonífero, e entre tantos produtos, estão os subprodutos do carvão que
constituem os materiais sintéticos.

4.2. EXTRAÇÃO

A extração ou mineração do carvão pode ser subterrânea ou a céu


aberto. Isso irá variar de acordo com a profundidade em que o carvão é
encontrado.
Segundo a Aneel, a mineração a céu aberto é a forma predominante de
extração do minério no Brasil, e também mais produtiva do que a subterrânea.
O que não corresponde à realidade internacional, na qual prevalece a
exploração por mineração subterrânea, equivalendo a 60% da extração
mundial de carvão.

5. IMPACTO AMBIENAL DA MINERAÇÃO


5.1. IMPACTOS AMBIENTAL DA MINERAÇÃO A CÉU ABERTO
As escavações de grandes volumes de solo rochoso geram impactos
ambientais visíveis na cobertura vegetal e fauna, sendo responsáveis pela
degradação de largas áreas e poluição visual, sem contar a intensificação de
processos erosivos. Além disso, o uso de máquinas e equipamentos também
gera poluição sonora(ruído).
A extração pode poluir recursos hídricos subterrâneos, solo, rios,
causando a mortandade de peixes e evasão de animais selvagens. Esse tipo
de exploração também gera poluição do ar e causa deformidades no relevo.
Sendo imprescindível o manejo consciente desse mineral.
  A queima do carvão mineral emite gases que contribuem para a
formação da chuva ácida, do efeito estufa e do aquecimento global.
A drenagem ácida da mina e a produção de rejeitos são impactos
ambientais negativos mais significativos do processos de mineração comuns
aos dois tipos de extração, segundo o relatório do Ministério de Ciência e
Tecnologia.

A mitigação dos problemas químicos e físicos do solo ocasionados pela


mineração é a primeira etapa da recuperação das áreas impactadas.

5.2. IMPACTOS AMBIENTAL DA MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA


Com relação à saúde do trabalhador, o principal problema é a
Pneumoconiose de trabalhadores de carvão (PTC). É a exposição crônica à
inalação das poeiras do carvão mineral, seguida do acúmulo de poeira nos
pulmões e da alteração do tecido pulmonar.

A PTC desencadeia um processo inflamatório, podendo desenvolver a


fibrose maciça progressiva FMP, uma doença conhecida como “pulmão negro”.

De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, existem mais de 2 mil


casos de pneumoconiose diagnosticados entre mineradores de carvão.

Outros impactos associados à mineração subterrânea são o


rebaixamento do lençol freático, o que pode contribuir para a extinção de
fontes, o impacto na rede hidrológica superficial e as vibrações causadas pelas
explosões.

6. BENEFICIAMENTO

De acordo com a Associação Brasileira de Carvão Mineral, o


beneficiamento é o conjunto de processos ao qual o carvão mineral bruto (run-
of-mine - ROM), obtido diretamente da mina, é submetido para que haja a
remoção da matéria orgânica e de impurezas, visando assegurar a sua
qualidade. O tratamento do carvão depende das suas propriedades originais e
do uso pretendido.
Segundo o relatório da Aneel, o beneficiamento gera rejeitos sólidos que
são normalmente depositados na área próxima à mineração e lançados
diretamente em cursos d’água ou em barragens de rejeito, criando extensas
áreas cobertas por um material líquido. As substâncias tóxicas presentes nos
rejeitos se diluem na água da chuva (lixiviação), que, em forma de fluido,
penetram lentamente no solo (percolação), contaminando os lençóis freáticos.
Esses rejeitos normalmente contêm grandes concentrações de pirita
(sulfeto de ferro - FeS2) ou outros materiais sulfetados, que contribuem para a
geração de ácido sulfúrico e para a intensificação do processo de “drenagem
ácida da mina”.

7 TRANSPORTE

De acordo com a Aneel, o transporte é a atividade mais custosa do


processo produtivo do carvão mineral. Por tal motivo, normalmente
o carvão transportado é apenas aquele que possui baixo teor de impurezas, e
maior valor econômico agregado.
Quando o uso pretendido do carvão mineral é a geração
de energia elétrica, a termelétrica é construída nas proximidades da área de
mineração, como ocorre nas cinco usinas termelétricas à carvão mineral em
atividade no país.
Do ponto de vista econômico, é mais vantajoso investir em linhas de
transmissão para distribuir a energia elétrica já produzida, do que
transportar carvão por longas distâncias.
Para distâncias curtas, o método mais eficiente é o transporte através de
esteiras. Também se faz o uso de dutos, através do qual o carvão, misturado à
água, é transportado em forma de lama.

8 GERAÇÃO DE ENERGIA

Após extraído do solo, o carvão é fragmentado e armazenado em silos,


e então transportado até uma usina termelétrica.
Segundo a Furnas, uma usina termelétrica é definida como um conjunto
de obras e equipamentos com a função de gerar energia elétrica através de um
processo que é convencionalmente divido em três etapas.
A primeira etapa consiste na queima do combustível fóssil para
transformar a água da caldeira em vapor. No caso do carvão mineral, antes do
processo de queima, este é transformado em pó. Isso garante o maior
aproveitamento térmico do processo de queima.
A segunda etapa é a utilização do vapor produzido sob alta pressão,
para girar uma turbina e acionar um gerador elétrico. A passagem do vapor
pela turbina provoca a movimentação da turbina e também do gerador, que
está acoplado à turbina, transformando energia mecânica em elétrica.
O ciclo é fechado na terceira e última etapa, em que o vapor é
condensado e transferido para um circuito independente de refrigeração,
retornando ao estado líquido, como água da caldeira
A energia que foi gerada é transportada do gerador até um
transformador via cabos condutores. O transformador, por sua vez, distribui
a energia elétrica até os centros de consumo por meio de linhas de
transmissão.
9 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Quando o carvão é queimado, os elementos contidos nele são


volatizados (evaporam) e emitidos para a atmosfera juntamente com parte da
matéria inorgânica que é liberada sob a forma de partículas de pó (cinzas
volantes).

9.1 MONÓXIDO DE CARBONO


O carvão mineral é um material com alta concentração de carbono.
Desse modo, ao ser queimado, o carvão mineral emite grandes concentrações
de monóxido de carbono.

O monóxido de carbono é gás tóxico extremamente nocivo à saúde


humana e que pode, em casos de intoxicação aguda, levar à morte. De acordo
com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a principal via
de intoxicação por monóxido de carbono é a respiratória. Uma vez inalado, o
gás é rapidamente absorvido pelos pulmões e se liga à hemoglobina,
impedindo o transporte eficiente do oxigênio. Por isso, a exposição prolongada
ao monóxido de carbono está ligada ao aumento na incidência de infarto entre
idosos.

Além disso, uma vez na atmosfera, o monóxido de carbono pode ser


oxidado, transformando-se em dióxido de carbono.

9.2. DIÓXIDO DE CARBONO


O dióxido de carbono pode ser emitido diretamente pela combustão
do carvão e de outros combustíveis fósseis, ou ser formado na atmosfera a
partir de reações químicas, como por exemplo, a partir da reação de oxidação
do monóxido de carbono.
O dióxido de carbono é considerado um dos principais gases do
processo de intensificação do efeito estufa, sendo associado ao aumento do
aquecimento global. E também é um dos principais tipos de gases emitido pela
queima do carvão.
É importante ressaltar que a combustão é a fase da cadeia produtiva
do carvão na qual ocorre maior emissão de dióxido de carbono, mas as fases
de estocagem e armazenamento de rejeitos também contribuem para as
emissões totais. No entanto, segundo o relatório do Ministério de Ciência e
Tecnologia, o desconhecimento do tempo de estocagem do minério em cada
caso é um fator limitante para o cálculo de emissões totais.

9.3. ENXOFRE
Segundo o relatório da Sociedade Brasileira de Planejamento
Energético, de todas as emissões das termelétricas a carvão, a que vem
causando mais preocupação é a emissão de enxofre. Ao ser queimado,
o enxofre forma uma série de compostos gasosos que são liberados na
atmosfera caso não exista equipamentos para a sua captura. Destes, destaca-
se sobretudo o dióxido de enxofre (SO2).
O dióxido de enxofre (SO2) sofre oxidação na atmosfera e forma o
trióxido de enxofre (SO3) que, por sua vez, ao se ligar à água da chuva (H2O),
formará o ácido sulfúrico (H2SO4), dando origem à chuva ácida.
A chuva ácida tem impactos diretos na vida vegetal e animal, sobretudo
aquática. Em vegetais, leva a mudanças na pigmentação e formação e à
necrose. Em animais, causa a morte de organismos, como peixes e sapos. A
chuva ácida também causa danos a bens materiais, à medida em que favorece
processos corrosivos.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os impactos do dióxido
de enxofre à saúde humana podem estar relacionados ao aumento na
incidência de problemas respiratórios em geral e à asma, o que fica indicado
pelo aumento das internações hospitalares.

9.4. METANO
O carvão mineral possui alto teor de metano (CH4). A combustão
do carvão mineral libera o metano na atmosfera, que pode se associar ao
vapor d'água e ao dióxido de carbono e é considerado um dos principais gases
do efeito estufa.
O metano é formado a partir do processo de decomposição da matéria
orgânica. Por tal motivo, sua ocorrência é associada aos combustíveis fósseis.
É importante ressaltar, que apesar do processo de combustão do carvão
mineral liberar quantidades significativas de metano na atmosfera, as emissões
de metano no processo produtivo do carvão mineral ocorrem desde a extração
do minério, sobretudo em minas subterrâneas e na estocagem do material pós
mineração, como pode ser verificado no relatório do Ministério de Ciência e
Tecnologia

9.5. ÓXIDOS DE NITROGÊNIO (NOX)


O carvão mineral também possui grande concentração de nitrogênio.
Portanto, a combustão do carvão emite óxidos de nitrogênio na atmosfera. Os
gases de combustão normalmente são constituídos, em sua maioria, pelo óxido
de nitrogênio. Quando ele adentra a atmosfera, é rapidamente oxidado,
transformando-se em dióxido de nitrogênio.
O dióxido de nitrogênio, ao se ligar à água da chuva (H2O), produz o
ácido nítrico (HNO3) que, assim como o ácido sulfúrico (H2SO4), também
provoca a chuva ácida.

9.6. MERCÚRIO
Além dos gases já mencionados, o carvão mineral também contém
quantidades significativas de mercúrio, o qual através da combustão do minério
é volatizado para a atmosfera.
Segundo a EPA - Environmental Protection Agency as termelétricas
à carvão são a maior fonte antropogênica de emissões de mercúrio.
O mercúrio volatizado e presente na atmosfera, é incorporado ao ciclo
da chuva, atingindo os corpos aquáticos e levando a contaminação ambiental e
dano à vida aquática. A contaminação por mercúrio também é uma questão de
saúde pública, uma vez que o consumo de organismos aquáticos
contaminados por mercúrio pode levar à intoxicação aguda, e alguns casos
levar à morte.

10. CONCLUSÃO

A previsão é que esse importante material continue a abastecer a


humanidade por mais 100 anos. De maneira que será possível continuar a
utilizar o carvão nos processos de geração de energia e industrialização.
Todavia, para prevenir danos ambientais, esse mineral deve ser utilizado de
maneira mais sustentável, sem excessos.

11. BIBLIOGRAFIA

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coque
https://tecnicoemineracao.com.br/carvao-mineral-no-brasil-e-no-mundo/
https://www.todamateria.com.br/carvao-mineral/
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/carvao-mineral.htm
https://www.ecycle.com.br/2857-carvao-mineral.html
https://www.suapesquisa.com/o_que_e/carvao_mineral.htm

Você também pode gostar