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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM ENSINO DE QUIMICA COM HABILITACOES


EM GESTAO DE LABORATORIO

4ºANO

FERNANDO ARMANDO

JOÃO JOÃO MAQUINA

PEDRO MONTEIRO

TARCISIO AUGUSTO

PRODUÇÃO DO CARVÃO

Quelimane

2023
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FERNANDO ARMANDO

JOÃO JOÃO MAQUINA

PEDRO MONTEIRO

TARCISIO AUGUSTO

PRODUÇÃO DO CARVÃO

Trabalho de caracter avaliativo de Química


Técnica, a ser entregue no Departamento de
Ciências e Tecnologias orientado pelo docente
da cadeira de Química Técnica.

Dr. Almoço Sardinha

Quelimane

2023
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Índice
Introdução........................................................................................................................................3

Objectivo geral.................................................................................................................................3

Objectivos específicos.....................................................................................................................3

História do Carvão...........................................................................................................................4

Conceito...........................................................................................................................................4

Classificação....................................................................................................................................4

Carvões artificiais............................................................................................................................4

Carvão Vegetal................................................................................................................................4

Coque...............................................................................................................................................5

Tipos de Coque................................................................................................................................5

Processo de produção......................................................................................................................5

Principais etapas..............................................................................................................................6

Carvão mineral.................................................................................................................................7

Carvão de Açúcar............................................................................................................................8

Negro – de – fumo...........................................................................................................................8

Carvões naturais ou minerais...........................................................................................................8

Conclusão......................................................................................................................................11

Bibliografia....................................................................................................................................12
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Introdução
No decorrer da história o ser humano, buscou formas de energia durante todo seu
desenvolvimento, utilizando nos primórdios seu próprio corpo como mecanismo para realizar
trabalho e necessitando para este trabalho do consumo de alimento como fonte de energia.
Durante o transcorrer da história o ser humano passou a utilizar diversas formas de energia,
como a utilização da madeira e restos vegetais secos para produção de fogo, o qual utilizava para
cozer os alimentos e para se proteger dos animais e do frio. Com a evolução da história, o ser
humano foi desenvolvendo mecanismos mais sofisticados de trabalho e que necessitavam cada
vez mais de fontes de energia altamente potenciais, como os potenciais de geração de calor dos
combustíveis fósseis, neste cenário, um dos primeiros e principais combustíveis a ser utilizado
foi o carvão mineral. No contexto histórico este combustível aquece muitas casas Europeias
durante a Idade Média. Entretanto, os combustíveis fósseis apresentam a desvantagem de serem
altamente poluentes, o que levou o mundo a buscar fontes de energia renováveis. Mesmo assim
os combustíveis fósseis ainda apresentam grande importância na matriz energética mundial.

Objectivo geral
 Abordar sobre Carvão

Objectivos específicos
 Descrever o historial
 Dar o conceito
 Classificar o carvão
 Explicar a importância e sua aplicação
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História do Carvão
Idade Antiga: O uso mais antigo do carvão remonta a cerca de 3.000 a.C. na China, onde era
utilizado para aquecer água e cozinhar alimentos. Os chineses também usaram carvão para
produzir o primeiro aço, através do processo de coqueificação.

Grécia e Roma Antigas: Os gregos e romanos também utilizaram carvão como fonte de calor.
No entanto, o uso em grande escala do carvão mineral não ocorreu até a Revolução Industrial.

Conceito
O carvão é uma substância rochosa, de cor preta. É feita de carbono, hidrogénio, oxigénio, azoto
e várias quantidades de enxofre. Há três tipos principais de carvão – antracite, betume e lenhite.
O carvão antracite é o mais duro e tem mais carbono, que lhe dá maior conteúdo energético. A
lenhite é a mais macia e baixa em carbono mas com alto conteúdo em oxigénio e hidrogénio. O
betume fica no meio. Hoje, o precursor do carvão a turfa ainda se encontra em muitos países e
também é usada como fonte de energia.

Classificação
Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja
proporção aumenta à medida que o minério se forma.

Carvões artificiais
Fabricados pelo Homem

Carvão Vegetal
Carvão vegetal é uma substância de cor negra obtida pela carbonização da madeira ou lenha. É
muito utilizado como combustível para aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões a lenha.
Considerado um fitoterápico, o carvão vegetal para uso medicinal (carvão activado) provém de
certas madeiras moles e não resinosas (extraído de partes lenhosas, cascas e serragens), obtidos
por combustão incompleta, o que lhe confere a capacidade adsorvente. O carvão vegetal tem a
propriedade de adsorver substâncias que, em contacto com bactérias intestinais, contribuem para
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a produção de flatulência. Diante dos resultados de estudos, o uso do carvão vegetal é indicado
em casos de dores no estômago, mau hálito, aftas, gases intestinais, diarreias infecciosas,
disenteria hepáticas e intoxicações.

Outro substituto potencial do carvão mineral, é o carvão vegetal, que é produzido através de
fontes renováveis. O processo de produção do carvão vegetal consiste da degradação parcial da
madeira e, para isso, se faz necessário aplicar calor controlado. Apesar de ser produzido por
fontes renováveis, o carvão vegetal apresenta desvantagens, pela grande emissão de poluentes
devido a queima da madeira para produção, liberando de fuligem e gases poluentes (Colombo et
al., 2006). A madeira deve ser extraída por meios legais, de locais onde o corte é legalizado, já
que muitas indústrias produzem carvão vegetal através da extracção ilegal de madeira, o que
causa grandes impactos ambientais (Colombo et al., 2006).

Coque
O coque é um tipo de combustível derivado do carvão betuminoso. Começou a ser utilizado na
Inglaterra do século XVII. O coque obtém-se do aquecimento da hulha (ou carvão betuminoso),
sem combustão, num recipiente fechado. Pode ser utilizado na produção de ferro gusa (alto
forno), sendo adicionado junto com a carga metálica.

Tipos de Coque
Shot Coke - Apresenta alto teor de enxofre e metais - a olho nu, o material apresenta forma
esférica de várias dimensões.

Coque Esponja - Contém resinas e médios teores de enxofre, asfaltenos e metais – a olho nu, o
material apresenta pequenos poros e paredes espessas.

Coque Agulha - Classificado como material anisotrópico. Contém baixa presença de asfaltenos,
resinas e metais.

Processo de produção
O coque é obtido pelo processo de “coqueificação”, que consiste, em princípio, no aquecimento
do carvão mineral a altas temperaturas, em câmaras hermeticamente fechadas, (excepto para
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saída de gases). No aquecimento às temperaturas de coqueificação e na ausência de ar, as


moléculas orgânicas complexas que constituem o carvão mineral se dividem, produzindo gases e
compostos orgânicos sólidos e líquidos de baixo peso molecular e um resíduo carbonáceo
relativamente não volátil. Este resíduo resultante é o “coque”, que se apresenta como uma
substância porosa, celular, heterogénea, sob os pontos de vista químico e físico. A qualidade do
coque depende muito do carvão mineral do qual se origina, principalmente do seu teor de
impurezas.

Principais etapas
Perda de humidade: ocorre a temperaturas entre 100 °C e 120 °C e caracteriza-se pela liberação
da unidade presente no carvão;

Desvolatização primária: é o primeiro estágio da coqueificação propriamente dita e ocorre entre


temperaturas da ordem de 350 °C a 550 °C, com a liberação de hidrocarbonetos pesados e
alcatrão;

Fluidez: ocorre entre 450 °C e 600 °C, quando o material se torna fluido e pastoso, devido ao
rompimento das pontes de oxigénio presentes em sua estrutura química;

Inchamento: etapa que ocorre paralelamente à fluidez devido à pressão dos gases difundindo-se
na estrutura de microporos do carvão. Assim sendo, a intensidade do inchamento será função da
velocidade de liberação destes, através da massa fluida. É uma fase de grande importância, na
medida em que deve ser devidamente controlada para evitar-se danos aos equipamentos da
coqueria;

Resolidificação: ocorre em temperaturas próximas de 700 °C, formando o semi-coque.


Determina em grande parte a qualidade do coque, uma vez que uma resolidificação sem
formação de fissuras originará um produto de elevada resistência mecânica;

Desvolatização secundária: última fase do processo, ocorre na faixa situada entre 850 °C e
1300 °C com eliminação sobretudo de hidrogénio. Antes de se iniciar o processo de
coqueificação é necessário a preparação dos diversos tipos de carvões minerais.
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Coque (www.portugal.acambiode.com)

Carvão das retortas - É muito duro e compacto. Geralmente é usado nos museus ou em casas
de retortas.

Carvão mineral
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em
estratos chamadas camadas de carvão. As formas mais duras, como o antracito, podem ser
consideradas rochas metamórficas devido à posterior exposição a temperatura e pressão
elevadas. É composto primeiramente por carbono e quantidades variáveis de enxofre, hidrogénio,
oxigénio e nitrogénio e elementos vestígios. Quanto maior o teor de carbono mais puro se
considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral; turfa, linhito, hulha e antracito, em
ordem crescente do teor de carbono.

É extraído do solo por mineração a céu aberto ou subterrânea. Entre os diversos combustíveis
produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral
o mais abundante. Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos, é vital para muitas
indústrias modernas. O carvão mineral foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e
subtropicais, especialmente durante períodos Carbonífero e Permiano.

Existem diferentes aplicações do carvão mineral no mundo, sendo a geração de energia eléctrica
por meio de usinas termelétricas a principal, seguida pela aplicação industrial para a geração de
calor (energia térmica) necessário para os processos de produção, como por exemplo, secagem
de produtos, cerâmicas e fabricação de vidros. Uma outra actividade em expansão é o
desdobramento natural da actividade, relacionado com a cogeração ou utilização do vapor
aplicado no processo industrial para a produção de energia eléctrica (ANEEL, 2016).
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Carvão animal (bemestarenergia.blogspot.com)

Carvão de Açúcar
Por acção de ácido sulfúrico concentrado sobre o açúcar ordinário, este carboniza. Note, lavando
convenientemente, obtém-se uma das formas mais puras de carvão artificial.

Negro – de – fumo
É uma variedade de carvão artificial com uma percentagem de impurezas muito reduzida.
Obtém-se queimando petróleo, alcatrão, aguarrás, óleos gordos e gorduras.

Negro – de – fumo (www.nanquim.com.br)

Carvões naturais ou minerais


Extraem-se do subsolo

Turfa

É leve, de cor geralmente castanha, algumas vezes negra e/ou baça.


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Turfa (orquidea.base33.net)

Lenhite

O lignito ou linhito (em Portugal, a lenhite) é um tipo de carvão com elevado teor de carbono na
sua constituição (65 a 75%). A sua cor é acastanhada e encontra-se geralmente, mais à superfície,
por ter sofrido menor pressão. A sua extracção é relativamente fácil e pouco dispendiosa.
Quando queima origina muita cinza. Em termos geológicos é um carvão recente. Trata-se do
único tipo de carvão estritamente biológico e fóssil, formado por matéria orgânica vegetal.

Lenhite (www.panoramio.com)

Hulha

A hulha ou carvão betuminoso é um tipo de carvão mineral que contém betume. Dependendo do
teor de carbono, o carvão mineral é classificado como linhito, hulha e antracito. É denominado
de hulha quando o teor de carbono é entre 60 e 80%. A hulha foi a mola propulsora da indústria
do século XIX, durante a chamada revolução industrial, sendo substituída pelo petróleo no
século XX. A hulha era o tipo de carvão mineral mais amplamente utilizado na produção de
hidrocarbonetos aromáticos, que ocorria através de um processo denominado destilação seca. Tal
processo consiste no aquecimento da hulha resultando em três fracções de diferentes estados
físico.
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Hulha (www.brasilescola.com)

Antracite

A antracite ou o antracito, é uma variedade compacta e dura do mineral carvão que possui
elevado lustre. Difere do carvão betuminoso por conter pouco ou nenhum betume, o que faz com
que arda com uma chama quase invisível. Os espécimes mais puros são compostos quase
inteiramente por carbono. O antracito é criado por metamorfismo e está associado às rochas
metamórficas, da mesma forma que o carvão betuminoso está associado às rochas sedimentares
(Maciel, Noémia e Miranda, Ana1994).

Antracite (www.lenntech.com) e Antracite (Carvão activado) (www.lenntech.com)


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Conclusão
Em conclusão, o carvão, tanto o vegetal quanto o mineral, tem desempenhado um papel
significativo na história da humanidade como fonte de energia e calor. Desde os tempos antigos
até a Revolução Industrial, o carvão desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento
económico e tecnológico. No entanto, à medida que a consciência ambiental cresceu e os
impactos negativos do uso do carvão se tornaram evidentes, houve uma busca por alternativas
mais limpas e sustentáveis. Os diferentes tipos de carvão, como o carvão mineral, o carvão de
coque e o carvão vegetal, têm aplicações específicas em várias indústrias, desde a geração de
electricidade até a produção de aço e a culinária. No entanto, o carvão mineral, em particular,
enfrentou críticas devido às emissões de gases de efeito estufa e ao impacto na qualidade do ar e
do solo.
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Bibliografia
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

Enciclopédia do Conhecimento. A Química, 1990, Portugal.

Colombo SFO et al. (2006) Produção de carvão vegetal em fornos cilíndricos verticais: Um
modelo sustentável.

Teixeira, José. Química, 1966

Maciel, Noémia e Miranda, Ana. Eu e a Química, 1994

Resolução do CONAMA No 275 de 25 de abril 2001

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