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Augusto Arnaldo Como

Dércio Joel Maluleque

Ercídio Miguel

Jeremias Bernardo Macucule

Zódua Ester Azarias

Cadeira de Laboratório II

Relatório de obtenção do amoníaco, verificação das suas propriedades e Identificação do ião


amónio

LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Universidade Save

Extensão da Massinga

2022
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Augusto Arnaldo Como

Dércio Joel Maluleque

Ercídio Miguel

Jeremias Bernardo Macucule

Zódua Ester Azarias

Cadeira de Laboratório II

Relatório de obtenção do amoníaco, verificação das suas propriedades e Identificação do ião


amónio

Licenciatura em Ensino de Biologia

4º Ano

Relatório da cadeira de Laboratório II a ser


submetido ao curso de Biologia, Departamento de
Ciências Naturais e Matemática, Extensão de
Massinga para efeitos de avaliação

Doutor: Gulube

Universidade Save

Extensão da Massinga

2022
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Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4

1.1 Cuidados no manuseamento dos compostos de nitrogénio.....................................................................4

1.2 Objectivos..................................................................................................................................5

1.3 Fundamentação Teórica.................................................................................................................6

1.3.1 Propriedades físicas do amoníaco...............................................................................................6

1.3.2 Obtenção do amoníaco............................................................................................................6

1.4 Parte experimental..................................................................................................................8

I. Obtenção do amoníaco......................................................................................................8

II. Verificação das propriedades do amoníaco...................................................................9

III. Identificação do ião amónio........................................................................................10

1.5 Resultados e discussões.......................................................................................................11

1.6 Conclusão.................................................................................................................................13

1.7 Referências bibliográficas.............................................................................................................14


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1. Introdução

No relatório foi produzindo no âmbito da cadeira de Laboratório II, cujo tema é: Relatório de obtenção do
amoníaco, verificação das suas propriedades e Identificação do ião amónio. O amoníaco pode ser
produzido por vários métodos laboratoriais e industriais, porém, nesta prática privilegiou-se o
método da decomposição do hidróxido de amónio que será produzido a partir do cloreto de
amónio e cloreto de sódio. As reacções, foram executadas na capela de exaustão tratando-se de
reacções que libertam gases e foram observados todos os cuidados que se devem tomar no
manuseio dos compostos de nitrogénio. No desenvolvimento do relatório, foram detalhados
outros métodos de obtenção e propriedades do amoníaco.

1.1 Cuidados no manuseamento dos compostos de nitrogénio

Segundo ROSA & GAUTO (2013), os compostos de nitrogénio são tóxicos, a inalação de
grandes quantidades provoca broncoespasmo, edema da laringe e formação de pseudomembrana.
Porém, no manuseio de substancias nitrogenadas devem se observar as seguintes normas:
 Devem ser manuseados na capela de exaustão;
 Não espirre durante o aquecimento;
 Evitar a manipulação desses compostos próximo a chamas e outras fontes de ignição;
 Utilizar equipamento a prova de explosão e ferramentas a prova de faíscas;
 No caso de derramamento do composto, deve-se lavar a área afectada com agua morna
ou envolve-las em cobertores;
 Deve ser estocada numa área ventilada;
 Usar mascara e óculos;
 Utilizar equipamento de protecção individual;
 Manter o ambiente ou laboratório arejado;
 Não fumar.
 Manusear os produtos na capela de exaustão;
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 Evitar o contacto com materiais incompatíveis;


 Lavar as mãos e o rosto do material cuidadosamente após o manuseio e antes de comer,
beber, fumar ou ir ao banheiro
 Trocar a roupa e o equipamento de protecção contaminado antes de entrar nas áreas de
alimentação.

1.2 Objectivos

 Obter o amoníaco no laboratório


 Verificar as propriedades do amoníaco
 Identificar o ião amónio
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1.3 Fundamentação Teórica

Amoníaco

O amoníaco é um dos produtos químicos mais importantes para o ser humano, sendo uma das cinco
substâncias produzidas em maior quantidade no mundo. Sua importância está relacionada ao seu uso
directo como fertilizante e por constituir matéria-prima para a fabricação de outros fertilizantes
nitrogenados.

1.3.1 Propriedades físicas do amoníaco


O amoníaco é um gás também designado amónia é um composto químico cuja molécula é
constituída por um átomo de Nitrogénio (N) e três átomos de hidrogénio (H) de fórmula
molecular NH3.

A molécula não é plana, apresenta geometria piramidal. Esta geometria ocorre devido à
formação de orbitais híbridos sp³. Em solução aquosa se comporta como uma base

transformando-se num iao amônio, NH4+, com um átomo de hidrogênio em cada vértice do
tetraedro (CHANG, 2006).

A amónia, a temperatura ambiente e pressão atmosférica, é um gás tóxico, corrosivo na presença


de umidade, inflamável, incolor, com odor muito irritante e altamente solúvel em água. É
envasada e transportada em cilindros de aço como um gás liquefeito sob sua própria pressão de
vapor, 7,87 bar a 21.1 ºC.

1.3.2 Obtenção do amoníaco


A amónia (NH3) – é uma substância de enorme importância, visto ser um ingrediente
fundamental na fabricação de fertilizantes.
Segundo FELTRE (2004), industrialmente o processo mais utilizado para a produção desta
substância é o chamado processo Haber-Bosch, onde a amónia é produzida a aproximadamente
400ºC e a uma pressão de aproximadamente 200 atm., de acordo com a equação:

N2(g) + 3H2(g) 400



C 2NH3(g) + energia
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A formação do amoníaco é um processo exotérmico, ou seja, ocorre com liberação de calor.


Sendo assim, baixas temperaturas favorecem a produção do NH 3 e o incremento da temperatura
tende a deslocar o equilíbrio da reacção no sentido inverso, de acordo com o Princípio de Le
Chatelier.

No laboratório

No laboratório, o método fácil de obtenção do amoníaco consiste na reacção entre o cloreto de


amónio (NH4Cl) e o hidróxido de sódio (NaOH), de acordo com a equação:

NH4Cl + NaOH Calor



NaCl + H2O + NH3
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1.4 Parte experimental


Materiais

 Balão de fundo redondo de 250mL


 Béquer de 500mL
 Bico de bunsen
 Conta gotas com bulbo de borracha
 Erlenmeyer de 250 mL
 Garras
 Pinça de Mohr
 Rolhas de cortiça ou borracha
 Suporte universal
 Tubo de ensaio
 Tubos de vidro
 Tubos flexíveis

Reagentes
 NH4Cl sólido (5g);
 NaOH sólido (5g);
 HCl (0,1 mol/L);
 Fenolftaleína;

Procedimentos

I. Obtenção do amoníaco

1º. A princípio montou-se o sistema de aparelhagem para produção da amónia na capela de


exaustão, figura 1.
2º. Para umedecer os tubinhos de vidro, colocou-se 15ml de água destilada na torre de absorção
já preenchida com os tubinhos e em um béquer de 100ml, foram colocados 20ml de água
destilada e introduziu-se no béquer o tubo de vidro com bulbo, de modo que a ponta do tubo
apenas tocasse a superfície da água contida no béquer.
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3º. Pesou-se 2g de NH4Cl e 2g de NaOH, de seguida levou-se para a capela e, com o auxílio de
uma espátula ou bastão de vidro, as duas substâncias foram misturadas sobre um vidro de
relógio.
4º. Ainda dentro da capela, transferiu-se a mistura para um tubo de ensaio e conectou-se à
aparelhagem.
5º. Verificou-se se o sistema estava bem fechado e aqueceu-se o tubo de ensaio com um bico de
Bunsen por 20 minutos. O aquecimento foi feito levemente para não furar ou entortar o tubo de
ensaio.
6º. Após o aquecimento, deixou-se esfriar a torre de absorção e, com o auxílio de um funil, todo
o seu conteúdo foi transferido para um balão volumétrico de 100ml.
7º. Lavou-se a torre de absorção com a solução contida no béquer, de modo que recolhesse toda a
amónia produzida. Foram utilizadas ainda, duas porções de 10ml de água destilada para fazer a
completa remoção da amónia da torre.
8º. Por último, completou-se o volume do balão volumétrico.

Fonte: MULLER; DANTAS, (2010)

II. Verificação das propriedades do amoníaco

1º. Com uma proveta de 50 ml, mediu-se 10 ml da solução de hidróxido de amónio contido no
balão.
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2º. Ainda na proveta, foram adicionados 20ml de água destilada. Em seguida, colocou-se 3 gotas
de fenolftaleína e transferiu-se a solução colorida para três erlenmeyers (aproximadamente 10 ml
cada).
3º. Aqueceu-se um dos erlenmeyers sobre uma tela de amianto, observou-se e anotou-se o
ocorrido;
Em um outro erlenmeyer, foi adicionada uma espátula de NH 4Cl e agitou-se a mistura.
Observou-se e anotou-se tudo o que ocorreu.
Utilizou-se o terceiro frasco para comparar as cores dos três frascos.

III. Identificação do ião amónio

1º. Introduziu-se 10ml de água destilada num tubo de ensaio;


2º. Pesou-se 2g de cloreto de amónio e 2g de hidróxido de amónio e adicionou-se no tubo
contendo água destilada; agitou-se cuidadosamente a mistura;
3º. Aqueceu-se cuidadosamente o tubo e aproximou-se um papel de tornassol vermelho sobre o
tubo de ensaio sem toca-lo.
4º. Observou-se e anotou-se o acontecimento.
Obs: ao aproximar-se o papel de tornassol, verificou-se a mudança da cor no papel passando de
vermelho a azul.
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1.5 Resultados e discussões

A obtenção da amónia iniciou na capela de exaustão ao juntar-se o cloreto de amónio e o


hidróxido de sódio, que obteve um sal e uma base, de acordo com a reacção:

NH4Cl + NaOH  NH4OH + NaCl

Foi recolhido o hidróxido de sódio e aquecido de forma moderada e obteve-se uma substancia
pastosa, isso se deve a liberação de água da decomposição do hidróxido de amónio em amónia e
água, de acordo com a reacção descrita abaixo:

NH4OH ∆

NH3 + H2O

Porém, a produção da amónia ocorreu num processo reversível sendo que o aquecimento
provocou a rápida produção da amónia.

Segundo BROWN (2005), Quando estamos trabalhando em altas temperaturas, atinge-se o


equilíbrio mais rapidamente, porem forma-se menos produtos. Se aumentarmos a pressão o
equilíbrio tende a se deslocar para o lado de maior volume (na nossa reacção, deslocaria para a
formação de amónia).

Verificação das propriedades do amoníaco

Para a verificação das propriedades do amoníaco, adicionou-se 10ml da solução de hidróxido de


sódio e 20 ml de água destilada com 3 gotas de fenolftaleína, obteve-se uma solução alcalina,
com pH básico. Esta solução tem uma cor rosa de coloração forte.

Quando aqueceu-se a solução observou-se a descoloração da mesma, essa descoloração foi lenta
devido a evaporação da amónia, restando em solução apenas a água, de acordo com a reacção
abaixo:

NH4OH ∆

NH3↑ + H2O

Ao adiciona-se o NH4Cl na solução houve a descoloração instantânea, a solução passa de rosa


para incolor, isso se deve ao efeito do ião comum, que desloca a reacção mais rapidamente para a
produção de NH4OH, liberando o gás amónia:
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NH3 H →2O NH4OH + HCl → NH4Cl + H2O

NH4OH ↔ NH4+ + OH- + NH4Cl

Como temos presente o efeito do ião comum (NH 4+), nessas equações, leva-se em conta que o
equilíbrio ira se deslocar para a esquerda na reacção, fazendo com que o produza mais NH4OH.

Identificação do ião amónio

Para identificação do ião amónio, fez-se reagir o hidróxido de sódio com o cloreto de amónio onde usou-se o papel de
tornassol, entretanto, no momento em que se aproximou o papel, verificou-se a alteração da cor do papel de vermelho a
cor azul.

No entanto, a cor azul indica a presença do ião amónio na mistura reaccional.


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1.6 Conclusão

Finda a execução da experiencias, concluiu-se que a amónia obtêm-se aquecendo-se hidróxido de sódio e
cloreto de amónio, é um dos métodos mais eficaz de se obter amónia no laboratório, na forma de
hidróxido de amónia em solução aquosa, além de que ao se adicionar mais cloreto de amónio há
uma perturbação no equilíbrio da reacção e este para se estabilizar, desloca o equilíbrio no
sentido de se formar mais produto, no caso da reacção houve um aumento de amónia.

De salientar que as reacções de produção da amónia ocorreram num sistema fechado, e a


identificação dos seus iões foi feita com base no indicador “fenolftaleina” que apresentou uma
mudança da cor de vermelho a azul.
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1.7 Referências bibliográficas

CHANG, Raymond,  Química Geral, 4ª edição, McGraw Hill, São Paulo, 2006

BROWN, Theodore L. Química, a ciência central. São Paulo. 9ª ed. Editora Pearson Prentice
Hall, 2005.

MULLER, R. C. S & DANTAS, K das Graças Fernandes. Quimica Analitica Experimental.


Belem, UFP- 2010.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. Vol.1, 6ª edição – São Paulo 2004

ROSA, G & GAUTO, M; Gonçalves, F. Química Analítica - Práticas de Laboratório, Bookman,


Porto Alegre, 2013.

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