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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE QUÍMICA
QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL I

BRUNO WILLAMS MACIEL BATISTA

JOSÉ CARLOS BAIA E BAIA
LUISA HELENA SANTOS FIGUEROA
LUIS FELIPE BARROS DA SILVA

REMOÇÃO DE CORANTES EM MEIO AQUOSO POR ADSORVENTE

MAGNÉTICO

BELÉM – PA
2023
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BRUNO WILLAMS MACIEL BATISTA

JOSÉ CARLOS BAIA E BAIA
LUISA HELENA FIGUEROA
LUIS FELIPE CARDOSO

REMOÇÃO DE CORANTES EM MEIO AQUOSO POR ADSORVENTE

MAGNÉTICO

Relatório apresentado ao Curso de

Química Industrial, do Instituto de Ciências
Exatas e Naturais da Universidade Federal
do Pará em cumprimento às exigências
legais sob a avaliação do Professor Dr.

Leyvison Rafael Vieira da Conceição como

requisito de qualificação da disciplina de
química inorgânica experimental.

BELÉM – PA
2023
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 4
2 OBJETIVOS............................................................................................. 6
2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................. 6
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................... 6
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL....................................................... 7
3.1 REAGENTES E EQUIPAMENTOS ......................................................7
3.2 MÉTODOS............................................................................................ 8
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................... 9
5 CONCLUSÃO.......................................................................................... 13
6 REFERÊNCIAS...................................................................................... 14
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1 INTRODUÇÃO

Os efluentes industriais quando descartados de maneira inadequada geram graves

contaminações ao meio ambiente. Esses resíduos podem conter reagentes
alcalinos, corantes, sabões, detergentes, óleos, graxas, sólidos suspensos, dentre
outros. Nas indústrias do ramo têxtil existem inúmeras etapas de lavagem e
tingimento dos tecidos, nessas etapas perde-se parte dos corantes utilizados devido
a não fixação destes à fibra celulósica. Após esses processos, os efluentes têxteis
apresentam altas concentrações de corantes e necessitam de tratamento, para uma
disposição adequada (SRINIVASAN, Asha et al.2010).
Diferentes métodos para o tratamento de resíduos em meio aquoso estão
dispostos na literatura, como os físicos, químicos e biológicos. Dentre esses,
destaca-se a adsorção de resíduos por adsorventes inorgânicos, advindos de
resíduos de biomassa etc. O processo de adsorção pode ser entendido como um
método físico-químico que envolve um adsorvato (fases líquidas ou gasosas) e um
adsorvente (fase sólida). De forma geral o adsorvato interage com a superfície do
adsorvente e ambos podem ser removidos do meio, enquanto o processo de
dessorção é um processo pelo qual uma substância é liberada de uma superfície ou
através de uma superfície (TIMUR, S. et al,2010).
Alguns materiais advindos de resíduos de biomassa como: palha ou bagaço
de cana-de-açúcar, dentre outros, podem ser utilizados como adsorventes e o
carvão ativado (CA) é o mais usado e mais adsorvente eficaz. Os materiais
carbonosos ativados, vegetais e/ou minerais, são sólidos porosos com grande
capacidade de adsorção, se comparados com outros sólidos porosos. À indústria
têxtil tem frequentemente em seus produtos finais o uso de corante, no qual é
caracterizado pela sua capacidade de absorver a luz visível (400 a 700 nm), e é por
este motivo que apresentam cor(LEAL,2011).
Os corantes são, em geral, moléculas grandes que possuem dois
componentes principais: o cromóforo, responsável pela cor e o grupo funcional, que
liga o corante á fibra, o grupo cromóforo mais utilizado é o da família dos “azo”
corantes (representado por uma ligação dupla entre dois nitrogênios), que equivale a
aproximadamente 70% de todos os corantes têxteis produzidos,por exemplo o azul
de metileno, que é o mais comum entre todos os outros corantes de sua categoria, é
geralmente usado para tingir algodão e seda. Este corante sintético tem uma
complexa estrutura molecular aromática, são inertes e de difícil degradação, quando
lançadas á fluxos de resíduos (KANAWATE,Sachin et al.2010).
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Assim,o presente trabalho tem como objetivo analisar a viabilidade da

utilização do carvão magnético ativado na adsorção e dessorção de resíduos dos
corantes industriais:azul de metileno, alaranjado de metila e vermelho congo,
seguindo a metodologia simples proposta no presente estudo.
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2 OBJETIVOS:

2.1 OBJETIVO GERAL:

Realizar e avaliar a aplicação do adsorvente magnético sintetizados em laboratório
na remoção de diferentes corantes em meio aquoso.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Analisar a adsorção e dessorção em meios aquosos na presença de carvão
magnético.
Verificar a utilização de partículas magnéticas (carvão magnético) como
adsorventes.
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 REAGENTES E EQUIPAMENTOS:

REAGENTES:
 Carvão magnético
 Álcool etílico
 Azul de metileno
 Alaranjado de metila
 Vermelho congo
 Água destilada

EQUIPAMENTOS:
 03 Béquer (100 mL) 01 imã de neodímio
 01 PROVETA (100 ML) 03 Tubo de ensaio
 01 PROVETA (10 ML) 03 Conta gotas
 01 PIPETA GRADUADA (5 ML) 01 Bastão de vidro
 04 ESPÁTULA
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3.2 MÉTEDOS:
#1 PREPARO DAS SOLUÇÕES AQUOSAS COM CORANTES
Toda a soluções para utilizar nos experimentos já estavam prontas e em estoque.
Por esse motivo não houve o preparo de nenhuma solução, apenas a utilização das
soluções prontas.

#2 - ADSORÇÃO E DESSORÇÃO USANDO O CARVÃO MAGNÉTICO

FLUXOGRAMA 1 – ADSORÇÃO E DESSORÇÃO USANDO CARVÃO MAGNÉTICO

Fonte: Construção do autor.

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4: RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os experimentos realizados no presente estudo foi uma análise qualitativa da
adsorção e dessorção dos corantes azul de metileno, alaranjado de metila e
vermelho congo, com a utilização principal do carvão magnético como adsorvente.

Figura 1 – Corantes azul de metileno, alaranjado de metila e vermelho congo.

Fonte: Construção do autor

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#2 ADSORÇÃO USANDO O CARVÃO MAGNÉTICO

Primeiramente, foi realizado o experimento com o corante azul de metileno
(figura 2) e, logo em seguida, com os demais corantes têxteis.

Figura 2 – Alíquota dos corantes em tubo de ensaio.

Fonte: Construção do autor.

Ao adicionar uma ponta de espátula contendo o carvão magnético, a solução

admite uma coloração característica preta (figura 3). Após agitar a solução por dois
minutos e realizar uma precipitação magnética com o auxílio de um imã de
neodímio, é possível observar que ocorreu uma adsorção completa dos corantes
pelo carvão magnético devido o sobrenadante estar incolor (figura 4). O mesmo
resultado é apresentado para as alíquotas de Alaranjado de Metila e Vermelho
Congo.
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Figura 3 – Soluções aquosas dos corantes com a presença do carvão magnético.

Fonte: Construção do autor.

Figura 4 – Precipitação magnética.

Fonte: Construção do autor.

Isto ocorre devido a uma característica do carvão magnético por possuir

elevada área superficial e porosidade e, também, a capacidade de adsorver
vapores, líquidos e gases. Devido à alta capacidade de remoção de alguns
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componentes, a adsorção acaba sendo muito utilizada industrialmente para

tratamento de efluentes têxteis (SCHNEIDER et al., 2008; NURUL’AIN, 2007).

Após a separação do sobrenadante na qual as alíquotas de corantes estavam

presentes e adição de etanol sobre o carvão magnético, a coloração muda apenas
para o tubo contendo alaranjado de metila, mostrando a ocorrência do processo de
dessorção apenas para esse corante (figura 5).

Figura 5 – Vermelho congo, alaranjado de metila e azul de metileno após o processo de dessorção.

Fonte: Construção do autor.

Os erros referentes a não dessorção dos outros corantes estão associados à

escolha do eluente. Notou-se que o etanol é um eluente compatível com o
Alaranjado de Metila, mas não possui bom aproveitamento, pois a coloração
alaranjada proveniente do corante se apresenta fraca.
A escolha de um bom eluente é importante para o processo de dessorção.
Entretanto essa escolha depende das naturezas do adsorvente e adsorvato. Além
disso, a eficácia do processo pode ser afetada pelo pH do meio, temperatura, tempo
de contato entre as fases solida e líquida e a presença de íons competitivos
(GÓMEZ et al., 2014).
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5 CONCLUSÃO
Logo, conclui-se que o processo de adsorção de corantes utilizando o carvão
magnético é viável, devido os resultados obtidos nos tubos de ensaio que
demostraram os sobrenadantes incolores após a atração do precipitado pelo imã de
neodímio, que a indicaram a adsorção completa dos corantes. No entanto a
dessorção desses corantes obteve um resultado negativo, pois entre os 3 tipos de
corantes adsorvidos apenas o alaranjado de metila voltou a uma coloração que não
satisfez a viabilidade da dessorção, lembrando que os outros 2 corantes adsorvidos
permaneceram incolor nesse processo.
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6 REFERÊNCIAS
1. SRINIVASAN, Asha et al. Decolorization of dye waste waters by biosorbents: A review.
Journal of Environmental Management, Regina, v. 91, n. 10, p. 1915- 1929, Out. 2010. DOI:
10.1016/j.jenvman.2010.05.003. em: https://www.sciencedirect.
Com/science/article/pii/S030147971000120
2. TIMUR, S. et al. Characterization and application of activated carbon produced from oak
cups pulp. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, Izmir, v. 89, n. 1, p. 129 - 136, 2010.
DOI: https://doi.org/10.1016/j.jaap.2010.07.002. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S016523701000092
3. KANAWADE, Sachin et al. Low-cost Sugarcane Bagasse Ash as an Adsorbent for Dye Removal
from Dye Effluent. International Journal of Chemical Engineering and Applications, Pune, v. 1,
n. 4, p. 309-318, 2010. DOI: 10.7763/IJCEA.2010.V1.54. Disponível
em:http://www.ijcea.org/papers/54-A541. Pdf.
4. LEAL, Cláudia Sofia Mendes. Solubilidade de corantes azo. 2011. 94 f. Dissertação (Mestrado)
- Curso de Química Industrial, Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2011.
5. GÓMEZ-PASTORA, Jenifer; BRINGAS, Eugenio; ORTIZ, Inmaculada. Recent
progress and future challenges on the use of high-performance magnetic
nano-adsorbents in environmental applications. Chemical Engineering
Journal, v. 256, p. 187-204, 2014.
6. NURUL’AIN, BINTI JABIT. The production and characterization of activated carbon
using local agricultural waste through chemical activation process.
International journal of environment and bioenergy-research gate, p. 1-24,
2007.
7. SCHNEIDER, Eduardo Luiz. Adsorption of phenolic compounds on actived
carbon. 2008. 93 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento de
Processos) - Universidade Estadual do Oeste do Parana, Toledo, 2008.