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Aula prática

Titulo: Obtenção do Oxigénio e verificação das suas propriedades

Autor: 1Emídio da Saugina Mafastela

Mubécua, 2022

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Licenciado em Ensino de Química com habilitações em gestão de laboratório
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Índice
1.0.Introdução..................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.............................................................................................................................5

2.0. Fundamentação teórica.........................................................................................................5

2.1. Propriedades físicas...............................................................................................................5

2.2. Propriedades Químicas.........................................................................................................6

3.0 Parte experimental.....................................................................................................................6

3.1. Procedimentos.......................................................................................................................7

3.2. Discussão dos resultados.......................................................................................................9

3.3. Prova de comburência...........................................................................................................9

4.0. Conclusão...............................................................................................................................11

5.0. Bibliografia.............................................................................................................................12
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1.0.Introdução

O presente relatório surge no contexto da cadeira de , cujo tema: obtenção do Oxigénio e


verificação das suas propriedades, que vai consistir na decomposição do peróxido de hidrogénio
na presença do fígado como catalisador da reacção, assim como a realização do teste de
comburência.

O Oxigénio existe na Natureza sob duas formas importantes: a forma livre e a forma combinada,
na forma livre, o Oxigénio está presente na atmosfera (no ar atmosférico) sob a forma de
moléculas diatómicas (O2). Este é o Oxigénio que respiramos e que resulta, principalmente, do
processo de fotossíntese, realizado pelas plantas. O Oxigénio, na forma combinada (forma de
compostos), encontra-se em muitos compostos, sendo um dos mais comuns, a Água. Existe
também em muitos minerais, como nas rochas. Também encontra-se em todos os organismos
vegetais e animais (incluindo o próprio Homem) sob forma de diferentes substâncias, como por
exemplo, proteínas, gorduras, hormonas, etc. Entretanto, ao longo do relatório foram citadas as
propriedades químicas e formas de obtenção do oxigénio.
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1.1. Objectivos

 Obter o Oxigénio no Laboratório


 Verificar as propriedades do oxigénio

2.0. Fundamentação teórica

Embora o químico sueco Carl Wihelm Scheel tenha conseguido preparar uma amostra de
oxigénio em1772, atribuiu-se tradicionalmente seu descobridor ao Britânico Joseph Priestley que
sintetizou gás em1774 e publicou antes de Scheel o resultado de suas experiências (GLINKA,
1988).

O oxigénio é o elemento químico mais abundante na natureza, superando o conjunto dos demais
elementos químicos, suas ocorrências são: 21% em volume e 23% em peso na atmosfera. 89%
em peso, na água dos oceanos, mares e gelo dos pólos 47% da crosta terrestre (até a
profundidade de 15 km) e 65% no corpo humano (MONTEIRO, 2012).

2.1. Propriedades físicas

 O oxigénio é um gás incolor, inodoro, com densidade 1,425 que só liquefaz-se a – 183ºC.
 Pouco solúvel em água
 Encontra-se na forma diatómica (O2)
 Mais denso do que o ar
 Número atómico é igual a 8
 Peso atómico-15,9994
 Massa molecular-32u.m.a
 Ponto de fusão é igual a - 218,4ºC
 Ponto de ebulição é igual a - 138ºC
 Densidade é igual a 1,425g/l
 Estado de oxidação é igual a –2
 Configuração electrónica 1s2 2s2 2p4
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2.2. Propriedades Químicas

O oxigénio forma compostos com todos elementos químicos excepto: Hélio, Neónio e Argónio.
Com a maioria dos elementos ele reage directamente excepto com flúor, ouro e platina.
A velocidade de interacção do oxigénio com as substâncias simples como com as compostas
depende da natureza da substância dita e da temperatura (GLINKA, 1988).
A - Reacção com os metais
a) Reacção com o Sódio: 4Na(s) + O2(g) → 2Na2O(s)
b) Reacção com o Magnésio: 2Mg(s) + O2(g) → 2MgO(s)
c) Reacção com o Ferro: 4Fe(s) + 3O2(g) → 2Fe2O3(s)

B - Reacção de Oxigénio com ametais


a) Reacção com o Carbono: C(s) + O2(g) → CO2(g)
b) Reacção com o Fósforo: 4P(s) + O2(g) → 2P2O5(g)
c) Reacção com o Hidrogénio: 2H2(g) + O2(g) → 2H2O(l)

Muitas reacções de oxidação são aceleradas pelos catalisadores. Ex: Na presença de platina
dispersa a mistura do hidrogénio com o oxigénio, inflama-se a temperatura ambiente. A
libertação de luz e calor é particularidade característica de muitas reacções de combinação com o
oxigénio. Este processo chama-se combustão (BARROS, 1995).

A combustão com o oxigénio puro ocorre mais energicamente do que no ar.

É um forte oxidante. É comburente (alimenta a combustão).

3.0 Parte experimental


Material

 Tubo de ensaio de 90º


 Tina hidropneumática
 Tubo de ensaio simples
 Funil de decantação
 Seringa
 Fósforo
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 Acopladores
 Tubo de recolha
 Suporte metálico
 Espátula

Reagentes

 Peróxido de Hidrogénio a 3% (H2O2)


 Fígado de Galinha

 Água (H2O)

3.1. Procedimentos

1. Cortou-se pedacinhos de fígado e introduziu-se no tubo de ensaio de 90º;

2. Montou-se o funil de decantação no tubo de ensaio de 90º;

3. Acoplou-se o tubo de recolha no tubo de ensaio de 90º;

4. Encheu-se a tina hidropneumática com água;

5. Colocou-se o tubo de recolha dentro da tina hidropneumática cheia de água;

6. Levou-se o tubo de ensaio simples e encheu-se de água, depois virou-se para o tubo de
recolha;

7. Retirou-se uma certa quantidade do peróxido de hidrogénio com ajuda de seringa para
introduzir no funil de decantação;

8. Abriu-se o funil de decantação para que goteje até terminar o ácido que contem no funil e
depois de terminar fechou-se;
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9. A posterior tirou-se o tubo de ensaio simples sem virar e acendeu-se o palito de fósforo e
introduziu-se dentro do tubo de ensaio simples virado para baixo do tubo e anotou-se
observações.

Obs: Quando começou a gotejar o peróxido de hidrogénio sobre o fígado, verificou - se uma
efervescência no tubo de ensaio contendo o fígado e também verificou - se humidade nas paredes
do tubo de ensaio de abertura lateral e o borbulhamento da água na tina hidropneumática, de
acordo com o esquema abaixo:

Fonte: PINHEIRO, (2010)


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3.2. Discussão dos resultados

De acordo com LEE (1997), a reacção de decomposição do peróxido de hidrogénio ou mesmo


água oxigenada, ocorre na presença do catalisador dióxido de Manganês (MnO2).

No momento desta experiência, a efervescência verificada era a característica da decomposição


do peróxido de hidrogénio na presença do fígado que exerce o papel de catalisador, onde resultou
na libertação do gás oxigénio e o fígado não foi consumido no processo reaccional.

O borbulhamento no tubo de ensaio era o sinal de recolha ou entrada do oxigénio no tubo de


recolha que por sua vez, expulsava a água para fora do tubo de ensaio, que depois de cheio, o
borbulhamento já se verificava nas paredes do tubo de ensaio.

De acordo com BARROS (1995), o recolhimento do gás só deve ser efectuado depois de alguns
minutos após o início da liberação do mesmo, permitindo-se assim, expulsar o ar existente dentro
do sistema.

Para FERREIRA (2014), na reacção de decomposição parcial do oxigénio presente no H 2O2 é


convertido em oxigénio gasoso.

2H2O2(aq) Figado 2H2O(l) + O2(g)


A reacção de desproporcionamento deveria ocorrer de forma espontânea. Portanto, na ausência


de catalisador a reacção ocorre lentamente.

Outros catalisadores que podem ser usados na reacção: iões metálicos como: (Fe 2+, Fe3+, Ni2+,
Cu2+), metais (Ag, Pt), carvão e dióxido de Manganês (MnO2)

3.3. Prova de comburência.

Levou - se o tubo de ensaio simples contendo o oxigénio e fez - se a prova de comburência, com
a boca do tubo virado para baixo.
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Neste processo, usou-se o tubo de ensaio virado para baixo, visto que, o oxigénio é mais denso
em relação ao ar e encontrava-se na boca do tubo de ensaio por isso que o palito de fósforo aceso
aumentou a sua chama. Salienta MONTEIRO (2012), que, a prova de comburência consiste em
colocar num tubo de ensaio contendo o gás oxigénio, com o tubo virado para baixo uma chama.
Porém, pela presença do gás, a chama aviva-se.
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4.0. Conclusão

Findo o relatório, conclui-se que, que o oxigénio é obtido no laboratório pela decomposição do
peróxido de hidrogénio/água oxigenada na presença do catalisador. Ele é um gás muito denso em
relação ao ar. Trata-se de um comburente, dai que, alimenta a combustão. Nota-se também que o
oxigénio é um gás bastante reactivo, tendo capacidade de combinar-se com elementos metálicos
e não metálicos, o que dá origem a compostos de características e propriedades bastante variadas.

De referir que quando adicionou-se o peróxido de hidrogénio na presença do fígado que exerce o
papel de catalisador, houve o borbulhamento nas paredes do tubo de ensaio e o fígado não foi
consumido no processo reaccional.

De salientar que, a propriedade comburência testada e comprovada é tão importante no nosso


dia-a-dia, já que o oxigénio é o comburente comumente utilizado, até mesmo que
inconscientemente por algumas pessoas sem conhecimento suficiente.
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5.0. Bibliografia

BARROS, H. L. C. Química Inorgânica. Belo Horizonte: SEGRAC, 1995.

FERREIRA, Ana Maria da Costa. Química Inorgânica, Universidade de são Paulo, 2014.

FELTRE, Ricardo. Quimica-2: Físico-Químico, 7ª edição, São Paulo, Moderna, 2008.

GLINKA, N. Química geral; Editora Mir Moscovo. 2ºVolume 1988.

MONTEIRO, A. F. Obtenção e Reconhecimento do Oxigénio (Laboratório) -Química


Inorgânica, 2012.

LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concisa. 5ª ed. Editora EdgardBlücher, 1997.

PINHEIRO, M. B. D.; COSTA, E. F. Síntese e Caracterização do Óxidos, Universidade Federal,


2010.

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