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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
Disciplina: Química Analítica Qualitativa
Docente: Prof. Dr. Herbert de Sousa Barbosa

Análise dos cátions do grupo II


(𝑴𝒈𝟐+ , 𝑪𝒂𝟐+ , 𝑩𝒂𝟐+ 𝒆 𝑺𝒓𝟐+ )
Discentes:

Micael Saunweor Andrade Teles – 20219021432

David Ariel Oliveira Carvalho – 20219003096

Maria Gabriely Barbosa Silva – 20219006051

Andressa Barbosa da Silva - 20219001912

TERESINA/PI, agosto de 2022


RESUMO:
O presente experimento teve como premissa a análise dos cátions do grupo
II por meio de soluções aquosas contidas em tubos de ensaio onde foi possível
visualizar a formação de precipitados. Além disso, foi utilizado o teste de chama
com auxílio de um bico de Bunsen para verificar as diferentes colorações de
acordo com o elemento em análise. Também foi utilizado uma centrífuga para
separar os cátions. Ademais, foi possível identificar os mecanismos químicos
(como o produto de solubilidade) que explicam o comportamento dos cátions
frente a interação com ânions diversos. Essas análises consolidam um
conhecimento fundamental para a identificação de substâncias em Química
Analítica.

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 5
2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................... 5
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 5
3. PARTE EXPERIMENTAL .......................................................................................................... 5
3.1 Materiais, vidrarias e reagentes .......................................................................................... 5
3.2 Procedimento Experimental ................................................................................................ 6
3.2.1 Reações de Identificação (Parte 1) .................................................................................... 6
3.2.1.1 Teste da chama ............................................................................................................. 6
3.2.1.2 Reação com Base Forte – NaOH ..................................................................................... 6
3.2.1.3 Reação com Hidróxido de Amônio ................................................................................. 6
3.2.1.4 Reação com Monohidrogeno-Fosfato de Sódio.............................................................. 6
3.2.1.5 Reação com Carbonato de Amônio ................................................................................ 7
3.2.1.6 Reação com Oxalato de Amônio .................................................................................... 7
3.2.1.7 Reação com Dicromato de Potássio ............................................................................... 7
3.2.1.8 Reação com Sulfato de Amônio ..................................................................................... 8
3.2.2 Separação e Identificação dos cátions do grupo II (Parte 2) .............................................. 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................... 9
4.1 Reações de Identificação (Parte 1) ....................................................................................... 9
4.1.1 Teste da chama ................................................................................................................ 9
4.1.2 Reação com Base Forte – NaOH...................................................................................... 10
4.1.3 Reação com Hidróxido de Amônio .................................................................................. 10
4.1.4 Reação com Monohidrogeno-Fosfato de Sódio............................................................... 11
4.1.5 Reação com Carbonato de Amônio ................................................................................. 11
4.1.6 Reação com Oxalato de Amônio ..................................................................................... 12
4.1.7 Reação com Dicromato de Potássio ................................................................................ 13
4.1.8 Reação com Sulfato de Amônio ...................................................................................... 14
4.2 Separação e Identificação dos cátions do grupo II (Parte 2) ............................................... 14
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 15
ANEXOS .................................................................................................................................. 16

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1.INTRODUÇÃO

Em analítica os cátions são classificados em cinco grupos conforme as


suas propriedades peculiares e comuns onde, na maioria dos casos, observa-se
a formação de precipitados a partir da interação de determinados reagentes
durante a análise. A precipitação de um composto ocorre quando este apresenta
um caráter insolúvel em uma solução onde se visualiza a formação de partículas
sólidas no fundo do recipiente de análise (NERY; LIEGEL; FERNANDEZ, 2006).
Em relação às propriedades dos cátions do segundo grupo, ressalta-se
que, os íons magnésio são incolores quando estão em soluções e os seus sais
são de caráter iônicos e coloração branca. Os compostos de magnésio são
bastante solúveis devido ao pequeno tamanho do íon 𝑀𝑔2+ o que favorece a sua
hidratação. O cálcio é o elemento de maior abundância entre os metais alcalinos
terrosos e os seus sais apresentam uma coloração vermelho-tijolo quando estão
em contato com a chama do bico de Bunsen. Ademais, o elemento estrôncio
apresentam propriedades intermediárias entre o cálcio e o bário pois, por
exemplo, os sais de estrôncio evidenciam na chama do bico de Bunsen a cor
vermelho-carmim enquanto os sais de bário emitem uma cor verde-amarelada.
Além disso, o bário é o elemento mais pesado do grupo II e os seus íons são
altamente tóxicos. De modo geral, todas as soluções dos cátions do segundo
grupo apresentam sais cujo caráter é iônico e possuem coloração branca ou
incolor, exceto se estiverem na presença de um ânion colorido (BACCAN et al.,
1988).
O carbonato é considerado o reagente de grupo dos cátions do grupo II,
pois consegue precipitar todos os cátions simultaneamente. Ademais, o reagente
de grupo é decomposto por ácidos e forma dióxido de carbono. Contudo,
salienta-se que, o carbonato de amônio vendido comercialmente costuma conter
hidrogenocarbonato de amônio e carbamato de amônio, e por esses compostos
serem solúveis em água, devem ser removidos antes do início das reações do
grupo. Adiante, a remoção desses compostos pode ser feita através do
aquecimento da solução que contém os íons em banho-maria, pois assim o
hidrogenocarbonato de amônio e o carbamato de amônio são convertidos em
carbonato de amônio (VOGEL, 1981).

Por fim, os íons pertencentes ao segundo grupo podem ser separados e


identificados por intermédio de reações por via seca ou úmida como, por
exemplo, o teste de chama e a formação de precipitados em soluções com
reagentes específicos. Dessa forma, pode-se observar a relevância de
compreender, na prática, os processos de separação e identificação dos cátions
do grupo através de reações características e efetivas.

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2.OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

 Identificar os cátions do grupo II (𝑀𝑔2+ , 𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ , 𝑆𝑟 2+ ) tanto com


reações químicas específicas em soluções aquosas quanto no teste de
chama.

2.2 Objetivos Específicos

 Verificar a presença de cores características dos cátions do grupo II


através do teste da chama;
 Comprovar a atuação dos agentes precipitantes específicos para cada
cátion;
 Compreender a importância da utilização de técnicas de separação de
misturas para dar uma maior eficiência nos resultados da análise.
 Entender a necessidade do tratamento com alguns reagentes nos
analitos.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais, vidrarias e reagentes

 Água destilada;  Vidro relógio;


 Ácido clorídrico concentrado;  Frascos borrifadores com
 Ácido clorídrico 6 mol/L; cátions do grupo II (𝑀𝑔2+ ,
 Ácido acético 6 mol/L; 𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ , 𝑆𝑟 2+ );
 Acetato de sódio 6 mol/L;  Hidróxido de sódio 4 mol/L;
 Bico de Bunsen;  Hidróxido de amônio 6 mol/L;
 Banho Maria – Novatecnica;  Monohidrogeno-fosfato de
 Centrifugadora micro 4000 Sódio 6 mol/L;
rpm -Logen;  Nitrato de magnésio 0,2
 Cloreto de amônio 6 mol/L; mol/L;
 Cloreto de amônio 4 mol/L;  Nitrato de bário 0,2 mol/L;
 Cloreto de amônio 2 mol/L;  Nitrato de Cálcio 0,2 mol/L;
 Carbonato de amônio 1,5  Nitrato de estrôncio 0,2 mol/L;
mol/L;  Oxalato de amônio 2,5 mol/L;
 Dicromato de potássio 0,5  Pipetas de plástico;
mol/L;  Sulfato de amônio 2,5 mol/L;
 Estante com tubos de ensaio;  Tubo de ensaio;
 Algodão;  Bastão de vidro.

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3.2 Procedimento Experimental

3.2.1 Reações de Identificação (Parte 1)

3.2.1.1 Teste da chama

Para o teste da chama, foram utilizadas as soluções dos cátions do grupo


II, que estavam presentes em frascos borrifadores. Então, foi borrifada a solução
de cada cátion (𝑀𝑔2+ , 𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ , 𝑆𝑟 2+ ) na chama oxidante do bico de Bunsen.
Cada cátion apresentou uma coloração diferente, que foram devidamente
anotadas e postas num quadro de análises.

3.2.1.2 Reação com Base Forte – NaOH

Em um tubo de ensaio foi adicionado 5 gotas de nitrato de magnésio


𝑀𝑔(𝑁𝑂3 )2 0,2 mol/L e depois 6 gotas de hidróxido de sódio 𝑁𝑎𝑂𝐻 4 mol/L foram
necessárias para se perceber a formação de uma mudança na solução. Em
seguida, adicionou-se 15 gotas de cloreto de amônia 4 mol/L e novamente
ocorreu uma mudança naquilo que se observava no tubo de ensaio.

3.2.1.3 Reação com Hidróxido de Amônio

Foi adicionado cuidadosamente 5 gotas de 𝑀𝑔(𝑁𝑂3 )2 0,2 mol/L, 5 gotas


de 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 0,2 mol/L e 19 gotas de 𝑁𝐻4 𝑂𝐻 em um tubo de ensaio e constatou que
nenhuma mudança aparente ocorreu na solução. O mesmo procedimento foi
repetido em outro tubo de ensaio, mas dessa vez utilizando 3 gotas de 𝐻𝐶𝑙 6
mol/L ao invés de cloreto de amônia e novamente não houve formação de algo
aparente na solução.

3.2.1.4 Reação com Monohidrogeno-Fosfato de Sódio

Adicionou-se a um tubo de ensaio 2 gotas de nitrato de magnésio 0,2 mol/L,


10 gotas de água destilada, 2 gotas de ácido clorídrico 6 mol/L, 3 gotas de
monohidrogeno-fosfato de sódio 6 mol/L e algumas gotas de hidróxido de amônio
6 mol/L até que o meio se tornasse alcalino. No instante seguinte, foi observado
uma mudança considerável nas fases da solução contida no tubo de ensaio.

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3.2.1.5 Reação com Carbonato de Amônio

Separou-se quatro tubos de ensaio e a esses foram adicionadas 6 gotas


dos nitratos 0,2 mol/L de cada cátion do grupo II, dessa forma, ao primeiro tubo
de ensaio adicionou-se 𝑀𝑔(𝑁𝑂3 )2 , ao segundo tubo 𝐵𝑎(𝑁𝑂3 )2 , ao terceiro
𝐶𝑎(𝑁𝑂3 )2 e ao último adicionou-se 𝑆𝑟(𝑁𝑂3 )2 . Em seguida, repetiu-se esse
mesmo procedimento utilizando mais quatro tubos de ensaio. Posteriormente,
foram adicionadas 3 gotas de carbonato de amônio 1,5 mol/L, agitou-se as
soluções e elas foram aquecidas em banho maria durante 3 minutos. Adiante,
centrifugou-se as soluções por 3 minutos e, em seguida, o precipitado foi
separado e o sobrenadante foi descartado.
Após esse passo, em quatro tubos de ensaio os cátions foram tratados com
ácido acético 6 mol/L e, nos demais tubos de ensaio, os cátions foram tratados
com gotas de cloreto de amônio 6 mol/L. Ao final, observou-se e registrou-se em
quais tubos houve (ou não houve) mudanças significativas no tubo de ensaio
conforme o que se esperava visualizar.

3.2.1.6 Reação com Oxalato de Amônio

Foram separados 3 tubos de ensaio, em cada um dos tubos foi posto um


cátion diferente em forma de nitratos 0,2 mol/L. Em seguida, somou-se aos tubos
5 gotas de ácido acético 6 mol/L e 6 gotas de oxalato de amônio 2,5 mol/L. As
três soluções foram colocadas em banho maria durante 3 minutos a uma
temperatura de 74C°. Depois de aquecidas, notou-se que as soluções
apresentaram um resultado esperado e isso foi devidamente anotado para
discussão futura do que ocorreu nessa reação.

3.2.1.7 Reação com Dicromato de Potássio

Adicionou-se em tubos de ensaios separados 5 gotas dos nitratos de Ba 2+,


Ca2+ e Sr2+ 0,2 mol/L. Em sequência, adicionou-se 3 gotas de ácido acético 6
mol/L, 3 gotas de acetato de sódio 6 mol/L e 2 gotas de dicromato de potássio
0,5 mol/L no qual foi observado e anotado a formação de partículas
características devido ao produto que se formou das reações químicas.

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3.2.1.8 Reação com Sulfato de Amônio

Adicionou-se em tubos de ensaio separados 3 gotas de 𝐵𝑎(𝑁𝑂3 )2 ,


𝐶𝑎(𝑁𝑂3 )2 e 𝑆𝑟(𝑁𝑂3 )2 em uma concentração de 0,2 mol/L. Em seguida,
adicionou-se em cada tubo 5 gotas de ácido acético 6 mol/L e 6 gotas de sulfato
de amônio 2,5 mol/L. Adiante, essas soluções foram aquecidas em banho maria
por 3 minutos. Observou-se e registrou-se os casos em que houve a formação
de componentes sólidos.
Em um segundo momento, utilizou-se novamente tubos de ensaio
separados e a cada um desses adicionou-se 3 gotas de nitratos 0,2 mol/L dos
cátions Ba2+, Ca2+ e Sr2+. Em seguida, adicionou-se gotas de 𝑁𝐻4 𝑂𝐻 6 mol/L até
o meio se tornar alcalino. Posteriormente, adicionou-se 6 gotas de sulfato de
amônio 2,5 mol/L, aqueceu-se a solução em banho maria durante 3 minutos e
observou-se e registrou-se os casos em que ocorreu mudanças características
nas soluções.

3.2.2 Separação e Identificação dos cátions do grupo II (Parte 2)

Adicionou-se em um único tubo de ensaio 5 gotas de Mg(NO3)2, Ba(NO3)2,


Ca(NO3)2 e Sr(NO3)2 a 0,2 mol/L. Em seguida, adicionou-se 5 gotas de 𝐻𝐶𝐿 6,0
mol/L e gotas de NH4OH com agitação, até o meio se tornar alcalino. A solução
foi aquecida em banho-maria durante 4 minutos e, após isso, adicionou-se 15
gotas de solução de carbonato de amônio 1,5 mol/L.
Agitou-se a solução até ela se tornar homogênea, aqueceu-se o tubo de
ensaio durante 5 minutos e em seguida centrifugou-se por 3 minutos.
Posteriormente, foram adicionadas 10 gotas de carbonato de amônio para
verificar se a precipitação havia sido quantitativa, isto é, se todo os cátions
presentes foram precipitados. A solução foi novamente homogeneizada e
centrifugada por mais 3 minutos e, por fim, separou-se o precipitado 1 do
sobrenadante 1.
Adiante, tratou-se o sobrenadante 1 com 20 gotas de fosfato de sódio.
Observou-se e registrou-se a formação de um precipitado branco cristalino. Em
sequência, lavou-se o precipitado 1 com água quente e depois essa solução foi
centrifugada por 3 minutos, o seu sobrenadante foi desprezado e ao resíduo
foram adicionadas 20 gotas de ácido acético 6,0 mol/L.
Em sequência, adicionou-se 5 gotas de acetato de sódio 3,0 mol/L e 10
gotas de dicromato de potássio 0,2 mol/L e agitou-se a solução, aqueceu-a em
banho-maria por 5 minutos e em seguida a mesma foi centrifugada por 3
minutos. Constatou-se que a precipitação havia sido quantitativa e, em seguida,
separou-se o precipitado do sobrenadante. Observou-se e registrou-se a
existência de um precipitado amarelo. Em seguida, o precipitado foi lavado com
água destilada, centrifugado por 3 minutos e o seu sobrenadante foi desprezado.

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Esse precipitado foi tratado com 20 gotas de HCL concentrado e em seguida foi
feito o teste de chama para detectar a presença de um dos cátions.
Posteriormente, tratou-se o sobrenadante com 3 gotas de NH4OH 6,0 mol/L
e 10 gotas de sulfato de amônio 2,5 mol/L e, em seguida, o tubo de ensaio
contendo o sobrenadante foi agitado e aquecido em banho-maria por 4 minutos
e, depois, centrifugado por 3 minutos. Adiante, adicionou-se 4 gotas de sulfato
de amônio 2,5 mol/L para confirmar se a precipitação havia sido completa.
Separou-se o precipitado e o sobrenadante após a centrifugação. Ao precipitado
foram adicionadas 15 gotas de HCL concentrado, repetiu-se o mesmo
procedimento para o teste de chama para detectar a presença de outro cátion
do grupo II.
Por fim, tratou-se o sobrenadante com 15 gotas de oxalato de amônio 0,25
mol/L, esse foi agitado e depois deixado em repouso por 2 minutos. Após esse
feito, foi observado e registrado a situação que aconteceu na solução. Em
seguida, centrifugou-se, desprezou-se o sobrenadante, lavou-se o precipitado
com água destilada e centrifugou-se novamente por 3 minutos para, então,
desprezar o líquido da lavagem. Finalmente, dissolveu-se o resíduo com 15
gotas de HCL concentrado, fez-se o teste de chama no bico de Bunsen e
anotado a cor que foi emitida. Em todas as etapas do procedimento experimental
foi feito observações, análises e registros.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Reações de Identificação (Parte 1)

4.1.1 Teste da chama

Nesse teste, os cátions apresentaram diferentes colorações quando


expostos a chama do bico de Bunsen. Quando os cátions absorvem uma
determinada quantidade de energia os seus elétrons realizam um salto quântico
passando para um nível mais externo, de maior energia. Esse estado é instável
e logo o elétron volta para seu estado de origem emitindo, em seguida, energia
na forma de fótons, a distinção das cores visíveis no teste da chama é resultante
de uma faixa (espectro de luz) com diferentes comprimentos de ondas conforme
o elemento químico envolvido na análise. Sendo assim, é possível usar esse fato
para identificar a presença de certos elementos em determinada solução.
(BACCAN et al., 1988). Veja a tabela a seguir:
Tabela 01 – Coloração detectada no teste de chama para os cátions do grupo II
Reagentes 𝑪𝒂𝟐+ 𝑺𝒓𝟐+ 𝑩𝒂𝟐+
Teste da Vermelho- Vermelho- Verde-
chama tijolo carmim amarelado
Fonte: Elaboração própria. UFPI, 2022.

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No experimento o cátion 𝑆𝑟 2+ apresentou uma coloração característica de
vermelho-carmim facilmente perceptível. O cátion 𝐶𝑎2+ mostrou uma chama de
cor vermelho-tijolo. Já o 𝐵𝑎2+ se mostrou presente na solução alterando a
coloração da chama do bico de Bunsen para um tom verde amarelado bem
suave.

4.1.2 Reação com Base Forte – NaOH

Nesta etapa do experimento, em um tubo de ensaio contendo nitrato de


magnésio e uma solução de hidróxido de sódio houve a formação de um
precipitado branco e gelatinoso de hidróxido de magnésio como descrito na
equação a seguir:
 Eq.1
𝑀𝑔 2+ + 2 𝑂𝐻 − ⇄ 𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 (𝑠)
A adição de cloreto de amônio na solução provoca a dissolução do
precipitado de hidróxido de magnésio pois a concentração de hidroxilas diminui
devido ao aumento da concentração de íons amônio que foram adicionados na
solução que faz com que o equilíbrio químico se desloque para a formação de
amônia não dissociada que, por consequência, reduzem a formação do
precipitado (produto de solubilidade inatingível) e, portanto, ele é dissolvido
(BACCAN et al., 1988). Veja na equação a seguir a dissociação da amônia:

 Eq. 2
𝑁𝐻3 + 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝑁𝐻4 + + 𝑂𝐻−

4.1.3 Reação com Hidróxido de Amônio

Para essa reação foram adicionados a um tubo de ensaio nitrato de


magnésio, cloreto de amônio e hidróxido de amônio. Nessa etapa não se notou
a formação de precipitado pois o íon magnésio presente na solução está
completamente dissolvido, esse fenômeno foi explicado na reação anterior (vide
equação 1 e 2), em que o excesso de 𝑁𝐻4 + na solução reagem rapidamente com
o 𝑂𝐻 − impedindo a formação de hidróxido de magnésio e consequentemente
sua precipitação (BACCAN et al., 1988).
A mesma solução foi preparada em outro tubo, mas dessa vez contendo
ácido clorídrico no lugar do cloreto de amônio. Novamente não se há formação
de precipitado devido a solubilidade que os íons de magnésio adquirem nessa
solução e a causa disso é por conta dos mesmos princípios já discutidos na
reação 1 e 2.

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4.1.4 Reação com Monohidrogeno-Fosfato de Sódio

No caso dessa reação, a adição de monohidrogeno-fosfato de sódio em


uma solução contendo íons magnésio, e um tamponante derivado de ácido
clorídrico e hidróxido de amônio provoca a formação de um precipitado branco
cristalino. Nas equações a seguir, esse processo é descrito com mais detalhes:
 Eq. 3
𝐻𝑃𝑂4 2− + 𝑂𝐻 − ⇄ 𝐻2 𝑂 + 𝑃𝑂4 3−
 Eq. 4
𝑀𝑔2+ + 𝑁𝐻4 + + 𝑃𝑂4 3− + 6 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 ∙ 6 𝐻2 𝑂 (𝑠)
Nessa equação ocorre precipitação devido a dissociação do
monohidrogeno- fosfato de sódio que é permitida pela alcalinidade do meio
garantida pelo hidróxido de amônio adicionado, pois favorecendo a formação de
fosfato de sódio a formação do precipitado de magnésio é imediata e mais
efetiva. A presença do íon comum de amônio derivado do hidróxido de amônio
na solução é um outro fator que favorece a formação desse precipitado além de
que este íon impede a formação de precipitados não desejados (BACCAN et al.,
1988).

4.1.5 Reação com Carbonato de Amônio

A realização dessa etapa consistiu em adicionar nitratos do grupo II (Ba2+,


Sr2+ e Ca2+) juntamente com carbonato de amônio. Imediatamente, é formado
precipitados de carbonatos dos cátions do grupo II que quando colocados em
aquecimento tornam-se cristalinos. Veja as equações a seguir:
 Eq. 5
𝐶𝑎2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝐶𝑎𝐶𝑂3 (𝑠)
 Eq. 6
𝐵𝑎2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝐵𝑎𝐶𝑂3 (𝑠)
 Eq.7
𝑆𝑟 2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝑆𝑟𝐶𝑂3 (𝑠)
Após fazer o devido aquecimento e centrifugar os tubos de ensaio, os
precipitados em um tubo são tratados com gotas de cloreto de amônio e em outro
tubo com gotas de ácido acético (BACCAN et al., 1988). Para o processo em
que foi utilizado ácido acético, há a dissolução do precipitado, conforme as
equações de equilíbrio químico a seguir (Onde M representa 𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ , 𝑆𝑟 2+ ):
 Eq. 8
𝑀𝐶𝑂3 (𝑠) ⇄ 𝑀2+ + 𝐶𝑂3 2−
 Eq. 9
𝐶𝑂2 3 + 𝐻 + ⇄ 𝐻𝐶𝑂3 −
 Eq. 10
𝐻𝐶𝑂3 − + 𝐻+ ⇄ 𝐻2 𝐶𝑂3

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 Eq.11
𝐻2 𝐶𝑂3 ⇄ 𝐻2 𝑂 + 𝐶𝑂2
Quando se adiciona ácido acético, o equilíbrio químico das equações (8, 9,
10 e 11) é deslocado para a direita de acordo com o princípio de Le Chatelier
fazendo com que o precipitado de carbonato seja dissolvido devido a formação
de água (KOTZ; TREICHEL, 2002). Quando se trata de cloreto de amônio,
mesmo que os íons amônios provocam uma diminuição na concentração de
carbonato, isso não é suficiente para atingir o produto de solubilidade dos cátions
de cálcio, bário e estrôncio. Para este caso, a solução permanece inalterada
(BACCAN et al., 1988). Na tabela abaixo consta os produtos de solubilidade:
Tabela 02 – Produtos de solubilidade para carbonatos dos cátions grupo II
Carbonatos dos cátions Produto de solubilidade - Kps
BaCO3 8,1 x 10-9
CaCO3 3,8 x 10-9
SrCO3 9,4 x 10-10
Fonte: KOTZ; TREICHEL. LTC Editora, 2002.

4.1.6 Reação com Oxalato de Amônio

Três tubos de ensaio contendo os cátions 𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ 𝑒


𝑆𝑟 2+ respectivamente, juntamente com oxalato de amônio e ácido acético
quando aquecidos, conseguiu-se perceber a presença de precipitados brancos
em todos os tubos. Os oxalatos de amônio podem formar soluções neutras ou
ácidas conforme as condições do meio reacional no qual, na maioria das vezes,
formam precipitados. No entanto, quando determinada solução de oxalato está
numa baixa temperatura, os cristais dos precipitados são muito finos o que
dificulta a separação mesmo com a centrífuga. Devido a isso, soluções de
oxalatos de amônio, quando aquecidos, permite a formação de cristais de
precipitados maiores favorecendo uma maior efetividade na hora de separar
(BACCAN et al, 1988). A seguir está descrita as equações químicas para cada
cátion:
 Eq. 12
𝐵𝑎𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝐵𝑎2+ + 𝐶2 𝑂2− 4
 Eq. 13
𝑆𝑟𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝑆𝑟 2+ + 𝐶2 𝑂4 2−
 Eq. 14
𝐶𝑎𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝐶𝑎2+ + 𝐶2 𝑂4 2−

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Para oxalatos em soluções de ácidos fortes, a dissolução é favorecida
devido ao íon 𝐻𝐶2 𝑂− 4 . Já em ácidos fracos, como o ácido acético, a dissolução
não ocorre porque não há um deslocamento de equilíbrio suficiente para
promover a dissolução do precipitado (BACCAN et al, 1988). Temos a seguinte
reação química:
 Eq. 15
𝐶2 𝑂2− 4 + 𝐻+ ⟷ 𝐻𝐶2 𝑂− 4
A solubilidade dos cátions apresentou variações, devido aos produtos de
solubilidade que cada cátion de oxalato possui. Na tabela a seguir consta os
valores de Kps para os cátions do oxalato.
Tabela 03 – Produto de solubilidade para oxalato dos cátions do grupo II
Oxalatos dos cátions Produto de solubilidade – Kps
𝐵𝑎𝐶2 𝑂4 1,1 𝑥 10−7
𝑆𝑟𝐶2 𝑂4 5,6 𝑥 10−8
𝐶𝑎𝐶2 𝑂4 2,3 𝑥 10−9
Fonte: KOTZ; TREICHEL. LTC Editora, 2002.

4.1.7 Reação com Dicromato de Potássio

Para esta reação, os tubos de ensaio contendo nitratos do grupo II (𝐵𝑎2+ ,


𝐶𝑎2+ 𝑒 𝑆𝑟 2+ ), ácido acético, acetato de sódio e dicromato de potássio vão
viabilizar a ocorrência de uma reação química onde, nesse caso, somente
precipitou os íons bário após a formação de um precipitado de cor amarela, o
cromato de bário. Os íons de estrôncio e de cálcio não formam precipitados
nesse meio devido as condições reacionais. Ocorre que em soluções neutras,
por exemplo, a precipitação do BaCrO4 não é completa porque nos produtos da
reação com dicromato de potássio é formado um ácido forte. Para reverter isso,
utiliza-se acetato de sódio e ácido acético como uma solução tampão em que o
acetato de sódio reagirá com o ácido forte convertendo-o em ácido acético
diminuindo, por consequência, a concentração de íons H+ (BACCAN et al, 1988).
A equação a seguir descrevem esse efeito:
 Eq. 16
𝐶𝑟2 𝑂7 2− + 2𝐵𝑎2+ + 𝐻2 𝑂 ⇄ 2𝐵𝑎𝐶𝑟𝑂4 + 2𝐻 +
Tabela 04 – Produto de solubilidade para dicromatos do grupo II
Cátions do dicromato Produto de solubilidade –
Kps
BaCrO4 2,0 x 10-10
SrCrO4 3,6 x 10-5
CaCrO4 7,1 x 10-4
Fonte: KOTZ; TREICHEL. LTC Editora, 2002.

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De acordo com a tabela, é perceptível visualizar a explicação do porquê o
bário é o único cátion que forma precipitado tendo em vista o valor do seu Kps,
enquanto o cromato de cálcio e de estrôncio apresentam valores maiores de Kps
que explicam a maior solubilidade desses compostos (não forma precipitados)
(KOTZ; TREICHEL, 2002).

4.1.8 Reação com Sulfato de Amônio

Nesta reação, os tubos de ensaio onde foram adicionados os nitratos do


grupo II (𝐵𝑎2+ , 𝐶𝑎2+ 𝑒 𝑆𝑟 2+ ) juntamente com ácido acético e sulfato de amônio,
somente o íon bário na forma de sulfato de bário teve uma precipitação bem
definida enquanto o sulfato de estrôncio apresentou uma precipitação bem
reduzida e, no caso do sulfato de cálcio, a precipitação é quase nula. É
importante ressaltar que esses tubos de ensaio foram aquecidos e centrifugados
com o intuito de deixar a precipitação mais evidente. Ademais, o íon sulfato
advém de um ácido relativamente forte, o 𝐻𝑆𝑂4− e, portanto, a dissolução de
precipitados em meio ácido só ocorrerá com uma concentração bastante elevada
de íons H+ Por isso, nesse caso, houve a precipitação de todos os cátions
embora que uns foram mais visíveis do que outros (BACCAN et al, 1988). A
seguir está descrita a reação característica desta etapa (Onde M representa o
Ba2+, Ca2+ ou Sr2+):
 Eq. 17
𝑀𝑆𝑂4 + 𝐻 + ⇄ 𝑀2+ + 𝐻𝑆𝑂4 −
Em um segundo momento, fez-se uma nova análise só que dessa vez
utilizando hidróxido de amônio. Após o aquecimento das amostras, houve a
precipitação de sais de bário e de estrôncio e o cálcio, por sua vez, não precipitou
nesse meio.

4.2 Separação e Identificação dos cátions do grupo II (Parte 2)

Para esse processo de separação, em único tubo de ensaio colocou-se


todos os nitratos do grupo II juntamente com HCl, NH4OH e, depois de aquecido,
o NH4CO3. Ao realizar a centrifugação do tubo, o sobrenadante contém íons de
magnésio e o precipitado contém os cátions de bário, estrôncio e cálcio. A
separação do magnésio contido no sobrenadante nesse passo, só é possível
pois a presença de íons amônio na solução favorece o deslocamento do
equilíbrio para a formação de amônia não dissociada que, por conseguinte, reduz
a concentração de hidroxilas impedindo a formação de precipitado de magnésio
facilitando a dissolução do magnésio.
Para o próximo passo, o precipitado deve ser tratado com água quente e
centrifugado para poder descartar resíduos indesejáveis. Ao que resta dessa
etapa, quando é adicionado reagentes auxiliares e dicromato de potássio, após
a centrifugação a presença de um precipitado amarelo confirma o Bário presente

14
não sólido formado. O sobrenadante restante contém os íons cálcio e estrôncio.
É feito um novo tratamento no precipitado para realizar o teste da chama no bico
de Bunsen logo após adicionar ácido clorídrico. A cor verde-amarelada
representa a coloração do bário. O sobrenadante, após a adição de NH4OH,
NH4SO4 e, em seguida, levado a centrífuga permitiu a formação de um
precipitado branco característico da presença de sulfato de estrôncio no tubo de
ensaio. Quando se separou o precipitado do sobrenadante, tratou o precipitado
com ácido clorídrico para poder realizar o teste da chama. A cor vermelho-
carmim corresponde ao espectro específico dos sais de estrôncio.
Por fim, o cálcio restante no sobrenadante foi separado após a adição de
oxalato de amônio que formou um precipitado branco. Ao realizar o teste da
chama no bico de Bunsen, a coloração vermelho-tijolo representa a presença de
cálcio (BACCAN et al, 1988). Todos esses processos peculiares são explicados
pelas equações apresentadas no presente relatório (vide as equações de 1 a
17).

5. CONCLUSÃO

Portanto, foi possível analisar os objetivos propostos para o estudo dos


cátions do grupo II para a identificação e separação conforme características
comuns, como a insolubilidade e coloração em teste de chama. As reações
específicas de cada cátion mostraram e explicaram como os fatores químicos
influenciam nos resultados obtidos em cada teste reacional evidenciando as
principais interferências e ferramentas necessárias para uma assertiva análise
química.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACCAN, Nivaldo et al. Introdução à semimicroanálise qualitativa. 2. ed. Campinas:


Editora da Unicamp, 1988.

KOTZ, John C.; TREICHEL, Paul Jr. Química e Reações Químicas. Traduzido por:
BONAPACE, J. A. P.; BARCIA, O. E. 4 ed. vol. 2. LTC Editora, 2002.

NERY, Ana L. P.; LIEGEL, Rodrigo M.; FERNANDEZ, Carmen. Reações envolvendo
íons em soluções aquosa: uma abordagem problematizadora para a previsão e
equacionamento de alguns tipos de reações inorgânicas. Química Nova na Escola. n.
23. p. 14-18. SBQ, 2006.

VOGEL, Arthur Israel. Química Analítica Qualitativa. 5. ed. São Paulo: Editora Mestre
Jou, 1981.

15
ANEXOS

Questionário da parte 1

 a) Por que ao fazer o teste da chama devem-se usar os sais


umedecidos com ácido clorídrico? Quais as colorações no teste da
chama dos sais dos grupos II?
Sais de cloreto apresentam uma maior volatilidade do que sais de sulfato
ou nitrato que podem produzir óxidos menos voláteis além de que sua
presença diminui a intensidade da chama que se formará.
b) Faça um resumo das reações envolvidas
(...)
c) Faça uma tabela com os produtos de solubilidades dos compostos
envolvidos;
Substâncias Produtos de solubilidade – Kps
𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 1,5 𝑥 10−11
𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 2,5 𝑥 10−12
𝐵𝑎𝐶𝑂3 8,1 𝑥 10−9
𝐶𝑎𝐶𝑂3 3,8 𝑥10−9
𝑆𝑟𝐶𝑂3 9,4 𝑥10−10
𝐵𝑎𝐶2 𝑂4 1,1 𝑥 10−7
𝑆𝑟𝐶2 𝑂4 5,6 𝑥 10−8
𝐶𝑎𝐶2 𝑂4 2,3 𝑥 10−9
𝐵𝑎𝐶𝑟𝑂4 2,0 𝑥 10−10
𝑆𝑟𝐶𝑟𝑂4 3,6 𝑥 10−5
𝐶𝑎𝐶𝑟𝑂4 7,1 𝑥 10−4
𝐶𝑎𝑆𝑂4 2,4 𝑥 10−5
𝐵𝑎𝑆𝑂4 1,1 𝑥 10−10
𝑆𝑟𝑆𝑂4 2,8 𝑥 10−7
Fonte: KOTZ; TREICHEL. LTC Editora, 2002.

d) Descrever brevemente como se poderia distinguir entre:


I) Mg2+ e Ca2+
Magnésio e cálcio podem formar precipitados brancos, mas o cátion de
magnésio não apresenta coloração.
II) Ba2+ e Ca2+
Em reações coloridas, o bário pode formar precipitados de cor colorida.
No teste da chama é possível diferenciar o bário do cálcio, pois, este
último emite coloração vermelho-tijolo e os saís de bário emitem uma cor
verde-amarelada.
III) CaC2O4 e BaC2O4
O cromato de cálcio é mais insolúvel, portanto, tem maior tendência de
formar precipitado do que o cromato de bário.

16
IV)MgSO4 e BaSO4
O bário tem uma maior tendência de reagir com sulfato do que o magnésio
e ainda pode formar precipitado.
e) Escrever a expressão do produto de solubilidade para o fosfato de
amônio e magnésio. Explicar, usando equações químicas, a
dissolução desse composto numa solução ácida.
𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 ⇄ 𝑃𝑂4 3− + 𝑁𝐻4 + + 𝑀𝑔2+ Kps = 2,5 x 10-12
𝐻𝐶𝑙 + 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝐻3 𝑂+ + 𝐶𝑙 − Ka = 10+7
𝑁𝐻4 + + 𝐶𝑙 − ⇄ 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 Ka = 5,6 x 10-10
𝑀𝑔2+ + 𝑃𝑂4 3− + 𝐻3 𝑂+ ⇄ 𝑀𝑔𝐻𝑃𝑂4 + 𝐻2 𝑂 Kb = 2,8 x 10-2
 Eq. Global
𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 + 𝐻𝐶𝑙 ⇄ 𝑀𝑔𝐻𝑃𝑂4 + 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 Kg = 3,9 x 10-17
A dissolução do fosfato de amônio e magnésio em uma solução ácida
formará um precipitado (tendo em vista o valor do Kg) de fosfato ácido de
magnésio.

Questionário da parte 2
1. Escrever todas as reações de identificação dos cátions do grupo II.

 Eq.1
𝑀𝑔 2+ + 2 𝑂𝐻 − ⇄ 𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 (𝑠)
 Eq. 2
𝑁𝐻3 + 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝑁𝐻4 + + 𝑂𝐻−
 Eq. 3
𝐻𝑃𝑂4 2− + 𝑂𝐻 − ⇄ 𝐻2 𝑂 + 𝑃𝑂4 3−
 Eq. 4
𝑀𝑔2+ + 𝑁𝐻4 + + 𝑃𝑂4 3− + 6 𝐻2 𝑂 ⇄ 𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 ∙ 6 𝐻2 𝑂 (𝑠)
 Eq. 5
𝐶𝑎2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝐶𝑎𝐶𝑂3 (𝑠)
 Eq. 6
𝐵𝑎2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝐵𝑎𝐶𝑂3 (𝑠)
 Eq.7
𝑆𝑟 2+ + 𝐶𝑂3 2− ⇄ 𝑆𝑟𝐶𝑂3 (𝑠)
 Eq. 8
𝑀𝐶𝑂3 (𝑠) ⇄ 𝑀2+ + 𝐶𝑂3 2−
 Eq. 9
𝐶𝑂2 3 + 𝐻 + ⇄ 𝐻𝐶𝑂3 −
 Eq. 10
𝐻𝐶𝑂3 − + 𝐻+ ⇄ 𝐻2 𝐶𝑂3
 Eq. 11
𝐻2 𝐶𝑂3 ⇄ 𝐻2 𝑂 + 𝐶𝑂2

17
 Eq. 12
𝐵𝑎𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝐵𝑎2+ + 𝐶2 𝑂2− 4
 Eq. 13
𝑆𝑟𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝑆𝑟 2+ + 𝐶2 𝑂4 2−
 Eq. 14
𝐶𝑎𝐶2 𝑂4 (𝑠) ⇄ 𝐶𝑎2+ + 𝐶2 𝑂4 2−
 Eq. 15
𝐶2 𝑂2− 4 + 𝐻+ ⟷ 𝐻𝐶2 𝑂− 4
 Eq. 16
𝐶𝑟2 𝑂7 2− + 2𝐵𝑎2+ + 𝐻2 𝑂 ⇄ 2𝐵𝑎𝐶𝑟𝑂4 + 2𝐻 +
 Eq. 17
𝑀𝑆𝑂4 + 𝐻 + ⇄ 𝑀2+ + 𝐻𝑆𝑂4 −

2. Construir um esquema de separação dos cátions do grupo II.


Nitratos do grupo II(Ca2+, Sr2+,
Ba2+ e Mg2+/ Adição de HCl 6
mol/L , NH4OH 6MOL/L/ Mg2+/ HCl 6 mol mol/L;
aquecimento e (NH4)2CO3 1,5 NAHPO4; NH4OH
mol/L
ppt branco de magnésio

ppt branco de magnésio

CaCO3, BaCO3, Sr, CO3/ Hac 6


mol/L; K2Cr2O7
Sr2+, Ca+/ NH4OH E (NH4)2SO4

Separar ppt de sbn

SrSO4

BaCrO4 Ppt branco e cor


Ca+/ (NH4)C2O4 vermelho-carmim

ppt amarelo e
cor verde
CaC2O4, ppt branco e cor
amarelada amarelada

18
3. No início do processo de separação dos cátions deste grupo II, com
adição de carbonato de amônio, qual a função do cloreto de amônio?
Quando se adiciona NH4Cl ao Mg(NO3)2 ocorre a dissolução do precipitado
presente na solução. Essa dissolução ocorre devido à diminuição da
concentração das hidroxilas que formam o precipitado de magnésio já que os
íons amônio em maior concentração deslocam o equilíbrio para a formação de
amônia não dissociada. Isso acontece através do efeito do íon comum em que
se impede a formação de um precipitado branco.
4. Qual o reagente precipitante do grupo II e a principal característica que
permite separar de outros cátions.
O carbonato (CO3-2) é o reagente precipitante. O carbonato apresenta uma
facilidade em interagir com os cátions do grupo II e formar compostos insolúveis
que, por sua vez, são os produtos formados em precipitações.
5. Qual a função da lavagem dos precipitados?
Lava-se o precipitado com água destilada afim de eliminar os resíduos de íons e
outras substâncias que podem comprometer a análise química, pois a presença
de compostos indesejáveis causaria erros e conclusões errôneas.
6. Por que se deve adicionar um excesso de precipitante na etapa de
precipitação?
Para que quantitativamente possa se ter a certeza de que todo o reagente com
potencial precipitante foi reagido minimizando, assim, o aparecimento de
medições imprecisas.
7. Explique a necessidade de separar cada cátion do grupo do carbonato
com diferentes ânions e apresente uma razão para a escolha de cada
ânion?
De acordo com o produto de solubilidade, algumas substâncias apresentam uma
interação mais efetiva referente a sua capacidade de se precipitar frente a alguns
ânions específicos. Além disso, existem fatores como o pH que influenciam no
comportamento do cátion na solução. O carbonato de amônio permite a
dissolução do íon magnésio; o dicromato de potássio forma caracteristicamente
um precipitado amarelo; o sulfato de amônio permite a separação do estrôncio
devido a presença de um componente de caráter alcalino que fornecerá a
propriedade de precipitado; já para o cálcio restou o oxalato de amônio.

19
8. Descreve breve como distinguir os seguintes pares de cátions:
a) Mg2+ e Ca2+
O Mg²+ é uma solução incolor e não apresenta cor no teste de chama. Já Ca 2+
apresenta uma coloração de vermelho-tijolo no teste de chama
b) Ba2+ e Ca2+
o Ba²+ é o mais pesado em relação ao grupo II e um dos menos solúveis, como
o Ca²+, porém ele é o mais abundante. Além disso, sais de bário emitem cor
verde-amarelada e sais de cálcio emitem cor vermelho-tijolo no teste de chama.
c) Sr2+ e Ba2+
O Sr2+ possui sais iônicos brancos e apresenta coloração vermelha-carmim no
teste de chama, diferentemente do Ba²+ que possui coloração verde-amarelada
no teste de chama. Além disso, sais de bário formam precipitado amarelo na
reação com dicromato de potássio.
9. Na separação de íons Ba2+ de íons Sr2+, explicar qual a função do
acetato de sódio e por que deve ser evitada uma alta concentração de íons
H+?
Utiliza-se acetato de sódio para tamponar o meio e diminuir a concentração de
H+ na solução de sulfato, pois o reagente do sulfato pode formar precipitados
indesejados em meios ácidos.
10. Um estudante executou uma análise de uma amostra desconhecida, a
amostra quando tratado com amônia e carbonato de amônio e aquecimento
formou um precipitado. Este precipitado foi separado do líquido
sobrenadante. Ao tratar o precipitado com ácido acético e adição de
K2Cr2O7, a solução ficou amarela, com formação de precipitado
amarelado. Este precipitado foi dissolvido com ácido clorídrico e após
teste de chama observou uma coloração verde-amarelada. O líquido
sobrenadante separado no início da etapa foi submetido a chama do bico
de Bunsen obtendo uma coloração amarelada, está mesma solução foi
tratada com HClO4 formando um precipitado branco. Quais íons pode-se
afirmar estão presentes, ausentes ou indeterminado?
O precipitado amarelo corresponde ao cátion de bário, e o outro precipitado
branco se trata do cálcio que reagiu com o ácido perclórico.

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Figura 01 – Chama vermelho-tijolo após borrifar Ca2+ na chama de um bico
de Bunsen

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

Figura 02 – Chama vermelho-carmim após borrifar Sr2+ na chama de um


bico de Bunsen

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

21
Figura 03 – Chama verde-amarelada após borrifar Ba2+ na chama de um
bico de Bunsen

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

Figura 04 – Precipitado de hidróxido de magnésio

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

22
Figura 05 – Precipitado cristalino na reação com monohidrogenofosfato de
sódio

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

Figura 06 – Precipitados de Ba2+, Sr2+ e Ca2+ após a reação com


carbonato de amônio

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

23
Figura 07 – Precipitado de cromato de bário

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

Figura 08 – Precipitado de sulfato de estrôncio

FONTE: Elaboração própria. UFPI, 2022.

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