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00-1200-240-P4X-001
CLIENTE:
-
FOLHA: 1 of 15
PROJETO: - -
ÁREA: -
TÍTULO:
REQUISISTOS TÉCNICOS PARA UNIÃO MECÂNICA DE INTERNO
SRGE
TUBULAÇÕES ESUP
MICROSOFT WORD / V.2010 / ET-3010.00-1200-240-P4X-001_A.DOCX
ÍNDICE DE REVISÕES
0 EMISSÃO ORIGINAL
Autores:
Cristhian Silva Carvalho CENPES/PDIDP/ESUP/TIS
Alexandre Esteves e Cunha SRGE/ESUP/EEA/EEAT
Colaboradores:
Giovanni Rosa BUZIOS/PRODUCAO/PCM/PROJM
Dimas de Andrade Pacheco UN-ES/ENGP/PROJE
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA No. ET-3010.00-1200-240-P4X-001 REV: A
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TÍTULO:
REQUISISTOS TÉCNICOS PARA UNIÃO MECÂNICA INTERNO
DE TUBULAÇÕES ESUP
SUMÁRIO
1 OBJETIVO ............................................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4
6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 15
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA No. ET-3010.00-1200-240-P4X-001 REV: A
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REQUISISTOS TÉCNICOS PARA UNIÃO MECÂNICA INTERNO
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1 OBJETIVO
Esta Especificação Técnica tem como objetivo divulgar os requisitos técnicos, descrever as
tecnologias e estabelecer aplicações, bem como as limitações, de conexões e acoplamentos
mecânicos para união de tubulações, em alternativa aos processos convencionais por
soldagem.
2 INTRODUÇÃO
pequeno diâmetro até os grandes diâmetros, sendo possível fazer, numa primeira aproximação,
a seguinte divisão:
a. Acoplamentos Mecânicos (GMC – Gasketed Mechanical Coupling) - dispositivos
utilizados para unir tubo com tubo, tubo com conexão ou conexão com conexão em que
um elemento de vedação (anel elastomérico) atua como selo da união.
b. Conexões por Compressão (MAF – Mechanically Attached Fittings) – este tipo de
conexão utiliza a compressão entre o tubo e a conexão como forma de união.
c. Ligações Mecânicas Patenteadas - são uniões patenteadas que geralmente levam o
nome do inventor ou da empresa e destinam-se a aplicações específicas.
Esta Especificação Técnica não abordará as Ligações Mecânicas Patenteadas.
Dispositivo que consiste em dois ou mais segmentos, conjunto de fixação (estojos e porcas) e
um anel de vedação que reage à pressão. É utilizado para unir mecanicamente e selar tubos
ranhurados ou conexões, formando uma união. As dimensões da ranhura são especificadas pelo
fabricante do acoplamento, mas devem obedecer a norma AWWA C606 (Standard for Grooved
and Shouldered Joints), ver figura 1.
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Para este tipo de conexão existem diversos componentes já fornecidos com a extremidade
ranhurada, como: tês, curvas, luvas etc, e em diversos materiais aplicáveis na indústria do
petróleo (ver figura 1-b).
(a) (b)
deste tipo de conexão é limitado em função da dureza superficial dos tubos a serem unidos,
devido a necessidade do cravamento da garra na parede do tubo, sendo proibido a sua
utilização em PEAD (Polietileno de Alta Densidade), ferro fundido, ou outro material frágil. Outro
fator importante deste tipo de acoplamento é a limitação da dureza da ponta do tubo, pois se
esta for muito elevada as garras de ancoragem não penetram o material prejudicando assim a
estanqueidade.
De acordo com as normas ASTM F1476 e ISO 15837, os acoplamentos Tipo II classes 1 e 2
são similares em sua definição, sendo diferenciados apenas na característica da união criada,
que no caso da classe 1 é rígida e da classe 2 é flexível.
Por ser flexível, no caso das Classes 2 e 3, estes tipos de acoplamento permitem maiores
tolerâncias durante a montagem, tais como deflexão angular, ovalização do tubo, separação
entre as extremidades dos tubos e desalinhamento axial.
Tal acoplamento é bastante utilizado e fortemente recomendado por seus fabricantes para a
área de manutenção e reparo, pois permite rápida intervenção e garantia de integridade (dentro
dos limites do acoplamento).
A figura 3 a seguir apresenta um exemplo de acoplamentos GMC Tipo II, classe 2.
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Os acoplamentos Tipo II classe 3, se diferenciam dos acoplamentos classe 2 por não serem
restringidos, permitindo algum movimento axial. A figura 4 apresenta um exemplo de
acoplamentos GMC Tipo II, classe 3.
Ressalta-se, entretanto, que nenhum acoplamento Tipo II, independente da classe, suporta
cargas radiais, logo necessitam de suportação extra à montante e à jusante da conexão, o que
torna o seu uso não vantajoso em algumas situações.
Por último, salienta-se que as conexões mecânicas tipo GMC não são indicadas para uso em
sistemas de tubulação que possam estar sujeitos a golpes hidráulicos (Aríete), pois tais
componentes não são projetados para suportar os carregamentos dinâmicos gerados nessas
situações.
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As ligações de compressão são sistemas empregados para tubos de pequeno diâmetro de aço
carbono, aço inoxidável, e metais não-ferrosos, principalmente para serviços de altas pressões
e também para linhas de ar de instrumentação.
A vedação destas ligações é obtida pela interferência metálica entre o tubo e uma luva, podendo
a interferência ser conseguida por vários meios, mas sempre a frio.
A norma ASTM F1387 (Standard Specification for Performance of Piping and Tubing
Mechanically Attached Fittings) classifica as conexões por compressão em seis tipos, em
função das características construtivas. Basicamente as conexões MAF são agrupadas em dois
grandes grupos: Permanentes e Separáveis, a depender da condição final da união após o
acoplamento. A Norma ASTM F1387 define as conexões permanentes como aquelas em que
não é permitido a reutilização da conexão após a união, e separáveis aquelas em que é
permitido a desmontagem e remontagem após união.
Muitas das conexões MAF separáveis já são largamente utilizadas na Petrobras em sistemas
de ar de instrumento e em sistemas de lubrificação de grandes máquinas rotativas. Por esse
motivo serão abordadas neste documento as conexões MAF Permanentes com maior potencial
de uso no setor de Óleo & Gás, a MAF tipo I e MAF tipo VI.
São acoplamentos que utilizam a compressão a frio entre o tubo e a conexão como forma de
união. Portanto, a vedação é conseguida através de três selos, metal-metal (por interferência
metálica entre o tubo e a conexão), anel interno e anel externo de elastômero. O anel externo
tem a função de prevenir contra corrosão por frestas e entrada de contaminantes na união. A
Figura 5, a seguir, apresenta um exemplo da conexão mecânica MAF Tipo I.
Este tipo de conexão é considerado um dos mais utilizados pela Marinha americana em sua frota
e consiste de uma conexão permanente onde a união é conseguida através de compressão axial
do corpo da conexão contra a parede externa do tubo, deformando-a, produzindo uma vedação
metal-metal estanque.
Esta conexão mecânica foi derivada da indústria aeronáutica e tem alta qualidade,
estanqueidade, confiabilidade, instalação fácil e sem necessidade de solda. Tal conexão oferece
o desempenho de uma união soldada e consiste em uma conexão que comprime a parede do
tubo criando primeiramente uma deformação elástica e posteriormente uma plástica. A parede
do tubo reage a esta deformação, gerando uma alta compressão nos pontos de contato entre a
superfície do tubo e o acoplamento, como pode ser visto na figura 6 a seguir.
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Figura 6 – Ex. de conexão MAF Tipo VI mostrando a condição antes e após a instalação.
[Fonte: Adaptada do catálogo da EATON AEROQUIP – Aeroquip’s Rynglok Technical Focus TF100-1].
O sistema de selagem metal-metal das conexões deste tipo fornece integridade do sistema em
serviços com líquidos e gases. Ao contrário de outros acoplamentos mecânicos, não há o uso
de elastômero, anéis de selagem ou gaxetas.
Uma das restrições ao uso deste tipo de conexão é a dureza das pontas dos tubos a serem
unidos, pois estas devem ser inferiores à dureza dos anéis internos. Esta dureza limite variará
de acordo com os materiais do par tubo/conexão.
requeridos pela norma IACS Requirements concerning Pipes and Pressure Vessels - P2,
com aplicação e limites operacionais de utilização compatíveis com o emprego pretendido.
4.1.1.1 Como exigência mínima para aceitação de Type Approval emitido por sociedade
classificadora, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos pelo Apêndice 4 do
documento: Lloyd’s Register Type Approval System - Test Specification Number 2 - Performance
and Test Specifications for Piping System Components primarily to be used in Marine
Applications, de janeiro de 2017.
Apresentar certificado, emitido por terceira parte independente, de teste conforme a norma
ASTM F-38 - Standard Test Methods for Creep Relaxation of a Gasket Material, ou norma
similar;
Apresentar certificado, emitido por terceira parte independente, de teste de golpe hidráulico
(aríete) conforme requisitos técnicos das classificadoras.
As conexões GMC Tipo II – Classe 3 só podem ser utilizadas para a finalidade de reparo de
tubulações por não suportarem as solicitações axiais. Por esse motivo, não podem ser
utilizadas para conter vazamentos em juntas soldadas. O fabricante da conexão deve ser
sempre consultado antes da aplicação desse tipo de conexão em um reparo específico.
Nota: Atenção especial deve ser dada à necessidade de suportação adicional no emprego de
conexões GMC. Todas as recomendações de suportação dos fabricantes devem ser atendidas,
quanto ao tipo, número e disposições dos suportes, a fim de garantir o desempenho adequado
desse tipo de conexão. As conexões GMC (Tipo II e III) não possuem resistência a solicitações
radiais.
requeridos pela norma IACS Requirements concerning Pipes and Pressure Vessels - P2,
com aplicação e limites operacionais de utilização compatíveis com o emprego pretendido.
Como exigência mínima para aceitação de Type Approval emitido por sociedade
classificadora, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos pelo Apêndice 4 do
documento: Lloyd’s Register Type Approval System –Test Specification Number 2 -
Performance and Test Specifications for Piping System Components primarily to be used in
Marine Applications, de janeiro de 2017.
Mesmo havendo indicação pelos fabricantes para uso das conexões e acoplamentos mecânicos
em diversos tipos de serviço, esta Especificação Técnica define que seu uso será permitido somente
para os cenários de aplicação estabelecidos na Tabela 1 a seguir.
Para o emprego das tecnologias discutidas nessa especificação técnica, devem ser elaboradas
“specs” de tubulação para cada classe de serviço em consonância com os limites estabelecidos na
Tabela 1. Estas “specs” devem ser homologadas pelo comitê competente da DR-ENGP-I-1.1.
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Aço S9B
150# e 300# de acordo com a spec
carbono S9C
MAF
Aço Inox S3B Até DN 2”
Tipo I 150# e 300# de acordo com a spec
316 S3C
Fluido Categorias: D,
Aço
Normal (se não-inflamável)
MAF carbono
150# a 600# (ASME B31.3)1 - Até DN 4”
Tipo VI Aço Inox
Sistemas de vent de tanques
316
dotados de corta chamas
Notas:
1- Não poderão ser utilizados em sistemas que conduzem água do mar para se evitar a
probabilidade de corrosão em frestas.
2- Não poderão ser utilizados em sistemas que possam conter escoamento bifásico, como linhas
de vapor e condensado, bem como em sistemas que contenham válvulas de bloqueio (SDV, XV
etc.) a jusante das conexões, em função da maior probabilidade de ocorrência de golpe de Ariete
(martelo hidráulico).
3- Atenção especial à suportação adicional recomendada pelo fabricante da conexão.
Para a devida aplicação destas tecnologias recomenda-se:
A utilização de conexões mecânicas com juntas de vedação elastoméricas deve ser
acompanhada de um plano de inspeção com abrangência e periodicidade compatíveis com
o tipo de material vedante e com as características do fluido conduzido.
Contratar o serviço de montagem e supervisão com o próprio fabricante, de forma a mitigar
riscos de aplicação inadequada. Caso não se opte pela montagem pelo próprio fabricante,
o montador deve ser habilitado por meio de treinamento ministrado pelo fabricante da
conexão mecânica, com carga horária mínima estabelecida por este;
No caso das conexões tipo GMC e MAF, deve-se prever um selante externamente (ex.:
resina epóxi) entre a superfície externa do tubo e a conexão já instalada, com a finalidade
de prevenir corrosão em fresta externa (atmosférica).
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6 REFERÊNCIAS
[1] CT TMEC Nº 26/2012 - Avaliação de uniões sem solda para tubulação pyplok fittings.
[2] Report no/DNV Reg No.:2010-3303 / 127S2ON-5 Rev.: 01 / 2010-06-30.
[3] Relatório Técnico - DTCM: Tecnologias Alternativas ao Processo de Soldagem para União
de Tubulações.
[4] ISO 15837 (2004) - Ships and marine technology — Gasketed mechanical couplings for use
in piping systems — Performance specification.
[5] ASTM F1387 99 (2012) - Standard Specification for Performance of Piping and Tubing
Mechanically Attached Fittings.
[6] ASTM F-1476 07 (2013) - Standard Specification for Performance of Gasketed Mechanical
Couplings for Use in Piping Applications.
[7] AWWA C606 (2015) - Grooved and Shouldered Joints.
[8] CT-E&P-CORP-EEPIP-EISA-001-0-2014 - Requisitos Técnicos para Família de Conexões
Alternativas à Soldagem para Tubulações.
[9] IACS Requirements concerning Pipes and Pressure Vessels - P2 (2016).
[10] Lloyd’s Register Type Approval System - Test Specification Number 2 - Performance and
Test Specifications for Piping System Components primarily to be used in Marine Applications
(2017).
[11] DR-ENGP-I-1.1 - Materiais de Tubulação para Instalações de Produção e Processo.