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Nayara Moraes
Revisão
Glória Hefzibá
Diagramação
Quarta-feira - 17 de novembro
19h ÀS 21h30
ABERTURA
Dirigente: Pr. Silas Paulo de Souza
Pr. Jair Fernandes
Quinta-feira - 18 de novembro
19h ÀS 21h30
Dirigente: EBD - SEDE
Sexta-feira - 19 de novembro
19h ÀS 21h30
Dirigente: EBD - SEDE
Prof.ª Jocinete
Prof.ª Joneide
PROFESSORES DE ADOLESCENTES:
Introdução
Todos conhecemos a história da construção da Escola Bíblica dominical, ou
melhor, quase todos. Sabemos ao menos o quanto esforço foi necessário para a que
ela chegasse até nós. Sabemos também que o objetivo geral era a construção de
uma vida cristã regada de princípios bíblicos. Mas, o que encontramos hoje em dia?
As escolas bíblicas dominicais ainda priorizam esse objetivo? O que se quer com
ela? Essas e outras perguntas são necessárias para pensarmos, ponto a ponto uma
escola bíblica dominical que ainda forme um cristão saudável e discípulo de Jesus.
A meu ver, a EBD (Escola Bíblica Dominical) não é apenas mais um encontro
semanal da igreja. Ela é uma agência que conscientiza seus alunos que estes são
disso eles devem ser levados ao engajamento do Reino de Deus, o que de certa
forma os levarão a observarem o mundo a sua volta e agirem como Jesus agiu no
mundo.
I. A consciência histórico-cristã
Conscientizarmos de nossa participação quanto agentes do reino de Deus,
diz respeito a localizarmo-nos no tempo e espaço. Sim, é isso mesmo. Saber onde
consciência histórica cristã. Mas o que o cristão tem a ver com isso?
Não poucas vezes Jesus demonstrou ter consciência de sua participação
quanto agente social na Terra, “Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus
respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a
cumprir”. Mt. 5.17, e parece que não estava muito interessado que nós vivêssemos
alheios às questões inerentes aos homens “Não peço que os tires do mundo, mas
que os livres do mal. [...]. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei
expansão do Reino de Deus, então é inegável que somos agentes sociais ativos.
Bom, não podemos dizer que Jesus nos pediu para vivermos alheios às
questões político-sociais, econômicas, etc... ou seja, às questões que mexem
honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” I
1 Evangelista das Assembleias de Deus em Cuiabá-MT. Possui graduação em História pela Universidade Federal de
Mato Grosso (2010); mestrado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (2013). Doutorado em História pela
UFMT (2021). Bacharel em Teologia pela FTSA (Faculdade de Teologia Sul Americana) (2016) e pesquisador do Vivarium
Centro Oeste - UFM.
13
missão atrás da bíblia. De fato, existe um chamado para mudarmos a realidade
ajustando-a aos moldes do reino de Deus.
Conscientizarmo-nos disso é antes de tudo parte de um processo maior:
termos consciência do que é ser cristão. Há um sem-número de alunos de escolas
bíblicas dominicais que são alheios às questões que lhes cercam, por diversos
motivos são apáticos ao ambiente local que fazem parte. Um exército de indiferentes
aos problemas sociais, abarrotam as igrejas. A consciência histórica cristã permite
o indivíduo saber e compreender seu papel neste mundo. Nesse sentido, é possível
denúncia contra nós mesmos. A minha hipótese é que: só quando aceitarmos isso,
poderemos recomeçar o processo de crer e reconstruirmos uma espiritualidade
cristã autenticamente evangélica.
numa das igrejas da grande Cuiabá, tinha por certo que minha participação era
dizer a eles o que estava escrito nas lições bíblicas trimestrais publicadas pela CPAD
– Casa Publicadora das Assembleia de Deus. Com dois anos aproximadamente de
vida cristã, estava eu ministrando aulas para adolescentes. Mesmo sem formação
alguma na área de educação, meu entusiasmo valia por tudo. Ok! Mas se quisermos
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vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no reino dos céus” Mt 5.20.
A EBD tem relevante importância na construção dessa consciência
histórica cristã. Se levarmos em consideração sua estrutura organizacional (salas
separadas por idade, professores dispostos a aprender e a ensinar – vocação?),
sua periodicidade, sua diversidade, sua economia e sua motivação, veremos que
se trata de um lugar excelente para a construção da consciência histórico cristã.
Um lugar ímpar para o amadurecimento espiritual. Portanto, não podemos mais
desprezar a EBD.
Não podemos dar atenção a ela como a qualquer outro departamento da
igreja. Não podemos olhar para os cargos professores e superintendentes como se
olhássemos para cargos de menor importância – se é que existe. Se quisermos ter
uma EBD de excelência, temos que dar a ela o tratamento de excelência.
Trata-se de repensarmos a EBD no seu todo. Deixarmos de lado o preconceito
ou o conceito equivocado sobre ela. A EBD precisa ser inclusiva, interessante,
relevante espiritualmente e socialmente. Os professores que nela estão trabalhando
necessitam de formação atualizada e contínua. A administração precisa ser
respeitada e especializada. Não é possível gozar dos efeitos importantes da EBD se
não darmos a ela condições de existência. Não se pode esperar dela alta produção
se não a valorizarmos. Se quisermos uma igreja forte e adulta, então é necessário
investirmos na EBD. Com efeito, é evidente a necessidade de conscientizarmo-nos
de nossa situação quanto seres humanos cristãos. Se quisermos qualidade de vida
cristã teremos que tomar atitudes de mudanças. A EBD é um lugar excelente para
isso ocorrer.
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Adolescência ontem e hoje
Pr. Joelson Lemos1
Deus é perfeito e como ser perfeito que é estabeleceu todas as coisas pelo seu
próprio poder,
Eclesiastes 3:1
“Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”
João Ferreira de Almeida Atualizada
cinco anos, mas para lecionar em nossas Escolas Bíblicas pode ser quem está
“sobrando”?
Somos exigentes com as coisas vis deste mundo, quanto mais com as coisas
de Deus, em especial sua obra, Manoá nos dá um exemplo de zelo pela tarefa
sublime do educar, vamos conferir juntos no livro de Juízes 13. 8, 12.
“Então Manoá suplicou ao Senhor, dizendo: Ah! Senhor meu, rogo-te que o
homem de Deus, que enviaste, venha ter conosco outra vez e nos ensine o que
1 Pastor, Secretário de Educação da UAADERGS – União de Adolescentes da Assembleia de Deus de Porto Alegre/
RG. Acadêmico de Psicologia. Palestrante da CPAD.
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devemos fazer ao menino que há de nascer. “
Antes mesmo do menino nascer ele já tinha as três respostas, Manoá procurou
“Entender, para atender”
Para continuarmos e falarmos sobre adolescência e como educá-los
precisamos voltar ao início do Século XX, quando o conceito de Adolescência
ainda não havia sido cunhado, ou seja, temos uma geração pós-guerra que
negligenciada, ainda que por desinformação, pois a própria infância não tinha seu
reconhecimento como fase do desenvolvimento.
Antes um pouco do século XX, o indivíduo passava diretamente da infância
para a idade adulta, pois na época, havia apenas os termos “juventude” ou
“puberdade”, que correspondiam simplesmente às mudanças físicas, não havendo
Guerra Mundial e o início da segunda, ou seja, entre 1918 e 1939, vemos que o
conceito de adolescência é, portanto, bastante recente.
Significado de adolescência:
vivido nesta etapa da vida, já que vem do latim ad (a, para) e olescer (crescer),
referindo-se, portanto, ao processo de crescimento do indivíduo. O termo deriva
também de adolescer, origem da palavra adoecer, fazendo com que estes
este indivíduo, não obstante ser a adolescência uma fase concreta com seus
situação igual e potencialmente prejudicial para esse indivíduo, pois seu acesso
súbito para vida adulta, também lhe trará cargas sociais que ele não tem condições
de levar, aumentando ainda mais o sofrimento que conforme Knobel (1981) na
obra “Síndrome Normal da Adolescência” deixa claro ser inerente nesse período de
nossas vidas.
“o processo de estabilização da personalidade não se consegue sem passar
por um certo grau de conduta patológica que, conforme o meu critério, devemos
considerar inerente à evolução normal desta etapa da vida” (Knobel, 1981, p.27).
O Educador de adolescentes:
18
O mínimo que um educador para adolescência precisa é “Entender para
atender”, os adolescentes precisam da assistência para realizar o processo de
uma vez que eles não consigam ultrapassar a linha que divide ambas as fases,
temos indivíduos que em idade já estão avançados, porém comportamental eles
permanecem retidos na adolescência.
Sem a compreensão do contexto sócio-histórico da adolescência, teremos
uma visão míope da mesma. Muitos líderes quando assumem o ministério com
eles (Líderes) nascidos do século XX e seu público do século XXI, ou seja, método,
professores e alunos de séculos distintos. Como homogeneizar essa tríade? A
solução é estudar, procurando entender “o que” foi feito, “para quem” foi feito
e “quando” foi feito, em relação a adolescência e a partir de então, olhar para
essa geração com a visão do todo, não apenas o que as redes sociais, famílias
desestruturadas, governos sem gestão etc... falam.
Referências:
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA: Atualizada
OUTEIRAl, J. (2003). Adolescer. Rio de Janeiro: Revinter.
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20
A Escola Dominical como mantenedora
da identidade pentecostal
Claiton Ivan Pommerening1
“Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”. 2Tm 1.14
21
do neoanti-intelectualismo, do fundamentalismo religioso, do tradicionalismo, da
institucionalização e tantos outros, mas aqui nos deteremos em apenas alguns.
2.1 As doutrinas calvinistas
O calvinismo é um ramo da igreja cristã muito piedoso e aplicado aos estudos
bíblicos e teológicos, entretanto algumas ideias centrais deste modelo teológico
estão em confronto com as ideias pentecostais e são irreconciliáveis. Neste sentido,
deve-se respeitar o que eles pensam, livre de atitudes combativas ou beligerantes,
mas ensinar corretamente as verdades pentecostais, tão belamente esboçadas na
Declaração de Fé lançada pela Editora CPAD (SILVA, 2017). Este perigo é presente
organização sistemática das doutrinas calvinistas, pois geralmente não veem esta
organização em sua igreja.
2.2 O anti-intelectualismo
Como a membresia das ADs era, no início, majoritariamente de pessoas
com pouca instrução, se estabeleceu a cultura e o sentimento de inferioridade em
relação a pessoas cultas ou letradas em alguns de seus membros. Mais de 100 anos
se passaram, a membresia da igreja teve acesso a formação acadêmica variada
e em boa medida superou o preconceito. Mas pelo fato de a cultura do sentimento
de inferioridade não ter sido vencida completamente por alguns, e porque muitas
pessoas letradas não se portam como alguém que, tendo mais conhecimento,
precisam ter responsabilidade e humildade com o conhecimento que adquiriu,
podem criar-se antagonismos. Em contrapartida, existe também um preconceito
de muitas pessoas de menos instrução que não admitem a condição de letramento
daqueles que buscaram formação.
que estuda Teologia naturalmente terá uma evolução intelectual maior do que o
restante da membresia no conhecimento de Deus, e se tal evolução for vista como
ameaça e não como contribuição para a maturidade espiritual da igreja, todo o
trabalho estará sendo em vão. Crescer em graça e conhecimento é o curso natural
da vida, o problema não está no crescimento, mas na estagnação e na paralização
do mesmo.
2.3 O neopentecostalismo
a uma teologia séria e relevante, que tenha seu espaço e acolhida na igreja e
tem sido o mínimo de preparo que muitos líderes têm tido, o que é bom, porém a
teologia acadêmica é a que previne contra desvios doutrinários. Somente esta sabe
argumentar com clareza diante dos subliminares apelos, disfarces e nuances que a
Teologia da prosperidade impõe.
O Neopentecostalismo trabalha com forte ênfase no Antigo Testamento,
em detrimento do Novo Testamento e do Evangelho, alegoriza o texto bíblico e se
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do evangelho, única identidade digna de ser preservada. Uma verdade que nos
dos nossos erros e nos convoca a uma constante renúncia e abandono de toda e
qualquer prática que fere os princípios éticos que Deus requer do seu povo.
3.1 Incentivo às experiências pentecostais
Como consequência direta do calvinismo, surge o cessacionismo, fazendo
No livro de João 3.8, Jesus diz “o vento sopra onde quer, ouves a sua voz,
mas não sabes donde vem, nem para onde vai, assim é todo que é nascido do
Espírito”, dando-nos a entender que o Espírito Santo é incontrolável, imprevisível,
seus direcionamentos não podem ser calculados e transpassam a inteligibilidade
humana, mas ao mesmo tempo age em simbiose com a inteligência humana.
3.2 A importância do estudo bíblico
A leitura bíblica pentecostal não é feita somente com pressupostos racionais,
mas com equilíbrio desde sempre foi efetuada na dinâmica da experiência com
o Espírito Santo, neste sentido, cabe deixar que o Espírito Santo leve o coração do
crente e da comunidade ao quebrantamento diante de suas verdades, bem como
ao conforto, tão peculiar à pessoa do Espírito Santo, pois o Sola Scriptura não
existiria sem a iluminação e inspiração do Solus Spiritu Sanctus
2017, p. 46-59), pois o Espírito Santo, sendo Deus, é maior do que a escritura, mas
ambos são maiores do que a experiência.
3.3 Profundidade teológica nas pregações e ensinos.
Com todo o acesso à teologia que temos hoje não cabe mais a desculpa
de que muita gente não considera uma instrução bem elaborada como sendo
da parte de Deus. O acesso e facilidade com que hoje se tem à Teologia deveria
servir de incentivo aos líderes e pastores de promoverem um amplo acesso à uma
teologia pentecostal. Isso levaria à ensinos e pregações melhor fundamentados
nas escrituras e consequentemente geraria um melhor aproveitamento por
parte do povo. A educação teológica deve ser vista com seriedade, pois sua
pouca importância permite a ascensão dos teólogos cessacionistas, liberais e
tradicionalistas, que geram atraso para o crescimento saudável do movimento
pentecostal.
CONCLUSÃO
A preservação da identidade pentecostal tem resultados abrangentes entre
os crentes, pois a marca principal da Assembleia de Deus foi a democratização do
Espírito, conferindo novo sentido de existência, todos sentem-se autorizados a falar,
porque é o Espírito quem fala por todos, consequentemente, o senso de relevância
pessoal na sociedade preenche a existência de cada um.
Assim, cabe à educação proporcionada nas classes de EBD preservarem e
incentivarem as boas condutas da identidade pentecostal, permitindo que as novas
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gerações sigam o legado deixado por esta igreja que incluiu milhões de pessoas
no Reino de Deus. Isso sem esquecer as novas dinâmicas sociais e espirituais que
exigem novos modelos contextualizados de ser igreja.
Refrências:
SILVA, Esequias Soares da. Declaração de fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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Adolescência vista de dentro
Pr. Joelson Lemos1
Entender a adolescência nos seus três estágios torna nossa tarefa de ensiná-
até então existia, não ocorre por mera função natural, as relações com a primeira
estrutura organizada de sociedade (Sua Família), lhe servirão de base para
compreensão de quem e onde ele é, e onde está no momento.
Compreender o processo de luto que está ocorrendo neste momento é
fundamental, pois a ciência de que o corpo não é mais infantil, os olhares não são
mais para alguém com um comportamento infantil e por esse motivo a proteção
também não é a mesma dada a ele em sua infância, o farão perder totalmente
qualquer parâmetro social que até o momento ele tinha como estrutura, chamamos
esse processo de tríplice Luto.
O Tríplice Luto:
Para que a adolescência inicial possa ter seu start, é necessário estar
concretizado o período de latência, ainda na vida infantil, que corresponda a uma
espécie de preparação do ego para as transformações pulsionais que verão a
ocorrer em seguida. Assim, o desenvolvimento das funções do ego levará a uma
resistência maior a regressão e desintegração, ou seja, a maior capacidade de
defender sua integridade de maneira autônoma.
Esse fortalecimento do ego vai permitir que o adolescente enfrente uma séria
de perdas, com consequente aquisição de novos referenciais.
Perdas no Tríplice Luto:
A primeira perda que o adolescente precisa assimilar é a mudança em relação
“corpo infantil” para seu novo “corpo adolescente”, que corpo é esse? Agora, o
1 Pastor, Secretário de Educação da UAADERGS – União de Adolescentes da Assembleia de Deus de Porto Alegre/
RG. Acadêmico de Psicologia. Palestrante da CPAD.
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corpo sensório motor, está doendo, me fazendo sentir coisas que não entendo,
dizem que é desajustado, dorme de um jeito e acorda de outro etc...
A auto-imagem que o adolescente inicial tem dele mesmo é impressa pelos
que o cercam. Fora da infância, a adolescência é o período que mais aumentamos
adolescência além de temos os outros percebendo por nós, sentimos a dor física
desse crescimento em nós mesmos.
Como aprender? Seja o conteúdo que for, se o indivíduo está em sofrimento
brusca do mundo adulto sobre o iniciante adolescente. Imagine que, nos primeiros
onze anos de nossa vida o que desenvolvemos foi, se não, a identidade de sermos
os direitos, tudo que nos situa no mundo e está baseado na identidade infantil que
aprendemos operar durante todo esse período, então com que direito o mundo
adulto (através de falas como “você não é mais uma criança”), arranca desse
adolescente toda sua história? Nosso maior erro está em justamente fazer isso e,
como se fosse um ato sádico, irônico, dizemos que a adolescência é o período de
busca de identidade, mas pergunto, quem arranca a identidade do adolescente
quando ele ingressa no estágio inicial? Não é o adulto?
Bem, você agora deve estar se perguntando, o que fazer? Simples, não
arranque a identidade antiga, faça um Upgrade (Atualização), para nova identidade,
explicando que agora, ele precisa atualizar seu Status (Condição), ele não subiu
de nível, pois nenhuma fase é maior que a outra, ambas as três são igualmente
importantes, ele, porém trocou de nível.
estou falando da perda dos “pais da infância”, é isso mesmo! Agora, toda proteção
ele passa de protegido para exigido e a forma pela qual os pais realizarem esse
processo, conduzirá como ele buscará sua independência.
Pois bem, o próximo estágio nos responde, veremos agora o segundo estágio da
adolescência, a chamada adolescência média.
Segundo Estágio – Adolescência Média
É agora que o seguinte pensamento “o que eu penso que sou”, “o que os outros
pensam que sou”, “o que eu penso, que os outros pesam que sou”. Knobel (1981),
surge.
No estágio inicial, três questões precisam ser resolvidas, pois são elas que
respondem as três questões acima, propostas por Knobel. Primeiramente, o
adolescente precisa aprender a lidar com o novo corpo, operar sua nova identidade
e sentir-se protegido. Esse estágio também é conhecido como “período dos grupos”,
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lhe ensinar a lidar com as transformações do seu corpo, o grupo que lhe der uma
verdadeira.
Chegamos a o terceiro e último estágio da adolescência, chamado de
Espero que até aqui o Espírito Santo já o tenha trazido luz a respeito da
adolescência dos seus alunos, e o quanto precisamos “Entender, para atender”.
Terceiro Estágio – Adolescência Final
Agora o adolescente já passou por todos os processos existenciais básicos,
porém está estabelecido em um grupo que já vimos ser muito importante para
sua formação, pois bem, a função deste estágio é aparelhar o adolescente para
o ingresso na próxima fase, o mundo adulto. Entrar no mundo adulto sem as
ferramentas básicas é suicídio social, por esse motivo, que é agora onde vamos
trabalhar a tríade cognitiva.
Tríade Cognitiva:
A vida adulta esta pautada em três pilares, sem os quais ninguém consegue
agora precisa ser trabalhado sua independência do grupo, pois ele precisará criar
seu próprio grupo futuramente, ao casar-se, e com as responsabilidades sociais
ele próprio precisa ter a satisfação e sentir a dignidade de receber o seu próprio
recurso, possibilitando seu sustento de forma autônoma.
Resumo
A adolescência é a fase da assistência, como o cérebro do adolescente não
ações que são pertencentes ao mundo adulto, porém o seu cérebro em formação
precisa ser treinado, a Bíblia em Deuteronômio 6.6 em diante, vai evidenciar muito
isso, quando nos aconselha a “inculcar” do original no Grego, abrir a cabeça e
colocar dentro.
Porém precisamos aprender como fazer isso, e o método é “Entender, para
atender”, os adolescentes na grande maioria das vezes não eram por negligência,
27
mas por falta de assistência.
Referências:
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA: Atualizada
OUTEIRAl, J. (2003). Adolescer. Rio de Janeiro: Revinter.
28
A Escola Dominical e o perigo
da aversão ao conhecimento
Geziel Silva Costa1
1 É pastor da Assembleia de Deus no Setor- Jardim Guanabara, Cuiabá/MT. É Mestre em Teologia, Pedagogo e
escritor.
2 RIVERA, Dário Paulo Barrera. Tradição, transmissão e emoção religiosa: sociológica do protestantismo
contemporâneo na América Latina. São Paulo: Olho D’água, 2010. p.141
3 SPENER, Phillip Jacob. Pra Desideria. Curitiba/São Bernardo do Campo: Encontrão/Ciências da Religião,
1996.p.109
4 OLSON, Roger E. História da Teologia Cristã: 2000 anos de Tradição e Reformas. São Paulo: Vida,2001. p.503
5 CURRIS, Hennetha; LANG, Stphem J; PETERSON Randy. Os 100 acontecimentos mais importantes da história do
cristianismo: do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China. São Paulo, SP; Editora Vida, 2003.p.174
6 WALTER, Williston. História da Igreja Crista. Rio de Janeiro e São Paulo: Juerp/Aste, 1983.p.201
29
O ANTI-INTELECTUALISMO NA SEGUNDA ONDA AVIVALISTA
1-Peter Cartwright (1785-1872). Com grande destaque no movimento
pentecostal Americano, era contrário à seminários, escolas e toda a formação
teológica e intelectual. Acreditava que Deus agia na vida do leigo e não na vida do
7
Bíblia não era para ser entendida toda.9 Praticamente todo cristão que se diz anti-
ideias contra a formação teológica em textos como 1Co que fala sobre a “sabedoria
deste mundo”. Ou que o conhecimento produz orgulho (cap. 8) interpretam que “a
sem instruções, e que Jesus ocultou a Palavra aos sábios e entendidos... com a
unção do Espírito não é necessário que ninguém vos ensine (1Jo 2.27).10
7 NANEZ, Rick. Pentecostal de Coração e Mente. São Paulo. Editora Vida, 2007p.168ss.
8 NANEZ, 2007p.171
9 NANEZ, 2001.p.176
10 NANEZ, 2007.p.62,7ss
11 PETHRUS, Lewi. A vida e obra do Missionário Sueco que expandiu a Mensagem Pentecostal no Brasil e no
Mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.p.264
12 GOMES, José Ozean. Educação Teológica no pentecostalismo brasileiro. Fonte Editorial. São Paulo, 2013p.50
30
A HERANÇA ANTI-INTELECTUAL DA ASSEMBLEIA DE DEUS
Embora Vingren fosse formado em teologia, de acordo com Freston13 não
despertou interesses em fundar instituições teológicas no Brasil porque:
1. O Luteranismo caminhava de braços abertos com o Estado.
2. A Educação teológica no luteranismo era privilegiada
3. O liberalismo teológico era prejudicial ao pentecostalismo
4. No brasil o analfabetismo era intenso 75% da população14
5. Educação superior direito de classes abastadas.
Nos primeiros anos de fundação da AD, pensar de fato em seminários, era
complexo, devido à pobreza, os missionários tinham pouco sustento, os pastores
brasileiros tralhavam de dia, não tinham tempo para estudar. As tensões das igrejas
históricas contra o movimento pentecostal também afetaram o desenvolvimento
teológico. Também a mentalidade apocalíptica evitava os estudos teológicos. Os
missionários falavam contra os estudos teológicos. As publicações no mensageiro
da paz, desencorajava a implantação de institutos teológicos.15
Os missionários suecos estiveram na frente da liderança da igreja de 1911-
1930. Portanto 19 anos. Vingren, o que mais de destacou. Depois Samuel Nystron,
16
13 FRESTON, Paul. Protestantes e políticas no brasil: da Constituinte ao Impeachment. Campinas SP. Tese de
doutorado IFCH -Unicamp 1993.p.73
14 Ghiraldelli JR, Paulo. Introdução à Educação Escolar Brasileira; História, Política e Filosofia da Educação. [versão
prévia] 2001.p.21
15 KESLLER, Gustavo. O batismo no Espírito é bíblico e necessário. “Mensageiro da paz” fevereiro de 1950. In
MESQUITA, Antônio Pereira de (ed). Artigos Históricos Mensageiros da paz Vol.2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.p.45
16 DANIEL, Silas. História das Convenções Gerais das Assembleia de Deus no Brasil. Rio de Janeiro, CPAD. 2014
17 ALENCAR, Gedeon. Assembleia de Deus. Origem, Implantação e Militância (1911-1946) São Paulo Arte Editorial
2010.
18 ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Roi de Janeiro; CPAD, 2007. p.282
31
resistência lutaram até fundar o Instituto Bíblico em São Paulo19.
João Kolenda e Ruth Doris Lemos, sete anos de luta depois de sua chegada ao
Brasil, conseguiram fundar o IBAD em 1958. Na década de 60. O ensino da formação
teológica volta à pauta da convenção geral. Macalão discorda dizendo que seria
“perigoso” porque a muita sabedoria esfria o obreiro20.
Kolenda sugeriu um curso bíblico por correspondência e a leitura de livros
indicados. Vigil Smith 1946 propôs que Kolenda arrecadasse fundos para a compra
de um terreno para a construção do instituto.
Na convenção de Natal em 1948 as falas de
Leonard Petterson – aprender com Jesus
Eugênio Pires – Capacitados por Jesus
Gustav Nordlund – Não afastar da Bíblia
Franscisco Pereira Nascimento – Não cair no formalismo
Nels Nelson – A igreja metodista esfriou
Referências:
ALENCAR, Gedeon. Assembleia de Deus. Origem, Implantação e Militância (1911-1946) São Paulo Arte
Editorial 2010.
ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal
BRENDA, Albert W. Ouvi um recado do céu
Os 100 acontecimentos mais importantes da
história do cristianismo: do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China
Vida, 2003.
DANIEL, Silas. História das Convenções Gerais das Assembleia de Deus no Brasil. Rio de Janeiro, CPAD.
2014
FRESTON, Paul. Protestantes e políticas no brasil: da Constituinte ao Impeachment. Campinas SP. Tese
de doutorado IFCH -Unicamp 1993
Ghiraldelli JR, Paulo. Introdução à Educação Escolar Brasileira; História, Política e Filosofia da Educação.
[versão prévia] 2001
GOMES, José Ozean. Educação Teológica no pentecostalismo brasileiro. Fonte Editorial. São Paulo, 2013
KESLLER, Gustavo. O batismo no Espírito é bíblico e necessário. “Mensageiro da paz” fevereiro de 1950.
CPAD, 2004
Pentecostal de Coração e Mente. São Paulo. Editora Vida, 2007
OLSON, Roger E. História da Teologia Cristã: 2000 anos de Tradição e Reformas. São Paulo: Vida,2001.
PETHRUS, Lewi. A vida e obra do Missionário Sueco que expandiu a Mensagem Pentecostal no Brasil e no
Mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2004
RIVERA, Dário Paulo Barrera. Tradição, transmissão e emoção religiosa: sociológica do protestantismo
contemporâneo na América Latina. São Paulo: Olho D’água, 2010.
19 BRENDA, Albert W. Ouvi um recado do céu: Biografia de J.P.Kolenda. Rio de Janeiro: CPAD,1984. p.118
20 DANIEL, Silas. História das Convenções Gerais das Assembleia de Deus no Brasil. Rio de Janeiro, CPAD.
2014.p.194
32
SPENER, Phillip Jacob. Pra Desideria
Religião, 1996.
WALTER, Williston. História da Igreja Crista
33
34
Pr. Márcio Klauber Maia1
Introdução
O ensino de Jesus era poderoso e produzia impacto na vida das pessoas. Ele
19.47,48 NVI) e maravilhado com o seu ensino (Mt 7.28,29 NVI). A admiração das
pessoas não era pela oratória de Jesus, mas porque ele aplicava a Palavra de Deus
à vida dos ouvintes, entendendo suas dores, necessidades e anseios.
À mulher samaritana Ele revelou a sua condição de casamentos destruídos,
mas ofereceu um relacionamento com um Deus onipresente, que nunca a
abandonaria. Mas para isso Jesus soube atrair a atenção da aluna, gerar desejo em
aprender e motivar a uma mudança de vida e atitude. Na Escola Dominical também
queremos alunos que aprendam e experimentem uma mudança de vida.
Todas as mudanças que ocorreram no cenário da educação nesse período de
pandemia do coronavírus, revelaram com maior ênfase a necessidade de utilização
de tecnologias educacionais e de práticas e metodologias educacionais que
promovam engajamento e participação mais efetiva dos alunos. Para resultados
melhores, precisamos adotar métodos melhores.
Alunos protagonistas no processo de aprendizagem
O psiquiatra norte americano William Glasser (1925 – 2013) apresentou a
Pirâmide de Aprendizagem, na qual faz uma representação dos índices de retenção
das informações que os alunos recebem, de acordo com os sentidos envolvidos e as
atividades que realizam. Segundo a teoria, a média de retenção das informações é a
1 Márcio Klauber Maia é ministro do evangelho, bacharel em Teologia, MBA em Gestão Escolar, professor
do CETADEB - Centro Educacional Teológico das Assembleias de Deus no Brasil e da ESTEADEB – Escola Teológica das
Assembleias de Deus no Brasil em Natal/RN, Capelão Escolar no Centro Educacional AgnusDei e responsável pelo canal
EBDweb no YouTube e o perfil EBD Transformadora no Instagram. É autor dos livros O Caminho do Adorador (CPAD) e O
Que Nunca te Contaram sobre o Namoro (Santorini). É casado e pai de quatro filhas.
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protagonistas no processo de aprendizagem.
ou que o aluno deve ser paparicado e nunca deve ser contrariado ou reprovado.
questões adequadas para uma boa pesquisa. Planeje atividades que exijam essas
habilidades.
O professor como mediador
O professor não deve se apresentar como aquele que detém o conteúdo, mas
o que facilita a construção do conhecimento. Não deve exercer o papel de instrutor,
mas de mediador. Mediar é facilitar o processo de construção de novos saberes,
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orientando o aluno, a partir de suas experiências, motivando o desejo de aprender e
objetivos da aula.
Algumas observações importantes para o planejamento dessas atividades:
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que enfrentamos. Cada tempo, cada momento da história e cada geração exige
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A Escola Dominical
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus
Todo ser humano desenvolve pensamentos e ideias a partir daquilo que foi
sendo adquirido pela educação dos pais, da escola, dos amigos, da sociedade
e da igreja, e que regem e orientam a vida no sentido da tomada de decisões, de
e considera que o seu modo de vida é o único que estaria correto, podendo impô-
las de tal forma que possa usar até mesmo a agressividade para tentar convencer
alguém, nesse sentido, seus pensamentos e ideias transformaram-se em ideologia
prejudicial.
Ideologia é tudo aquilo que se pensa sobre um assunto como sendo algo que
tem uma completude redentora em si. Se torna prejudicial quando é defendida de
forma patológica, daí se transformando em um ídolo, porque procura substituir a
centralidade do universo em Deus numa ideia, pessoa ou coisa. Se alguém defende
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1. A ideologia é a idolatria do pensamento.
quando o diabo tentou Adão e Eva ele disse: "Porque Deus sabe que no dia em que
dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e
imposta ao casal, que uma ideia (conhecer o bem e o mal) poderia sobrepujar a
harmonia existente no paraíso, tornando-se assim mais importante e melhor do que
aquilo que Deus havia feito.
Portanto, conhecer o bem e o mal tornou-se uma idolatria, mais importante do
que a comunhão que o casal tinha com Deus. A idolatria é a adoração prestada a
por alguma coisa ou pessoa, uma paixão exagerada por algo ou por uma ideologia.
A ideologia sempre é uma parte retirada do todo, portanto fragmentária e
descolada da realidade, mas que se defende a todo custo. Por ser retirada do todo,
e vista como sendo o todo, se torna um ídolo e carrega propostas de salvação.
Toda ideologia acaba sendo uma espécie de religiosidade e promete uma espécie
de salvação aqui na terra em detrimento da salvação pela graça, impondo a
salvação pelo fanatismo, pela revolução e pela violência. A ideologia criada pelo
diabo na queda foi uma narrativa soteriológica redentora, no sentido de o diabo
criar um problema que não havia e dar uma falsa solução salvadora para o homem:
“conhecer o bem e o mal”.
Criar um problema, que muitas vezes nem existe, e apresentar uma solução
falsa, como o diabo fez, está presente em todas as ideologias, por isso elas são
fragmentárias da verdade completa. A ideologia é uma imitação da religião
verdadeira e traz conforto àqueles que nunca tiveram uma fé genuína, pois a
quer construir um futuro utópico impossível de ser alcançado, por isso precisa ser
contra o conservadorismo, pois a tradição atrapalha. Ao evidenciar suas fraquezas
fraquezas para que se torne evidente que elas não conseguem dar conta da
complexidade da vida, da sociedade e da política.
Todos nós temos um pouco de ideologia, quando não nos esforçamos para
adoramos, daí reside o problema das ideologias. Entretanto, não é possível não ter
nenhuma ideologia, o problema é como nós tratamos com ela e a organizamos em
relação ao Evangelho.
2. Entender Lei e Evangelho nos livra das ideologias
Assim como Lei e Evangelho são coisas distintas, embora complementares,
é preciso separar igreja do estado, como Martinho Lutero escreveu em seu livro
Os dois Reinos. Segundo Lutero, Deus é o soberano do mundo inteiro e governa de
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duas formas: o mundo secular por meio da Lei (força) e o Reino espiritual através do
Evangelho (graça), sem intromissão de um reino no outro.
Lutero proibiu que cristãos permitissem que governantes temporais
se intrometessem em seus corações em assuntos de fé declarando que "se
você se entregar a ele e deixá-lo levar embora sua fé e seus livros, você terá
verdadeiramente negado a Deus". "[...] se ele invadir o domínio espiritual e
constranger a consciência, sobre a qual apenas Deus deve presidir e governar, não
devemos obedecer de forma nenhuma, mesmo à custa de nossos pescoços."
Se queremos fazer do reino do mundo o Reino de Deus transformamos as
coisas do mundo em ídolos. Constantino fez isso quando cristianizou a Europa,
e o papado o fez durante um longo tempo quando esteve mancomunado com
imperadores e quando ungia os reis. É o Reino de Deus que deve invadir o reino do
mundo e transformá-lo através da prática da justiça, da misericórdia e da alegria
18.36), por isso, as ideologias são tentativas de transformar o Reino de Deus numa
caricatura muito inferiorizada em relação à realidade plena do Reino de Deus.
3. O Evangelho e as ideologias
O evangelho é incomparavelmente superior às ideologias. Ele está acima
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4.2 A compaixão como cura para as paixões ideológicas e para o Brasil.
O ambiente de guerra ideológica contínua, onde obrigatoriamente o cristão
sofrimento daqueles à sua volta. A comunicação dele com os outros era baseada no
desejo de entender o sofrimento e compreender o outro e não de julgar moralmente
ou provar que Ele estava certo em alguma coisa. Para amar é preciso compreender,
quem compreende sente compaixão. A compaixão nos livra de nos enredarmos com
julgamentos morais e com a raiva em relação ao pensamento contrário que o outro
apresenta. (HANH, 2017).
CONCLUSÃO
A Bíblia é o registro da intervenção de Deus na história para salvar seu povo,
Referências:
HANH, Thich Nhat. A arte de se comunicar. São Paulo: Editora Vozes, 2017.
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Ensinando com Afetividade
Pr. Márcio Klauber Maia1
Introdução
Jesus realmente se importava com os seus alunos. Sua mensagem era
importante, mas o relacionamento com os alunos estava em primeiro lugar. Até
porque, ninguém recebe a mensagem se, primeiro, não receber o mensageiro.
respondeu: “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e
de todo o seu entendimento.” Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo,
semelhante a este, é: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.” (Mt 22.37-
39 NVI). Ele estava nos ensinando que o princípio maior da mensagem do evangelho
é o fortalecimento de relações sólidas, duradouras e íntimas, com Deus e com os
homens.
O livro de Provérbios nos recomenda: “Procura conhecer o estado das tuas
emoções e disposição.
1 Márcio Klauber Maia é ministro do evangelho, bacharel em Teologia, MBA em Gestão Escolar, professor
do CETADEB - Centro Educacional Teológico das Assembleias de Deus no Brasil e da ESTEADEB – Escola Teológica das
Assembleias de Deus no Brasil em Natal/RN, Capelão Escolar no Centro Educacional AgnusDei e responsável pelo canal
EBDweb no YouTube e o perfil EBD Transformadora no Instagram. É autor dos livros O Caminho do Adorador (CPAD) e O
Que Nunca te Contaram sobre o Namoro (Santorini). É casado e pai de quatro filhas.
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nossos alunos e em como eles podem ser motivados a aprender aquele conteúdo.
Uma aula afetiva
Uma aula afetiva é aquela que fortalece as interações sociais, os vínculos
que afetam a relação entre o aluno e o professor e os alunos, entre si. É, portanto,
uma aula onde o aluno se sente valorizado como pessoa, que tem respeitada sua
fala e seus sentimentos. Em uma aula afetiva deve haver elogios e palavras de
carinho. Pode haver, também, abraços e palmas, mas não é somente isso. É uma
relação de respeito mútuo e consideração. O professor que valoriza o aluno oferece
acolhimento, uma escuta atenciosa, espaço para que o aluno expresse seus
sentimentos e ideias. É quando existe um ambiente que incentiva o diálogo e faz
com que o aluno perceba que é importante e valorizado nesse ambiente.
maior motivação para aprender. Para oferecer afetividade o professor não precisa
ser o melhor amigo de cada aluno, mas permitir a troca de experiências, a liberdade
de expressão e despertar no aluno a alegria de participar da aula, sem medo de
errar, mas com vontade de aprender.
Devemos enxergar o aluno como uma pessoa, com sentimentos e
personalidade, que foi salva por Deus (que investiu o mais alto preço em sua
pratiquem tudo que eles dizem e obedeçam-lhes, mas não sigam seu exemplo, pois
eles não fazem o que ensinam” (Mt 23.2,3 NVT). Aqueles mestres se guiavam pelo
ditado: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” e isso não funciona como
método pedagógico. É a prática dos ensinamentos que dá autoridade ao professor
para ensinar.
Os ouvintes de Jesus percebiam que Ele “ensinava com verdadeira autoridade,
diferentemente dos mestres da lei” (Mt 7.29 NVT), porque viam quem Ele era.
Ninguém pode dizer que é cristão se não pratica o que Jesus ensinou. E ninguém
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convidou para sermos seus alunos, recomendou: “aprendam de mim, pois sou
manso e humilde de coração” (Mt 11.29 NVI). Ele estava dizendo que era manso, por
isso podia ensinar sobre mansidão.
Competências socioemocionais no ensino
Precisamos aprender a tratar os outros com o devido respeito e amabilidade,
sendo tolerantes e sabendo apreciar as diferenças entre nós. Desenvolver a
empatia, aprendendo a ouvir atentamente e se comunicar de maneira clara e
objetiva. Também precisamos compreender o outro e os seus sentimentos. Pergunte
possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
Esse autocontrole nos ajudará a sermos consistentes nas reações emocionais,
sem variações bruscas de humor. A Bíblia fala sobre uma das características do
fruto de Espírito que é a temperança ou domínio próprio (Gl 5.22), que é muito
estimulados.
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Ensinar e amar
Precisamos ajudar o aluno a aplicar as verdades em sua vida, a partir do
que aprendeu. Mas ele será conduzido a essa prática se perceber que o professor
realmente se importa com ele. O professor demonstra que se importa com o aluno
quando oferece apoio, acolhimento, valorização e inspiração.
de Maria (Jo 19.27). Ele restaura a fé de Tomé, que não estava presente no primeiro
encontro (Jo 20.24-29) e resgata a liderança de Pedro, depois que ele o negou (Jo
21.15-17).
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Os professores da EBD e a
sociedade contemporânea
Marcos Guimarães e Rony Rubert
Moderador: Valmir Nascimento
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na Escola Dominical
Valmir Nascimento e Orlando Júnior
Moderador: Pr. Jonas Pinho
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Jonas Mendes e Márcio Klauber Maia
Moderador: Valdeci do Carmo
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Aulas criativas - Alunos
motivados
Prof.ª Jocinete Amorim
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Desenvolvendo uma
metodologia que gera vida
Prof.ª Joneide
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Mundo Adolescente
Pr. Joelson Lemos
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