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A COMUNIDADE PROMOVENDO
SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Seja bem-vindo(a) ao nosso curso sobre segurança no trânsito. Conheceremos os riscos a que
estão sujeitas as crianças e os adolescentes até 14 anos de idade – seja como pedestres, ciclistas
ou passageiros de veículo e motocicleta – e vamos nos qualificar como verdadeiros agentes
multiplicadores de conhecimentos e atitudes preventivas. Ao realizar este curso, você estará se
capacitando para promover um programa de prevenção de acidentes de trânsito junto à sua
comunidade.
Esse programa pode ser um primeiro passo para a redução de milhares de acidentes no trânsito ou
ainda um complemento de outras ações preventivas que você já esteja desenvolvendo. O importante
é que cada multiplicador possa disseminar a cultura da prevenção e desenvolver atividades de
sensibilização e mobilização da comunidade em geral, dos pais, dos educadores, dos cuidadores, das
crianças e dos adolescentes até 14 anos.
Em nossas aulas trabalharemos com textos, vídeos, áudios, temas de discussão, entre outras atividades
que embasarão a sua prática de promoção da prevenção e da saúde. Para se tornar um agente
multiplicador, você deverá realizar essas aulas com muita atenção, sempre buscando refletir e fazer a
ponte entre os conteúdos aqui propostos e o público junto ao qual pretende disseminar a cultura da
segurança no trânsito. Lembrem-se de que ser um agente de mudança é o que nos faz protagonistas
das transformações sociais neste terceiro milênio.
Vamos, então, começar entendendo melhor o nosso papel de agentes multiplicadores e como podemos
desenvolver um programa de prevenção de acidentes de trânsito.
O plano de ação é a organização das ideias e estratégias necessárias ao seu projeto de prevenção de
acidentes de trânsito. Antes de realizar qualquer ação nesse sentido, procure responder as questões
a seguir.
5. Divulgue o programa
Como vamos divulgar e informar sobre o programa?
É PRECISO CONHECER...
É preciso priorizar o direito à mobilidade sustentável, com a paz e a cidadania no trânsito, de forma
ética, democrática e transparente. Essa é uma tarefa social complexa, que não depende somente das
políticas públicas e do governo, mas de todos os agentes sociais. Os acidentes no trânsito demandam
medidas multifacetadas de prevenção: ações de engenharia e fiscalização que visem um tráfego
mais humanizado, programas de educação para o trânsito e mobilidade sustentável e programas
pautados na promoção dos valores humanos e da cidadania.
Nesse contexto, a escola é vista como o grande espaço de formação cultural, construção de cidadania
e de promoção da saúde e da qualidade de vida. Mas lembremos que a educação de crianças e
adolescentes não acontece somente na escola. Educação é um processo mais amplo, estendido à
ação direta de pais, familiares e cuidadores, à mobilização comunitária e à atuação de cada membro
social como mediador da construção do conhecimento e como multiplicador das transformações da
vida contemporânea.
O problema do trânsito como espaço de convivência social é tão urgente que exige a mobilização
e o envolvimento de todos em nossa comunidade. Especialmente nós, agentes multiplicadores da
prevenção de acidentes de trânsito, precisamos tratar esse tema de forma integral, indo além do
ensino de regras e sinais de trânsito. Bons hábitos e comportamento cidadão não se difundem por
imposição ou treino.
Um programa de educação para o trânsito, seja ele realizado dentro ou fora do espaço escolar, deve
sempre prever e incluir o reconhecimento da realidade local e de práticas motivadoras, contextualizadas
e construtivas, de atividades que potencializem um processo de aprendizagem duradoura e não uma
mera repetição de padrões. A educação através do diagnóstico, do questionamento, da experiência,
do jogo, da descoberta e do fazer coletivo resulta em aprender a conhecer, a viver junto e a fazer
diferente e melhor a cada dia.
Lembre-se de que a EDUCAÇÃO pode transformar a dura realidade do trânsito em bem-estar coletivo
e em qualidade de vida. Você é protagonista nesta mudança!
REFERÊNCIAS:
IPEA, em http://www.ipea.gov.br
GULLO, A.S. Violência urbana: violência na perspectiva da antropologia social. Revista da Associação
Brasileira de Acidentes e Medicina de Tráfego. São Paulo, 2000
ATIVIDADES
Chegou a hora de você entrar em ação! Em todas as aulas, teremos tarefas e desafios a cumprir, assim
nos preparamos para atuar em prol da segurança de nossas crianças no trânsito. Temos a seguir,
algumas propostas para você realizar antes de cursar a Aula 2.
1. Conheça as atividades da CRIANÇA SEGURA Safe Kids Brasil, para assim criarmos uma base coletiva
e um diálogo comum. Visite e explore o nosso site (www.criancasegura.org.br) com olhar atento,
procurando conhecer melhor o universo da prevenção de acidentes entre crianças e adolescentes,
principalmente no que diz respeito ao trânsito.
Para iniciar um programa de prevenção de acidentes de trânsito, é muito importante que você disponha
de conhecimentos a respeito das pessoas que correm maior risco de sofrer acidentes na condição
de pedestres. Também é preciso saber onde, como, quando e por que ocorrem os atropelamentos.
Esse será o primeiro passo não apenas para elaborar, mas, principalmente, para implementar uma
iniciativa na comunidade contemplando a meta de melhorar a segurança dos pedestres.
Meninos X meninas: como acontece em outras ocorrências de morte por causas externas, na
condição de pedestres os meninos se destacam como vítimas mais frequentemente do que as
meninas.
Ambiente socioeconômico: muitos estudos de diferentes países têm relatado que crianças de
baixo contexto socioeconômico correm maiores riscos de sofrer lesões quando se encontram
transitando na condição de pedestres.