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Seminário Teológico Batista Renovada

Educação Teológica com Excelência

Professora Alaid Schiavone Schimidt

Teologia Pentecostal

GRADUAÇÃO
TEOLOGIA

MARINGÁ-PR
1
2
TEOLOGIA PENTECOSTAL

Professora Alaid Schiavone Schimidt

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Apresentação

Livro: Teologia Pentecostal.

Professora Alaid Schiavone Schimidt.


Desejamos expor uma breve história do movimento pentecostal e
neopentecostal. Cremos na ação do Espírito Santo, e por isso,
almejamos transmitir aos queridos alunos, o que é um verdadeiro
Avivamento, o que não é um Avivamento, as ações do Espírito no
decorrer da história, a teologia Pentecostal e a Teologia
Neopentecostal.
Por fim, a disciplina “Teologia Pentecostal” está dividida em 5
unidades. UNIDADE I – Introdução a Teologia Pentecostal. UNIDADE
II O Dia de Pentecostes no Judaísmo. UNIDADE III Avivamento nas
Escrituras. UNIDADE IV. História do Pentecostalismo. UNIDADE V
Teologia Pentecostal e NeoPentecostal.

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UNIDADE I

Introdução a Teologia Pentecostal

I - PENTECOSTALISMO – CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1. Definição

A Teologia Pentecostal é uma parte da Teologia Sistemática que


estuda as doutrinas fundamentais do Pentecostalismo. Do grego
penteekostos, a palavra “pentecostes” quer dizer “quinquagésimo”,
pelo fato de ocorrer cinqüenta dias após a Páscoa.

Embora o termo tenha sido ajustado ao nome da festa que


ocorria no dia em que o Espírito Santo inaugurou a igreja do Senhor, o
pentecostalismo representa um grande avivamento semelhante a
outros acontecidos tanto no Velho quanto no Novo Testamentos.
“Avivamento” quer dizer “tornar-se mais vivo, mais nítido, rápido ou
intenso, despertar ou excitar”. Vem de “avivar, avivador”.

Em nenhum trecho bíblico são os cristãos chamados de


“pentecostais” ou a igreja do Senhor denominada “igreja pentecostal”.
Os seguidores de Cristo foram chamados de “cristãos” pela primeira
5
vez na cidade de Antioquia, em Atos 11.26. Quando falamos em
Pentecostalismo, referimo-nos a um fenômeno característico do
século XX: o avivamento que aflorou em Los Angeles, USA, em 1906
e que se tornou o maior movimento religioso da atualidade.

O Pentecostalismo não é apenas um movimento, mas uma


tremenda ação do Espírito Santo, promovendo renovação espiritual,
amor a Deus e à Bíblia, trazendo novidade de vida e levantando a
igreja com poder em busca das almas perdidas.

1.2 Justificativas

O movimento pentecostal teve um avanço muito grande não


somente no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo algumas
estatísticas, a comunidade de fé pentecostal é o maior grupo cristão
depois da Igreja Católica Apostólica Romana. Esse fato gera a
necessidade de conservar e reafirmar a herança bíblico-teológica da
doutrina pentecostal recebida dos pioneiros do movimento, onde se
nota plena harmonia com as Sagradas Escrituras e com os credos
confessados pela cristandade sadia e conservadora.

Apesar de o pentecostalismo apresentar uma história repleta de


triunfos e conquistas em Cristo Jesus, pesa sobre a liderança a
responsabilidade de conservar, defender e disseminar a estrutura
teológica e doutrinária que fundamentam seus princípios de ação. Isto
porque novos movimentos ditos pentecostais trouxeram, em suas
vertentes, mudanças preocupantes, que transtornam as bases da
doutrina pentecostal.

O Pr. Claudionor de Andrade (internet) considera que é


importante refletir sobre os rumos que vão tomando os mais
celebrados artigos de fé, analisando que a igreja pentecostal vive com
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três distintas teologias: a oficial e formalmente aceita pelos órgãos
convencionais, a qual é bíblica e ortodoxa; a acadêmica, construída
em faculdades e seminários, alguns destes, liberais e comprometidos
com o mundo; e a informal, praticada por grupos nem sempre
referendados pelo ministério, que usam praticar um misticismo
“extravagante, extrabíblico e que tem causado constrangimentos aos
pastores e líderes de nossa comunidade de fé”;

A existência de grupos na atualidade que se dizem pentecostais,


porém que banalizam o sagrado, bem como a recuperação da
evangelização integral, manifestando a obra de Jesus para salvar,
curar, batizar com o Espírito Santo e preparar o povo para a Sua
volta, deve ser preocupação da igreja avivada.

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UNIDADE II

Capítulo I

1.3 O DIA DE PENTECOSTES NO JUDAÍSMO

Refere-se à segunda grande festa sagrada do ano judaico,


identificada com três nomes diferentes: Festa das Semanas, Festa
das Colheitas ou Dia das Primícias. Era uma festa agrícola e situada
no período das colheitas (Êx 23.14-17; 34.18-23). A troca do nome
para Pentecostes deu-se a partir do período em que a Grécia dominou
culturalmente o mundo (333-63 a.C.).

O motivo primitivo da festa era demonstrar gratidão a Deus pelos


benefícios obtidos da terra. Depois, por volta de 450 a.C., o povo
bíblico incorporou à festa a gratidão pela doação da Torá. A festa era
caracterizada por alegria, comunhão e gratidão. Nela os judeus
ofertavam os primeiros frutos da terra (primícias) e reforçavam a
memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a
obediência aos estatutos divinos (Dt 16.12). A dedicação das primícias
é a mais antiga de todas as ofertas, iniciada por Abel (Gn 4.4).

Além da gratidão pela bênção da colheita, a festa judaica de


Pentecostes trazia à memória os grandes acontecimentos ocorridos
quando Deus fez a Aliança com Seu povo no Sinai: ruídos, ventos,
estrondos, trovões, sonido de buzina e o monte fumegando, que
marcaram a chegada da Torá, a Lei de Deus (Êx 20.18). A aliança

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confirmada pela Lei caracterizava e diferenciava Israel como o
genuíno povo de Deus.

No dia de Pentecostes vinham judeus de todas as partes do


mundo antigo para cumprir os rituais da festa. Todos traziam suas
ofertas de primícias ao templo. Segundo comentaristas, havia em
torno de dezesseis nacionalidades representadas em Jerusalém em
Atos dois, unidas para adorar a Deus, cada qual falando a sua língua
materna.

1.4 O dia de Pentecostes em Atos

A cena do Pentecostes descrita por Lucas (At 2.1-11) é muito


rica em símbolos, com grande significado religioso. O dia da festa
judaica tornou-se também o dia da grande festa cristã, com a descida
do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos em oração. À
semelhança do Sinai, onde Deus enviou a Lei de forma sobrenatural,
também a bênção do Espírito Santo veio do céu, com sons de vento
veemente e impetuoso; como fumegava o monte enquanto Moisés
recebia a Lei, eles também viram línguas repartidas, como que de
fogo, que pousaram sobre cada um (vv.1-3).

O batismo com o Espírito Santo foi um momento ímpar na


história da Igreja, uma bênção sacramentada por Deus. Na ocasião
aconteceu o fenômeno da glossolalia (gr. glossais lalo), ou seja, o
falar noutras línguas, como evidência do batismo no Espírito Santo (At
2.4; 10.45-47; 19.6). Se na maldição da torre de Babel os homens
foram dispersos pela confusão de línguas, no Pentecostes Deus une
os homens pelo poder do Espírito Santo.

O acontecimento adquiriu imediatamente ressonância universal,


uma vez que estavam em Jerusalém judeus provenientes de várias
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partes do mundo. Cada um deles fora capaz de compreender, em sua
própria língua, o que o Espírito Santo falava pela boca dos apóstolos
(At 2.8,11). Cheio do Espírito Santo, Pedro se levantou e pregou a
mensagem do arrependimento dos pecados e da salvação em Cristo
como fundamentais para receber o dom do Espírito Santo (At 2.38-39)
e quase três mil almas foram arroladas naquele dia. O homem indouto
e que se escondia com medo de represálias, agora se levanta com
autoridade e poder para anunciar a salvação em Cristo (Jo 20.19; At
4.13).

1.5 Os discípulos e o Pentecostes

Ao receber o Espírito Santo os discípulos já haviam adquirido


algumas experiências valiosas que respaldaram a aceitação e o
entendimento do momento ímpar em suas vidas:

- Eles já haviam aceitado o Senhor Jesus como Salvador – Mc 10.28;


- Tinham seus nomes escritos no céu – Lc 10.17-20;
- Jesus dera a eles as ordens de: vigiar e orar (Mt 26.41) e permanecer
em Cristo (Jo 15.4-5,16);
- Após a ressurreição Jesus apareceu aos discípulos e, assoprando
sobre eles, disse-lhes que recebessem o Espírito Santo (Jo 20.22).
Assim como Adão recebera o sopro divino para sua vida natural,
também a vida espiritual (regeneração) depende do sopro divino
(Espírito de Deus). Os intérpretes pentecostais entendem que o
“recebimento” da vida pelo Espírito Santo antecede a outorga da
autoridade de Jesus para os discípulos (Jo 20.23), bem como do
batismo no Espírito Santo, pouco depois, no dia de Pentecostes (At
2.4);

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- Antes de ascender ao céu Jesus deu-lhes a ordem de
permanecerem em Jerusalém até serem revestidos pelo poder do Alto
(Lc 24.49). A bênção dependia da obediência (At 1.12-13);
- No dia de Pentecostes eles receberam o batismo com o Espírito
Santo (At 2.1-13). Embora o relato de Atos diga que eles estavam “no
cenáculo” (At 1.13) e faz referência a uma “casa” (At 2.2) segundo
comentários da Bíblia SHEDD (pág.1528), o autor analisa que talvez
nesse dia estivessem numa área do templo, cumprindo os rituais da
festa quando o Espírito desceu, o que lhes oferecera a oportunidade
para evangelizar uma grande multidão, quando Pedro levantou-se
com os onze em seu inspirado sermão que levou perto de três mil
pessoas ao batismo (At 2.14ss).

1.6 Referências ao Pentecostes no Novo Testamento

Após os relatos de Atos dois, somente vemos referência ao


Pentecostes em 1 Coríntios 16.8 e Atos 20.16, sempre aludindo ao dia
da festa dos judeus.

Atividades – Memorização do Conteúdo.

Faça uma pesquisa na Internet e nos livros teológicos sobre as


seguintes palavras; E comente sobre cada termo.

a). A festa de Pentecostes no AT.

b). O Batismo no Espírito.

c). A festa de Pentecostes em Atos dos Apóstolos.

d). A cidade de Jerusalém nos dias dos discípulos.

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Dicas de Leitura:

FONTE: Disponível em. http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-625899949-teologia-


sistematica-stanley-horton-capa-dura-_JM#redirectedFromParent. Acesso em: 02/02/15.

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática – uma perspectiva


pentecostal. 5ª.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

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UNIDADE III

Capitulo II

I. AVIVAMENTO NAS ESCRITURAS

Antes de estudar a Teologia Pentecostal em si, achamos


interessante destacar que, desde o princípio, Deus sempre usou
pessoas e meios para reavivar Seu povo quando este se tornava
displicente no relacionamento com Ele e na obediência à Sua Palavra.
Em muitas ocasiões nota-se um agir especial do Espírito Santo
promovendo renovação e retorno do povo a Deus.

1.1 Definições

Acerca do sentido bíblico de “avivamento”, transcrevemos a


seguir, as definições dadas pelo Rev. Josivaldo de França Pereira no
artigo “O padrão bíblico do avivamento” (in: www.monergismo.com):

a) No Antigo Testamento: O verbo hebraico hyh (avivar) tem o


significado primário de "preservar" ou "manter vivo". Porém,
"avivar" não significa somente preservar ou manter vivo, mas
também purificar, corrigir e livrar do mal. Esta é uma
consequência natural em toda vez que Deus aviva. Na história de
cada avivamento, dentro ou fora da Bíblia, lemos que Deus
purifica, livra do mal e do pecado, tira a escória e as coisas que
estavam impedindo o progresso da causa.
O verbo "avivar", em suas várias formas, é usado mais de 250
vezes no Antigo Testamento, das quais 55 vezes estão num grau
chamado piel. Um verbo nas formas do piel, expressa uma ação
ativa intensiva no hebraico. Neste sentido, o avivamento é sempre
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indicado como uma obra ativa e intensiva de Deus. Alguns
exemplos de sua ocorrência são as clássicas orações de Davi,
como esta: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em
ti se regozije o teu povo?”, Sl 85.6, e da clássica oração do
profeta Habacuque: “Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas
declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no
decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na
tua ira, lembra-te da misericórdia”, Hc 3.2.
b) No Novo Testamento: Encontramos no Novo Testamento grego
um conjunto de palavras que expressam o conceito básico de
avivamento. São elas: egeíro, anastáso, anázoe e anakaínoo.
Outras palavras gregas comparam o avivamento ao reacender de
uma chama que se apaga aos poucos (cf. anazopyréo, “reavivar”,
em 2 Tm 1.6) ou uma planta que lança novos brotos e “floresce
novamente” (cf. anaphállo, “renovar”, em Fp 4.10).
No Novo Testamento grego as palavras supracitadas aparecem,
no contexto de avivamento, apenas sete vezes, embora a ideia
básica de avivamento seja sugerida com mais frequência. Uma
possível explicação para o uso escasso dos termos, em
comparação ao Antigo Testamento, é que o Novo cobre apenas
uma geração, durante a qual a Igreja Cristã desfrutou, na maior
parte do tempo, um grau incomum de vida espiritual.

O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro Avivamento


Urgente, apresenta sete considerações acerca daquilo que não é
avivamento:

a) Um programa agendado pela igreja;


b) Mudança doutrinária;
c) Mudança litúrgica;
d) Ênfase carismática unilateral;
e) Modismo;
f) Campanha de evangelização;
g) Visão dicotomizada da vida.

Como disse Billy Graham, “avivamento não é descer a rua com


um grande tambor; é subir o Calvário em grande choro”.

Para o Rev. Josivaldo (internet), avivamento é:

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a) No sentido estrito, algo que acontece unicamente no meio do povo
de Deus, quando o Espírito Santo opera para revitalizar a igreja
sonolenta. Como disse Jesus, “O Espírito da verdade, que o mundo
não pode receber, porque não no vê, nem o conhece”, Jo 14.17;

b) No sentido amplo, algo que produz impacto na comunidade,


promovendo a conversão de multidões que até o momento estiveram
fora da igreja de Cristo, vivendo na indiferença e no pecado.

Concluindo, avivamento é o retorno ao temor e obediência à


Palavra de Deus, única regra de fé e prática do povo do Senhor. Ele
acontece a partir do indivíduo, num ato de rendição à vontade de
Deus. Esse indivíduo, cheio do Espírito Santo, transbordante de amor
a Deus, passa a interceder e a influenciar outros, que são também
incendiados pela chama do Espírito. Assim foi com os aviamentos
produzidos pelo Espírito de Deus nos relatos do Velho e do Novo
Testamentos.

1.2 Velho Testamento

Após a queda dos primeiros pais, COLEMAN (1996, pág.18)


chama de “o grande despertamento geral” ocorrido após a morte de
Abel, o fato de, nos dias de Sete e Enos, eles terem começado a
invocar o nome do Senhor (Gn 4.26). Após eles destaca-se Enoque, o
qual passou a andar com Deus e tornou-se profeta e escritor (Gn
5.22; Jd 1.14). Ele experimentou o arrebatamento ao céu num tempo
em que o homem estava se degradando moral e espiritualmente (Gn
5.24). Depois Deus usou os patriarcas, que se levantavam para injetar
ânimo e vigor quando desvanecia a vitalidade espiritual do povo. Um
exemplo: Gênesis 35.1-15. Até então o avivamento era uma
experiência pessoal e familiar.
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Nos tempos de Moisés grandes avivamentos foram
experimentados, especialmente nos acontecimentos ligados à
primeira páscoa (Êx 12.21-28), por ocasião da outorga da lei no Monte
Sinai (Êx 19.1-25; 24.1-8; 32.1-35) e quando a serpente de bronze foi
levantada no monte Hor, trazendo cura e vida (Nm 21.4-9). Com a
teocracia, nos tempos de Moisés até os Juízes, o avivamento era uma
experiência nacional, já que Israel passara a ser uma nação
constituída, povo exclusivo de Deus, com leis e rituais próprios.

A inconstância do povo durante a travessia pelo deserto


provocou juízos divinos e promoveu despertamentos para o
arrependimento, confissão de pecados e retorno à obediência, o que
lhes trazia vitórias em suas peregrinações. Assim foi também nos
tempos de Josué e de Juízes.

Segundo a Bíblia Shedd (pág. 387), no fim do tempo dos Juízes


Deus levantou Samuel para realizar os Seus propósitos no tocante a
Israel. Além de restabelecer o culto ao Senhor, reorganizar o sistema
de ofertas e holocaustos, Samuel dedicou-se também a guiar Israel
durante a maior crise da sua história. Estabeleceu uma instituição
para o treinamento de jovens para a chamada profética. Serviu de
instrumento do Senhor para a transição da teocracia para a
monarquia.

No tempo do reino unido, onde altos e baixos são registrados no


tocante à espiritualidade, a Bíblia relata a ocorrência de avivamentos
promovidos por reis, que trouxeram o povo de volta à adoração e ao
temor do Senhor:

- Davi – quando trouxe a arca de volta a Jerusalém, 2 Sm 6.12-19;


- Salomão – na consagração do tempo – 2 Cr 7.1-10;

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Após a divisão da monarquia, o Reino do Norte somente
conheceu um avivamento nos tempos de Acabe, quando o profeta
Elias, cheio do Espírito Santo fez grandes prodígios diante do povo,
no grande dia em que venceu os profetas de Baal no monte Carmelo,
levando todo o povo a confessar o Senhor como seu Deus, 1 Re
17.20-40.

Já o Reino do Sul experimentou quatro grandes avivamentos:


- Asa – 2 Cr 15.8-16;
- Josafá – 2 Cr 20.1-30;
- Ezequias – 2 Re 18-20; 2 Cr 29-31;
- Josias – 2 Re 23.4-20; 2 Cr 34-35.

Após o cativeiro, quando os sobreviventes retornam a


Jerusalém, é registrado um poderoso avivamento, por meio de
Zorobabel, Esdras, Neemias e os profetas Ageu e Zacarias. O
capítulo oito de Neemias relata o quebrantamento que ocorreu no
meio do povo quando Esdras leu e explicou as Escrituras para o povo.

1.3 Igreja Primitiva

Antes do nascimento oficial da Igreja, João Batista apontou


Jesus como o cordeiro de Deus e revelou que Ele batizaria os que
cressem com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11). Em seu ministério
terreno Jesus ensinou com o exemplo pessoal os discípulos que
escolhera para formar o Seu colegiado. Fez milagres e prodígios
perante eles. Desenvolveu uma vida devocional intensa à vista deles.
Andou com eles, resgatou o poder da Palavra, ensinou sobre a nova
aliança e os comissionou para a continuidade da Sua obra.

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Em seus últimos discursos, o Senhor Jesus consolou o coração
dos discípulos com a promessa do Espírito Santo, destacando alguns
tópicos:

a) O Pai enviaria o Consolador, para dar prosseguimento ao que


Cristo fez quando na terra. O Espírito Santo também viria para ficar ao
lado dos discípulos, capacitando-os, ajudando-os, provendo a direção
certa para suas vidas, intercedendo por eles e permanecendo com
eles para sempre (Jo 14.16-17);
b) O Espírito Santo viria para ensinar todas as coisas e fazê-los
lembrar das palavras de Jesus (Jo 14.26);
c) O Espírito Santo testificaria de Jesus (Jo 15.26);
d) O Consolador seria o agente que convenceria o mundo do pecado,
da justiça e do juízo (Jo 16.8) e que os guiaria em toda a verdade
(v.13).
e) O Espírito Santo concederia poder para o testemunho cristão
acerca da obra salvífica de Cristo (Lc 24.49; At 1.5,8);
f) Em Marcos 16.17, junto com a comissão de pregar o evangelho a
toda criatura, veio também a promessa de revestimento de poder,
com sinais que seguiriam os que cressem: realizar curas divinas,
expulsar demônios, pegar em serpentes, ser livrados do mal e falar
novas línguas.

Obedientes, os discípulos permaneceram em Jerusalém, orando


e buscando a bênção do Espírito Santo. No dia do Pentecostes
receberam o poder de Deus e foram batizados e cheios do Espírito
Santo (At 2). Tomados pela força e poder do Espírito Santo,
entregaram-se totalmente nas mãos de Deus para anunciar o
evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, começando por Jerusalém.

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O livro de Atos relata o quanto o poder do Espírito Santo foi
decisivo e atuante na vida e ministério dos discípulos. Eles falavam
línguas espirituais, profetizavam, manifestavam cânticos espirituais,
tinham revelações e suas reuniões eram marcadas pela presença de
Deus. Por onde eles passavam, havia arrependimento, conversões,
curas, ressurreição de mortos, expulsão de demônios, libertação dos
oprimidos, ajuda mútua e alegria espiritual. O evangelho de Cristo era
pregado com autoridade, ciência e compromisso, sendo seguido por
sinais e prodígios operados pelo Espírito Santo. Houve grande
expansão do evangelho por todas as partes do mundo conhecido.

A Bíblia Pentecostal defende que “o derramamento do Espírito


Santo no dia de Pentecoste foi um padrão para o recebimento do
Espírito, a partir de então”. Fenômeno idêntico ao ocorrido em Atos
dois, quando o Senhor capacitou a igreja nascente com o poder do
Espírito Santo, foi o registrado na casa de Cornélio, quando o Senhor
derramou o Espírito sobre os gentios (At 10.44-46).

1.4 Provas do genuíno batismo no Espírito Santo

Segundo as Escrituras, o crente deve examinar e provar tudo o


que se apresenta sendo da parte de Deus (At 17.11; 1 Ts 5.21; 1 Co
14.29,32,40). Devemos “provar os espíritos”, para saber se eles são
de Deus (Js 5.13,14; 1 Jo 4.1). O verdadeiro batismo no Espírito
Santo deve ser precedido pelo arrependimento e decisão pelo batismo
nas águas, que é a decisão de confessar, em público, a nova vida
alcançada em Cristo (At 2.38).Todavia o batismo com o Espírito Santo
pode ocorrer antes de a pessoa descer às águas (Paulo, em At 9.17 e
a família gentia de Cornélio, em At 10.44-47).

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A Bíblia de Estudo Pentecostal (pág. 1653-1654) apresenta
alguns “princípios bíblicos para provar ou testar se é de Deus um caso
declarado de batismo no Espírito Santo”. Os autores entendem que,
além da consciência da presença, poder e direção do Espírito Santo na
vida do crente, a real experiência conduz ao despertamento e aumento
de:

- amor, exaltação e glorificação ao Deus Pai e Deus Filho (Jo 16.13,14;


At 2.11,36; 10.44-46);
- convicção de filiação com o Pai e do clamor por Sua presença, bem
como a maior percepção da presença de Cristo na vida diária (At 1.4,5;
Rm 8.15,16; Jo 14.16,23; 15.26);
- amor à Palavra e à verdade nela contida (Jo 16.13; At 2.42; 1 Jo 4.6);
- amor e comunhão com os salvos (At 2.44-46; 4.32-35);
- repúdio aos prazeres carnais (Rm 8.6-9; Gl 5.16-18);
- desejo de testemunhar da obra redentora de Cristo (Lc 4.18-19; At
1.8; 2.41; 4.28-31);
- busca dos dons espirituais, visando a edificação pessoal e do corpo
de Cristo (1 Co 12.1-12, 31; 14.1-3).

1.5 Avivamento ao longo dos tempos

Os grandes avivalistas da história tinham algumas características


em comum: eram pessoas que procuravam manter profunda
comunhão com Deus, amantes das Escrituras, guerreiros de oração e
jejum, buscavam a santificação e tinham profundo amor pelas almas.
Suas mensagens eram cheias de paixão, movidas pelos corações
desejosos de ver as almas se rendendo ao Senhor. Seu compromisso
era com Deus e sua Palavra. Mais importante do que suas próprias
vidas era realizar a vontade do Senhor. O amor, a dedicação e o

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caráter desses homens de Deus serviam de referência para que muitos
se rendessem para fazer a obra de Deus com o mesmo carisma.

Devemos ressaltar, porém, que o padrão bíblico para o


avivamento é o arrependimento, a busca do perdão divino e o retorno
à obediência da Palavra, principalmente no que se refere à adoração
e serviço cristão. O avivamento leva a atitudes de mudança em todas
as áreas da vida, bem como a buscar os recursos do Espírito Santo
para desenvolver a obra de Deus com mais dinamismo, visando
melhores resultados, tanto para a salvação de almas, como para o
aperfeiçoamento dos salvos.

O Pr. Antonio Gilberto, consultor doutrinário da CPAD, elaborou


um artigo acerca do avivamento na história da Igreja e destacou que os
principais avivalistas da história da Igreja Cristã eram pessoas que
falavam línguas estranhas pelo Espírito e usadas em dons espirituais,
inclusive da profecia (in: pentecostalismo.wordpress.com).

A Wikipédia (internet), em seu artigo Pentecostalismo, apresenta


exemplos de importantes vultos da Patrística que defendiam,
ensinavam e buscavam o batismo com o Espírito Santo, os dons
espirituais, o falar em novas línguas e a operação de sinais pela
imposição das mãos, destacando: Inácio de Antioquia, Policarpo de
Esmirna, Justino Mártir, Irineu de Lião, Tertuliano e Agostinho de
Hipona.

Na Idade Média, entre os séc. V e XV, não se tem notícias de


grandes avivamentos. Porém surgiram grupos, como os valdenses,
albigenses e os frades mendicantes, na Europa Meridional, que se
preocuparam com a mensagem e a obra da salvação. Eles buscavam
uma vida espiritual mais intensa e incentivavam a obediência à
Palavra de Deus, em contradição aos dogmas e imposições da igreja

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romana. A história registra que eles falavam em línguas estranhas e
eram usados em dons espirituais. Por sua fé, milhares deles foram
dizimados pela inquisição romana.

Por volta do ano 1000 d.C. surgiu Simão, o Novo Teólogo,


famoso cristão carismático da Igreja Ortodoxa. Seus relatos, segundo
a Wikipédia, “declaram muitas experiências espirituais, isto inclui o
batismo no Espírito Santo, acompanhado por dons de copiosos
prantos, compunção, e visões de Deus”.

No século XVI, Deus levantou Martinho Lutero, que operou uma


grande reforma na igreja de Cristo, principalmente no tocante à
doutrina da salvação. Lutero, o fundador do Luteranismo, trouxe de
volta a essência da vida cristã, totalmente voltada para Deus: Sola
Scriptura, Solus Christus, Sola Gratie, Sola Fide e Soli Deo Gloria. O
Pr. Antonio Gilberto afirma, baseado em outros autores, que Lutero
falava em línguas e profetizava. A Reforma Protestante gerou em seu
seio líderes e movimentos de entusiastas que enfatizavam a presença
do Espírito nos indivíduos.

1.4.1 O PIETISMO E SUA REPERCUSSÃO

Tendo seu marco na Reforma, crê-se que o Pentecostalismo


teve sua maior influência através do movimento Pietista, que ocorreu
a partir do séc. XVII:

a) Irmãos Morávios - dissidentes do luteranismo, se estabeleceram


na comunidade de Herrnhut, a convite do conde Von Zinzendorf, que
mais tarde tornou-se líder e teólogo do movimento. Eles se dedicaram
à oração incessante e experimentaram um acentuado derramar do
Espírito sobre a igreja. Suas reuniões eram marcadas por choro,

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quebrantamento e manifestações espirituais, desde a criança até o
ancião.

Os morávios iniciaram um trabalho de oração contínua nas 24


horas do dia, o qual durou mais de 100 anos. Eles enviaram centenas
de missionários por diversas regiões da terra, que pregavam a
conversão, o quebrantamento, a busca do Espírito Santo, a vida
piedosa com ênfase nas Escrituras e o compromisso com a
evangelização dos povos.

b) Alemanha e Inglaterra - Pela influência dos Morávios, um


poderoso avivamento começou em 1739, com Philip Jacob Spener, na
Alemanha, e João Wesley, na Inglaterra, como principais personagens
do pietismo. Embora Deus também usasse, na Inglaterra, Charles
Wesley e George Whitefield em obras de avivamento, John Wesley foi
o que mais se destacou, pelos resultados do seu trabalho de ensino e
pregação.

Reagindo contra a rotina das formas institucionais, os pietistas


enfatizavam o retorno à vida no Espírito e a difusão de uma nova
ação evangelizadora. Passaram a recusar uma teologia abstrata, a
reivindicar a liberdade de seguir as inspirações do Espírito Santo e a
enfatizar os fenômenos sobrenaturais pela ação direta do Espírito na
vida dos seguidores de Cristo.

Se a Reforma colocou a Bíblia em circulação, o pietismo


introduziu no protestantismo o apego individual às Escrituras como
fonte de devoção. Na Europa, Spener organizava reuniões para
estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo
vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Muitos campos
missionários foram fundados, promovendo expansão do evangelho e
crescimento da igreja.

23
Na Inglaterra, John Wesley, fundador do Metodismo, foi o
instrumento de Deus para mudar a história da Igreja. Homem de
oração e busca do poder divino, ele deu ênfase ao estudo bíblico e
opôs-se fortemente aos vícios, à guerra e à escravidão. Mediante
suas pregações cheias de poder, muitas conversões aconteceram e
inúmeros cristãos sentiram-se inspirados e vocacionados para a vida
piedosa e a pregação do evangelho.

Após Wesley destacou-se na Inglaterra Charles H. Spurgeon, um


batista reformado defensor do puritanismo, que era poderoso na
pregação, no ensino bíblico e no testemunho. Sinais e prodígios eram
comuns em suas reuniões, os quais despertaram muitos cristãos a
levarem o avivamento para outros lugares e países, principalmente os
Estados Unidos.

c) Estados Unidos – O pentecostalismo americano surgiu do


aprofundamento da vida espiritual associado a John Wesley. A Igreja
Metodista, que se tornara muito bem sucedida na América do Norte,
começou a perder muito do fervor espiritual presente no início do
movimento. Dentro do metodismo, em reação ao declínio, surgiram
vários grupos cristãos de orientação wesleyana, que buscavam a
experiência de santificação vivida pelos primeiros metodistas. Esse se
tornou o elemento vital no preparo do terreno para o movimento
pentecostal moderno.

Em meados do séc. XVIII os Estados Unidos foram


conscientizados da necessidade de alcançar os não crentes e
fortalecer os já convertidos. Grandes avivalistas foram levantados por
Deus a partir de 1734, sendo Jonathan Edwards o principal. O
trabalho simples e dedicado desses homens resultou em milhares de
conversões e o nascimento de muitas igrejas.

24
No séc. XIX foram usados, entre outros, principalmente Charles
G. Finney e Dwight L. Moody, os quais se tornaram instrumentos
poderosos da parte de Deus para liderar expressivos avivamentos.
Para alguns autores de assuntos teológicos, esse foi o “século pré-
pentecostal”, quando se notou o grande mover do Espírito que se
expandiu por várias regiões da terra.

Pela influência de suas pregações, igrejas foram renovadas,


nasceram novas comunidades, pessoas foram libertas do vício e do
pecado, e multidões se converteram a Cristo. Moody, além da
pregação para multidões, dedicou-se com afinco à Escola Bíblica
Dominical, enfatizando o ensino infantil. A história relata que ele
começou um trabalho com doze crianças e, em poucos anos, esse
número chegou a doze mil. Além da EBD, ele dedicou-se ao ensino
teológico e preparo de novos obreiros, fundando um seminário com
ênfase pentecostal, para o qual acorreram obreiros de todas as partes
da terra, buscando experiências com Deus e preparo para um
ministério mais profícuo.

Os avivalistas procuraram refletir o mesmo tipo de poder


espiritual, estilo de adoração e ensinamentos que foram encontrados
na Igreja Primitiva, e sua influência atingiu o mundo moderno. A
ênfase na perfeição cristã e na inteira santificação, ensinada por
Wesley, mais tarde recebeu outros nomes: “segunda bênção” e
“revestimento de poder”, por exemplo. Posteriormente alguns grupos
começaram a usar o termo “batismo no Espírito Santo” como
identificação da vida plena no Espírito.

Vários autores entendem que as raízes históricas do


Pentecostalismo americano surgiram do aprofundamento da vida
espiritual associada a John Wesley, principalmente, e da influência

25
exercida pelo puritanismo de João Calvino, George Fox e os
Quackers, os irmãos Plymouth e William Booth, fundador do Exército
da Salvação. Dentre eles Calvino foi o mais destacado, levando a
Reforma para a França e a Suíça. Seus ensinamentos expandiram
para os Países Baixos, África do Sul, Inglaterra, Escócia e grande
repercussão nos Estados Unidos, por meio do presbiterianismo.

Atividades – Memorização do Conteúdo.

Faça uma pesquisa na Internet e nos livros teológicos sobre as


seguintes palavras; E comente sobre cada termo.

a). Avivamento.

b). Movimento de Pietismo.

c). Os morávios.

d). os Quackers.

26
Dicas de Leitura:

FONTE: Disponível em. http://www.livrariasfamiliacrista.com.br/livro-avivamento-


urgente.htmlAcesso em: 02/02/15.

LOPES, Hernandes Dias. Avivamento urgente. Belo Horizonte:


Betânia, 1994.

27
UNIDADE IV

Capitulo III

I. HISTÓRIA DO PENTECOSTALISMO

Segundo a Wikipédia (internet), o “Pentecostalismo é um


movimento de renovação de dentro do cristianismo, que coloca ênfase
especial em uma experiência direta e pessoal de Deus através
do Batismo no Espírito Santo”. Não existe nenhuma organização
central ou igreja que dirige o movimento pentecostal, embora muitas
igrejas pentecostais sejam afiliadas à Conferência Mundial
Pentecostal. Ele irradiou-se por todos os cantos da terra, inserido em
mais de um grupo cristão com diferentes perspectivas teológicas e
organizacionais.

1.1 A origem do pentecostalismo atual

O movimento pentecostal como é conhecido hoje, surgiu em


Topeka, capital do Kansas, EUA, com o pregador Charles Parham, no
final do séc. XIX e início do séc. XX. Ele fundou a Colégio Bíblico
Betel, onde reuniu com alguns alunos para juntos estudarem a Bíblia
sem o auxílio de nenhum outro livro. Influenciados pelo movimento da
santidade ensinado por John Wesley, o foco dos estudos era buscar
evidências ou prova bíblica para o batismo com o Espírito Santo. A

28
conclusão que chegaram foi de que o batismo com o Espírito Santo
traria como sinal o falar em línguas estranhas.

ROMERO (2005, pág. 32) conta que em janeiro de 1901, um


desses moços estava em oração, quando experimentou abundante
paz e alegria em Cristo, louvando a Deus em línguas. Logo toda a
comunidade foi batizada com o Espírito Santo, surgindo dali o
moderno movimento pentecostal. A experiência foi acompanhada por
“poderosos ministérios de conversões, curas, profecias etc.”,
espalhando-se pelo Texas e alcançando Los Angeles, onde teve
substancial crescimento, irradiando para Chicago, Nova York, Londres
e Escandinávia nos próximos quinze anos.

1.1.1 O AVIVAMENTO DA RUA AZUSA

Segundo o professor Henrique Araujo (internet), o pregador


negro William Joseph Seymour, carente de formação teológica, foi
frequentar a escola de Parham. Convencido acerca dos ensinamentos
sobre o Espírito Santo seguiu para Los Angeles, onde assumiu o
pastorado de uma Igreja Holiness, que acabou fechando. Continuou
as reuniões na casa de irmãos, onde suas reuniões acaloradas e
barulhentas atraiam multidões, que chegavam e eram impactadas
pela presença de Deus.

Foi então que se instalaram em um edifício antigo da Rua


Azusa, antiga sede da Igreja Metodista Episcopal Africana. Os cultos
avivados começaram a atrair muita gente, onde brancos e negros,
ricos e pobres, cultos e indoutos, homens e mulheres, velhos e
crianças, se arrependiam, confessavam os pecados chorando,
louvavam em altas vozes e buscavam o poder de Deus. Muitos eram
batizados no Espírito Santo, falavam novas línguas e eram usados em
29
dons espirituais. O movimento pentecostal foi importante na luta
contra o racismo e a favor do desempenho da mulher na obra
religiosa.

A maioria dos historiadores pentecostais afirma ter sido esse


avivamento o berço do pentecostalismo. Tendo enfrentado as
contradições e desprezo de muitos perseguidores religiosos,
Seymour, todavia, ensinava que o Pentecostes significava mais do
que falar em línguas. Pregava o amor, o perdão, a igualdade de raças
e a humildade. Era acompanhado e ridicularizado pela imprensa
religiosa e secular, bem como por organizações religiosas, mas isso
só fazia aumentar o crescimento do pentecostalismo, que se espalhou
por todos os Estados Unidos e, posteriormente, para o mundo todo.

1.1.2 EXPANSÃO

A partir da Rua Azusa o avivamento foi se espalhando por toda


América do Norte. A cidade de Chicago desempenhou um papel
importante na disseminação do fenômeno pentecostal para o Brasil,
tornando-se uma rota missionária para os pregadores que lançaram
as suas bases em nosso País. Mais tarde, o pentecostalismo teve
importante influência para a formação de outro grupo na América do
Norte, conhecido como “movimento carismático”, presente em quase
todas as denominações evangélicas tradicionais, que alcançou
também proporções mundiais.

O Pr. Gilberto Stefano, no artigo “As Belezas de Cristo”


(internet), destaca que em 1907, um pastor chamado William H.
Durhan recebeu os dons na igreja de Seymour. Daí ele abriu sua
própria missão em Los Angeles. Foi nessa missão que Francescon,
futuro fundador da ICB recebeu os seus dons. Ele consta ainda que a
30
missão de Seymour, de nome inicial “Missão Apostólica da Fé”,
passou, em 1914, a chamar-se “Assembleia de Deus”. Diz ainda que
muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com
Seymour para receber os dons espirituais, dentre eles Gunnar Vingren
e Daniel Berg, que se tornaram pentecostais em 1908.

A Wikipédia aponta que atualmente deve haver em torno de 600


milhões de protestantes pentecostais em todo o mundo
(www.wikipedia.com.Pentecostalismo).

1.2 O Pentecostalismo no Brasil

O Pentecostalismo representa hoje o maior segmento


evangélico no Brasil. Pesquisas apontam que o Brasil é, também, o
maior país pentecostal do mundo. É o movimento que mais cresce e
que mais contribui para o envio de missionários e abertura de igrejas
em várias partes do mundo.

1.2.1 PRIMEIRA GERAÇÃO

O Pentecostalismo no Brasil teve início em 1910, com a vinda de


Louis Francescon, proveniente da igreja presbiteriana dos EUA, o qual
abraçou depois a doutrina pentecostal. Diz ter vindo ao Brasil por
divina revelação e fundou a Igreja Cristã no Brasil, a segunda maior
igreja do País. Suas doutrinas permanecem até hoje, sendo contrários
ao clero assalariado e à publicação e leitura de livros teológicos, entre
outros costumes antagônicos à maioria das confissões pentecostais.
Admitem o rebatismo e são essencialmente separatistas.

Em 1911 os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren


vieram dos Estados Unidos por orientação do Espírito Santo e

31
fundaram, no Pará, a Igreja Assembleia de Deus, sob o nome inicial
de Missão da Fé Apostólica. A princípio foram aceitos numa igreja
batista tradicional, onde aprenderam a língua portuguesa. Logo
começaram a pregar e disseminar a doutrina pentecostal, destacando
o batismo com o Espírito Santo e o falar novas línguas. Dezenove
irmãos aceitaram a obra pentecostal, sendo que Celina Albuquerque
foi a primeira pessoa em solo brasileiro, de que se tem notícia, a
experimentar o batismo com o Espírito Santo.

ROMERO (2005, pág. 38-39) divide a história da Assembleia de


Deus em quatro períodos: 1º.) quando adquirem o primeiro templo e
publicam o primeiro periódico pentecostal e o início do trabalho
missionário, quando enviam seu primeiro representante a Portugal;
2º.) destaca o crescimento da obra no Pará e o estabelecimento de
presbíteros e diáconos na denominação; 3º.) a igreja do Pará colabora
com a construção dos templos da igreja em São Luís, Manaus,
Teresina e Porto Velho; 4º.) de 1950 até os dias atuais, com grande
expansão da obra em todo o País e fora dele.

Até 1950 as duas igrejas predominantes (Cristã do Brasil e


Assembleia de Deus) apenas enfatizavam a oração em línguas e a
vida em santidade. Depois disso surgiu a Igreja do Evangelho
Quadrangular, terceira maior denominação, a qual foi trazida dos
Estados Unidos por Aimee Semple McPherson, que se instalou em
São Paulo. Essa igreja cresceu muito dando ênfase à salvação, cura
divina, batismo com o Espírito Santo e iminente volta de Jesus. A
pregação da cura divina foi a principal causa da expansão da Igreja
por todo o Brasil.

32
Em seguida veio a Igreja O Brasil para Cristo, a primeira
denominação pentecostal genuinamente brasileira, fundada em São
Paulo em 1955, pelo Pr. Manoel de Melo.

Embora formada depois, em 1962, a Igreja Deus é Amor,


fundada pelo Pr. Davi Miranda, alcançou maior repercussão,
estendendo-se para muitos países. Apesar de ser alvo de muitas
críticas devido ao radicalismo e passar por muitos processos e
acusações, essa igreja permaneceu como uma das maiores no
segundo estágio do pentecostalismo no Brasil. Sua ênfase, além das
manifestações do Espírito Santo, firmou-se na cura, expulsão de
demônios e radical separação dos demais grupos religiosos.

Em 1964 foi fundada a Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus,


mais conhecida como Catedral da Bênção, que alcançou regular
reconhecimento no cenário pentecostal brasileiro, principalmente nos
grandes centros.

1.2.2 SEGUNDA GERAÇÃO

A história pentecostal no Brasil conheceu um segundo estágio, a


partir da década de 1970, quando várias igrejas tradicionais se
renovaram, buscando o avivamento espiritual. Houve um grande
mover do Espírito, de onde surgiram as Igrejas Batista Nacional,
Presbiteriana Renovada, Metodista Wesleyana, Batista Renovada
e várias comunidades evangélicas com os mais diversos nomes,
espalhadas por todo o Brasil, com expansão para o Exterior.

1.3 Neopentecostalismo

33
Conhecidas como a terceira geração do movimento pentecostal
no Brasil, surgiram, nas últimas décadas, as igrejas neopentecostais,
das quais a Igreja Universal do Reino de Deus, formada em 1970
pelo Bispo Edir Macedo, é a que mais cresce, estando em terceiro
lugar atualmente no ranking nacional. Além da IURD alcançaram
destaque a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Internacional da
Graça de Deus e, mais recentemente, a Igreja Mundial do Poder de
Deus.

Essas igrejas atraem multidões em seus vários cultos diários e


se expandem pelo Brasil e no Exterior. É até difícil avaliar o número
de membros dessas igrejas, uma vez que elas geralmente não
possuem rol, são frequentadas por pessoas de todas as religiões, com
uma população flutuante, e seu trabalho é realizado, na maior parte,
em cultos e campanhas públicas de evangelização, onde o contato
individual reduz-se aos testemunhos. As pessoas são batizadas e
rebatizadas sem receberem o devido discipulado bíblico na maioria
delas.

O movimento neopentecostal exerce um poder de mobilizar


multidões, devido à sua presença maciça na mídia e a pregação que
agrada o ser humano em suas necessidades primárias, de cura e
desejo natural de prosperidade.

1.3.1 CONFRONTO COM O PENTECOSTALISMO CLÁSSICO

O texto a seguir foi extraído de um artigo publicado pela


Wikipédia (internet), sob o título Neopentecostalismo, ítem
“Pentecostais vs. Neopentecostais”:

Os neopentecostais formaram um grupo coexistente com os


pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma
muito sobrenaturalista de encarar sua vida religiosa, com ênfase na
34
busca de revelações diretas da parte de Deus, de curas milagrosas
para doenças e uma intensa batalha espiritual entre forças
espirituais do bem e do mal, que afirmam ter consequências diretas
em sua vida cotidiana. São, em geral, mais flexíveis e modernas em
questões de costumes em relação aos Pentecostais tradicionais.
São taxadas de liberais pelas igrejas históricas. Algumas são um
misto de igrejas progressistas, mas com elementos de doutrinas e
liturgias tradicionais, como as igrejas da Graça, a Universal e a
Mundial. Já ministérios como o MIR (Ministério Internacional da
Restauração) se aproxima das igrejas restauracionistas pelo seu
modo de doutrinamento e literaturas próprias, evangelismo e
discipulado peculiares e visão de profetismo, apesar de não se
autodenominar única igreja verdadeira, pelo contrário ela aglutina
diversas denominações debaixo de sua cobertura espiritual,
princípios doutrinários e modelo celular de evangelismo.
Segundo Alan B. Pieratt, "Os ensinos da prosperidade não tiveram
origem no pentecostalismo. Todavia, a tendência das denominações
pentecostais de aceitarem as afirmações de autoridades proféticas
criou um espaço teológico onde a doutrina da prosperidade pode
afirmar-se e crescer... Nossa primeira conclusão histórica, é que o
pentecostalismo foi o portador desta doutrina, mas ela
necessariamente não faz parte das crenças pentecostais".

1.4 Grupos Independentes

Com o Pentecostalismo, a difusão da literatura e o acesso


facilitado pela mídia, muitos pequenos grupos independentes
desconectados das igrejas pentecostais se desenvolveram.
Considerados como “carismáticos” ou “avivados”, geralmente esses
grupos saem das igrejas clássicas e formam suas próprias igrejas,
com diferentes denominações. Baseiam suas doutrinas em ícones
que trazem novas “revelações”, com movimentos os mais diversos e
controversos.

Alguns desses grupos alcançam alguma projeção local, os quais


utilizam a mídia de massa, especialmente televisão e rádio, para
difundir a sua mensagem. É grande o número de ministérios que
começam e logo acabam e de outros que começam e continuam sem
muita repercussão. É comum, nesses grupos, encontrar as mais

35
diferentes orientações doutrinárias, algumas extremamente
extravagantes, que causam muita confusão e descrédito no meio da
comunidade evangélica e secular.

O grande problema dos grupos independentes é o de não


possuir uma hierarquia com distribuição dos poderes com
subordinação sucessiva, sem a devida ordenação de autoridade que
estabeleça os níveis de poder e importância, bem como com ação
disciplinadora quando surgem erros e problemas de liderança. Com
poder individualizado, acabam sobrevivendo à custa do proselitismo,
das ameaças e dos escândalos que certas situações vão causando na
comunidade.

Atividades – Memorização do Conteúdo.

Faça uma pesquisa na Internet e nos livros teológicos sobre as


seguintes palavras; E comente sobre cada termo.

a). Pentecostalismo.

b). Avivamento na rua asuza.

c). NeoPentecostalismo.

36
Dicas de Leitura:

FONTE: Disponível em. http://rj.bomnegocio.com/rio-de-janeiro-e-regiao/livros-e-revistas.


Acesso em: 02/02/15.

COLEMAN, R. A chegada do avivamento mundial. São Paulo: CPAD,


1996.

37
UNIDADE V

Capitulo IV

I. TEOLOGIA PENTECOSTAL E NEOPENTECOSTALISMO

Seymour e outros avivalistas da Missão de Fé Apostólica da Rua


Azusa sustentavam seis doutrinas básicas:

1. Salvação pela fé mediante a graça de Deus;


2. Santificação do crente;
3. Línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo;
4. Cura como parte da redenção;
5. A iminência da volta de Jesus;
6. A presença de Deus no crente produz amor, perdão, igualdade de
raças e humildade.

1.1 A identificação teológica do Pentecostalismo

O Pr. Elienai Cabral, articulista da CPAD, concedendo uma


entrevista constante na internet acerca da identificação teológica do
pentecostalismo, diz que a identidade pentecostal possui uma
confissão de fé declarada, sustentando uma doutrina tão importante
quanto as doutrinas clássicas do Cristianismo, como: pecado,
justificação pela fé, santificação, escatologia e outras mais.

38
Para CABRAL, a hermenêutica do pentecostalismo não é
exclusiva, já que obedece a todos os princípios da Bíblia Sagrada, a
única revelação divina. O pentecostal genuíno crê na revelação e na
inspiração plena das Escrituras cristãs, o que gera um corpo
doutrinário que se resume em: 1) a teologia social; 2) a espiritualidade
pentecostal; 3) a teologia pentecostal e 4) a relação entre a teologia,
doutrina e tradição.

A teologia pentecostal considera que a expressão produzida


pela operação do Espírito Santo acha-se abaixo da Bíblia no que
tange à autoridade. A experiência enfatiza e confirma as verdades da
Bíblia, e essa função do Espírito é importante e crucial.

CABRAL assim define o corpo doutrinário pentecostal:

1) Teologia Social – os pentecostais não discriminam a atividade


política, pois se consideram cidadãos com certas responsabilidades,
nem a acadêmica, uma vez que defendem a necessidade de
aperfeiçoamento no conhecimento teológico, “como instrumento de
apologia da fé, do pastorado e da evangelização”.

2) A espiritualidade pentecostal – a espiritualidade é inerente à fé, que


impulsiona, motiva e conduz à prática religiosa de uma pessoa que
deve ser cheia do Espírito Santo, “refletindo e personificando os
valores cristãos em seu modo de vida”. Teologia e espiritualidade são
inseparáveis e necessárias para combater o misticismo professado
em alguns ramos neopentecostais que confundem comportamentos
estranhos com manifestações do Espírito Santo.

3) A teologia pentecostal – tem eclesiologia ortodoxa, sendo a Bíblia


única regra de fé e prática; é inseparável de Cristo, mantendo o lema
da Reforma Protestante do século XVI, que declara a igreja

39
exclusivamente cristocêntrica; tem consciência local e espírito
missionário, o que a lança para além de sua localização geográfica.

4) A relação entre teologia, doutrina e tradição. Há uma relação vital


entre teologia, doutrina e tradição que faz parte da vida cristã: teologia
é o processo de exame e reflexão que conduz à construção de
doutrinas bíblicas. Por isso, teologia é o processo e não produto. A
doutrina é produto da teologia, sendo formada a partir de convicções
examinadas, ponderadas e afirmadas como verdadeiramente
aceitáveis na igreja de Cristo. A tradição é outro elemento importante
que fortalece a teologia e as doutrinas formuladas, o que deve levar a
um “reforço nos fundamentos estabelecidos e um uso especial da
Bíblia Sagrada para combater eventuais desvios”.

1.2 Resumo da Teologia Pentecostal

A teologia pentecostal é essencialmente trinitária, entendendo


que Deus é uma Unidade, uma essência divina, existindo em Três
Pessoas na Divindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. O
Pr. Paulo Roberto Freire da Costa (internet) aponta que fazem parte
da Teologia Pentecostal os seguintes pontos doutrinários:

1. Tricotomia (espírito, alma e corpo);


2. Dispensacionalismo (em vez de Teologia de Pactos);
3. Pré-milenismo;
4. Batismo no Espírito Santo como revestimento de poder e uma
segunda bênção distinta da Regeneração;
5. Contemporanismo e continuísmo dos dons espirituais;
6. Ênfase no dom de línguas e na busca dos dons espirituais;
7. Oração, com ênfase na crença de que Deus intervém;
8. Possessões demoníacas ainda ocorrem e Cristo liberta;
40
9. Batismo de adultos por imersão, os quais, arrependidos, fizeram
confissão de fé e são batizados como testemunho público de fé e não
como meio de graça;
10. Santa Ceia como Memorial, em vez de meio de graça.

1.3 A Teologia Neopentecostal

Devemos reconhecer que o Brasil é um país de visível influência


do espiritismo e outros cultos afros que incorporam espíritos. Isto gera
um grande número de pessoas opressas e possuídas por espíritos
malignos. A doutrina pentecostal acredita na libertação dos oprimidos
pelos demônios, fator de destaque nas épocas do avivamento, mas
acabou não colocando suas práticas principais nessa área.

Tais pessoas têm sido alcançadas pelo neopentecostalismo, que


vai de encontro àquelas que precisam de libertação. Apesar da ênfase
na exorcização de endemoninhados, David Allen Bledsoe, missionário
batista (internet) apresenta alguns pontos doutrinários do
neopentecostalismo que causam preocupação às mentes do
pentecostalismo clássico:

1. O ensino de que o estudo teológico é uma atividade fútil e


contraproducente aos esforços evangelísticos;
2. Ênfase exagerada na prosperidade, colocando a mensagem
evangélica da salvação em segundo plano;
3. A fé salvadora e libertadora das misérias e mazelas demoníacas
depende do sacrifício, que tem como carro-chefe os dízimos,
redízimos e ofertas;
4. A salvação é um estado precário, que deve ser mantido pelo
sacrifício pessoal com Deus até o último dia;

41
5. O novo nascimento exige que a pessoa aceite Jesus e passe pelas
águas do batismo (interpretação para “nascer da água e do Espírito”).

1.2.1 PONTOS DISCUTÍVEIS

Wemerson Marinho (internet) analisa alguns pontos discutíveis


da Eclesiologia e Teologia Neopentecostal, dos quais apresentamos
um resumo:

1. Cultos substituídos por campanhas ou shows de “cura”, “libertação”,


“prosperidade”, em dias específicos da semana;
2. Pregações repletas de confissões positivas, sendo tais afirmações
a regra de fé e prática, dando um valor representativo à Palavra de
Deus;
3. Uso de tempo exagerado para coletas de dízimos e ofertas;
4. Evangelização baseada no proselitismo;
5. Exagerada dependência da mídia, substituindo o “ide” pelo “vinde”,
onde a ênfase no privilégio das “promessas” rouba a responsabilidade
dos “deveres”;
6. O ofício ministerial desenvolvido por pessoas sem a devida
orientação teológica;
7. Teologicamente se baseiam em novas “visões”, “experiências
místicas” e “revelações”, bem como fazem doutrinas em cima de
textos fora dos seus contextos;
8. Embora acreditem na Trindade, colocam o Espírito Santo em
superioridade;
9. No tocante à vida espiritual, a ênfase na liturgia envolvente, curas e
exorcismos, conduzem à imaturidade e práticas tendenciosas;

42
10. A salvação é ensinada como produto da ação humana,
dependente da sua vontade e esforço, enfatizando o livre arbítrio
humano em contrariedade à soberania de Deus;
11. Pouca ênfase à santificação pessoal.

Atividades – Memorização do Conteúdo.

Faça uma pesquisa na Internet e nos livros teológicos sobre as


seguintes palavras; E comente sobre cada termo.

a). Tricotomia.

b). Dispensacionalismo.

c). Dom de Línguas.

d). Teologia Neopentecostal.

Dicas de Leitura:

FONTE: Disponível em. https://ebookestante.wordpress.com/2013/06/10/teologia-


sistematica-hermann-bavinck/. Acesso em: 02/02/15.

BAVINCK, Hermann. Teologia Sistemática. São Paulo: Socep, 2001

43
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Brasil. Ebook.

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www.teologiacontemporanea.com.br

BAVINCK, Hermann. Teologia Sistemática. São Paulo: Socep, 2001.

CABRAL, Elienai. Entrevista: A teologia pentecostal. Disponível em:


www.faifa.com.br.

COLEMAN, R. A chegada do avivamento mundial. São Paulo: CPAD,


1996.

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Pendão Real, 1997.

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DUBOIS, Jean-Jacques. Espírito Santo: batismo e plenitude. São


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HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática – uma perspectiva


pentecostal. 5ª.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

44
LOPES, Hernandes Dias. Avivamento urgente. Belo Horizonte:
Betânia, 1994.

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45

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