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Santo Agostinho agora associa a busca de Deus à felicidade. Procurar a É importante ressaltar que o período patrístico foi
Deus é conduzir sua vida interior à vivência dessa felicidade, algo que é um período de mudança e transição de pensamento. Ele situava-se,
desejado por todos sem exceção. A felicidade é conhecida de todos e isso cronologicamente, entre a Antiguidade e a Idade Média e,
não aconteceria se a memória não tivesse em si essa realidade, expressa filosoficamente, pode ter distintas classificações. Chaui classifica a
por essa palavra. A felicidade não é algo que possa ser experimentada Patrística como um período distinto da Filosofia, que não se encontra nem
pelos sentidos; ela precisa ser amada e desejada para que, quem procura, na Filosofia Antiga, como também não se encontra na Filosofia Medieval.
seja de fato feliz. A verdadeira felicidade só pode ser experimentada, no Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Porém, há um
entendimento de Agostinho, por alguém que serve a Deus por puro amor. consenso de classificar a Filosofia Patrística como parte da Filosofia
Medieval, junto à Filosofia Escolástica, pois os temas e o modo de operar
dos pensadores patrísticos aproximavam-se totalmente da teologia cristã e
Agostinho diz que nem todos desejam ser felizes, pois não buscam a do conhecimento religioso.
alegria que vem de Deus que é, portanto, a única felicidade. Aquele, A Patrística recebeu esse nome por abrigar os primeiros padres, "pais",
porém que busca a verdadeira alegria, busca viver na verdade, pois a da Igreja Católica e, em seu início, essa Filosofia serviu ao pensamento
felicidade provém da verdade. Encontrar a verdade é encontrar a Deus; cristão por meio das apologias do cristianismo, pois o pensamento
que é a própria verdade e quando se aprende a conhecê-la, nunca mais a cristão, ainda no século III d.C., não era bem difundido na Europa.
esquece. Porém, onde é a habitação de Deus? Agostinho não está somente Saiba mais: O que é Filosofia?
em busca de encontrar a Deus; quer agora saber onde ele habita, onde em Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
sua memória Deus criou um esconderijo, onde Deus edificou o seu Características e significado da Patrística
santuário, dando-lhe a honra de aí residir. Agostinho, no entanto, A Filosofia Patrística surgiu em uma época difícil para o cristianismo.
compreende que tal busca não é importante, porque sabe, que Deus habita Em virtude da promulgação do cristianismo como religião oficialmente
em sua consciência e que cada vez que pensar no Senhor se aproximará aceita pelo Império Romano, os cristãos ainda sofriam perseguições e
dele. O encontro com o Senhor possibilita Santo Agostinho a querer retaliações, além de não terem muitos adeptos em várias localidades
conhecê-lo, mas esse encontro foi iniciado pelo próprio Deus que levou europeias.
Agostinho a ir a sua procura. Toda a busca de Agostinho por Deus, foi O primeiro movimento da patrística era composto pelos primeiros
através da razão querendo encontrar respostas; não obstante, quando professadores da fé cristã e pelos padres apologistas, que tinham a
voltou sua atenção para o seu interior, sua surdez foi vencida, sua missão de fazer uma defesa do pensamento cristão. Entre os apologistas,
cegueira afugentada e respirou o perfume divino. Saboreou a presença de alguns escolheram o caminho de união da Filosofia grega pagã com o
Deus e agora o deseja ainda mais; sentiu o toque de Deus e o desejo de cristianismo, como Justino, e outros defenderam a total exclusão e
paz o inflamou. Diante de suas misérias e limitações experimenta a repressão da Filosofia pagã grega, como Tertuliano.
misericórdia divina e deposita toda a sua esperança naquele que é a fonte Durante muito tempo, a visão apologista defendida por Justino
de todos os dons. Agostinho vê surgir todas as suas paixões, os prazeres prevaleceu, inclusive no período filosófico posterior, a Escolástica. A
pelos sentidos, a curiosidade muitas vezes disfarçada com o nome de Filosofia serviu, nesse caso, de alicerce para a formulação de uma
conhecimento, o orgulho que denomina como miséria desprezível, e que teologia cristã. Porém, em outros momentos da Filosofia, o conflito entre
tantas vezes era acometido por tentações em tréguas. Os louvores dos razão e fé acirrou-se de maneira a gerar uma visão binária, em que
homens, eram para Agostinho, como uma fornalha onde todos os dias era somente era possível crer ou pensar racionalmente. Em outros períodos,
posto à prova. A vanglória era para ele uma tentação perigosa, filha do os domínios da fé e da razão foram drasticamente separados, sendo cada
amor aos louvores e do execesso de vaidade. Da mesma forma o amor- um cultivado por sua distinta importância.
próprio, que busca reconhecimento naquilo que não conquistou. O esforço Outra característica do período patrístico é
que Santo Agostinho empregou para esse encontro com Deus, a influência de Platão, pensador grego amplamente estudado, traduzido e
possibilitou-o a uma contemplação de sua vida e de todo o auxílio que de difundido entre aqueles que recorriam à Filosofia grega. O pensamento
Deus recebeu, mesmo reconhecendo suas fraquezas de pecador. Deus é a platônico difundido para os patrísticos adveio do chamado neoplatonismo,
luz de sua existência que conduziu a reconhecer as mentiras em que corrente filosófica que estudou, classificou e formulou teorias filosóficas
estava envolvido. Aqueles que buscavam o caminho para deus através da próprias a partir dos escritos deixados por Platão.
Os principais expoentes do neoplatonismo são Plotino (século
de ordem psicológica individuais,
III d.C.) e apresentando uma visão
Porfírio (discípulo de Plotino, que reformulou
cristã sustentada
partes dopela
pensamento
Filosofia Platônica.
neoplatonista e introduziu novas questões, como a questão dos universais,
o clássico de Porfírio retoma a Filosofia Grega de origem
baseadas na Filosofia aristotélica). O neoplatonismo
aristotélica para reintroduzir aspectos do método de procedência de
destaque em relação ao aristotelismo durante a Patrística,
Aristóteles, principalmente
formando comentários sobre a Filosofia Grega. O principal
por conta da maior proximidade das obraselemento
de Platãotrazido
com oporpensamento
Porfírio por meio de Isagoge é a chamada “questão
cristão. dos universais”.
Confissões: obra que mescla Literatura e elementos
Apesar dos esforços de Boécio pela tradução de Aristóteles não a partir do filosóficos, Confissões apresenta a biografia de Agostinho, contando seus
original em grego, mas a partir de traduções árabes, o aristotelismo momentos em que ele encontrava-se, como ele mesmo diz, "perdido",
somente ganhou força dentro da antes
Filosofia Medieval com início no pensamento de Tomás de Aquino, já da conversão, até os momentos que viveu, segundo ele mesmo, momentos
no período Escolástico. de glória, após a conversão ao cristianismo.
Posteriormente, passado o período das apologias, alguns nomes Cidade de Deus: obra que trata das heresias, do Reino de Deus e do
sobressaem-se, como Boécio (século V a VI d.C.), reconhecido tradutor e comportamento esperado de um cristão para chegar à plenitude da vida,
comentador de Aristóteles e da obra Isagoge, de Porfírio e Agostinho de no sentido cristão.
Hipona (século IV a V d.C.), um pagão convertido aos 32 anos de idade,
que despontou-se como o principal teólogo patrístico, sendo Filosofia de ensino
posteriormente canonizado pela Igreja Católica, tornando-se o Santo
Agostinho. Agostinho é considerado uma figura muito influente na história
Leia também: Valores morais e sua importância para a sociedade da educação e uma de suas primeiras obras, De Magistro ("Do
Importância da Patrística Professor"), contém muitos de seus pensamentos sobre o tema. Durante
A importância do período patrístico da Filosofia reside, principalmente, sua vida, suas ideias foram mudando conforme foi encontrando novas
no fato de que ela produziu grande parte do pensamento que daria origem direções ou formas melhores de expressa-las. Finalmente, já nos seus
a todo um sistema teológico cristão. Ao tecer uma análise criteriosa das anos finais, escreveu as "Retratações" (ou "Reconsiderações"), revisitando
bases do pensamento cristão, dos dogmas cristãos e de uma certa suas obras mais antigas e melhorando alguns textos. A partir dela, fica
concepção teológica, podemos encontrar traços platônicos e elementos da claro que Agostinho acreditava que a educação era uma busca incansável
Filosofia Grega. por compreensão, significado e verdade que sempre deixa aberto o espaço
Foi no período patrístico que surgiu a maior parte doutrinária do para a dúvida, o desenvolvimento e a mudança.[127] Gary N. McCloskey
pensamento cristão, pois os padres que foram "pais" da Igreja católica identificou quatro "encontros de aprendizado" ("aulas") na abordagem
tiveram a missão de formular o princípio de todo o pensamento agostiniana à educação: as experiências transformadoras; a jornada em
cristão que daria origem ao que conhecemos hoje como Igreja Católica busca da compreensão, significado e verdade; o aprendizado com os
Apostólica Romana. outros em comunidade; e a criação dos hábitos de aprendizado. Segundo
Santo Agostinho ele, Agostinho acreditava ainda que o diálogo, a dialética e a discussão
eram as melhores formas de aprender e que este método deveria servir de
Santo Agostinho, o Bispo de Hipona. modelo para as aulas.[127]
Agostinho que se tornou Bispo de Hipona e foi, mais tarde, canonizado
pela Igreja Católica, foi um padre patrístico, considerado como o maior Agostinho também introduziu a tese das três diferentes categorias de
difusor do pensamento patrístico e o maior polemista da Filosofia estudantes às quais os professores deveriam adaptar seus estilos de
Patrística. A história de Agostinho é complexa, pois até os 32 anos de ensino: a dos que foram bem educados por professores de renome; a dos
idade, o filósofo era resistente ao pensamento cristão. que não foram educados; e a dos que tiveram uma educação pobre, mas
Agostinho buscou diversas correntes teóricas e escolas filosóficas na acreditam terem sido bem educados. Com os primeiros, o professor deve
tentativa de encontrar um sentido para a sua vida. Teve contato com tomar cuidado para não repetir o que já aprenderam e deve desafiar cada
o pitagorismo, com o maniqueísmo e com parte estudante com matérias que ainda não domina completamente. Com o
da Filosofia Helênica. Sua mãe esforçou-se para a criação cristã do filho, estudante que não recebeu educação, o professor deve ser paciente e estar
que na juventude não se interessou pelo Evangelho, pois “as escrituras disposto a repetir os temas até que ele os compreenda e deve ser
sagradas pareciam-lhe vulgares e indignas de um homem cultoii”. simpático também. Porém, o mais difícil é aquele que recebeu uma
Dada a sua conversão, aliada à erudita educação fornecida graças aos educação inferior e acredita ser alguém que ainda não é. Para estes,
esforços do pai, Agostinho converteu-se, ordenou-se e passou a estudar a Agostinho reforçou a importância de mostrar a diferença entre "ter as
Teologia baseada na Filosofia e a combater as heresias. palavras e ter a compreensão" e de ajudá-los a permanecerem humildes
em seus processos de aprendizado.[carece de fontes]
Leia mais: Conheça melhor a Filosofia Cristã Agostinho introduziu a ideia de professores respondendo positivamente às
Livros da Patrística questões que possam receber de seus estudantes, mesmo quando forem
A Patrística, junto à Escolástica, produziu diversos livros importantes interrompidos. Agostinho também criou o estilo "contido" de ensino, que
para a compreensão do pensamento religioso cristão ocidental e para a assegurava a compreensão completa de um conceito pelos estudantes
formulação de um pensamento racional medieval. através de táticas simples: não bombardeá-los com matéria em excesso;
foco em um tópico por vez; ajudar na compreensão do tema ao invés de
As obras patrísticas que merecem destaque são:
avançar a matéria rapidamente; antecipação de questionamentos; e,
Enéadas: escritos por Plotino, Enéadas totaliza 54 tratados diferentes finalmente, ajudar na resolução de dificuldades e na busca pela solução
sobre diversos assuntos que vão de ética e convívio em sociedade dos problemas. [
carece de fontes]
Outro exemplo de uma grande contribuição Capítulo
de Agostinho
I- Defesa
para adoeducação
cristianismo frente à acusação dos romanos de
foi seu estudo sobre os estilos de ensino. Segundo
que osele,
cristãos
existemeram
doisresponsáveis
estilos pela desgraça do império.
básicos: o "estilo misto", que utiliza linguagem complexa, por vezes
Capítuloa arte
"exibida", para ajudar os estudantes a enxergarem II- Não houveque
e a beleza guerra pagã na qual se poupassem os
está por trás do tema estudado, e o "estilo adoradores
grandioso",de que
um deus
não éportãoamor de outro.Sto Agostinho cita Enéias
elegante quanto o misto, mas é apaixonado Príamo
e sincero, e tem com e objetivo também a deusa
inflamar uma paixão similar a do professor noMinerva.-----------------------------------------------------------------------------
coração dos estudantes
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Cidade de Deus Santo Agostinho
Enéias Príamo: Príamo (em grego antigo Πρίαμος, transl. Príamos),
Contexto na mitologia grega, foi rei de Troia
A Cidade de Deus é marcada por pessoas que põem de lado o prazer Quais as características da Cidade de Deus Segundo Agostinho?
terreno para se dedicarem às verdades eternas de Deus, agora reveladas
plenamente na fé cristã. A Cidade Terrena, por outro lado, consiste nas Em sua visão, toda existência humana, individual ou social, está, do
pessoas que estão imersas nos cuidados e prazeres do mundo do presente, princípio ao fim, tensionada, quando não dilacerada, entre dois amores –
do efémero. dois amores que fundaram duas Cidades. ... O amor de si levado até o
desprezo de Deus gera a cidade terrena; o amor de Deus levado até o
O que é a cidade dos homens para Agostinho? desprezo de si gera a cidade celeste.
Recomendado para você Quais as duas cidades descritas por Santo Agostinho em sua obra
denominada a Cidade de Deus e como ele as caracteriza?
Cidade é a reunião dos homens em comunhão de coração. As pessoas se
unem em função do amor proveniente dos corações humanos. É aí que encontramos a sua teologia-filosofia da história, que nos faz
Santo Agostinho identifica dois amores, sendo um deles gerador identificar as duas cidades com certas realidades históricas: Cidade de
da Cidade dos Homens e o segundo genitor da Cidade dos Anjos. Deus como sendo a Igreja, Cidade terrena como sendo o Império
Romano.
Quais são as duas cidades de Santo Agostinho?
O que é Cidade de Deus filosofia?
DA HISTÓRIA DE SANTO AGOSTINHO É aí que encontramos a sua
teologia-filosofia da história, que nos faz identificar as duas cidades com
certas realidades históricas: Cidade de Deus como sendo a
Igreja, Cidade terrena como sendo o Império Romano.
Contudo, Agostinho adverte que estes termos não são sinônimos.
A obra em seu título original é "Dei“Quem Civitateé Dei"
mais traduzindo
feliz do que aquele que goza da verdade
literalmente é "A Cidade de Deus" é obrainconcussa,
de Santo Agostinho
e incomutável
onde e excelentíssima?” As principais
descreve o mundo dividido entre o dos ideias homens,deouSanto
seja, Agostinho
o mundo evidenciam que, seja pela razão, seja
pela fé,
terreno e o dos céus, isto é, o mundo espiritual. ele buscou
Parece que era aa verdade.
obra
preferida do Imperador Carlos Magno.
Santo Agostinho foi um dos maiores filósofos e teólogos dos
Em qual favela se passa Cidade dos Homens? primeiros séculos do cristianismo na antiguidade. Foi
considerado uma autoridade no desenvolvimento do pensamento
Rocinha O seriado foi apresentado em medievalquatro episódios
e de todaescritos e
a filosofia e teologia ocidental.
dirigidos por diferentes roteiristas e diretores. Cada episódio tinha 35
minutos de duração, e as cenas foram gravadas, em grande parte,
nas favelas Santa Marta, Rocinha e Morro do Chapéu Mangueira, no
Rio de Janeiro. Santo Agostinho escreveu em estilo muito rebuscado em comparação ao
estilo atual. Seu pensamento é vasto e complexo, seus escritos são
Qual a diferença da Cidade de Deus para temas
a cidadede terrestre
estudos de
de acordo
inúmeros doutores que dedicaram anos de suas
com os slides de Santo Agostinho? vidas a entender ao menos um pouco do que esse grande pensador legou
para o mundo.
Santo Agostinho escreveu o livro cidade de Deus, em que afirmava
que a cidade humana era essencialmente As imperfeita,
principaise ideias
aquelesde que
Santo Agostinho são, na verdade, as mais
vivessem em conformidade com o preceito divulgadas tendo-sea em
cristão, após morte
vista o ensino de filosofia nos colégios e as
habitariam a cidade de Deus onde tudo era palestras
justo. de introdução à sua filosofia.
Qual o significado do cogito agostiniano? Como este artigo é apenas um resumo introdutório, basta dizer que as
principais ideias de Santo Agostinho envolvem a fé e a razão, a primeira
O cogito é um elemento importante na filosofia agostiniana
certeza racional, a Iluminação divina, o problema do mal e o livre
a fundação do cogito se daria nos solilóquios. O segundo assevera que o
princípio do cogito ocorre quando Agostinho, antecedendo a Descartes,
Todas elas estão explicadas no final deste artigo.
estabelece o seu programa, no qual ele visa conhecer a si e a Deus. Isto
ocorre na obra O livre-arbítrio. Para não perder conteúdos como este, acompanhe todas
as produções gratuitas da Brasil Paralelo.
O que é uma visão maniqueísta?
Religião e Filosofia no Ocidente
Maniqueísmo é a ideia baseada numa doutrina religiosa que afirma
existir o dualismo entre dois princípios opostos, normalmente o bem e o Santo Agostinho costuma ser referido como o “último dos antigos” e o
mal. O maniqueísmo é considerado uma filosofia religiosa, fundada na “primeiro dos modernos”. Ele assistiu à queda do Império Romano e de
Pérsia por Maniu Maquineu, no século III, sendo bastante disseminada todos os padrões morais da época.
por todo o Império Romano.
Ele assistiu o fim gradativo do Império Romano ao longo de gerações.
Qual a principal ideia de Santo Agostinho em sua obra Cidade de Deus? Viu os bárbaros tomarem conta e os romanos culparem os cristãos por
isso, motivo que o levou a escrever A Cidade de Deus.
A tese de Agostinho apresenta a história do mundo como a guerra
universal entre Deus e o Mal. ... A obra promove atualização da história No mundo latino, Santo Agostinho integrou a filosofia grega no
universal, conforme a tese de Agostinho da guerra universal entre os cristianismo.
humanos que seguem Deus e aqueles que seguem o Diabo.
Todavia, antes do aprofundamento nesses tópicos, é necessário saber
O Verbo – a Sabedoria de Deus presente na criação que atua e como sua trajetória de vida influenciou sua busca pela verdade na
sustenta todos os seres filosofia e seu encontro com a fé católica.
O conceito de “Verbo” que Agostinho absorve do referido texto Quem foi Santo Agostinho?
joanino, possui uma ampla dimensão teórica que perpassa, por assim
dizer, toda a visão que ele elabora sobre a realidade. O termo Verbo A biografia de Santo Agostinho ilumina suas principais ideias.
designa o Filho, a segunda pessoa da Trindade que nos revela Deus
pela encarnação. Para o autor este é o ponto-chave de todo Aurélio Agostinho, em latim Aurelius Augustinus, nasceu em 13 de
pensamento que busca a Deus, pois este termo diz respeito a toda a novembro de 354 d.C em Tagaste, na África. Sua mãe, Mônica, era uma
ordem da criação, mais precisamente, designa toda a ação de Deus piedosa católica, tanto que foi canonizada e é hoje venerada como santa.
sobre a realidade criada desde o ato originário de doar-lhe o ser. O Seu pai, Patrício, era pagão e converteu-se apenas no leito de morte.
Verbo não diz respeito apenas a este ou aquele aspecto da divindade
ou do homem, mas a “toda a verdade” sobre o Ser de Deus e sua mais
plena manifestação – a criação e nela a encarnação.
Como se sabe, Agostinho hoje também é considerado
de seu tempo: Santo
santo. Mas apesar
Ambrósio, bispo com quem sua mãe muito
das virtudes que o levaram a esse patamar, o
conversava
início ede
a quem
sua vida
pediafoique conversasse com o filho para que se
turbulento, tendo experimentado a devassidão por muitos anos
Antes de virem ao mundo, as almas contemplavam a forma perfeita de Santo Agostinho morreu em Hipona, em 28 de agosto de 430.
todas as coisas. Segundo Platão, elas viam o mundo das ideias. Na terra, a
filosofia as ajudava a se recordarem dessas formas, já que tudo alcançado Esse pequeno resumo de sua vida faz sentido, porque ele mesmo diz que,
pelos sentidos era imperfeito. depois da castidade, sua inteligência foi iluminada. Em outras palavras,
disse que ficou mais inteligente depois que abandonou seu desregramento
É parte das principais ideias de Santo Agostinho defender a forma perfeita da carne.
das coisas, porém, não a reminiscência. Diferente de Platão, ele explicou
que a forma perfeita de todas as coisas existe apenas na mente de Por essa razão, as principais ideias de Santo Agostinho estão relacionadas
Deus. com sua vida religiosa.
Por essa razão, as almas não se recordam, mas aprendem cada vez Conheça também as principais ideias de Aristóteles.
mais à medida que se aproximam de Deus. E foi o que aconteceu com
ele. As principais ideias de Santo Agostinho
Essas 19 técnicas de leitura vão te ajudar a se lembrar do que você leu. Em resumo, as principais ideias de Santo Agostinho são agrupadas
assim:
A conversão de Santo Agostinho impactou sua filosofia?
A fé e a razão;
As principais ideias de Santo Agostinho são o reflexo de um homem já
maduro e convertido, segundo ele mesmo. A primeira certeza e suas confissões;
Seus estudos filosóficos e o abandono do maniqueísmo, que ele entendeu A Iluminação divina;
não fazer sentido, uniram-se à sua aproximação de um outro grande nome
O problema do mal; O cristianismo vem depois da filosofia, provoca uma continuidade mais
do que uma escolha. Somente unindo fé e razão, filosofia e
O livre arbítrio. cristianismo, é possível fazer teologia.
1 – Fé e razão
“Crê para compreender, compreende para O ensino era organizado de forma que o estudioso buscava a verdade
crer”.
como quem salva a própria alma.
Ele também problematizou a fé:
Considerando tudo isso e muito mais, Santo Agostinho buscou um
fundamento indestrutível,
Ela apresentou um problema cognitivo de credibilidade da fonte. uma certeza racional inegável.
ter mais conteúdos sobre os quais pensar, são mais problemas.
homem mal entendeu sua vida na terra e já2 precisa
– A primeira
pensarcerteza
sobre eosuas
juízoconfissões
final e a eternidade.
Mais de mil anos antes de Descartes, Agostinho já havia buscado um
Além disso, a fé não é uma constante, ela fundamento
vai e vem, poisinabalável
é uma para o conhecimento, uma certeza inquestionável.
atitude
subjetiva. Não se alcança de uma vez para sempre. A história dos santos
A partire traz
católicos mostra que a fé é constantemente pedida de uma análise
novas existencial, iniciou seu projeto filosófico a partir
dúvidas.
certeza de que era uma alma pensante.
Em nenhum momento ele confundiu o conteúdo da fé religiosa com as
condições de credibilidade da alma humana.Diferentemente de Descartes, que pensou um “Eu” filosófico e conceitual,
separado de tudo, Santo Agostinho pensou um “Eu” existencial, com uma
Mesmo que a Revelação tenha seus critérios de certeza, história e com
isso não responsabilidade pelos atos.
resolve o problema do homem:
Entenda o erro de paralaxe cognitiva que Descartes cometeu.
Porque ter fé nisso?
Primeiro, ele chega a ter certeza de que existe. Ao mesmo tempo, tem
Por que aceitar esse padrão de certeza? certeza de que não é seu próprio fundamento. Ele sabe, pela sua
história de vida, que não se criou e que não se sustenta na existência.
A certeza objetiva da fé não resolve o problema humano da certeza
subjetiva. É possível saber que algo está certo e continuar duvidando. Por isso, sabe também que ele não é a explicação de si mesmo. Ele sabe
que existe, mas não sabe por que existe, o que fazer com sua vida ou
Santo Agostinho tenta organizar a certeza do conhecimento em vista da quem o trouxe à vida.
ordem interna da própria alma.
Em Confissões, por exemplo, Agostinho conta a sua história porque quer
A fé é um dado, um dos elementos. Crer em algo por causa da autoridade saber quem ele é. As confissões são uma sondagem em profundidade do
de Deus é diferente de acreditar por ter as condições de certeza daquilo. seu “Eu”, remontando-se ao começo da existência.
Fé é admissão de credibilidade e motivo de credibilidade. Ele enfrenta sua consciência desde a memória mais distante, de seu “Eu”
mais infantil.
A presença de Jesus era um motivo, mas e depois? Com esse motivo
acredita-se no restante. A fé não acontece sem motivo e, precisamente, Santo Agostinho percebe que só toma consciência de seu “Eu” se tomar
esse motivo é racional. consciência de sua vida inteira. Essa centralidade do “Eu” foi novidade
na Antiguidade.
Toda a filosofia grega parte de um cosmos Analogamente,
ordenado, no oqualfrioestamos
não possui essência, é ausência de calor. A
inseridos. A alma não era ainda o centro da escuridão
atenção filosófica.
não possui essência, é ausência de luz. Esses exemplos mostram
que não existe uma origem para o frio ou para a escuridão senão a
Ele descobre o fundamento subjetivo da certeza.de A
subtração alma
calor adquire
ou luminosidade.
certeza de si mesma apenas se assume sua própria história.
O mesmo se dá com o mal. A única forma dele se fazer presente é
3 – Iluminação divina mediante a ausência do bem.
O que é o mal? Aqueles que escolherem o bem, terão usado corretamente a liberdade
recebida e serão felizes. Essa é a situação dos santos anjos.
De onde vem o mal?
O mesmo se aplica aos homens.
Para responder a essas perguntas, é inevitável considerar o tema da
liberdade, do livre arbítrio e a retomada do que alguns neoplatônicos Na verdade, Santo Agostinho explica que a função do livre arbítrio é
pensaram. garantir que nenhuma criatura racional seja obrigada a amar a Deus. Não
existe amor sem liberdade e, por isso, se o livre arbítrio for mal
Confissões é um dos livros onde Santo Agostinho explica que Deus não é utilizado, afasta-se do amor
autor do mal e que o mal é uma ausência de Deus. Segundo sua
filosofia, o mal não possui essência, é um nada.
Obras
Sobre o Belo e o Correcto (em latim: De Pulchra [Registos]
et Apto, 380)contra Fortunatus [Maniqueísta] ([Acta] contra
Fortunatum [Manichaeum])
Sobre a Doutrina Cristã (em latim: De doctrina Christiana, 397–426)
Contra a epístola dos Maniqueístas chamada
Confissões (Confessiones, 397–398) fundamental (Contra epistulam Manichaei quam vocant
fundamenti)
A Cidade de Deus (De civitate Dei, iniciada c. 413, finalizada
426) Contra Faustus [Maniqueísta] (Contra Faustum [Manichaeum])
Sobre a Trindade (De trinitate, 400–416)
Sobre a natureza do bem contra Maniqueístas (De natura boni
contra Manichaeos)
Sobre o livre arbítrio (De libero arbitrio)
Sobre a correcção dos Donatistas (De correctione Donatistarum)
Enchiridion (Enchiridion ad Laurentium, seu de fide, spe et
caritate) Sobre o espírito e a letra (De spiritu et littera)
Retratamentos[2] (Retractationes, Sobre
c. 426 a– natureza
428) e a graça (De natura et gratia)
Sobre o significado do Génesis (DeSobre
Genesia adperfeição
litteram da justiça humana (De perfectione iustitiae
Sobre a mentira (De mendacio) Contra as cartas de Petiliano (Bispo de Cirta) (Contra litteras Petiliani)
Ser ético é agir orientado por princípios em vista do bem, sem jamais prejudicar o
próximo. Ser ético é cumprir os bons valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
A ética profissional possui uma grande importância por orientar ao bom cumprimento de
todas as atividades de uma profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e
por grupos de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a
diferentes áreas de atuação.
O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas
pelos profissionais no exercício de seu trabalho.
“O presente código contém as normas éticas que devem ser seguidas pelos médicos no
exercício da profissão, independentemente da função ou cargo que ocupem.
Significado de Deontologia
O que é Deontologia:
Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que significa
ciência do dever e da obrigação.
A deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as escolhas dos
indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente deve ser
feito.
O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para
falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e das
normas. A deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".
Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a dividiu
em dois conceitos: razão prática e liberdade.
Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por sua vez, a
perfeição moral só pode ser atingida por uma livre vontade.
Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a
correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.
O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos