Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Prof.
Luís Martins
O QUE É UMA FALÁCIA INFORMAL
2
1. Falsa generalização e enumeração incompleta;
2. Falsa analogia;
DIFERENTES TIPOS 3. Apelo à autoridade;
DE FALÁCIAS
4. Falácia causal;
INFORMAIS
5. Petição de princípio [ou raciocínio circular];
6. Falso dilema;
As principais falácias
informais são: 7. Apelo à ignorância [argumentum ad ignorantiam]
8. Argumentum ad hominem [«ao homem», ou contra a
pessoa];
9. Derrapagem ou «bola de neve» [argumentum ad
consequentiam ou apelo «às consequências»];
10.Boneco de palha [ou falácia do «espantalho»].
3
Apesar de todos os cuidados, muitas vezes os raciocínios contêm erros. Alguns desses erros
estão estudados e padronizados e são designados por falácias. Já estudámos as falácias
formais [as que não cumprem as regras lógicas de inferência]. Vamos agora estudar
algumas falácias informais, aquelas cujo erro depende também do conteúdo ou matéria do
argumento.
4
CRITÉRIOS PARA AVALIAR OS
FALÁCIAS INFORMAIS
ARGUMENTOS
1. Falsa generalização e enumeração Argumentos indutivos
incompleta: ocorre sempre que se parte
de observações não representativas ou • Verificar se o argumento se baseia em
quando se ignoram contraexemplos exemplos representativos, ou se existem
importantes. contraexemplos, isto é, verificar se é uma
indução forte ou fraca.
Exemplo: «Uma vez que tu não sabes falar
chinês, a Leonor não sabe falar chinês e a • Evitar confundir uma generalização com
Maria não sabe falar chinês, posso concluir uma previsão.
que ninguém nesta turma sabe falar
chinês.»
5
FALÁCIAS INFORMAIS CRITÉRIOS PARA AVALIAR OS ARGUMENTOS
7
CRITÉRIOS PARA AVALIAR
FALÁCIAS INFORMAIS
OS ARGUMENTOS
4. Falácia causal: atribui erradamente uma causa a um Argumentos causais
determinado fenómeno. Há vários tipos de falácias
causais, sendo que duas das mais habituais são: Verificar:
Post hoc, ergo propter hoc [à letra, «depois disto, logo, • Se há uma relação de
por causa disto»]: afirma a existência de uma relação de causaefeito entre os
causaefeito quando apenas se verifica que um fenómenos, ou se apenas
acontecimento se sucede a outro [na realidade, sucessão um acontecimento se
ou correlação não implicam causalidade]. Segue a sucede a outro;
estrutura «A ocorreu depois de B, logo, B é causa de A.»
• Se a causa não está a ser
Inversão de causa e efeito: acontece quando numa confundida com o efeito.
argumentação se confunde a causa com o efeito.
8
CRITÉRIOS PARA AVALIAR
FALÁCIAS INFORMAIS
OS ARGUMENTOS
9
CRITÉRIOS PARA AVALIAR OS
FALÁCIAS INFORMAIS
ARGUMENTOS
Exemplo: «A policia multou-me porque não (1) Esta falácia faz parte dos conteúdos
gosta de mim. E a prova de que não gosta de sujeitos a avaliação externa.
mim é ter-me multado.»
10
CRITÉRIOS PARA AVALIAR
FALÁCIAS INFORMAIS
OS ARGUMENTOS
11
CRITÉRIOS PARA AVALIAR
FALÁCIAS INFORMAIS
OS ARGUMENTOS
12
CRITÉRIOS PARA AVALIAR OS
FALÁCIAS INFORMAIS
ARGUMENTOS
13
CRITÉRIOS PARA AVALIAR
FALÁCIAS INFORMAIS
OS ARGUMENTOS
10. Boneco de palha [ou falácia do «espantalho»](1): ocorre Boneco de palha [ou falácia
quando alguém, num debate, substitui, intencionalmente do «espantalho»]
ou não, a posição de adversário por uma versão diferente
e, por isso, errada, do argumento. Assim, em vez de se Verificar se a contra-
refutar o argumento do opositor, ataca-se um argumento argumentação se baseia na
diferente, tendenciosamente interpretado, e geralmente refutação de uma versão
mais fraco do que aquele que foi realmente defendido. adulterada do argumento
que se está a refutar.
Exemplo: « Estou contra o acordo ortográfico, a meu ver a
língua não deve sofrer alterações impostas por um decreto. (1) Esta falácia faz parte dos
Como podes dizer uma coisa dessas? Então, segundo o conteúdos sujeitos a
teu ponto de vista, a língua nunca pode evoluir?» avaliação externa.
15