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Buracos

negros

“Primeira imagem já feita de um buraco negro na história da astronomia. foto aparentemente “borrada” de M87*, divulgada em
2019.”

Buraco negro é uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que
nada — nenhuma partícula ou radiação eletromagnética como a luz — pode escapar.

1. Origem
Os buracos negros se originam por meio do colapso gravitacional de outros corpos
celestes e materiais presentes no espaço, como é o caso das estrelas supermassivas,
que possuem pelo menos três vezes a massa do Sol.
Todas as estrelas são essencialmente formadas por poeira e gases, com reações
termonucleares que acontecem na sua camada mais interna, o núcleo. A compactação
desses astros acontece quando os elementos responsáveis pela fusão nuclear
(combustíveis) se esgotam, o que desencadeia uma explosão denominada supernova.
Nas estrelas massivas, a atração gravitacional é tão intensa que elas se compactam até
chegarem ao estágio dos buracos negros.

2. Estrutura de um buraco negro


Sua estrutura é composta por três elementos principais:

Singularidade: Corresponde à principal parte de um buraco negro, localizada no


seu centro. Trata-se de um único ponto que abriga uma enorme massa derivada
do colapso gravitacional da estrela que originou o buraco negro e também
daqueles corpos por ele atraídos. Essas características fazem com que a
singularidade apresente uma densidade extremamente alta, descrita como
infinita.

Horizonte de eventos: Conhecido como o ponto de não retorno de um buraco


negro, consiste em uma região que circunda o seu núcleo. Corresponde ao limite
a partir do qual toda matéria e energia é atraída para o interior dos buracos
negros. Para que isso não aconteça, os objetos precisam estar a uma
determinada distância do horizonte de eventos, movendo-se a uma velocidade
igual ou superior à velocidade de escape

Discos de acreção: São formados por poeira e gases superaquecidos que emitem
radiação eletromagnética e se movem a uma velocidade acelerada no entorno
dos buracos negros. A parte dessa estrutura situada fora do horizonte de
eventos é visível, o que torna possível a identificação dos buracos negros.

3. Teorias

A principal e mais famosa teoria a respeito dos buracos negros foi elaborada pelo físico
alemão Albert Einstein no ano de 1915, e ficou conhecida como teoria da relatividade
geral. Ela foi proposta uma década depois da teoria da relatividade ou teoria da
relatividade restrita, que ponderava sobre o tempo e a velocidade relativa dos objetos,
determinando ainda que a velocidade da luz é a mesma para todos os corpos presentes
no Universo.
A relatividade geral ampliou essa percepção levando em consideração a aceleração e as
deformações que ela pode causar no espaço-tempo. Assim, é atribuída a Einstein a
explicação do comportamento dos buracos negros, validando assim a possibilidade de
existência desses objetos no nosso Universo. Apesar disso, o termo “buraco negro” foi
cunhado muitas décadas mais tarde, no ano de 1962, pelo físico estadunidense John
Wheeler.
A teoria de Einstein foi importante no entendimento de como um buraco negro se
forma, isto é, por meio do colapso gravitacional das estrelas massivas. Na década de 1970,
novas proposições a respeito do funcionamento desses objetos foram elaboradas pelo
físico inglês Stephen Hawking. Hawking foi responsável pela descrição dos fenômenos
físicos que regem os buracos negros.
Outras importantes contribuições de Hawkings foram com relação à emissão de
radiação pelos buracos negros, deixando de lado a ideia de que nada escapa da sua
gravidade, e também a noção de que, justamente em decorrência da radiação que eles
emitem, os buracos negros eventualmente “morrem”, isto é, desaparecem. Mais
recentemente, no ano de 2021, a chamada radiação Hawking foi confirmada por físicos do
MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts), dos Estados Unidos

“A Teoria da Relatividade de Albert Einstein nos ensina que o espaço curva-se próximo a um corpo
qualquer. É como se o espaço fosse um lençol de borracha e os corpos se “afundassem” nele. Acima vemos a
curvatura do espaço em torno do Sol, de uma estrela anã branca, de uma estrela de nêutrons e de um
buraco negro. O buraco negro faz um buraco sem fundo no espaço! “

4. Curiosidades
O primeiro buraco negro descoberto recebeu o nome de Cygnus X-1, localizado
na constelação Cygnus, pertencente à Via Láctea. Os indícios de sua existência
foram observados em 1964;

Os primeiros buracos negros do Universo foram formados logo após o Big Bang;

Estima-se que existam 100 mil buracos negros na Via Láctea;

Em 2022 foi divulgada a primeira imagem do Sagitário A*, buraco negro localizado
no centro da Via Láctea.

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