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Caderno 4 – Força Magnética

A força de um ímã sobre um fio conduzindo corrente é influenciada pela carga, velocidade e densidade de
fluxo magnético. O efeito dessa força também será sentido por qualquer corrente circulante. A força entre dois fios
conduzindo corrente tenderá a atrai-los para correntes de mesmo sentido e afasta-los para correntes de sentidos
opostos. Essa força é influenciada pela permeabilidade do material, correntes dos fios, comprimento dos fios e raio.
A força de eletroímãs pode ser aumentada de acordo com a quantidade de voltas de um fio conduzindo
corrente em torno de um núcleo, onde cada espira reforça o valor do fluxo magnético formando, assim, uma bobina
ou solenoide. Desse modo, os eletroímãs têm a propriedade de atrair para suas extremidades quaisquer materiais
magnetizáveis. A densidade de fluxo magnético no interior do solenoide é o dobro da densidade nas extremidades. A
força do eletroímã é influenciada pela densidade de fluxo magnético do núcleo e pela área de seção transversal do
mesmo.
O efeito da força magnética também será sentido por qualquer corrente circulante ainda que não em fios
condutores. As cargas estão em movimento na presença de um campo magnético, não necessariamente um fio
condutor.

Força entre dois fios produzindo corrente: sentido de circulação determina atração ou repulsão. Para cargas
concorrentes de mesma orientação, ocorre atração, para o outro caso, repulsão (Lei de Biot-Sarvat).
𝜇𝐼1 𝐼2 𝑙
𝐹̅ =
2𝜋𝑅

Força de eletroímãs: bobinar o fio aumenta o campo magnético. Quando percorrido por corrente, o eletroímã atrai
para materiais magnetizáveis para suas extremidades. A densidade de fluxo magnético nas extremidades do eletroímã
é metade da densidade do interior. Quanto mais comprido a seção reta do material, maior a relutância e dessa forma
menor a magnetização. Quanto maior 𝜇, melhor magnetização do material.

𝜇𝑁𝐼
𝐵̅ =
𝑙
• Relutância magnética: análogo em circuitos elétricos à resistência de circuitos elétricos. Inversamente
proporcional a permeabilidade magnética relativa do material e a área da seção transversal.
• Material ferromagnético: alta permeabilidade magnética (baixa relutância). Memória magnética após
retirada do campo magnético mantém a magnetização. Utilizado na fabricação de memórias e discos de
gravação. Nos ferromagnéticos a relação entre a densidade de fluxo magnético e a intensidade de campo
elétrico não é linear, o que faz com que as relações anteriores só possam ser utilizadas em pequenas faixas da
curva de magnetização do material.
• Material paramagnético: magnetização mais fraca e sem memória residual. Permeabilidade abaixo de 1.
• Diamagnéticos: quando na presença de campo magnético tem seus ímãs elementares orientados no sentido
contrário do campo aplicado.

Experimentos
• Campainha DC: funciona com alimentação DC, com um terminal passando na chave, conectado à haste
metálica móvel (encostada na base metálica). Ao ligar a fonte, aciona a chave e a corrente circula na bobina,
tendendo a atrair os materiais magnéticos. Ao atrair a haste, descola-a da base (batendo na campana) e volta,
repetindo o processo. Ao inverter a polaridade, nada se altera.
• Campainha AC: mesmo princípio, porém com uma resistência para evitar que a bobina sofra sobrecarga.
• Pás Metálicas: 3 pás com formas diferentes balançando entre os ímãs de neodímio. Lei de Faraday de indução
de movimento. Ao largar a pá, o material percebe um campo crescente e induz uma corrente (de Foucault),
gerando cargas em movimento que irão competir com o campo permanente dos ímãs, fazendo um “freio”
magnético. O formato das pás influencia no caminho das correntes de Foucault, quanto mais “fina” a
laminação da pá, menor a ação da corrente parasita e menor frenagem.
• Guindaste com bobina na extremidade: ao ligar a fonte, energiza o eletroímã e é necessário 4,2 V para segurar
a lâmina de metal. Ao reduzir para cerca de 3,6 V ele cai. Isso exemplifica a curva de histerese do material.
• Argolas: somente há quando ambas as bobinas estão energizadas.
• Cuba salina: eletrólise da água. Partículas movimentam-se na região acima do eletroímã devido a tensão
aplicada nos eletrodos, que geram uma corrente elétrica na solução a partir dos íons da solução salina.
Próximo ao eletroímã, sofrem ação do campo magnético por ele produzido.
Caderno 5 – Indução de Faraday e Levitação Magnética
Corrente elétrica circulando por um condutor produz campo magnético em torno do mesmo. Tal corrente
pode ser continua resultando em um campo magnético estacionário, ou alternada, resultando em um campo
magnético variante no tempo. Faraday demonstrou que o inverso é verdadeiro, ou seja, um campo magnético também
gera corrente em um circuito fechado, porém para isso ocorrer é necessário haver variação de fluxo magnético
atravessando o circuito.
Em circuito aberto, não há corrente circulando, mas será induzida uma força eletromotriz nos terminais da
espira. Quanto mais linhas de fluxo atravessando a superfície do circuito, maior o valor da força eletromotriz. Então,
para um valor fixo de fluxo magnético, a tensão nos terminais será tão maior quanto for o número de espiras
adjacentes.
O campo original tem orientação contrária à do induzido caso o ímã esteja se aproximando, e tem mesma
orientação quando o ímã está se afastando. Lei de Faraday:
𝜕 𝜕𝐵̅ 𝜕Ψ
∮ 𝐸̅ . 𝑑𝑙 ̅ = − ∬ 𝐵̅. 𝑑𝑆̅ ∇ × 𝐸̅ = − 𝑣=−
𝐶 𝜕𝑡 𝑆 𝜕𝑡 𝜕𝑡
A corrente é defasada 90º em relação à tensão. A corrente na primeira espira induz campo magnético na
segunda espira, que por sua vez tem uma corrente induzida. O efeito repulsivo ocorre, pois, para um mesmo instante
de tempo, as correntes na espira 1 e 2 estão defasadas 180º.
Os transformadores baseiam seu princípio de funcionamento nisso para elevar ou abaixar níveis de tensão. A
utilização do núcleo ferromagnético evita que as linhas de fluxo se dispersem, mantendo o mesmo fluxo produzido
pela bobina primária através da bobina secundária, reduzindo a relutância do circuito magnético e aumentando a
eficiência do transformador. Para diminuir as perdas por corrente parasita, a melhor opção é orientar a laminação de
acordo com o campo magnético.

Experimentos
• Levitação magnética: ao acionar a fonte, a espira levita por uma força de repulsão. Na espira de baixo há uma
corrente variante no tempo, que gera um campo magnético também variante que passará por dentro dela.
Logo acima da espira há uma argola, que também será percorrida pelas linhas de campo magnético, havendo
uma indução de corrente na argola. Desse modo, a corrente induzida na argola está no sentido oposto da
espira, havendo repulsão.
• Indução com LED: quanto mais afastado da espira, menor o brilho do LED. Isso acontece pois menos linhas de
campo atravessam a argola. O importante é a taxa de variação do campo magnético, justamente maior ao
ligar a fonte.
• Tubo PVC: LEDs posicionados em antiparalelo. Um ímã é solto no topo do tubo, percorrendo-o e acendendo
os LEDs. Ao aproximar, acende um LED, e ao afastar, acende o outro. Isso ocorre, pois, o campo magnético
variante no tempo é percebido pela espira, ora acendendo um em um momento, ora acendendo outro.
• Ímã descendo tubo: na estrutura de plástico, o ímã passa rapidamente. Na estrutura metálica, o tempo de
queda é maior. Isso ocorre por conta da Força de Lorentz.
• Motor DC: bobina no eixo do motor. Ao aumentar a velocidade do eixo do motor, a tensão induzida nos
terminais da bobina aumenta. A variação do fluxo magnético é o fator determinante para a indução magnética.
Ao acelerar o motor, a variação aumenta.
• Transformador:
− Bobinas com material condutor: 0,7 V de queda apenas.
− Bobina em T: quase nada de tensão. Para ocorrer indução, as linhas de campo do primário devem entrar
nas espiras do secundário. A tensão aumenta ao colocar um núcleo ferroso, porém ainda insatisfatório.
− Bobinas em I: pouca tensão. Ao juntar os núcleos, eliminando o gap de ar entre eles, aumentou bastante.
− Bobinas em formação tradicional: aumenta consideravelmente ao preencher os núcleos com material
ferroso.
Caderno 7 – Reflexão e Refração de Ondas Eletromagnéticas
As proporções de onda refletida e refratada dependem das características dos dois meios, do ângulo de
incidência (ângulo entre a direção de propagação e a normal à interface do ponto de incidência) e da polarização da
onda. Quando se propaga em determinado meio, incide sobre a interface deste com outro de características elétricas
diferentes, parte da energia transportada por essa onda será refletida de volta ao meio de origem e o restante será
transmitido para o meio seguinte. Ou seja, a onda é refletida e refratada na interface. As proporções refletidas e
refratada dependem das características dos meios, do ângulo de incidência e da polarização da onda.
Quando a onda incide na água, uma parte da onda refletida encontra a onda incidente, elas se combinam e
formam o padrão de onda estacionária. Quando a reflexão é total (plena), a onda que volta possui mesma frequência,
mesma amplitude, porém fase distinta, formando o padrão de onda estacionária pura. A onda estacionária é como se
estivesse pulsando, porém, “repousando” no espaço, não transportando energia.
• Coeficiente de reflexão tem magnitude de 0 a 1 em módulo. Coeficiente 0 para reflexão nula, +1 (lado do
circuito aberto) para reflexão total e -1 (lado do curto circuito) para reflexão total defasada (muda a fase da
onda). Tanto +1 quanto -1 são efetivos para reflexão total.
• Taxa de onda estacionária: relação entre o campo elétrico máximo e o mínimo.
• Quanto maior a frequência, mais o infinito físico é menor, menor a condutividade no material.
• Campo elétrico orientado perpendicularmente ao plano de incidência, a polarização é perpendicular ou
vertical.
• Vetor de Poynting: determina a orientação do fluxo de energia dado por 𝐸̅ e 𝐻 ̅ . Onda com polarização circular
̅ ̅
ocorre quando 𝐸 e 𝐻 tem a mesma amplitude.
As componentes das ondas incidente e refletida resultam, no meio de origem, em um padrão de interferências,
conhecido como padrão de ondas estacionárias. Se a incidência for normal (ângulo de incidência igual a zero), o padrão
de ondas estacionárias será formado ao longa da direção de propagação.
Para incidência obliqua, distinguem-se dois casos: polarização perpendicular e polarização paralela. Ambas
são referentes ao campo elétrico.
Para ambos os casos, o ângulo critico (ou de reflexão interna total) é o ângulo para a qual a onda incidente é
totalmente refletida. Só existe quando o ângulo de incidência é maior que o ângulo de refração.
Para a polarização paralela, independentemente das densidades elétricas dos meios, existe um ângulo para
qual a onda incidente será totalmente transmitida. Esse ângulo é conhecido como ângulo de Brewster, ou de
polarização (por ser uma onda composta de ambas as polarizações, incidindo segundo esse ângulo, produzirá uma
onda refletida somente com polarização perpendicular, passando apenas a paralela).

Guia de Ondas
Antena corneta (ganho maior), corneta com abertura retangular na banda X tem que ser ligada no gerador
com saída no cabo coaxial, adaptador guia cabo coaxial, acoplados no guia de ondas.
• Material de náilon, característica elétrica muito parecida com a do ar, não há diferença na medição.
• Material de isopor, quase nada de mudança também.
• Material de madeira, diminuiu a potência recebida. Ao variar a posição, altera-se o valor do ângulo de
indecência e muda a leitura.
• Material de borracha (isolante), também não altera muito.
• Material metálico maciço, sinal bloqueado.
• Material metálico vazado (furos na horizontal), potência diminui. Leitura varia de acordo com posição.
• Material metálico vazado (furos na vertical), sinal bloqueado.
• Ao inverter uma antena, não há leitura.
Modos de propagação possuem frequência específica. Frequência de corte é a frequência a partir da qual se
pode transmitir onda no guia.

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