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Tema 4.

Campo Magnético no vazio

4.1. Campo magnético;


4.2. Força magnética sobre uma carga elétrica;
4.3. Momento magnético de uma espira num campo
magnético;
4.4. Movimento de partículas carregadas em campos
magnéticos uniformes;
4.5. Fontes do campo magnético
4.1. Campo magnético
As primeiras observações sobre o magnetismo foram os antigos gregos que
encontraram umas pedras que atraiam pequenos pedaços de ferro. Hoje em
dia sabemos que era a "Magnetite" (ímanes naturais).

Campo magnético
O campo magnético é uma região do espaço onde há efeitos magnéticos por
uma carga elétrica pontual que despraza-se, criando uma corrente elétrica ou
pelos materiais magnéticos.

O campo magnético num ponto representa-se


por o vetor B e o fluxo magnético pode
representar-se pelas linhas de indução que
cumprem:

a) La tangente a uma linha de indução num


ponto mostra a direção do B nesse ponto.
b) A magnitude da indução magnética B é
proporcional ao numero de linhas por unidade
de área de secção transversal.
4.1. Campo magnético
Campo magnético criado por uma carga pontual
Quando uma carga q mexe com velocidade
v, cria um campo magnético em todo o
espaço. Este campo vem dado pela
expressão:

onde,
r é a distancia desde o ponto onde está a carga até o ponto onde calculamos
o campo.

ûr é o vetor unitário desde está a carga até o ponto onde calculamos o campo.

μ0 é a permeabilidade no vazio. No Sistema Internacional é μ0 = 4π 10-7 T m/A


e o campo B em Tesla (T).
4.1. Campo magnético
A direção e o sentido do campo B vem dados pela regra da mão direita, e o
módulo pelo produto vetorial:

Quando a carga q é negativa, o sentido de B é oposta a quando a carga q é


positiva.

O campo magnético na direção do movimento é nulo, porque os vetores v e ûr


são paralelos e sen(0º)= 0.
4.1. Campo magnético da corrente estacionária

Fluxo magnético
Representa a quantidade de linhas de
indução que atravessam uma superfície
S e de define como:
Φ=∫ B
⃗ d ⃗s
s
donde B , é a indução magnética que
atravessa um diferencial de
superfície dS.

No sistema internacional (S.I.) se mede


em Weber [Wb]. Um Weber é o fluxo
magnético quando uma Indução
magnética de 1T atravessa uma
superfície de um m2.
4.1. Campo magnético da corrente estacionária

Lei de Gauss para o magnetismo


Esta lei expressa a inexistência de cargas magnéticas (também
chamados mono-polos magnéticos). As distribuições de fontes
magnéticas são sempre neutras no sentido de que têm um polo norte e
um polo sul, pelo que o seu fluxo a través de qualquer superfície
fechada é nulo.

Φ=∫ B
⃗ d ⃗s =0 diferencial ∇⋅B=0

s

Esta lei aplica-se as correntes estacionarias,


mas também é valido para qualquer situação,
não têm sido descobertos mono-polos
magnéticos.
4.2. Força magnética sobre uma carga elétrica
Indução magnética
Se uma carga positiva Q mexe com uma velocidade v numa região onde
há uma indução magnética B, esta experimenta uma força F
perpendicular ao plano determinado pelos vetores v e B.

A força F magnética esta dada por Fm=Qv x B


Se há um campo elétrico E e um magnético B a força total que atua
sobre a carga Q é dada pela expressão da Força de Lorentz.

F = Qv x B + QE
4.3. Momento magnético de uma espira num
campo magnético
Força magnética sobre um condutor pelo que circula uma corrente
Devido a que um campo magnético exerce uma força perpendicular
sobre uma carga em movimento, também exerce uma força
perpendicular sobre um condutor pelo que circula a corrente elétrica I.

Como F= Qv xB então dF = d(Q v X B) se a velocidade e o campo B são


constante dF = dQ v X B =dQ dl/dt xB e como dQ/dt=I

dF=Idl x B
Se o condutor é reto com um comprimento de L, a força sobre este é:

F = IlxB

A direção da força F determina-se


aplicando a regra da mão direita.
4.3. Momento magnético de uma espira
num campo magnético
Una espira é um condutor fechado plano. Se uma espira está numa
região onde há um campo B uniforme, vai sentir uma força: dF=Idl x B.
Esta força vai ser zero porque a soma de todos os vetores dl sobre uma
trajetória fechada vai ser zero.
Calculando a força neta como a soma de cada lado b (sobre os lados a
a força é nula porque é paralelo ao campo). Ficando 2 forças de igual
módulo e sentido oposto), que exercem um momento (τ). Este momento
vai provocar um giro na espira.
4.3. Momento magnético de uma espira
num campo magnético
Como os momentos exercidos por ambas forças têm o mesmo sentido
(onde A é a área da espira):

A espira vai adquire uma aceleração angular que vai produzir a rotação.
4.3. Momento magnético de uma espira
num campo magnético
Definimos una nova magnitude, chamada momento magnético da
espira μ que só tem em conta as características do condutor
(intensidade de corrente e a área). As unidades do μ no S.I. são
[Am2]. A expressão geral para o momento das forças fica:

Se a espira está com o momento paralelo ao campo (o plano da


espira é perpendicular ao campo), o momento das forças é nulo e
não gira.
4.4. Movimento de partículas carregadas em
campos magnéticos uniformes
Nos campos magnéticos uniformes, as partículas carregadas em
movimento descrevem trajetórias características. Podemos encontrar
dois tipos de movimentos: quando a velocidade é perpendicular as
linhas de campo magnético uniforme e quando não são perpendicular.

* Velocidade perpendicular as linhas de campo


Neste caso a partícula sofrerá uma força F perpendicular a ambos
vetores. A força provocará unicamente uma aceleração normal.

F=ma então F=m an an=mod(q)vB/m


F=qvxB então F=mod(q)vB
4.4. Movimento de partículas carregadas em
campos magnéticos uniformes
A partir da aceleração normal podemos obter as magnitude
características dos movimentos circulais uniformemente acelerado:

Radio
Quanto maior seja carga das partículas, menor vai
ser o radio. Este é o principio do espectrómetro de
massas.

Velocidade Angular Período


4.4. Movimento de partículas carregadas em
campos magnéticos uniformes
* Velocidade não perpendicular as linhas de campo
Quando uma partícula atravessa obliquamente um campo magnético
uniforme, esta pode descompor em dois componentes vx e vy.
vx paralela ao campo, direção onde Fx=0 e vx=constante. Um movimento
retilíneo uniforme na direção do campo.

Na direção vy haverá uma força porque haverá um movimento circular


uniforme na direção paralela ao campo.

Uma partícula carregada terá um


movimento helicoidal como resultado
da composição do movimento
retilíneo uniforme e o movimento
circular uniforme.
4.5. Fontes do campo magnético
Lei de Biot-Savar
A lei de Biot-Savart, é o principio básico sobre como a eletricidade gera o
magnetismo. Foi estabelecido pelos físicos Jean-Baptiste Biot e Félix Savart
em 1820 depois de estudar a força exercida por uma corrente elétrica sobre
um íman. A lei diz o campo magnético produzido por uma corrente I num
ponto P é:
μ0 I d ⃗l x û r

B=
4π l
∫ r
2
onde:
B o campo magnético.
μ0 a permeabilidade magnética no vazio.
I a intensidade de corrente que circula por dl.
dl→ vetor na direção de I.
ûr o vetor unitário que junta Idl com P.
4.5. Fontes do campo magnético
Força magnética entre fios paralelos
Os fios paralelos que conduzem corrente elétrica podem sofrer atração ou
repulsão magnética. Isso dependerá dos sentidos da força e da corrente.
A intensidade do campo magnético B1 na posição
−μ0 I 1
do fio 2 produzido pela corrente I1, B⃗1 = ûy
2πd

Sabemos que a força magnética que atua sobre


o fio 2 é F1 = B1 I2 L: −μ0 I 1 I 2 L
F⃗1 = ûx
2πd
O mesmo efeito ocorre para o campo magnético gerado pelo fio 2. F1 e F2
tem a mesma intensidade, mas tem sentido contrário. Utilizando a regra da
mão direita, podemos ver que, se as correntes estiverem no mesmo
sentido, a força magnética entre os fios será de atração (e se têm sentidos
contrários, a força será de repulsão entre os fios).
4.5. Fontes do campo magnético
Lei de Ampère

A lei é uns dos principais teoremas do eletromagnetismo considerado o


homólogo magnético do teorema de Gauss (o campo elétrico é
conservativo, a circulação numa linha fechada é zero). As linhas do
campo magnético gerado pela corrente são circulais mas os campos
magnéticos não são conservativo pelo, que a circulação numa linha
fechada não é zero e chama-se a lei de Ampère.

∮ ⃗B d ⃗l =μ 0 ∑ I
A intensidades podem ter distintos sentidos, se o
sentido das intensidades coincide com o sentido do
vetor superfície, intensidade é positiva, e se orienta-se
em sentido contrario a intensidade é negativa.
4.5. Fontes do campo magnético
O campo magnético de um solenoide
Um solenoide (ou bobina cilíndrica reta) é
um fio condutor enrolhado em espiral com
um certo número de espiras que estão
muito perto. Quando una corrente elétrica
circula pelo solenoide cria um campo
magnético (a soma de todos os campos
magnéticos gerados por cada espiras).

Nos solenoides podemos distinguir dos zonas: a) o interior, onde o


campo magnético é intenso e constante e b) o exterior, onde as linhas
de campo são semelhantes às dum íman.

No interior dum solenoide formado por N espiras de cumprimento L


podemos aplicar a lei de Ampere a uma linha fechada retangular de
lados: a-b, b-c, c-d, d-a.
4.5. Fontes do campo magnético
O campo magnético de um solenoide

Campo magnético no interior do


solenoide é perpendicular à
intensidade (independentemente
do sentido da intensidade). Vemos
que em b-c e d-a, B e dl são
perpendiculares, então
B⋅dl =B⋅dl⋅cos 90º=0. E como c-d fica fora do solenoide, B=0. Por tanto:
b b b

∮ ⃗B d ⃗l =∫ B⃗ d ⃗l =∫ B dl cos (0º )= B∫ dl=B l=μ 0 ∑ I =μ0 n I


a a a

Onde n é o número de espiras dentro da linha fechada, obtemos que n =


N/L·l:
Nl μ0 N I
Bl=μ 0 I → B=
L L
Bibliografia

1. Bibliografia do programa

2. https://www.youtube.com/watch?v=AFACIE-UH6A

3. https://www.youtube.com/watch?v=N0Hhmj4s5-k

4. https://www.youtube.com/watch?v=qWi11HXP9ow

5. https://www.youtube.com/watch?v=n0Vm4pUCFQA

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