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A carga (Q) é uma propriedade elétrica das partículas atómicas que compõem a matéria. A carga
elementar, cuja unidade no SI é o coulomb (C), corresponde ao módulo do valor da carga elétrica apresentado
por um eletrão, 1,602 10–19 C. Praticamente todas as cargas existentes na Natureza apresentam valores
que são múltiplos inteiros da carga do eletrão.
Cargas elétricas do mesmo sinal repelem-se.
Um corpo encontra-se carregado eletricamente quando existe uma desigualdade entre a quantidade de
cargas positivas e a quantidade de cargas negativas, provocada por uma transferência de eletrões. Quando
um corpo transfere eletrões para outro corpo fica carregado positivamente pois o número de cargas
negativas será inferior ao número de cargas positivas. Se para um corpo são transferidos eletrões de um
outro corpo, ele ficará carregado negativamente, uma vez que o número de cargas negativas será superior
ao número de cargas positivas.
Na fricção das varetas há transferência de eletrões do vidro para a seda (A) ficando a vareta de vidro
carregada positivamente (B) e da lã para o plástico, ficando este último carregado negativamente (C).
CENTRO DE ESTUDO 1
Neste processo não existe criação de cargas elétricas mas apenas transferência de cargas de um corpo para
o outro, anulando a eletroneutralidade inicialmente apresentada pelos dois corpos. Como cada corpo
apresenta uma carga simétrica do outro, a soma das cargas dos dois corpos continua a ser nula.
Conclusão
No processo que conduz ao aparecimento de corpos carregados eletricamente existe conservação da carga.
Um corpo que apresenta a mesma quantidade de cargas elétricas positivas e negativas uniformemente
distribuídas diz-se eletricamente neutro.
Nas interações à distância, as forças atuam sem que haja contacto entre os corpos que as exercem e
aqueles que sofrem os seus efeitos.
O campo elétrico (𝑬
⃗ ) é a grandeza vetorial que caracteriza a região do espaço em torno da carga
elétrica pontual criadora, que no SI pode ser expressa em V m -1 ou em N C-1.
A força elétrica exercida numa carga q sujeita a um campo elétrico 𝐸⃗ apresenta a direção do campo
elétrico, o mesmo sentido se a carga q for positiva ou sentido oposto se a carga q for negativa, e uma
intensidade tanto maior quanto maior for a intensidade do campo elétrico.
⃗𝑭=q ⃗𝑬
⃗
CENTRO DE ESTUDO 2
Identificar a direção e o sentido do campo elétrico num dado ponto
quando a origem é uma carga pontual (positiva ou negativa) e comparar a
intensidade do campo em diferentes pontos e indicar a sua unidade SI.
As linhas de campo elétrico são linhas imaginárias que representam o campo elétrico numa
determinada região do espaço em torno de uma carga criadora, indicando a sua direção e o seu sentido,
e permitem averiguar a intensidade do campo elétrico.
Centrípeto Centrífugo
Se a carga criadora é negativa. Se a carga criadora é positiva.
CENTRO DE ESTUDO 3
Existem situações em que estão presentes várias cargas elétricas numa determinada região
do espaço. Nestas as linhas de campo têm origem nas cargas positivas, terminam nas
cargas negativas e nunca se cruzam.
Campo elétrico de duas cargas pontuais, com cargas elétricas opostas ou iguais.
O campo magnético (𝐵
⃗ ) é uma grandeza vetorial que carateriza a região do espaço onde se
faz sentir uma ação magnética.
CENTRO DE ESTUDO 4
Oersted, identificando-a como a primeira prova experimental
da ligação entre eletricidade e magnetismo.
Um campo magnético pode ter origem em ímanes ou em correntes elétricas (cargas elétricas em
movimento).
Experiência de Oersted:
Oersted descobriu que uma agulha magnética é desviada pela aproximação de um fio atravessado por
corrente elétrica.
A descoberta de Oersted provou que uma corrente elétrica cria um campo magnético à sua volta e
constitui a primeira evidência experimental da ligação entre eletricidade e magnetismo.
Um íman colocado numa região onde existe um campo magnético fica sujeito a uma força magnética.
Polos magnéticos semelhantes originam forças Polos magnéticos opostos originam forças
repulsivas entre si. atrativas entre si.
CENTRO DE ESTUDO 5
As linhas de campo magnético são linhas imaginárias que representam o campo magnético
numa determinada região do espaço, e que:
- nunca se cruzam;
- são linhas fechadas;
- apresentam a direção e o sentido do campo magnético.
Num íman em forma de barra Num fio condutor retilíneo longo são Num solenoide (ou bobina) são
saem do polo norte e entram circulares num plano perpendicular ao fio e semelhantes ao de um íman em
no polo sul e estão mais centradas neste, sendo o sentido dependente forma de barra no exterior e
próximas uma das outras nas do sentido da corrente elétrica e obtido pela aproximadamente uniforme no
imediações dos polos do regra da mão direita. interior.
íman, o que indica que aí o O campo magnético tem a mesma intensidade
campo é mais intenso. em pontos situados à mesma distância do fio
(sobre a mesma linha de campo).
O campo magnético é tanto mais intenso
quanto maior for a corrente elétrica e menor
a distância ao fio.
CENTRO DE ESTUDO 6
O campo magnético em cada ponto:
Uma agulha magnética colocada numa região onde existe um campo magnético, orienta-se de acordo
com o campo (A) devido à ação de forças magnéticas que a orientam de acordo com o campo magnético
nesse ponto (B). Adquire direção tangente às linhas de campo e o seu polo norte aponta no sentido do
campo.
CENTRO DE ESTUDO 7
O fluxo do campo magnético, cuja unidade no SI é o webber (Wb)),
é proporcional ao número de linhas de campo que atravessam uma
superfície plana.
𝜙𝑚 = B A cos 𝛼
B- intensidade do campo magnético (T);
A- área da superfície (m2);
O fluxo do campo magnético através de um conjunto de espiras iguais e paralelas é igual ao produto do
fluxo através de uma espira pelo número total de espiras.
𝜙𝑚,bobina = N 𝜙𝑚,espira
CENTRO DE ESTUDO 8
Quanto maior a área A da espira Quanto maior a intensidade do campo magnético
maior o número de linhas de campo maior o número de linhas de campo que atravessam
que atravessam a espira, logo a espira, logo maior o fluxo magnético.
maior o fluxo magnético.
A indução eletromagnética explica o aparecimento de uma corrente elétrica induzida num circuito
fechado devido à variação do fluxo do campo magnético.
O galvanómetro indica passagem de corrente elétrica quando o íman se aproxima (A) ou se afasta (B) da
espira.
O galvanómetro indica passagem de corrente elétrica quando se movimenta a espira alterando a sua
direção em relação ao íman (C) ou a área delimitada pela espira (D).
CENTRO DE ESTUDO 9
A variação do fluxo do campo magnético numa espira origina uma forca eletromotriz induzida
nos seus terminais responsável pelo aparecimento de uma corrente elétrica induzida se o
circuito for fechado.
De acordo com a Lei de Faraday, o módulo da força eletromotriz, cuja unidade no SI é o volt (V),
induzida numa espira é igual ao módulo da variação do fluxo do campo magnético por unidade de tempo.
|∆𝜙𝑚 |
|𝜀𝑖 | =
∆𝑡
Numa bobina com N espiras iguais e paralelas entre si, o módulo da força eletromotriz induzida na bobina
será expresso por:
|∆𝜙𝑚 |
|𝜀𝑖,𝑏𝑜𝑏𝑖𝑛𝑎 | = 𝑁
∆𝑡
Conclusão
A força eletromotriz induzida é tanto maior quanto:
- maior for a variação do fluxo do campo magnético;
- menor for o intervalo de tempo em que ocorre a variação do fluxo de campo magnético;
- maior for o número de espiras.
A conversão inversa, de um sinal elétrico num sinal sonoro, é feita com um altifalante. Este
é constituído por um íman permanente fixo e uma bobina móvel que se articula num cone.
Quando a corrente alternada atravessa a bobina cria-se
um campo magnético e a interação atrativa ou repulsiva
entre os dois campos magnéticos, (da bobina e do íman)
origina na bobina-cone um movimento de vaivém,
ocasionando também a movimentação do ar com a mesma
frequência, reproduzindo assim a onda sonora original.
CENTRO DE ESTUDO 10
Interpretar a produção de corrente elétrica alternada em
centrais elétricas com base na indução eletromagnética e
justificar a vantagem de aumentar a tensão elétrica para o
transporte de energia elétrica.
Grande parte da corrente elétrica é produzida em centrais de produção de energia elétrica com recurso
a geradores de corrente alternada que transformam energia mecânica em energia elétrica. De um modo
geral, pode dizer-se que estes geradores de corrente alternada são constituídos por uma bobina colocada
numa região onde existe um campo magnético criado por um íman.
Nas centrais de produção industrial de energia elétrica coloca-se a bobina em rotação relativamente ao
campo magnético. Assim, o fluxo do campo magnético na bobina irá variar, o que, de acordo como
fenómeno da indução eletromagnética, gera uma força eletromotriz induzida nos terminais da bobina.
Ligando estes terminais a um circuito exterior fechado origina-se corrente elétrica no circuito.
Transformador
Um transformador é um aparelho que permite transformar uma corrente alternada com uma dada
tensão noutra com uma tensão diferente. É constituído por duas bobinas de fio enrolado à volta do mesmo
núcleo de ferro. O primário do transformador é o circuito formado pela bobina ligada a um gerador de
corrente alternada (com Np espiras), enquanto o secundário do transformador é formado pela bobina ligada
ao circuito exterior (com Ns espiras). A relação entre o número de espiras das duas bobinas determina a
razão entre a tensão de entrada (Up) e a de saída do transformador (Us).
CENTRO DE ESTUDO 11
𝑈𝑠 𝑁𝑠
=
𝑈𝑃 𝑁𝑃
Quando o número de espiras do primário é maior Quando o número de espiras do primário é menor
do que o número de espiras do secundário. do que o número de espiras do secundário.
CENTRO DE ESTUDO 12