COLÉGIO SÃO FRANCISCO XAVIER PROF: HELBEN 15 de março de 2011

 Direção: A força possui sempre a mesma

direção do campo elétrico .
CAMPO ELÉTRICO
Para que seja compreendido o mecanismo  Sentido:
de ação das forças elétricas, deve-se conhecer o – Se q > 0 (positiva), a força elétrica e o
conceito de campo elétrico.
Campo elétrico é a região do espaço que é campo elétrico , possuem mesmo sentido.
modificada devido a presença de uma carga – Se q < 0 (negativa), a força elétrica e o
elétrica Q (carga fonte), tal que uma outra carga
campo elétrico , possuem sentidos
(carga de prova), ao ser colocada nessa região,
fica sujeita a uma força de atração ou de repulsão contrários.
Obs.: O campo elétrico criado por uma carga Q
exercida pela carga fonte.
(carga geradora) pode ser de:

+ a) Afastamento

b) Aproximação

Desta maneira, considere que em uma

região do espaço onde exista um campo elétrico,
em um ponto P qualquer deste campo, seja
colocada uma carga puntiforme de valor q; nestas
condições, vale a relação:
em que E é o vetor campo elétrico no ponto P e F
é a força elétrica que age sobre a carga q.
A unidade do S.I. para a força F é o Newton
(N) e para a carga elétrica q, é o Coulomb (C). A
unidade oficial de intensidade do campo elétrico,
no entanto, é o volt por metro (V/m).
Da fórmula dada para o vetor campo elétrico,
vem:
MÓDULO DO VETOR CAMPO ELETRICO
Observe, nas figuras, que:
Quando a carga da prova q é positiva, os
vetores força elétrica ( ) e campo elétrico ( )
têm a mesma direção e o mesmo sentido.
Quando a carga de prova q é negativa, os
vetores e têm mesma direção, mas
sentidos opostos.
O vetor campo elétrico num ponto P, devido
a uma carga Q positiva, sempre tem sentido de
afastamento em relação a ela, enquanto o vetor
campo elétrico, devido a uma carga Q negativa,
sempre tem sentido de aproximação em relação
a ela, independentemente do sinal da carga de
prova q.
CAMPO ELÉTRICO DE UMA PARTÍCULA
ELETRIZADA

Sendo F o módulo da força elétrica que atua em
uma carga de prova q, colocada em um ponto do
espaço, o vetor campo elétrico E neste ponto tem
uma intensidade obtida pela relação:
 Intensidade:
Considere uma carga elétrica puntiforme Q,
colocada em um ponto fixo. Caso seja colocada
no campo elétrico gerado por Q uma carga
elétrica puntiforme q no ponto P, teremos uma
força de interação elétrica Fe. Sendo a distância
que separa as duas cargas r, podemos deduzir a
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fórmula para o cálculo do campo elétrico da

seguinte maneira:

Para duas partículas eletrizadas com cargas

=K (I) de módulos iguais, mas de sinais opostos, as
linhas de força têm o seguinte aspecto:

O módulo do vetor campo elétrico no ponto

P é dado por:

Fe = E (II)
Observe a simetria das linhas de força
Substituindo (I) em (II), obtemos: representativas do campo elétrico resultante de
dois campos criados por duas partículas
eletrizadas com cargas de mesmo módulo, mas
E=K de sinais opostos.
Para duas partículas eletrizadas com cargas
de mesmo sinal.

E=K

Logo, a intensidade do campo elétrico, no

campo de uma carga puntiforme Q fixa, é
inversamente proporcional ao quadrado da
distância do ponto onde se quer determinar a
intensidade do campo e a carga fixa, bem como
diretamente proporcional ao valor da carga.

LINHAS DE FORÇA.
Com a finalidade de indicar a presença de
campo elétrico em certas regiões do espaço,
criou-se uma forma geométrica de representação,
Observe a simetria das linhas de força
denominada linha de força.
representativas do campo elétrico resultante de
Por convenção, as linhas de força são
dois campos criados por duas partículas
orientadas no sentido do vetor campo. Assim,
eletrizadas com cargas iguais. No exemplo,
como o vetor campo tem sentido de afastamento
ambas são positivas. Caso fossem negativas,
em relação às cargas fontes positivas e de
mudaria apenas o sentido da orientação das
aproximação em relação às negativas, o mesmo
linhas de força, sendo conservados os demais
acontece com as linhas de força.
aspectos.
Para partículas solitárias eletrizadas, as
Caso as cargas das partículas tenham
linhas de força são radiais, como representam as
módulos diferentes, não será mais observada a
figuras seguintes:
simetria das figuras anteriores. Como exemplo,
podemos considerar duas partículas eletrizadas
com cargas de sinais opostos, tendo a carga
positiva o dobro do módulo da negativa. As linhas
de força tomam o aspecto da figura seguinte.
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Observe que o número de linhas de força
que saem da carga positiva e o dobro do número
que chega à negativa. Isso ocorre porque o
número de linhas de força em cada partícula deve
ser proporcional à sua carga.
Para finalizar, note que duas linhas de força
nunca se cruzam, pois se isso acontecesse
teríamos dois vetores campo elétrico definidos
num mesmo ponto, cada um tangenciando uma
das linhas de força.
O cruzamento de duas ou mais linhas de
força nunca pode ocorrer.
9.3. CAMPO ELÉTRICO UNIFORME.
É aquele em eu o vetor campo elétrico
constante em todos os pontos do campo, isto é,
tem sempre a mesma intensidade, a mesma
direção e o mesmo sentido.
Num campo uniforme as linhas de força são
retas paralelas. É o caso, por exemplo, do campo
elétrico entre duas placas metálicas paralelas,
eletrizadas com cargas de sinais contrários.
O vetor é constante, perpendicular às
placas e orientado da placa positiva para a
negativa.
DENSIDADE SUPERFICIAL DE CARGAS.
No processo de eletrização de um condutor,
ocorre uma movimentação de portadores de
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carga elétrica até que o corpo atinja o chamado
equilíbrio eletrostático, situação em que todos
os portadores responsáveis pela eletrização
acomodam-se na superfície externa do condutor.
Considere, então, um condutor de superfície
externa de área A, em equilíbrio eletrostático,
eletrizado com carga Q.
Por definição, a densidade superficial
média de cargas ( m) desse condutor é dada
pelo quociente da carga elétrica Q pela área S:
A densidade superficial de cargas é uma
grandeza física escalar algébrica, dotada do
mesmo sinal da carga Q, tendo por unidade, no
S.I., C/m2.
No exemplo acima, a densidade superficial
média de cargas é negativa.
O termo média, na densidade superficial de
cargas, é usado porque em geral as cargas
é elétricas não se distribuem de maneira uniforme
sobre a superfície externa do condutor.
O PODER DAS PONTAS.
Experimentalmente, constata-se que o
módulo da densidade superficial de cargas num
condutor eletrizado é maior nas regiões em que
ele possui menor raio de curvatura (regiões de
maior curvatura), como ilustra a figura ao lado.
Essa densidade tem módulo ainda maior em
regiões pontiagudas, o que lhes confere um
comportamento conhecido por poder das
pontas.
Devido à maior concentração de cargas, o
campo elétrico é mais intenso nas vizinhanças
das outras regiões do condutor. Esse campo mais
intenso pode ionizar o meio (ar, por exemplo)
onde o condutor se encontra, tornando esse meio
também condutor, como fazem os pára-raios.
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sem dúvida, a descoberta da indução

eletromagnética. Mesmo tendo uma formação
autodidata, Faraday dirigiu os laboratório do
Royal Institution, onde também revelou-se um
brilhante professor. Dentre suas obras, destaca-
se Investigações experimentais sobre a
eletricidade (1839).
Em 1836, desejando demonstrar na prática
que o campo elétrico é nulo no interior de um
condutor eletrizado, Faraday construiu uma
grande caixa usando telas metálicas condutoras e
isolou-a da Terra. Ele entrou na caixa, levando
consigo vários dispositivos de detecção da
presença de campos elétricos, e mandou que
seus assistentes, eletrizassem intensamente a
CAMPO ELÉTRICO CRIADO POR UM caixa. Feito isso, observou que nenhum dos
CONDUTOR ELETRIZADO. aparelhos acusava a existência de campo elétrico
no interior da caixa, e o próprio Faraday nada
Para um condutor eletrizado em equilíbrio sentiu, apesar de a caixa estar altamente
eletrostático, são válidas as seguintes eletrizada, com grande eflúvios elétricos saltando
observações: por vários pontos de sua superfície externa
O vetor campo elétrico é nulo nos pontos (eflúvios são descargas elétricas através de um
internos do condutor. gás).
Se o campo não fosse nulo, surgiriam força Esse dispositivo recebeu o nome de gaiola
nos portadores de cargas elétricas livres de Faraday, e é utilizado nos dias de hoje no
existentes nessa região, provocando seu isolamento industrial de transformadores e
deslocamento de um local para outro, fato este geradores eletrostáticos, entre outras aplicações.
que contraria a hipótese inicial de termos o Podemos concluir que uma região do
condutor em equilíbrio eletrostático. espaço totalmente envolta por um condutor fica
O vetor campo elétrico, em cada ponto da livre da ação de campos elétricos que possam ser
superfície externa do condutor, é perpendicular a criados por cargas estacionárias externas.
ela, possuindo intensidade proporcional ao
módulo da densidade superficial de cargas ( )
da região considerada.
Observe que, se o vetor campo elétrico não
fosse perpendicular à superfície do condutor,
existiria uma componente desse vetor,
tangenciando a superfície, o que provocaria o
movimento de portadores de carga elétrica aí
existentes, o que também contraria o fato de o
condutor estar em equilíbrio eletrostático.
9.7. A BLINDAGEM ELETROSTÁTICA E A
GAIOLA DE FARADAY.
Michael Faraday
(1791-1867), físico e
químico inglês, veio de
uma família muito
modesta. Trabalhou em
uma livraria em Londres
como entregador de
livros. Por meio da leitura
desses livros começou a
estudar e a interessar-se
pelas Ciências. Faraday
estabeleceu as leis da
eletrólise (as palavras
cátodo e ânodo foram criadas por ele) e
introduziu os conceitos de campo elétrico e
campo magnético, mas sua maior contribuição foi,
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A gaiola metálica produz uma blindagem

impedindo que a esfera sofra influencias do
campo elétrico criado pelo bastão.