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Universidade Federal do Espı́rito

Santo-UFES
Fı́sica
Fı́sica Experimental IV

Experimento A1- POLARIZAÇÃO:


VARIAÇÃO COM O ÂNGULO

Alunos: Cauã Tavares Passos Cortes, João Daniel I. Bissa, Pedro Bueno
Professor: Rogério N. Suave

Outubro
2022
1 Introdução
Na fı́sica, controlar as variáveis de uma determinada grandeza fı́sica possui
uma série de aplicações, principalmente para a propagação de informações
no espaço, como no caso das ondas eletromagnéticas. O agente responsável
por esse controle é o polarizador. Polarizadores são filtros, que permitem
a oscilação do campo elétrico apenas em uma direção. Essa propriedade se
deve à configuração da cadeia de moléculas, que são longitudinais. Quando
o campo elétrico passa, apenas a sua projeção no eixo do polarizador irá
passar, filtrando a oscilação da onda eletromagnética.
Supondo, portanto, que a direção do polarizador seja dada por uˆ1 e o
campo elétrico antes de passar pelo polarizador seja E. ⃗ Após passar pelo po-
larizador, apenas sua projeção em uˆ1 irá passar, ou seja, E⃗1 = (E ⃗ · uˆ1 )uˆ1 . De
maneira análoga, se colocarmos outro polarizador em série, teremos apenas a
⃗ Ou seja, E⃗2 = (E⃗1 · uˆ2 )uˆ2 , no qual uˆ2 é a direção
projeção da projeção de E.
do segundo polarizador. É nı́tido que se uˆ1 = ŷ e uˆ2 = x̂ o campo resultante
após os dois polarizadores será zero, pois os dois são perpendiculares.
Nesse experimento, estudaremos duas interações com polarizadores. O
primeiro, sobre como a intensidade luminosa varia com a distância,mais es-
pecificamente estudar a equação a baixo e como essa mesma grandeza varia
quando colocados 2 polarizadores em série e ao variar o ângulo entre eles.
K
I(r) = (1)
r2

2 Aspectos Experimentais
Primeiramente, para a realização do experimento, foi necessário desprover-
se de toda iluminação externa que pudesse interferir na medida da intensi-
dade da luz. Após isso, tiramos uma medida de referência com o polarizador
à uma distância de 1 cm da fonte de luz. Verificou-se visualmente que este
polarizador era totalmente vertical, pois o feixe de luz que atravessava estava
quase totalmente nessa direção.
Com isso, medimos a intensidade luminosa com um luximetro, conforme
descrito na imagem a baixo. Essa foi a medida de referência. Feito isso, foi
realizado 1 medida a cada 1 centı́metro de deslocamento do polarizador.

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Por conseguinte, no segundo experimento, colocamos outro polarizador,
o primeiro a uma distância de 15 cm e o outro 25 cm da ponte de luz. Como
os dois polarizadores são verticais, fizemos a medida de referência nessas
condições, e esperamos que esse seja o valor máximo da intensidade. Após
isso, variamos o ângulo do segundo polarizador de 10 em 10 graus, com
o cuidado de passar pelo valor especial de 45 graus. Repetimos o mesmo
processo no sentido anti horário, anotando todos os devidos valores de medida
do luximetro para cada variação do ângulo.

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3 Análise e Discussão
3.1 Primeiro experimento
Sabe-se que a intensidade, dado pela letra I, de uma fonte pontual de luz
é definida pelo inverso do quadrado da distância. E nesse experimento foi
possı́vel mostrar essa proporção, pelo os dados da tabela abaixo :

Distância(m) Instensidade média(lux)


0,01 1824
0,02 1034
0,03 674
0,04 455
0,05 334
0,06 264,5
0,07 206,5
0,08 171,2
0,09 143,7
0,10 123,6
0,11 104,1
0,12 87,3
0,13 78,0
0,14 64,9
0,15 60,2
Tabela - 1
Plotando tais dados é possı́vel obter o gráfico:

Gráfico - 1

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Tal resultado bate com a função ”f (x) = xa2 +b”, sendo ”a”e ”b”constantes
arbitrárias. Como queremos demonstrar, a intesidade diminui muito se a
distância aumenta, mesmo que pouco.
Para encontrar o coeficiente de proporção é necessário linearizar o gráfico
1, e para isso, tomamos as propriedade logarı́tmas. A tabela a baixo mostra
os dados da linearizaçãos dos pontos do gráfico 1:

Log—r— Log—I—
-2,00 3,16
-1,69 3,01
-1,52 2,82
-1,39 2,65
-1,30 2,52
-1,22 2,42
-1,15 2,31
-1,09 2,23
-1.04 2,15
-1,00 2,09
-0,95 2,01
-0,92 1,94
-0,88 1,89
-0,85 1,81
-0,82 1,77
Tabela - 2

Plotando tais dados é possı́vel obter o gráfico:

Gráfico - 2

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Note que o coeficiente linear do gráfico será a constante de proporção (k)
entre a intensidade e a distância, dado pela equação 1, cuja o valor encontrado
pela ferramenta computacional, SciDavis, é de log(0, 8) ± 0, 2.Um valor com
uma incerteza alta, porém, subsituindo esse valor com essa incerteza chega-se
no resultado desajado, que é o valor aproximado da constante.

3.2 Segundo experimento


Com o objetivo de verificar a equação:
I(θ)
= cos θ2 (2)
I0
Pelo dados do experimento, tem-se:
I(θ)
I0
cos θ2
1 1
0.96767182830 0.96983104
0.85873403966 0.88303609
0.74952458571 0.74995600
0.61369193154 0.58675600
0.53789731051 0.49999041
0.42868785656 0.41319184
0.26731866340 0.25000000
0.14314045096 0.11696400
0.04123879380 0.03013696
0.00008149959 0
Tabela -3

Plotando tais dados é possı́vel obter o gráfico:

Gráfico - 3

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Para que se tenha uma confirmação mais rigorosa, coletamos os seguintes
dados:
Intensidade Horário(θ) cos θ2
18550 1
18150 0.96983104
15640 0.88303609
13830 0.74995600
11600 0.58675600
10440 0.49999041
8040 0.41319184
5220 0.25000000
2748 0.11696400
745 0.03013696
0.5 0
Tabela - 4

Plotando tais dados é possı́vel obter o gráfico:

Gráfico - 4

Pelo gráfico 4, observa-se uma reta, e que de fato a relação da equação 1


está correta. Pois os erros são tão pequenos, que são desconsiderados.

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Através das mesmas análises, mas agora com os dados obtidos ao rotaci-
onar o polarizador no sentido antihorário, segue os dados obtidos:

Intensidade Ant-Horário(θ) cos θ2


18260 1
17470 0.96983104
15970 0.88303609
13760 0.74995600
10990 0.58675600
9360 0.49999041
7740 0.41319184
4620 0.25000000
2521 0.11696400
773 0.03013696
1.6 0
Tabela - 5

Plotando tais dados é possı́vel obter o gráfico:

Gráfico - 5

Resultado bem semelhante ao encontrado no gráfico 4, ou seja, não im-


porta a direção da rotação o mesmo resultado é obtido.

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Portanto diferença mais proeminente observada é a detecção de fotóns
mesmo com um polarizador fazendo um ângulo de noventa graus com o an-
terior, o que, conforme a teoria citada na introdução, deveria ser impossı́vel.
Tal erro se deve ao fato de que dificilmente os angulos escolhidos seriam exa-
tamente os mensurados, já que a rotação do polarizador depende únicamente
de um julgamento humano. E como o coeficiente angular calculado pelo Sci-
Davis, deu um valor bem próximo de um, que é o valor da reta de uma função
do tipo
y=x
.
Um adendo, este experimento pode-se ser feito girando só o polarizador
próximo a um laser, pois este já é polarizado. Tal ação, entretanto, exigiria
uma análize diferente dos dados, mesmo que também fossem válidos.
Como cidado anteriormente a intensidade mensurada pelo detector nada
mais é do que a projeção da onda polarizada horizontalmente no ângulo
escolhido. Esta onda é inicialmente polarizada desta forma com o intuito
de facilitar os cálculos e a própria execução do experimento, entretanto o
que realmente importa na análize dos dados é o ângulo entre os próprios
polarizadores, já que isso que definirá a magnitude do vetor que se projetará.

4 Conclusão
Por fim é possı́vel, concluir que, de fato a intesidade da luz é inversamento
proporcional ao quadrado da distância especulado na equação : I(r) = rK2 e
comprovado no gráfico-1. Comprovamos, também, que a intensidade de um
feixe de radiação que passa por dois polarizadores, centrados no mesmo eixo,
porém com suas grades em ângulos diferentes, segue o mesmo padrão.
No caso de distâncias fixas o ângulo entre os dois polarizadores afetará
I
a intencidade em uma equação dada : I(θ) 0
= cos θ2 , o que foi confirmado
através das análises dos gráficos 4 e 5.

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