Você está na página 1de 4

LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL IV

ÓTICA GEOMÉTRICA (PRECISA DE REVISAR! PROCURAR ALTERAÇÃO)

A1. LENTES: MEDIDA DA DISTÂNCIA FOCAL

A1.1 EQUIPAMENTO

Fonte de luz branca; lente convexa; tela de projeção; suportes; trilho óptico; papel branco.

A1.2 OBJETIVOS

 Determinar a distância focal de uma lente fina (aproximadamente delgada);


 Estudar imagens reais e virtuais.

A1.3 TEORIA

Para uma lente fina, a relação entre a dis- O L


tância focal e as distâncias do objeto e
da imagem à lente, é expressa na equa-
ção fundamental de lentes:
I
. (1)

Note que, pondo a relação acima na forma , verifica-se que o gráfico de


versus , extrapolado para distância infinita entre objeto e lente ( , ou seja, ), é
uma linha reta que intercepta o eixo exatamente no inverso da distância focal: .
Portanto, no limite , tem-se que a distância de focalização do objeto recairá sobre a posição
focal da lente. Outra estimativa da distância focal pode ser obtida com a interseção da reta expe-
rimental com o eixo : . Essa relação linear ( ) é melhor compreendi-
da se usarmos o conceito de convergência da lente, donde a equação tem declividade
e coeficiente linear , e tem a forma .
Outra alternativa de linearização seria multiplicar a equação fundamental (1) pelo produto ,
donde se obtém a equação
. (2)

Através dessa análise, a equação da reta agora é ( e ), donde teremos


duas estimativas para a distância focal:
e . (3).
Essa última análise é a preferida, pois a primeira implica em uso de números muito pequenos e, em
caso de uso de apenas algumas casas decimais, pode ocasionar erros de arredondamento.
Natureza
A convenção de sinais depende das naturezas do
Real Virtual
objeto e da imagem, se real ou virtual. Além Dist. focal (converg.) (diverg.)
disso, a distância focal pode ser positiva ( ) Objeto
para lentes convergentes ou negativa ( ) Imagem

para lentes divergentes. O quadro acima mostra a convenção de sinais usual.

FExpIV – (A1) LENTES – pág. 1 / 4


A ampliação da imagem, i.e., o aumento linear transversal (veja a figura acima para as ordenadas
de altura do objeto e da imagem ) pode ser obtida de uma semelhança simples de triângulos,
resultando em:
. (4)
O sinal negativo nesta expressão tem a ver com a tradicional convenção de sinais empregada, ou se-
ja, para a imagem direita e para a imagem invertida em relação ao objeto. Por último,
da Eq. (1) obtemos a distância focal em função da posição do objeto e da ampliação:
. (5)

A1.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

I. DISTÂNCIA FOCAL – MEDIDA DIRETA

Focalize um objeto distante, tal como a luminária de lâmpadas fluorescentes no laboratório, sobre
uma folha de papel. Mova a lente para cima e para baixo, diretamente sob a luminária, até obter
uma imagem nítida da luminária no papel. Meça a distância entre a lente e o papel, nessa condição
de focalização, repetindo o procedimento duas vezes. Essa é, aproximadamente, a distância focal f.

II. DISTÂNCIA FOCAL – GRÁFICO VERSUS , OU SUA ALTERNATIVA VERSUS

No trilho óptico, posicione o objeto (fonte de luz) e a tela de projeção, onde se formará a imagem,
para uma distância máxima que o trilho óptico permite. Posicione a lente L1, de distância focal no-
minal f1  200 mm , entre o objeto e a tela, movendo-a até achar uma posição em que a imagem ní-
tida do objeto se forme sobre a tela com ampliação de imagem. Meça as distâncias do objeto ( ) e
da imagem ( ) à lente, aproveitando-se da escala graduada em milímetros disposta adequadamente
sobre o trilho óptico. Meça também as dimensões do objeto e da imagem, para esta posição
da lente, anotando na tabela de dados. Sem mover o objeto nem a tela, mova a lente até uma segun-
da posição onde a imagem esteja em foco de novo, agora correspondente a redução de imagem; nes-
te passo você está verificando aqui a reversibilidade dos raios de luz! Anote as distâncias corres-
pondentes, mas agora não é preciso anotar a dimensão da imagem.
Mova agora a tela em direção ao objeto até o ponto em que não mais será possível encontrar duas
posições da lente com a imagem focalizada. Esse procedimento é necessário pois você precisa saber
qual é a distância mínima, entre o objeto e a tela, em que se consegue ainda obter duas imagens ní-
tidas (uma ampliada, a outra reduzida) na tela.
Sabendo essa posição, uma vez que nos interessa fazer um total de 16 pontos experimentais para o
traçado mais preciso da reta esperada entre e , volte para o outro extremo do trilho e avan-
ce a tela, em relação à primeira medida, cerca de um sétimo (1/7) da diferença entre a posição má-
xima (inicial) e a mínima (a que você recém obteve). Encontre as duas posições da lente que focali-
zem a imagem do objeto na tela, anotando os dois conjuntos de dados de distâncias ( , ) e tam-
bém a altura da imagem apenas para a condição de ampliação. Repita o procedimento mais seis ve-
zes, avançando a tela em direção ao objeto e anotando os dados na tabela de dados. Note que a am-
pliação só será medida nas cinco primeiras vezes. Na última medida você deverá estar na condição
de distância mínima permitida entre o objeto e a tela para obtenção de imagens nítidas.
Repita todo o procedimento acima para a lente L2, de distância focal nominal f 2  100 mm .

FExpIV – (A1) LENTES – pág. 2 / 4


A1.5 ANÁLISES E CONCLUSÕES

A. Faça gráficos de sua escolha e determine a distância focal de cada lente de dois modos dife-
rentes, conforme indicado no texto.
B. Apresente o resultado na forma f  f  f , comparando percentualmente f com o valor me-
dido estando o objeto no infinito e com o valor nominal da lente utilizada.
C. Apenas para os cinco primeiros dados, compare o resultado da ampliação medida diretamente
com a obtida das distâncias objeto-lente e imagem-lente. Tente fazer um gráfico e comente.
D. Responda às seguintes questões: A imagem é direta ou invertida? É real ou virtual, explicando
como chegaram a essa conclusão? Porque, para uma dada distância tela-objeto, existem duas
posições onde a imagem do objeto pode ser focalizada?
E. Você percebeu que o gráfico obtido no item (A) tem concentração de pontos nos extremos da
reta experimental, ou seja, os pontos estão longe de estarem uniformemente distribuídos no grá-
fico. Desenvolva um raciocínio teórico-prático para propor modificação na forma de coleta de
dados, envolvendo o espaçamento entre fonte e anteparo (tela de projeção), para que se melhore
a distribuição de pontos no gráfico. Leve em conta, em sua análise, a equação de lentes e outras
equações desenvolvidas no texto.
F. Um fato conhecido sobre lentes é que a distância mínima entre um objeto real e sua respectiva
imagem real, para que esta exista fisicamente, deve ser no mínimo de quatro vezes a distância
focal, ou seja, . Demonstre essa assertiva usando a equação fundamental de lentes!

Redação: Prof. Rogério N. Suave.

FExpIV – (A1) LENTES – pág. 3 / 4


A1.6 TABELA DE DADOS

LENTE #1 LENTE #2

DISTÂNCIAS ( ) DIMENSÃO ( ) DISTÂNCIAS ( ) DIMENSÃO ( )


MEDIDA

Imagem Imagem
Objeto Imagem Objeto Imagem
(só ampliação) (só ampliação)

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

Dimensão do OBJETO: = 20,0 = 20,0 .

Distância focal nominal: = 100,0 = 200,0 .

FExpIV – (A1) LENTES – pág. 4 / 4

Você também pode gostar