Professor: Dietmar William Foryta Horário da Aula: Quinta-feira 19h00min

Formação de Imagens por Refração através de Superfícies

Transparentes Esféricas
Ari Junior
Universidade Federal do Paraná
Centro Politécnico – Jardim das Américas – 81531-980 – Curitiba – PR - Brasil
e-mail : ari.r.j94@gmail.com

Resumo. A Equação Fundamental das Lentes é muito útil quando se quer observar as características de
imagens formadas por uma lente esférica ou sua associação. Este trabalho tem como objetivo verificar a
validade desta equação e aplicá la para se obter a distância focal de uma lente em um sistema óptico do tipo
projetor, em seguida será verificado as propriedades das imagens formadas por um microscópio e uma luneta e
calculado a ampliação obtidas com estes instrumentos. Foi observado que a utilização direta da Equação
Fundamental das Lentes descreve bem as características da imagem gerada por um sistema de lente única
(projetor) e com ela foi possível obter a distância focal da lente utilizada com grande aproximação. Ao se
observar as imagens obtidas com os instrumentos ópticos de 2 lentes, microscópio e luneta pode se verificar a
importância da ordem e do posicionamento das lentes em relação ao objeto para obter o resultado desejado
onde geralmente esta associação resulta em uma maior ampliação da imagem quando comparado ao projetor.

Palavras chave: Equação Fundamental das Lentes , lentes esféricas e instrumentos ópticos.

Introdução Onde:
ℎi é a altura da imagem
Uma lente é um objeto transparente, ℎo é a altura do objeto
limitado por duas superfícies refratoras com
um eixo central em comum (Halliday, 2016), Podemos combinar as equações 1 e 2 para
ela possui a propriedade de produzir imagens obter uma expressão que relaciona o aumento
com as mais variadas características baseadas angular com a distância da imagem. Temos da
no objeto, com a Lei da Refração e a técnica de equação 2 que:
localização de raios é possível determinar a
forma e localização das imagens produzidas 𝑑𝑖 = 𝑚. 𝑑𝑜
por qualquer tipo de lente, mas para lentes
esféricas assim como espelhos esféricos existe
Substituindo na equação 1 obtemos:
uma equação mais geral para a determinação
destas propriedades. Estas equação é chamada 1 1
de Equação Fundamental das Lentes ou 𝑚
= 𝑓
𝑑𝑜 − 1 (Equação 3)
Equação dos Pontos Conjugados e é dada por:

1 1 1 Se fizermos um gráfico de 1/𝑚 em função

𝑓
= 𝑑𝑜
+ 𝑑𝑖
(Equação 1) de 𝑑o teremos uma reta cujo os coeficientes
angular e linear seriam respectivamente:
Onde:
𝑓 é a distância focal da lente 1
𝑑o é a distância do objeto até a lente 𝑎= 𝑓
𝑒 𝑏= −1 (Resultado 1)
𝑑i é a distância da imagem até a lente
Com isso podemos determinar a distância
A ampliação linear da imagem é dada por: focal da lente utilizada para um instrumento
óptico de apenas uma lente, nesta prática será
ℎ𝑖 𝑑𝑖 estudado as características ópticas de um
𝑚= ℎ𝑜
= 𝑑𝑜
(Equação 2) projetor que cria imagens reais.
 A ampliação para um projetor pode ser
dada por:
𝑚𝑝 =
25 𝑐𝑚
𝑓
Onde:
𝑓 é distância focal da lente
25 cm é o ponto próximo, o objeto e a imagem
devem estar simultaneamente a uma distância
do observador igual ou maior que esta para que
haja nitidez da imagem (Sasaki, 2013).
Quando se tem mais de uma lente no
sistema a equação 1 ainda é válida mas deve se
separar as componentes com índices, neste
caso teremos duas imagens, uma intermediária
gerada pela primeira lente conhecida como
objetiva e uma imagem final gerada pela
segunda lente, a ocular, tem se que a imagem
intermediária serve como objeto para a lente
ocular onde suas localização vai definir as
características da imagem final. Nesta prática
será estudado dois sistemas com mais de uma
lente, o microscópio e a luneta.
Microscópio: Será um sistema de duas
lentes convergentes sendo uma de 75 mm e
outra de 150 mm, a finalidade é obter maior
ampliação de objetos próximos. A figura 1
mostra detalhes da formação da imagem em
um microscópio.
Figura 1: Representação das características de
posicionamento das lentes, objeto e imagens
obtidas para um sistema do tipo microscópio.
A ampliação total (𝑀) de um microscópio é
dada pelo produto da ampliação da primeira
lente que seria a ampliação de um projetor com
o da segunda lente que é equivalente a equação
2, ao observar a figura 1 substituímos -𝑑i/𝑑o
por 𝑓1/(𝑑o1- 𝑓1) e obtemos:
𝑓1 25 𝑐𝑚
𝑀= 𝑑𝑂1− 𝑓1
. 𝑓2
(Equação 4)
¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.
Luneta: Também será utilizado as lentes de
75 mm e 150 mm, a diferença com o
microscópio é que a luneta tem a finalidade de
observar objetos muito distantes, com isso
temos que os raios de luz do objeto chegam
quase paralelos a lente objetiva fazendo com
que a imagem intermediária se forme próximo
ao seu foco. A figura 2 mostra o diagrama de
raios para a configuração de lentes em uma
luneta.
Figura 2: Representação das características de
posicionamento das lentes, objeto e imagens
obtidas para um sistema do tipo luneta.
A ampliação angular para uma luneta pode
obtida assumindo que as lentes estejam
separadas por 𝑓1+𝑓2, a figura 3 mostra os
ângulos θ e θ’ que seriam os ângulos em que o
observador faz com o objeto ao passar pelos
focos das lentes.
Figura 3: Representação dos ângulos θ e θ’
com que o observador faz com o objeto ao
passar pelos focos das lentes em uma luneta.
Neste caso a ampliação para a luneta é
definida como:
θ
𝑚𝑙 = θ'
Como a luneta observa objetos muito longe
temos que os ângulos θ e θ´ são bem pequenos,
assim podemos assumir que θ ≈ 𝑡𝑔 θ e que
𝐶𝑂
θ' ≈ 𝑡𝑔 θ', como 𝑡𝑔 θ = 𝐶𝐴 :
ℎ𝑜
𝑓2
𝑚𝑙 = − ℎ𝑖
𝑓1
Mas como ℎ𝑖 = ℎ𝑜 obtemos:
𝑓1
|𝑚𝑙| = 𝑓2
(Equação 5)
Figura 4¹: Montagem experimental para a etapa
do projetor, as distâncias do e di são da lente até o
objeto e da lente até o anteparo onde a imagem é
projetada respectivamente.
Procedimento Experimental
Nos experimentos desta prática foi utilizado
equipamentos básicos de estudos para óptica,
sendo estes: trilho graduado, fonte de luz, lente
convexa 𝑓 = 75 mm, lente convexa 𝑓 = 150
mm, cruz-alvo, anteparo graduado e suportes.
Etapa 1: Projetor de uma lente
Para essa etapa montamos o equipamento
conforme a figura 4 utilizando a lente de 75
mm de distância focal deixando o objeto fixo a
100 mm de distância da fonte de luz, assim
poderíamos aproveitar mais o espaço do trilho
graduado. Se notou que ao variar a distância da
lente em relação ao objeto a projeção da
imagem também variava mas o procedimento
não poderia ser feito para qualquer distância,
como um dos objetivos é observar as diferentes
propriedades da imagem formada tínhamos
intervalos de distâncias bem definidos para
realizar a prática sendo de do ≥ 2𝑓, 3𝑓 > do > 𝑓
e do < 𝑓, com isso estabelecemos a partir de 2𝑓
4 medidas acima e 4 medidas abaixo com
intervalos entre 10 mm e 5 mm. Os resultados
obtidos das distâncias e tamanhos das imagens
foram anotados em uma tabela.
Etapa 2: Associação de lentes
Antes de estudar os instrumentos ópticos
microscópio e luneta obtemos as características
de imagens formadas por mais de uma lente
qualitativamente, para isso acrescentamos uma
lente convergente de 150 mm ao equipamento
utilizado anteriormente. Primeiro obtemos uma
imagem real utilizando a lente objetiva com 75
mm de distância focal, é possível verificar com
¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.
Figura 5¹: Montagem experimental para estudo do
microscópio, foi utilizado a lente de 75 mm de
distância focal como objetiva e a lente de 150 mm
como ocular.
a utilização do anteparo pois apenas imagem
reais podem ser projetadas, conhecendo a
posição desta primeira imagem conhecida
como intermediária podemos posicionar a 2°
lente tal que ela produzisse uma imagem final
real colocando a imagem intermediária antes
do foco da lente ou virtual onde a imagem
intermediária está entre o foco e a lente, as
características das imagens para estes dois
casos foram anotadas para análise.
Etapa 3: Microscópio
Para estudo do microscópio o equipamento
foi montado conforme mostra a figura 5 onde
primeiramente colocamos apenas a lente de 75
mm (objetiva). O objeto foi posicionado a 120
mm da lente objetiva e se verificou com um
anteparo a posição da imagem formada, esta
era maior, invertida e estava a 195 mm da
lente, em seguida foi colocada a lente ocular de
150 mm de distância focal tal que a imagem
intermediária estivesse entre o foco e a lente
ocular obtendo uma imagem virtual, ampliada
e invertida em relação ao objeto.
Em seguida a ocular foi posicionada de
forma a obter a imagem mais nítida possível,
as características da imagem foram anotadas
para análise.
Etapa 4: Luneta
Como a luneta é um instrumento para
visualizar objetos distantes, removemos o
objeto target e a fonte de luz do trilho
graduado deixando apenas as lentes, a figura 6
mostra como foi montado o equipamento.
Posicionamos a lente de 75 mm como ocular e
Figura 6¹: Montagem experimental para estudo da luneta, primeiramente foi utilizado a lente de 75
mm de distância focal como objetiva e a lente de 150 mm como ocular, em seguida a ordem foi
trocada para verificar a diferença da imagem obtida.

a de 150 mm como objetiva, a distância entre Tabela 1: Distância do objeto (do) e distância
as lentes foi colocada em aproximadamente da imagem (di) em relação a lente de 75mm de
225 mm, em seguida saímos do laboratório distância focal para o protetor, O e I são o
para visualizar objetos mais distantes. Após tamanho do objeto e da imagem projetada
alguns ajustes foi possível focalizar a imagem respectivamente.
e se verificou que ela era maior, invertida e
Lente Convergente de 75 mm
muito nítida.
do di O I
Trocamos a posição das lentes fazendo a de (mm) (mm) (mm) (mm)
150 mm como ocular e a de 75 mm como
objetiva, depois dos ajustes de distância entre 105 270 53
as lentes obtemos que a imagem formada era
menor, invertida e menos nítida mas com um 110 225 40
grande campo de visão.
125 185 30
Análise e Resultados
140 160 23
Etapa 1: Projetor de uma lente 150 150 19 19

Em todos os casos onde foi possível 160 140 17

projetar a imagem foi observado que ela era
invertida, para algumas distâncias do objeto 175 130 15
teve se dificuldade de fazer a medida do
seu tamanho quando por exemplo ele se 190 125 13
aproximava do foco da lente, neste caso a
imagem projetada era muito grande podendo 195 120 12
ficar maior que o anteparo, no outro extremo
para distâncias próximas a três distâncias Utilizando os valores de di e do assim como
focais a imagem era muito pequena ficando também com os valores do tamanho do objeto
quase pontual impossibilitando a medida, já (O) e tamanho da imagem (I) podemos obter a
para distâncias menores que a distância focal utilizando a equação 2 o módulo da ampliação
não foi possível projetar a imagem como era da imagem para os conjuntos de dados da lente
esperado já que a imagem gerada seria virtual.
de 75 mm, as duas formas de cálculo devem
Para todas as outras distâncias dos intervalos
ser equivalentes.
estabelecidos pode se fazer as medidas.

A tabela 1 mostra as distâncias obtidas A tabela 2 mostra as ampliações (𝑚) obtida

entre o objeto e a imagem em relação a lentes para cada conjunto de imagem projetada da
de 75 mm de distância focal. etapa do projetor.

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.

Tabela 2: Ampliações obtidas para as imagens Gráfico 2: Inverso da ampliação da imagem
projetadas para o projetor com lente única de (1/𝑚) em função da distância do objeto (do).
75 mm de distância focal.
Ampliações 𝑚
Lente Convergente de 75 mm

hi/ho di/do

2,789 2,571

2,105 2,045

1,579 1,480

1,210 1,143

1 1 De fato, o gráfico possui uma tendência

linear como mostra o ajuste da melhor reta,
0,895 0,875 com este resultado podemos obter a distância
focal como mostra o resultado 1.
0,789 0,743
Assim obtemos que:
0,684 0,658
−1 1
0,631 0,615 0, 0132 𝑚𝑚 = 𝑓
Ou seja:
Com os dados da tabela 1 traçamos um 𝑓 = 75, 75 mm
gráfico de di em função de do.
O valor de referência é de 75 mm obtido
Gráfico 1: Distância da imagem em função da pelo fabricante da lente.
distância do objeto em relação a lente de 75
mm para o projetor. Etapa 2: Associação de lentes

Foi observado que a lente objetiva atua com

lupa criando uma imagem real, maior e
invertida do objeto, por sua vez esta imagem
intermediária é interpretada como um objeto
para a lente ocular onde as suas características
dependem do posicionamento da imagem
intermediária em relação à ocular. As figuras 7
e 8 mostram representações da configuração
para se obter uma imagem final real e uma
virtual.

Figura 7: Representação da associação de duas

lentes para se obter uma imagem final maior,
No gráfico 1 observa se uma relação direita e real.
exponencial entre di e do assim como esperado
segundo a equação 1. Com a média dos dados
da tabela 2 podemos traçar o gráfico de 1/𝑚
em função de do onde se espera obter uma
relação linear assim como mostra a equação 3.

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.

Figura 8: Representação da associação de duas
lentes para se obter uma imagem final maior,
invertida e virtual.
A imagem final obtida pela configuração da
figura 7 pode ser projetada em um anteparo,
assim pode se confirmar as suas características
sendo real, maior, e direita em relação ao
objeto, esta configuração é bem interessante
quando se precisa obter uma imagem maior
pois ela possui uma boa ampliação comparada
com o projetor e também tem a vantagem de
formar uma imagem direita.
Temos que não foi possível projetar a
imagem da configuração da figura 8 pois esta
criava uma imagem virtual, mas foi possível
visualizar pela lente suas características como
sendo invertida em relação ao objeto e maior,
esta configuração possui a vantagem de ser
mais compacta quando comparada a da figura
7 e também fornece uma ampliação superior.
Etapa 3: Microscópio
Ao observar o tamanho da imagem
utilizando apenas uma lente e a associação foi
verificado que a ampliação é bem maior com a
utilização do microscópio. Podemos confirmar
isso calculando as respectivas ampliações para
os dois casos. A ampliação feita pelo projetor
para a associação das lentes do microscópio
corresponde a primeira parte da equação 4
sendo:
𝑓1
𝑚1 = 𝑑𝑜− 𝑓1
Substituindo os valores:
75 𝑚𝑚
𝑚1 = 120 𝑚𝑚 − 75 𝑚𝑚
¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.
𝑚1 = 1, 66
A ampliação total para o microscópio é
dada pelo produto da ampliação das duas lente
como mostra a equação 4, substituindo os
valores obtemos:
75 𝑚𝑚 250 𝑚𝑚
𝑀= 45 𝑚𝑚
. 150 𝑚𝑚
𝑀 = 2, 78
De fato, a ampliação é bem maior quando
utilizamos a associação de lentes para se fazer
um microscópio. Outras características obtidas
foram que a imagem intermediária era real,
invertida e maior podendo ser projetada
diferente da imagem final que era virtual assim
como esperado segundo a figura 1.
Etapa 4: Luneta
Ao utilizarmos a lente de 75 mm como
ocular e a lente de 150 mm como objetiva se
obteve uma ampliação muito maior em
comparação com a configuração trocada,
podemos verificar isso obtendo a ampliação
para os dois casos dada pela equação 5.
Lente 75 mm ocular e 150 mm como objetiva.
|𝑚𝑙| = 75
150
|𝑚𝑙| = 2
Lente 150 mm ocular e 75 mm como objetiva.
|𝑚𝑙| = 150
75
|𝑚𝑙| = 0, 5
Temos uma mudança significativa na
ampliação considerando os dois casos, mas
mesmo com uma ampliação menor a segunda
configuração possui a vantagem de fornecer
um campo de visão bem maior apesar de ser
menos nítida a imagem.
 Conclusão
Para o sistema do projetor de lente única a
Equação Fundamental das Lentes se mostrou
muito útil para descrever as distâncias entre a
lente e o objeto, juntamente com a equação da
ampliação pode se a partir da análise gráfica
obter o foco da lente utilizada com grande
proximidade do valor de referência. Também
foi possível verificar algumas características da
imagem formada como para valores de do
muito próximo de 𝑓 a imagem projetada é
muito ampliada podendo ficar maior que o
anteparo graduado não possibilitando a medida
do seu tamanho, no outro caso temos para
distâncias próximas a 3𝑓 a imagem formada é
menor a ponto de ficar pontual na projeção.
Outra característica observada foi que todas as
imagens projetadas eram invertidas, assim não
podemos formar uma imagem real direita com
um projetor como era esperado segundo a
Equação Fundamental das Lentes pois para
este caso apenas imagens virtuais poderiam ser
direitas.
A parte de associação de lentes forneceu
uma base teórica para o comportamento da
imagem quando temos mais de uma lente, ao
fazer algumas configurações de distância foi
verificado diferenças tanto na ampliação
quanto na projeção da imagem, também se
pode se verificar a criação de uma imagem
intermediária que auxiliou na compreensão dos
instrumentos ópticos. A primeira configuração
utilizada forneceu uma imagem final real,
maior e direita como representado na figura 7 e
na segunda se obteve uma imagem final
virtual, maior e invertida como mostra a figura
8, todos estes resultados estão de acordo com o
esperado.
como por exemplo uma lente objetiva com
foco pequeno já que o objeto deve ser colocado
próximo ao foco e o instrumento tem como
objetivo visualizar objetos próximos, para
melhorar a ampliação poderíamos trocas lente
ocular de 150 mm por outra de 75 mm, com
isso teríamos uma ampliação ainda maior já
1
que 𝑚 ∝ 𝑓 .
Na configuração de luneta pesar da lente
objetiva formar uma imagem intermediária
reduzida esta ainda pode ser útil e servir de
objeto para a ocular á ampliar, assim a luneta
se mostrou muito boa para se observar objetos
distantes mas também possui configurações
específicas para se obter o resultado desejado,
como por exemplo a distância entre as lentes
serem próximas à soma das distâncias focais e
como verificado no cálculo da ampliação a
ordem das lentes também influenciam na
imagem final. Quanto a ampliação da imagem
final como observado na equação 5 ela será
maior se utilizarmos uma lente objetiva com
distância focal maior e uma ocular com
distância focal menor, contudo deve se
aumentar o diâmetro das lentes para manter a
intensidade/brilho da imagem formada.
Referências
[1]D.Halliday e R. Resnick, “Fundamentos de
Física”, Volume 4, 10ª edição, Edit. LTC Ltda,
Rio de Janeiro (2016).
[2]D.G.G. Sasaki, V.L.B. de Jesus, “Utilização
do conceito de aumento angular para
interpretar imagens observadas em espelhos
esféricos côncavos”, Revista Brasileira de
Ensino de Física, v. 35, n. 1, 1506 (2013).

Ao se comparar a ampliação de apenas

uma lente com a do microscópio concluímos
que é muito mais vantajoso utilizar esta
configuração de associação de lentes para
observar objetos mais próximos da objetiva. As
características das imagens intermediária e
final também foram verificadas e estão de
acordo com o esperado. O microscópio nos
mostrou algumas características necessárias de
configuração para se obter um bom arranjo,

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012.