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Como ilustrado na figura 6.8, um feixe de luz horizontal, proveniente de uma fonte de luz
adequada, é divergido através de um vidro reflector plano através da objectiva do
microscópio, para incidir sobre a superfície da amostra. É, então, reflectida uma certa
quantidade de luz pela amostra, esta luz reflectida passa outra vez através da objectiva e
vai formar, uma imagem aumentada da área iluminada, chamada “imagem real primária”.
Esta imagem é reproduzida na ocular - pois a imagem intermédia está localizada no ponto
focal da ocular - que funciona como uma lupa, fornecendo uma imagem mais ampliada,
mas virtual, que é vista pelo olho humano.
A dimensão da imagem primária depende da distância relativa à qual se encontram o
objecto e a imagem da objectiva; e a distância exacta à qual se encontra a imagem depende
da distância focal da objectiva e da distância entre o plano da amostra e o ponto focal da
frente da objectiva.
A refracção dos raios luminosos quando passam de um material opticamente denso para
um material menos denso a partir de um ângulo crítico, !c, os raios luminosos passam a ser
difractados (figura 6.9).
Caracterização de Materiais 211
ambos os casos, este ponto é conhecido como foco e a distância entre este ponto e a lente é
a distância focal.
A distância focal diminui com o aumento da curvatura da superfície das lentes (figura
6.11).
Se duas lentes de diferentes tipos forem combinadas, o sistema resultante pode ser
convergente ou divergente, dependendo do poder das lentes utilizadas. Quando, partir de
um ponto, um raio viaja paralelo ao eixo óptico, então é refractado em direcção ao foco. Se
um segundo raio viajar a partir do mesmo ponto e passar através do centro da lente, não vai
ser reflectido e vai intersectar o primeiro raio no local onde a imagem se forma.
Um microscópio ou uma lupa produz uma imagem do objecto em que o microscópio ou a
lupa se encontram focados. Uma lente simples bi-convexa, como ilustrada na figura 6.12,
permite que a imagem seja obtida no olho humano, como se se encontrasse a uma distância
de cera de 25 cm (distância de referência ou tradicional ou convencional).
De modo a compreender o funcionamento das lentes do microscópio, devem rever-se
alguns princípios básicos da formação da imagem através de uma lente.
Caracterização de Materiais 213
Lentes convergentes
Dependendo da localização do objecto em relação ao foco da lente, a imagem pode ser real
ou virtual, e ou ampliada ou reduzida. Algumas das condições principais que descrevem
relações entre objecto-imagem encontram-se a seguir descritas, sendo a a distância entre a
lente e o objecto e f a distância focal.
Até este ponto todas as imagens formadas são reais, ou seja, sempre que a > f as imagens
formadas são reais.
d. Objecto colocado no foco a = f
No caso limite do objecto se encontrar sobre o foco, vamos ter uma imagem reproduzida
no infinito (figura 6.16), desta forma nenhuma imagem pode ser projectada num écran.
Esta condição pode ser utilizada para a determinação da distância focal de uma lente, se
pensada ao contrário: feixes de luz paralelos provenientes de uma “distância infinita” do
objecto convergem na distância focal da lente. Este é o caso da formação de imagem num
telescópio.
Caracterização de Materiais 215
Para a formação da imagem final no microscópio são utilizadas várias destas relações. No
caso da objectiva focada na amostra, a imagem obtida é real e ampliada, o que significa
que o objecto se encontra colocado a uma distância entre f e 2f, e claro quanto mais perto
do foco estiver o objecto maior será a ampliação. A função da ocular é de ampliar a
imagem primária formada pela objectiva e em conjunto com o sistema de lentes do olho,
produzir uma imagem intermédia real e ampliada na retina. Assim, o objecto da ocular
encontra-se a a < f, resultando numa imagem virtual e ampliada que não pode ser focada
num ecran ou capturada com uma câmara.
Caracterização de Materiais 216
No entanto, quando se coloca o olho atrás da ocular para examinar a imagem, o sistema
ocular-olho produz uma imagem secundária na retina, que o cérebro interpreta como uma
imagem virtual colocada a cerca de 25 cm do olho. A percepção visual de uma imagem
virtual é comum nos sistemas ópticos. Por exemplo, “vêm-se” imagens virtuais quando se
utilizam lupas ou quando nos olhamos no espelho.
Se se percorrer o percurso da imagem mais exaustivamente, a primeira lente do
microscópio é a que se encontra mais próximo do objecto a ser examinado, e por esta razão
chamada, objectiva. A luz proveniente de uma fonte (interna ou externa) passa através de
um condensador, que forma um cone de luz bem definido que é concentrado no objecto
(amostra). A luz passa através da amostra ou é reflectida na amostra e entra na objectiva,
que projecta uma imagem da amostra real, invertida e ampliada num plano fixo no interior
do microscópio chamado plano intermédio de imagem (figura 6.18). Este plano
normalmente está colocado cerca de 10 mm abaixo do corpo do microscópio, numa
localização específica no diafragma interno fixo da ocular. A distância entre o plano focal
da objectiva e o plano da imagem intermédia é chamada a distância óptica do tubo.
A ocular que se encontra na parte superior do tubo, é o componente óptico mais afastado
da amostra. O posicionamento da ocular é tal que amplia a imagem real projectada pela
objectiva. O observador vê esta imagem secundariamente ampliada como se esta se
encontrasse a 25 cm do olho, sendo que esta imagem aparece como se encontrasse na base
do microscópio. A distância do topo do tubo de observação ao limite da objectiva é de
cerca de 160 mm num sistema com tubo de comprimento finito. Esta distância é conhecida
como o comprimento mecânico do tubo.
Lentes divergentes
a. imagem virtual e reduzida
Um objecto colocado na frente da lente é reproduzido como uma imagem virtual, reduzida
e não invertida (figura 6.18).