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Som

produção e propagação do som e ondas

• O som é produzido pela vibração de um corpo ou de um material.


• Uma fonte sonora é o corpo ou material que vibra, originando um som.
• A amplitude de oscilação corresponde ao afastamento máximo do elemento vibratório
rela vamente à sua posição de equilíbrio.
• A frequência, f, de uma fonte sonora, cuja unidade SI é o hertz, Hz, é o número de vibrações que a
fonte sonora efetua por unidade de tempo.

• O som propaga-se nos sólidos, líquidos e gases com a mesma frequência da respec va fonte
sonora. Não se propaga no vácuo.
• As vibrações das camadas de ar criam, alternadamente:
- zonas de compressão - zonas de maior densidade do ar, onde a pressão é maior;
- zonas de rarefação - zonas de menor densidade do ar, onde a pressão é menor.
• Na propagação do som num meio material, os corpúsculos não se deslocam ao longo do material,
apenas vibram, transferindo energia entre si.
• O som é uma onda de pressão.
• O valor da velocidade de propagação do som, vsom, num dado meio, calcula-se dividindo a
distância, d, percorrida pelo som nesse meio, pelo intervalo de tempo, 🔺t, que o som demora a
percorrer essa distância.

• A unidade SI de velocidade de propagação do som é o metro por segundo, m/s.


• A velocidade de propagação do som depende da combinação de vários fatores, como temperatura,
densidade e propriedades elás cas do meio material (por exemplo, a compressibilidade).
• Em geral: vsom (sólidos) > vsom (líquidos) > vsom (gases)

• Uma onda resulta da propagação de uma vibração.


• Uma onda transporta energia ao longo do meio em que se propaga, mas não transporta os
corpúsculos; estes apenas vibram, transferindo energia entre si.
• A amplitude, A, de uma onda é o afastamento máximo de um ponto da onda rela vamente à
posição de equilíbrio. Quanto maior é a amplitude da onda, mais energia é transferida ao longo
do meio material em que se propaga.
• As ondas podem ser transversais ou longitudinais.
• Uma onda é caracterizada por uma frequência que é igual à frequência da fonte que origina a
vibração. Quanto maior é a frequência da onda, mais energia é transferida ao longo do meio material
em que se propaga.
• O período, T, de uma onda é o tempo que demora uma vibração completa.
• A frequência, f, é o número de vibrações por unidade de tempo.
• O período, T, e a frequência, f, relacionam-se entre si da seguinte forma:

• Num gráfico pressão-tempo podemos ver a variação temporal da pressão do ar, num ponto do
meio, quando uma onda sonora se propaga através desse meio.

atributos do som e a sua deteção pelo ser humano e fenómenos acústicos

• Os atributos de um som são a intensidade, a altura e o mbre.


• A intensidade de um som permite dis nguir sons fortes de sons fracos. Depende da amplitude de
vibração da fonte sonora.

• A intensidade do som diminui com o aumento da distância à fonte sonora; o som é cada vez mais
fraco.
• A intensidade de um som está relacionada com a energia transferida pela onda sonora.
• A altura de um som permite dis nguir sons altos ou agudos de sons baixos ou graves. Depende da
frequência de vibração da fonte sonora:

• O mbre de um som permite dis nguir sons com a mesma intensidade e altura produzidos por
fontes sonoras diferentes.
• Um som puro, emi do por um diapasão, tem uma frequência bem definida.
• Um som complexo resulta da sobreposição de vários sons puros com diferentes frequências.
• Com um microfone e um osciloscópio (ou computador) é possível visualizar os sinais produzidos
por diferentes ondas sonoras.

deteção do som pelo ser humano

• No ouvido humano, as ondas sonoras são captadas no ouvido externo, amplificadas no ouvido
médio e transmi das ao cérebro, através do nervo audi vo, no ouvido interno.
• O ouvido humano só deteta ondas sonoras numa determinada gama de frequências.
• O limiar de audição corresponde ao nível de intensidade sonora mínimo que o ouvido humano
deteta, a uma dada frequência.
• O limiar de dor corresponde ao nível de intensidade sonora máximo que o ouvido humano
pode suportar sem sen r dor.
• A Exposição prolongada ou permanente a sons de elevada intensidade, quer seja música quer seja
ruído, pode causar, a longo prazo, lesões audi vas irreversíveis, como surdez parcial ou total.
• O espetro sonoro é o conjunto de todas as ondas sonoras de diferentes frequências, podendo ser
dividido em três bandas:
- infrassons;
- sons audíveis pelo ser humano;
- ultrassons.
• Os infrassons são ondas sonoras de frequências extremamente baixas, até 20 Hz. Conseguem
contornar facilmente obstáculos e percorrer grandes distâncias.
• Os sons audíveis correspondem a ondas sonoras de frequências compreendidas entre 20 Hz e
20 000 Hz.
• Os ultrassons são ondas sonoras de frequências bastante altas, acima de 20 000 Hz.
• Alguns animais conseguem ouvir e emi r sons que não são audíveis pelo ser humano.
• A poluição sonora é a poluição provocada pelo som, podendo ser reduzida por isolamento acús co
• Níveis médios de ruído acima de 80 dB são um fator de risco para a saúde, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS).

fenómenos acústicos

• Os fenómenos de reflexão e absorção do som ocorrem simultaneamente.


• A reflexão do som dá-se sempre que as ondas sonoras encontram super cies duras e lisas e voltam
para trás, noutra direção ou na mesma direção, mas em sen do contrário.
• A absorção do som ocorre quando a energia transferida pelas ondas sonoras é absorvida pelo
meio material.
• O ser humano só consegue dis nguir dois sons se eles chegarem aos seus ouvidos com um
intervalo de tempo igual ou superior a 0,10 s.
• O eco é uma consequência da reflexão de um som. Consiste em ouvir a repe ção de um som
emi do.
• Para que o eco seja detetado, o som terá de percorrer no ar, a velocidade de 340 m/s (a 15°C), pelo
menos 34 m: 17 m até encontrar um obstáculo e os outros 17 m na volta, até ser detetado no local
de onde foi emi do.
• A reverberação é uma consequência da reflexão do som. Consiste no prolongamento do som
original por reflexões sucessivas em obstáculos próximos.
• A ecolocalização, o sonar e a ecografia são aplicações da reflexão do som (ultrassons).
luz
a luz e a sua propagação

• Os corpos luminosos são corpos que emitem luz visível. São fontes de luz visíveis.
• Os corpos iluminados são corpos que não emitem luz visível; apenas são visíveis quando a luz que
neles incide é refle da e chega aos nossos olhos. São recetores/refletores de luz visível.
• Sombra é a ausência de luz visível e penumbra é a diminuição de luz visível por interposição de um
objeto.
• A sombra e a penumbra devem-se à propagação em linha reta (num meio homogéneo) da luz
visível.
• A luz ou onda de luz é uma onda eletromagné ca ou radiação eletromagné ca, que pode ser
visível ou não visível.
• A velocidade máxima com que a energia ou a informação podem ser transferidas é a velocidade da
luz no vácuo.
• O espetro eletromagné co é o conjunto de todas as ondas eletromagné cas (luz visível e luz
não visível) de diferentes frequências.
• As radiações do espetro eletromagné co são, por ordem crescente de frequência: ondas de rádio,
micro-ondas, radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, raios X e raios gama.

reflexão da luz, espelhos, e características das imagens

• Na reflexão da luz, a luz incide numa super cie e muda de direção ou apenas de sen do, não
mudando de meio. A luz refle da é menos intensa do que a luz incidente devido à absorção de
luz pela super cie.
• A luz refle da tem a mesma frequência da luz incidente e propaga-se com a mesma velocidade,
pois não muda de meio.
• A reflexão especular ou regular da luz ocorre predominantemente nas super cies polidas.
• A reflexão difusa ou irregular da luz ocorre predominantemente em super cies rugosas.
• A reflexão especular, a reflexão difusa e a absorção da luz ocorrem em simultâneo.
• Leis da reflexão da luz:
- o raio incidente, o raio refle do e a reta normal ao espelho no ponto de incidência estão no mesmo
plano;
- o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
• A imagem de um objeto real num espelho plano é virtual, direita, do mesmo tamanho do objeto,
simétrica do objeto em relação ao espelho e a distância da imagem ao espelho é igual à distância do
objeto ao espelho.
• Os espelhos curvos podem ser côncavos ou convexos.
• A luz que incide num espelho esférico côncavo, paralelamente ao seu eixo principal, origina luz
convergente num ponto designado por foco (real).
• Num espelho côncavo, a imagem de um objeto real pode ser virtual, direita e maior do que o
objeto ou, então, real, inver da e maior ou menor do que o objeto, dependendo da distância do
objeto ao espelho.
• A luz que incide num espelho esférico convexo, paralelamente ao seu eixo principal, origina luz
divergente de um ponto designado por foco (virtual).
• Num espelho convexo, a imagem de um objeto real é sempre virtual, direita e menor do que o
objeto.

refração da luz
• A refração da luz ocorre quando a luz muda de direção ao passar de um meio transparente para
outro, devido à diferente velocidade de propagação da luz nos dois meios.
• A refração da luz é sempre acompanhada de reflexão e de absorção, sendo que a intensidade da
luz refratada é menor do que a intensidade da luz incidente.
• A luz refratada tem a mesma frequência da luz incidente.
• Quando a luz passa para um meio onde a velocidade de propagação é menor, o raio refratado
aproxima-se da normal.
• Quando a luz passa para um meio onde a velocidade de propagação é maior, o raio refratado
afasta-se da normal.

lentes e visão humana

• Nas lentes convergentes, os raios luminosos que incidem paralelamente ao eixo principal da lente
refratam-se, convergindo num ponto designado por foco real.
• A imagem de um objeto real formada com uma lente convergente pode ser virtual, direita e maior
do que o objeto ou, então, real, inver da e maior ou menor do que o objeto, dependendo da
distância do objeto à lente.
• Nas lentes divergentes, os raios luminosos que incidem paralelamente ao eixo principal
refratam-se, divergindo a par r de um ponto designado por foco virtual.
• A imagem de um objeto real dada por uma lente divergente é virtual, direita e menor do que o
objeto.
• A vergência, V, ou potência focal de uma lente é igual ao inverso da distância focal da lente.

• O olho humano possui meios transparentes que atuam como lentes convergentes.
• O cristalino é uma estrutura transparente que funciona como lente convergente, mudando a sua
curvatura para que as imagens dos objetos se formem na re na. Esta propriedade do cristalino
designa-se por poder de acomodação.
• As imagens formadas na re na são imagens reais, inver das e menores do que o objeto.
Existem alguns defeitos de visão, como a miopia e a hipermetropia.
• Uma pessoa com miopia vê bem ao perto, mas vê mal ao longe, enquanto uma pessoa com
hipermetropia vê mal ao perto, mas vê bem ao longe.
• A miopia pode ser compensada com lentes divergentes e a hipermetropia com lentes
convergentes.

dispersão da luz branca e cor dos objetos


• Cada uma das radiações visíveis que fazem parte do espetro eletromagné co apresenta cor e
frequência caracterís cas: dizemos que é uma luz monocromá ca.
• A luz branca resulta da sobreposição de luz monocromá ca de diferentes cores; é uma luz
policromá ca.
• O espetro da luz visível pode resultar da decomposição da luz branca.
• A dispersão da luz branca ocorre quando a luz policromá ca sofre decomposição nas suas
componentes monocromá cas.
• A dispersão da luz policromá ca está associada ao facto de a velocidade de propagação da luz em
determinados meios depender da frequência da radiação.
• O arco-íris tem origem na dispersão da luz branca do Sol pelas gotas de água da chuva.
• A perceção da cor pelos nossos olhos é resultado da combinação das três cores que a re na é
capaz de detetar: vermelho, verde e azul.
• Quando um objeto opaco é iluminado com luz visível, este absorve parte da luz que sobre ele
incide e reflete a restante.
• A cor de um objeto opaco tem que ver com a luz visível que reflete. Esta depende do po de luz
incidente e do material de que é feito o objeto.

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