Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
QS 1 Rua 212 Lotes 11, 13 e 15, s/n – Taguatinga Águas Claras, Brasília (DF)
Alunos: Christian Lucas Américo da Silva; Danilo Lourenço de Brito; Lana Cristina
Evangelista Ferreira Sá; Luísa Gonçalves Leandro dos Santos.
Brasília, DF
2020
1. Introdução
Devido ao seu vasto território e ao seu relevo, o bioma acaba sendo vitimado
pela busca constante de terras para a agricultura intensiva, principalmente de soja e os
números apontam que 55% de todo o território foi desmatado. O solo é pobre em
nutrientes, mas possui níveis elevados de alumínio em sua composição (o que deixa a
típica coloração avermelhada), que também pode ser encontrado nas folhas das plantas
nativas, entretanto isto não desfavorece o desmatamento de grandes áreas de cerrado
para a introdução de pastos e o plantio para o consumo humano onde são usados os
fertilizantes, calcário e agentes genotóxicos, como os agrotóxicos (RODRIGUES,
2005).
Por conta disso é necessária uma atenção mais especifica quando se trata de
herpetofauna, pois devido a sua sensibilidade com o meio ambientem ficam à mercê da
extinção pelas alterações causadas pelas pessoas em seu meio. Estudos como este estão
correlacionados ao incentivo de conservar estas espécies, (ZANELLA et al;
MACHADO, 2013) bem como explorar áreas das quais não se concentrem apenas em
levantamento de fauna, incluindo pesquisas de interesse médico, desenvolvimento de
indivíduos, interação entre espécies, ecologia e eficácia quanto as técnicas de
amostragem.
2. Objetivos
2.1 Gerais:
Fazer um levantamento de hepertofauna, análise de toxinas, presença de
parasitos (hemoparasitoos e ectoparasitos), observar desenvolvimento larval, danos ao
DNA e eficiência das metodologias de amostragem.
2.2 Específicos:
- Conhecer a composição de espécies da herpetofauna;
- Estimar a riqueza e a diversidade de espécies da área de estudo;
- Verificar aspectos da biologia (utilização de habitats e ocorrências sazonais) das
espécies encontradas;
- Capturar e coletar espécies de répteis e anfíbios;
- Relatar a eficiência das armadilhas: Interceptação e queda (Pitfall); Armadillha de
funil (Funnel trap); Armadilha adesiva (Glue traps); abrigos artificiais e busca ativa.
- Verificar presença de hemoparasitos e ectoparasitos;
- Analisar possíveis danos no DNA através de teste cometa;
- Observar o desenvolvimento dos girinos dessas áreas;
- Comparar a diversidade das regiões e dos locais de coleta.
- Identificar as espécies de anuros por meio de registro e sonoro.
3. Metodologia
Serão quatro métodos no estudo, sendo eles: busca ativa (limitada ou não por
tempo), armadilha de interceptação e queda (pitfall traps), armadilhas adesivas (glue
trap), abrigos artificiais, encontros ocasionais.
Figura 1. Esquema de montagem de armadilhas pitfall, composta por quatro baldes dispostos
radialmente ao nível do solo e unidos por cercas-guia de lona, amparadas por estacas de
madeira, adaptado de Recorder et al, 2011.
Nos baldes serão feitos pequenos furos no fundo para evitar o acúmulo de água
das chuvas, prevenindo que os animais capturados se afoguem. As armadilhas serão
instaladas em três tipos de ambiente (distância mínima de 1000 m entre eles), dentro de
mata de galeria, área de veredas e em área de pastagem, distante de corpos d’água
permanentes. As armadilhas permaneceram abertas três dias por mês e serão
monitoradas os três dias pela manhã.
A busca ativa será feita seguindo métodos de LEMA & ARAÚJO (1985),
MOURA-LEITE et al. (1993) e CURCIO et al. (2010) onde procura-se répteis sob
caules (vivos ou mortos), pedras ou cupinzeiros, rastelando folhiço, areia e terra,
vasculhando os habitats potenciais, como bromélias, ocos de árvores, margens de cursos
d’água, cursos d’água, entre outros, permitindo assim o encontro de espécies com
hábitos diversos, ou seja, arborícolas, aquáticas, terrestres e fossoriais.
O sangue será colhido dos animais com contenção física com utilização
seringas de 1ml e 3ml e de EPIs como luvas de procedimento e ganchos de contenção.
Será realizado a coleta de sangue venoso retirado de forma segura sem maiores danos a
saúde e vida dos animais utilizados no projeto. Serão coletadas amostras para realização
de esfregaço sanguíneo e coleta em microhematócrito heparinizado para identificação
de hemoparasitos e hemograma. De todos os animais capturados serão coletadas
amostras para realização de esfregaço sanguíneo respeitando o volume de menos de
10% de seu peso corporal para não acarretar nenhum efeito deletério destes animais e
serão soltos após o volume retirado ser reposto pela aplicação de solução de lactato de
ringer e dextrose a 5% para prevenir hipovolemia por via oral ou subcutânea. Os
animais que forem escolhidos para coleta para identificação serão coletados 0,5ml de
sangue que será armazenado em tubos tipo microhematócrito heparinizado para análise
posterior de hemograma.
Em répteis serão utilizadas as vias de eleição que podem ser por meio de
cardiocentese ou punção da veia coccígea caudal.
O Teste Cometa é uma técnica rápida, simples e sensível, de baixo custo para
mensurar, analisar as lesões, monitorar o dano e detectar efeitos de reparo no DNA em
células individuais expostas a agentes genotóxicos. Os danos mais facilmente
detectados no DNA são quebras (simples ou duplas), danos álcali-lábeis, crosslinks e
quebras resultantes de reparo por excisão (SINGH et al., 1988; TICE, 1995; SILVA et
al., 2000; HARTMANN et al., 2003; PAVÃO et al., 2007).
O ensaio cometa consiste em fazer passar uma corrente elétrica pelas células
lisadas, embebidas em gel de agarose de baixo ponto de fusão, sobre lâminas para
microscopia (Betti et al., 1994). Com isso, o DNA fragmentado sai da célula lisada,
formando um rastro semelhante a cauda de um cometa (Figura 4) (AFANASIEVA et
al., 2010).
Figura 4. Classes dos COMETAS, desde sem dano até máximo de lesão: A= classe zero / sem
dano; B= classe I; C= classe II; D= classe III; E= classe IV; F= apoptose / morte celular,
adaptado de DA SILVA et al.,2000.
4. Cronograma:
5. Viabilidade
6. Orçamento
Gasolina.
500 Ls Litro 2.425,00
16 Ida e volta dos locais de pesquisa 4,85
Referências Bibliográficas