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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e campos adjacentes na região da Mata Atlântica da Bahia,
Brasil

Artigo em Insetos Sociais · Agosto de 1997


DOI: 10.1007/s000400050046

CITAÇÕES LÊ

84 190

3 autores:

Jonathan David Majer Jacques HC Delabie

Universidade de WA, Curtin Uni e Biomonitoring International Pty Ltd Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

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Norman L. McKenzie

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Insetos soc. 44 (1997) 255 – 266


0020-1812/97/030255-12 $1,50+0,20/0 ©
Birkhäuser Verlag, Basileia, 1997
Insetos Sociais

Artigo de Pesquisa

Fauna de serapilheira de florestas, bordas de


florestas e campos adjacentes na região da Mata Atlântica da Bahia,
Brasil

JD Majer1 , JHC Delabie2 e NL McKenzie3

1 Escola de Biologia Ambiental, Curtin University of Technology, PO Box U 1987, Perth,


WA 6001, Australia, e-mail: imajerj@info.curtin.edu.au 2 Centro
de Pesquisas do Cacau (CEPEC-CEPLAC), 45.600.000, Itabuna, Bahia and
Departamento de Ciênces Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Sante Cruz, Ilhéus,
Bahia, Brazil, e-mail: delabie@nuxnet.com.br Department of
3
Conservation and Land Management, P. O. Box 51, Wanneroo, WA 6065, Australia, e-mail:
normm@wood.calm.gov.au

Palavras-chave: Floresta tropical, efeito borda, formigas.

Resumo

A fauna de formigas de serapilheira foi amostrada por meio de sacos Winkler e armadilhas de queda ao longo de
transectos que atravessam a Mata Atlântica até uma pastagem adjacente. Os transectos percorreram 65 m para
dentro da floresta e 45 m para dentro do campo. Noventa e sete espécies de formigas foram amostradas e
pontuadas, 85 foram encontradas na floresta, 48 foram encontradas no campo e 36 eram comuns aos dois
habitats. Houve alguma evidência de que a riqueza de espécies era mais baixa no campo e alta no ponto mais
profundo da floresta. A composição da comunidade de formigas nas diferentes distâncias na floresta e no campo
foi analisada por uma série de procedimentos de agrupamento hierárquico e também pela ordenação dos dados
no espaço tridimensional. Uma tabela bidirecional das assembleias de formigas derivadas do procedimento de
agrupamento versus os agrupamentos de distâncias de transecto obtidos pelo mesmo procedimento indicou
que certas espécies de formigas tinham preferências para o campo ou distâncias específicas para dentro da
floresta. Conclui-se que embora a formigafauna da Mata Atlântica seja severamente afetada pelo desmatamento,
uma formigafauna florestal é capaz de persistir até a borda interior da floresta.

Introdução

A principal razão para o declínio da biodiversidade em todo o mundo é a perda de


habitat nativo, principalmente como resultado de actividades agrícolas. Um efeito
agravante desta perda é a fragmentação do habitat que permanece. Vários autores
consideraram as consequências da fragmentação da paisagem no contexto
biogeográfico da perda de habitat e de espécies (por exemplo, Wilcox e Murphy,
1985). Além disso, Saunders et al. (1991) indicaram que a fragmentação pode
interromper os processos do ecossistema e que estas alterações podem levar a um
maior declínio do habitat e à perda de espécies.
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256 Majer et al.

A Mata Atlântica não escapou dos problemas da fragmentação. Já ocupou cerca de um milhão de
quilômetros quadrados da parte oriental do Brasil, estendendo-se
do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul em uma faixa que vai de vários a
160 km de largura. Grande parte dela foi eliminada como resultado de diversas ondas de exploração,
tanto que sua perda é considerada mais severa do que qualquer outro tipo de floresta
na América do Sul (Mori et al., 1983). A nível nacional, restam menos de 8,8% deste ecossistema (Cãmara,
1991), e grande parte do que ainda existe está representado em pequenos
fragmentos e faixas lineares de vegetação (Fonseca, 1985). Embora alguns consideráveis
existem reservas naturais, elas fornecem uma representação inadequada da diversidade
deste ecossistema (Cãmara, 1991). Isto significa que os fragmentos remanescentes de floresta
dentro da matriz de terras agrícolas são muitas vezes o único meio de conservar representantes da biota
original (Saunders et al., 1987).
Infelizmente, essas áreas são propensas a efeitos de borda, como mudanças no microclima (Carmago e
Kapos, 1995), estrutura e diversidade da vegetação (Lovejoy et al., 1986) e invasão de ervas daninhas, que
podem influenciar os vertebrados e em -fauna de vertebrados (Malcolm, 1988; Rylands e Keuroghlian, 1988;
Scougall et al.,
1993; Moinhos, 1995; Turner, 1996). O grau em que estes efeitos penetram no fragmento pode variar e não
é geralmente conhecido. Contudo, se o fragmento for pequeno e o
efeito de borda grande, seu potencial de conservação pode ser severamente diminuído (Turner, 1996).
Um número razoável de estudos foi realizado sobre o impacto da chuva
fragmentação florestal em animais vertebrados (ver revisão de Turner, 1996), embora
invertebrados foram relativamente negligenciados. Grupos de invertebrados que foram
estudados incluem abelhas euglossíneas (Powell e Powell, 1987; Becker et al., 1991), cupins (Fonseca de
Souza e Brown, 1995), besouros de esterco e carniça (Klein, 1989)
e borboletas (Daily e Ehrlich, 1995). A estrutura da comunidade de formigas é conhecida por ser
influenciado pelo desmatamento da floresta (Vasconcelos et al., no prelo) e subsequente rebrota
(Vasconcelos e Cherrett, 1995), pelo que se conclui que também é provável que seja influenciado
por alterações nas bordas dos fragmentos florestais. Este artigo investiga o impacto
bordas em comunidades de formigas na Mata Atlântica no sudeste da Bahia, Brasil.

Métodos

Amostragem de formigas

O trabalho de campo foi realizado em abril e maio de 1996 nas dependências do Centro de Pesquisas do
Cacau (CEPLAC), Itabuna, Bahia (14° 45ÿS, 39° 13ÿW). Os motivos
são predominantemente plantadas com cacau, embora algumas áreas sejam mantidas como pastagens.
Uma reserva botânica retangular de floresta tropical secundária, medindo
cerca de 400 m × 1000 m (ver mapa em Alvim e Rosário, 1972), existe dentro do terreno e está rodeado de
cacau nos lados norte, oeste e leste,
enquanto o lado sul é contíguo a uma pastagem separada por uma avenida de árvores de sombra plantadas
ao longo da margem externa da floresta. Esta é a mesma reserva em
onde Leston (1978) descreveu pela primeira vez o mosaico de formigas neotropicais.
Começando a 100 m do canto sudoeste da reserva, dez transectos sul-norte de 110 m de comprimento
foram estabelecidos em intervalos de 50 m ao longo da borda sul da reserva.
reserva. Os transectos foram estaqueados em intervalos de 10 m e localizados de modo que sete
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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e pastagens adjacentes 257

pontos estendidos para dentro da reserva, um ocorreu no meio da borda plantada, 5 m fora da mata, e dois
estavam no campo; as duas estacas de campo foram situadas a 20 m e 40 m da estaca de borda plantada,
pois estava prevista a mudança
na comunidade de formigas não seria em uma escala tão boa no campo. As formigas de lixo eram
amostrados por dois métodos complementares. Todas as amostras foram retiradas 2 m ao lado do
o transecto para evitar os efeitos da perturbação humana causada pelo estabelecimento do transecto.
Quadrados de um metro quadrado de cama foram retirados entre 8h30 e 11h00 e
peneirado para concentrar fragmentos orgânicos finos e animais associados. Estes foram
colocado em sacos Winkler (ver Besuchet et al., 1987; Olson, 1991) e pendurado em uma sala
a cerca de 28 °C durante 24 h para extrair formigas e outros invertebrados. Isto não é suficiente
tempo para extrair todo o material invertebrado, mas é, no entanto, considerado um
amostra qualitativa adequada da presença e ausência de espécies de formigas. Um 75mm
Uma armadilha de queda de diâmetro interno, contendo água e uma gota de detergente, foi instalada a 2 m
do lado oposto da estaca e deixada por 48 horas. Todo o material de formigas de
os sacos Winkler e armadilhas de queda foram classificados em nível de morfoespécie, identificados em
gênero e, quando possível, em espécie utilizando a coleção de referência do Laboratório de Myrmecologia
da CEPLAC. Uma coleção de referência completa para este material é
ali depositado.
As condições climáticas foram frequentemente nubladas durante grande parte do período de amostragem,
chuvas intermitentes caíram durante este período e máximos e mínimos diários
as temperaturas médias foram respectivamente de 28,9 °C e 20,2 °C. A cobertura de arbustos/grama era
sempre 100% nos três pontos de amostragem fora dos limites da floresta como resultado
do denso crescimento de gramíneas e arbustos. Apesar do fato de que as vacas estavam presentes
no campo, a folhagem tinha pelo menos 60 cm de altura. Dentro dos limites da floresta,
a cobertura de arbustos/grama caiu para uma média de 23 – 44%, dependendo da posição
ao longo do transecto. Não houve tendência na densidade de arbustos/gramas ao longo daquela parte do
transecto dentro da floresta, embora a variabilidade tenha aumentado pela densa cobertura arbustiva
em lacunas associadas a quedas de árvores. A cobertura média da copa das árvores variou entre 80 – 88%
ao longo da parte florestal do transecto e não houve tendência com a distância da
campo. Fora da margem florestal, a cobertura caiu de 35% ao longo da borda plantada
praticamente zero no ponto mais distante. A cobertura ainda estava acima de 20% aos 25 m de profundidade
campo devido à presença de árvores florestais dispersas. Tanto aqui como ao longo do plantado
borda, a variabilidade da cobertura arbórea era alta devido à distribuição irregular das árvores.
A profundidade média da serapilheira variou de 1,2 a 1,6 cm ao longo da parte florestal do transecto e
não apresentou tendência com a distância da borda da floresta. As cargas de lixo foram consistentemente
baixa nos dois pontos de campo no transecto e, ao contrário da floresta, a serapilheira consistia quase
exclusivamente de material de grama em decomposição.

Análise de dados

Para cada um dos dois métodos de amostragem foram compiladas matrizes do número de formigas de cada
espécie por ponto amostral. Essas matrizes foram reduzidas a presença/
dados de ausência e os pares de matrizes foram combinados para fornecer uma visão mais completa
imagem das tendências na ocorrência de espécies de formigas. A matriz resultante foi então condensada
calculando a frequência (em 10) de cada espécie de formiga nos 10 pontos
ao longo dos transectos.
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258 Majer et al.

O pacote de análise PATN (Belbin, 1995) foi utilizado para buscar padrões de espécies
composição na matriz de dados. Um esboço do raciocínio para selecionar os seguintes procedimentos para
detectar diferenças na composição da comunidade pode ser encontrado
em McKenzie et al. (1991). A medida de associação “dois passos” (Belbin, 1980) foi
usado para determinar as relações quantitativas entre cada par de espécies com base
sobre suas co-ocorrências em sites. Em segundo lugar, a medida de Bray-Curtis (ver Faith et al.,
1987) foi usado para comparar os pontos ao longo do transecto de acordo com semelhanças em
sua composição de espécies. Valores de dissimilaridade maiores que 0,88 foram reestimados
usando o algoritmo de caminho mais curto do PATN para minimizar a distorção assintótica
introduzida pela medida Bray-Curtis.
Para ambas as medidas de associação, uma versão modificada da “média aritmética de grupo de pares”,
ou UPGMA (Sneath e Sokal, 1973; Belbin, 1995), hierárquica
estratégia de agrupamento foi usada. O parâmetro de agrupamento (Beta) foi definido em –0,1 (ver Belbin,
1995). Não existe um método geralmente aceito para determinar o valor ideal
número de grupos que devem ser distinguidos de um dendograma. Consequentemente
cortamos os dendogramas horizontalmente em lacunas claramente visíveis. Uma “mesa de mão dupla” foi
também produzido em que os 10 pontos de transecção e as 97 espécies da matriz de dados
foram reorganizados de acordo com as espécies e as classificações dos pontos do transecto.
A fim de investigar o agrupamento de sites com mais detalhes e também para confirmar a
robustez dos clusters, os mesmos dados foram ordenados em um espaço tridimensional usando escalonamento
híbrido semi-forte (Belbin, 1991). Uma árvore de abrangência mínima
foi então sobreposto ao diagrama de ordenação resultante para indicar aqueles
locais que eram mais semelhantes em termos de composição de espécies de formigas.

Resultados

Noventa e sete espécies de formigas foram amostradas e classificadas como presentes ou ausentes em cada
ponto de amostragem. Destas espécies, 85 foram encontradas na floresta, 48 foram encontradas no
campo e 36 eram comuns aos dois habitats.
As Figuras 1a – c ilustram a variação no número médio de espécies de formigas coletadas
por armadilhas de queda, sacos de Winkler e por ambos os métodos, ao longo dos transectos. O significativo
o número capturado por armadilhas de queda variou de 1,8 a 3,4 e houve pouca
tendência nos números ao longo dos transectos, embora a riqueza máxima tenha sido encontrada no ponto
mais distante da floresta (Fig. 1a). O número médio de espécies extraídas pelos sacos Winkler variou de 3,8
a 7,3. Vale ressaltar que
a maior riqueza foi mais uma vez alcançada no ponto mais distante da floresta e
a menor riqueza foi encontrada no ponto 25 m do campo (Fig. 1b). O
o número médio de espécies obtidas por ambos os métodos combinados variou de 6,0 – 9,2
as espécies e as tendências dos transectos espelharam as dos métodos de amostragem individuais;
os maiores valores de riqueza foram encontrados nos pontos 35, 55 e 65 m do
borda da floresta (Fig. 1c).
O dendograma das posições do transecto dividiu os pontos do transecto em dois grupos distintos no
nível de coeficiente de dissimilaridade de 0,64 (Fig. 2). O campo e as bordas plantadas formaram um grupo
enquanto o outro foi formado pela floresta
pontos. Nenhuma tendência relacionada à posição ao longo do transecto foi evidente dentro de qualquer
grupo. Cinco assembleias de espécies foram produzidas pelos dendro-
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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e pastagens adjacentes 259

Figura 1. Número médio (e erro padrão) de espécies de formigas amostradas por (a) armadilhas de queda, (b) por sacos
de Winkler e (c) ambos os métodos combinados ao longo dos 10 transectos que se estendem do campo até a floresta
tropical. A linha vertical indica a posição da cerca ao redor da reserva florestal
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260 Majer et al.

Figura 2. Pontos de transecção classificados pelo dendograma UPGMA de acordo com semelhanças na composição de suas espécies
de formigas

Figura 3. Espécies de formigas classificadas pelo dendograma UPGMA de acordo com suas coocorrências no mesmo transecto
apontar. O nível de dissimilaridade de 0,44 foi utilizado para definir as assembleias de formigas. * Veja a Tabela 1 para a lista de espécies
de formigas em cada assembleia

grama de espécie de formiga quando esta foi cortada no nível de coeficiente de dissimilaridade de 0,44 (Fig. 3).

Essas análises foram usadas para reordenar a matriz de dados na forma de uma matriz bidirecional.
tabela, que expôs as tendências na composição de espécies de formigas nos agrupamentos de pontos de transecção
descritos acima (Tabela 1). O maior agrupamento continha espécies
que eram onipresentes ao longo dos transectos ou que eram onipresentes, exceto
pontos fora da floresta. O grupo 2 foi composto por formigas que apresentaram tendência a ocorrer
ao redor da margem externa da floresta, enquanto os grupos 3 e 4 continham formigas que estavam
geralmente encontrado em florestas mais profundas. O grupo restante continha 12 espécies que
foram encontrados apenas no campo ou borda plantada.
A ordenação dos pontos do transecto (não mostrado aqui) reiterou a tendência mostrada em
o dendograma do ponto de transecção, ou seja, que os pontos da floresta formam um cluster e
o campo e os pontos de borda formam outro agrupamento em termos de composição de espécies de formigas. Os
comprimentos das conexões na árvore de abrangência mínima associada
novamente apoiam a visão de que os pontos de transecção da floresta estão agrupados em uma distância considerável
distância do campo mais pontos de borda plantados em termos de composição de espécies de formigas.
Investigamos ainda mais essas tendências derivando um dendrograma para os 100 pontos de amostragem
individuais usando a presença/ausência de espécies de formigas em cada ponto. Em
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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e pastagens adjacentes 261

Nesta análise, a medida de associação “duas etapas” (Belbin, 1980) foi usada para determinar as relações
quantitativas entre cada par de espécies com base em sua distribuição nos pontos de amostragem. Em
segundo lugar, a medida Czekanowski (Faith et
al., 1987) foi usado para comparar os pontos de amostragem de acordo com semelhanças em formigas.
composição de espécies. O dendograma resultante de pontos de amostragem não produziu nenhuma
separação clara entre pontos de campo e de floresta ou mesmo de campo mais claridade florestal versus
locais de floresta fechada. Parece que a variabilidade fortuita nas espécies de formigas capturadas
em cada local obscureceu qualquer tendência ao longo dos transectos, tornando esta análise analítica
abordagem não lucrativa neste caso. Este ruído pode estar associado a
a intensidade de amostragem relativamente baixa em cada ponto.

Discussão

Os resultados desta pesquisa revelam uma diferenciação abrupta na composição da comunidade de


formigas florestais e do campo. A inspeção das formigas que compõem as cinco assembleias (Tabela 1)
ajuda a esclarecer esta tendência.
O conjunto campo e borda plantada (5) contém uma série de espécies que
são comuns em habitats abertos. Ectatomma quadridens é uma das espécies mais características de áreas
desmatadas, inclusive áreas urbanas, na Bahia. Camponotus
crassus tende a ocorrer em circunstâncias semelhantes, enquanto Pseudomyrmex sp. 1 é
também comum em habitats abertos.
O conjunto de ocorrência onipresente (1) parece conter dois subconjuntos de
formigas; aqueles que ocorrem tanto no campo quanto na floresta e aqueles que são encontrados em todos
pontos ao longo da parte florestal dos transectos. O primeiro subconjunto contém Solenopsis
saevissima e Wasmannia sp. 1, que nidifica em habitats abertos, mas que pode ser capaz
entrar na floresta nidificando em clareiras onde árvores caíram ou morreram; um número
dessas áreas ocorreram na floresta. Além disso, a espécie vagabunda Monomorium
floricola e Wasmannia auropunctata ocorrem neste subconjunto e são encontradas em uma ampla
variedade de habitats perturbados (Delabie, 1988). A inclusão de Pachycondyla harpax
e Odontomachus haematodus surpreende por necessitarem de sombra e/ou densidade
vegetação (Smith et al., 1992); possivelmente, seus requisitos são suficientemente atendidos
pois pela escassa variedade de árvores e arbustos que persistem localmente no campo.
O subconjunto apenas florestal da assembléia 1 contém uma variedade de espécies associadas à
floresta primária e secundária, incluindo três das Octostruma spp., que vivem na serapilheira.
além de Odontomachus minutus e Camponotus cingu-latus, que nidificam em madeira ou em cavidades .
As assembleias florestais (3 e 4) contêm predominância de espécies florestais crípticas
incluindo Rhopalothrix sp. 1, Hylomyrma sp. 1 e Apterostigma sp. 2.
A Assembleia 2 é composta por espécies de formigas que parecem favorecer a periferia da floresta.
Destacam-se na lista as espécies vagabundas Paratrechina longicornis e
Pheidole megacephala que comumente invade áreas perturbadas e a formiga soldado
Labidus coecus, que é um grande predador em áreas mais abertas (Fowler, 1979) onde a competição de
outros Ecitoninae associados à floresta é menos intensa.
Apesar de as diferenças entre a floresta e o campo serem claramente discerníveis,
um número surpreendente de espécies é comum a ambos os habitats. Vários fatores
pode ter contribuído para esse fenômeno. Em primeiro lugar, existem diversas clareiras em
floresta onde as árvores morreram ou caíram, e alguns elementos da floresta ainda perduram
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262 Majer et al.

Tabela 1. Tabela bidirecional de espécies de formigas por posição do transecto. Os agrupamentos são aqueles derivados do transecto
dendograma de pontos (Fig. 2) e dendrograma de espécies de formigas (Fig. 3)

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta
Campo

Campo
Borda

15

35

65

55

45

25
45

25
5

5
1 Eciton burchelli 2 111121
Megalomyrmex goeldii 1 211111
Mycocepurus smithii 1 32111
Octostruma rugifera 1111221
Odontomachus minutus 1211211
Strumigenys subedentata 1 131211
Octostruma balzani 1 1141121
Pheidole sp. 10 12211
Brachymyrmex sp. 1 32222
Octostruma petiolata 22412
Pheidole sp. 4 1223223
Solenopsis sp. 3 252122
Camponotus cingulatus 42112
Pheidole sp. 1 1132
Paratrechina sp. 1 212442 113231
Cyphomyrmex sp. 1 131231 22121
Strumigenys louisianae 143232 2232322
Pachycondyla harpax 111131 2341241
Solenopsis saevissima 231111 1111

Solenopsis sp. 1 165365 112121132 2


Crematogaster sp. 1 756412 21311 2 2
Pheidole sp. 5 2
Crematogaster sp. 2 1 2 10 3 7 1
Monomorium floricola 856565 1 1 11

Wasmannia sp. 1 31 11

Paratrechina sp. 3 3444331


Solenopsis sp. 2 4554234
Odontomachus haematodus 124322
Pheidole sp. 2 3546134
Solenopsis sp. 4 6 5 7 10 8 6 7
Wasmannia auropunctata 6796756
Strumigenys denticulata 41 1 2
Hypoponera sp. 2 2 1
Eciton vagans 1
Typhlomyrmex sp. 1 1
Camponotus sexguttatus 1 1
Pheidole fimbriata 1 1 1 1
Leptogenys arcuata 1 1 1
Pachycondyla apicalis 1 1 2
Labidus predador 1 2
Strumigenys sp. 5 11 1
Pheidole sp. 6 1 1 1
Anochetus bispinosus 11 1 11

Rogeria sp. 1 1 1
Camponotus abdominalis 1 1
Octostruma stenognatha 1 2
Camponotus novogranadensis 1

Myrmicocrypta sp. 1 1
Hipoponera sp. 4 1
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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e pastagens adjacentes 263

Tabela 1 (continuação)

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta

Floresta
Campo

Campo
Borda

15

35

65

55

45

25
45

25
5

5
2 Labidus coecus 1 1

Apterostigma sp. 1 1

Strumigenys sp. 3 121 1 1 1

Discothyrea sexarticulata 111 1 1


Acropyga decedens 1

Sericomyrmex bondari 211 1

Paratrechina longicornis 1 1111212 1

Rogeria sp. 3 1111


Gnamptogenys moelleri 1 1
Acanthognathus ocellatus
Crematogaster sp. 3
Hylomyrma sagax
Ectatomma tuberculatum
Gnamptogenys acuminata
Paratrechina sp. 4 2

Pheidole megacephala 1

Stegomyrmex vizottoi 1

Zacryptocerus sp. não. pálido 1

Pachycondyla constricta 1

Pachycondyla unidentata 3 1

Camponotus sp. 1 1

Rhopalotrix sp. 1 1

Pseudomyrmex fino 1

Paratrechina sp. 2 1 2

Cefalotes Negros 1 1 1
Apterostigma sp. 2 1

Hylomyrma sp. 1 1

Pheidole sp. 7 1

Pseudomyrmex sp. 3 4 1

Camponotus sp. 2 1

Dendromyrmex traili 11 1

Pheidole sp. 3 1 1

Oligomyrmex panamensis 1

Pheidole sp. 8 1

Smithistruma alberti 1

Hypoponera sp. 5 5 2

Brachymyrmex sp. 2 Pheidole 2 1

sp. 9 Hipoponera 2 1 11

sp. 3 Leptothorax 2

tristani Strumigenys 1

elongata Pseudomyrmex 1

sp. 2 Camponotus crassa 1

Rogeria curvipubens 1

Smithistruma schulzi 1

Ectatomma quadridens 1

Hypoponera sp. 1 1

Pseudomyrmex sp. 1 1

1
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264 Majer et al.

persistir no campo. Isso pode ter confundido a distinção entre formigas florestais e camponesas.
comunidades. Em segundo lugar, até cerca de 1970 a reserva florestal tinha sido utilizada para
cultivo de cacau. Embora o cacau tenha sido cultivado pelo sistema “cabruca”, em
qual permaneceu grande parte do sobrado original, isso sem dúvida resultou em um
modificação do ecossistema. Algumas partes da reserva ainda apresentam sinais deste antigo uso da terra,
indicando que um certo grau de perturbação ainda é evidente. Teve o
floresta estava em um estado mais primitivo, a diferenciação na fauna de formigas entre o
a floresta e o campo mais drasticamente perturbado poderiam ter sido mais evidentes.
A seção de campo dos transectos tinha comprimento suficiente para detectar a transição
entre faunas de formigas do campo e da floresta? Possivelmente não, já que toda uma gama de espécies
caracteristicamente florestais foi capturada a 25 m ou a 45 m de distância da floresta.
Embora muitas espécies tenham sido encontradas em distâncias variadas na floresta (Tabela 1) e
parte florestal do transecto parecia detectar mudanças na composição da comunidade de formigas em
diferentes distâncias da borda, a maioria desses “especialistas” florestais eram
pouco frequente, indicando que as diferenças entre as distâncias dos transectos provavelmente seriam
devido ao acaso, em vez de refletir qualquer zonação na composição. Este efeito seria
explicar por que nenhuma tendência relacionada à posição ao longo do transecto foi evidente entre os
grupos florestais na Figura 2. Houve evidências de que a riqueza de espécies era maior a 65 m
na floresta do que em qualquer outro ponto ao longo do transecto (Figs. 1a – c). Razões pelas quais
nenhum efeito de borda é detectável na comunidade de formigas, mesmo a 5 a 15 m do
borda, são desconhecidos, mas não há mudanças claras na densidade de arbustos ou copa ou serapilheira
profundidade foram evidentes nesta região dos transectos, apesar das diferenças visíveis na
composição da vegetação e uma série de espécies arbustivas do campo invadindo o
floresta. Se a floresta não tivesse sido cercada, é provável que a degradação da floresta pudesse
invadiram uma distância maior. Seria interessante ver se a formiga
a fauna é influenciada em maior medida do que aqui em condições como esta.
Esta investigação de uma borda de floresta adjacente a um campo gramado representa o pior cenário
para esta parte do Brasil. Um dos principais usos da terra no leste da Bahia é
o cultivo do cacau. O cacau é tradicionalmente cultivado sob a sombra das árvores e
as fazendas de cacau retêm muitos elementos estruturais da floresta original. Belshaw e
Bolton (1993) descobriram que no cacau de Gana, a fauna de formigas é praticamente
idêntica à da floresta tropical original. Assim, o efeito de borda na floresta adjacente ao cacau, tal como
nas outras margens desta reserva florestal, também pode ser baixo ou inexistente.

Reconhecimentos

We wish to thank the following CEPLAC staff and students for assistance in the field and labora-tory: José Raimundo
Maia dos Santos, José Crispim Soares do Carmo, Antonio Carlos Moreira,
Jackson S. Assis, Ivan Cardoso do Nascimento, Haroldo Santos, Paula Andréa Oliveira Soares,
Cléa S.F. Mariano, Maria de Fátima S. dos Santos, Valéria Rodrigues Lavigne de Mello and Lívia
Araújo Lessa. O Dr. Alan Andersen e dois pareceristas anônimos gentilmente comentaram um artigo anterior
rascunho deste artigo.
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Fauna de serapilheira de florestas, bordas de florestas e pastagens adjacentes 265

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Recebido em 23 de outubro de 1996;


revisado em 2 de janeiro de 1997;
aceito em 26 de março de 1997.

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