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Rackel Santos Nunes

ANATOMIA
ANIMAL
COMPARADA

Sistema Tegumentar
O tegumento é a interface entre o ambiente interno e externo e
desempenha um papel importante na proteção do corpo e na manutenção
da integridade do ambiente interno. Sendo assim possui algumas funções
como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos, e
evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo. Seus
derivados como escamas, glândulas, penas e pelos são resultados de
adaptações dos vertebrados em função do meio ambiente em que vivem.
A cor da pele desempenha importante papel nos vertebrados e pode ser
críptica (camuflando um organismo de seus predadores) ou aposemática
(advertindo o predador a não consumir aquela presa).

01 A pele dos peixes


A epiderme é relativamente fina, a maioria das células são vivas
e possui as glândulas unicelulares. Essas glândulas, em sua
maioria, são produtoras de muco. Suas secreções, junto com as
secreções das células da superfície, formam uma cutícula
mucosa, que dá um aspecto viscoso à superfície do corpo.
Acredita-se que esse muco ajuda na redução da perda de água
do peixe para o meio, proteja o corpo da invasão bacteriana e
ajuda na locomoção do animal.

02 A pele dos anfíbios


A epiderme permanece relativamente fina, mas as células
epidérmicas sintetizam queratina, que forma uma camada
córnea, o estrato córneo, na superfície cutânea.
A maioria das glândulas presentes são mucosas, cujas secreções
protegem a superfície cutânea, previnem a perda de água a
mantém úmida. Também possuem glândulas granulares que
secretam substâncias tóxicas. Ex: glândula parótida dos sapos.

03 A pele dos répteis


A epiderme dos répteis possui um estrato córneo espesso formado por muitas
camadas de células mortas preenchidas com queratina, são chamadas placas
córneas nas tartarugas e escamas córneas nos lagartos e nas cobras, essa
epiderme rica em queratina protege o animal contra a desidratação. Eles não
possuem glândulas mucosas, as poucas glândulas presentes são as odoríferas,
que produzem feromônios usados nos comportamentos de corte e
acasalamento. Muitos répteis, especialmente alguns camaleões, podem sofrer
mudanças na coloração, que é possível pela presença dos cromatóforos na
derme e realizam a ecdise (trocam de pele periodicamente, pois o suprimento de
sangue não atinge a epiderme e as camadas de células mais externas morrem).

04 A pele das aves


A epiderme nas aves é fina e coberta por penas, as quais além de formarem as
superfícies de vôo das asas e da calda, a camada de penas retém uma camada de
ar que atua próximo à superfície da pele como isolante térmico e reduz a perda
de água por evaporação.
A maioria das aves troca sua plumagem anualmente no verão após a temporada
de acasalamento. A derme das aves não possui ossoficações, é uma fina camada
com boa vascularização, com fibras de colágenos entrelaçadas e vários tipos de
receptores sensoriais.
A única glândula tegumentar dessas aves é a glândula uropígia, localizada acima
da base da cauda e responsável pela produção de secreções gordurosas e serosas
que a ave espalha sobre suas penas conforme as alisa.

05 A pele dos mamíferos


A pele dos animais mamíferos normalmente é composta por três
camadas de tecidos distintos (o tegumento): a epiderme, a derme e a
hipoderme.
O pelo é característico da pele dos mamíferos. Ele protege a superfície
do corpo e, junto com a gordura subcutânea, atua no isolamento
térmico. Numerosas glândulas estão presentes na pele dos
mamíferos, incluindo glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias.
A epiderme nos mamíferos é o local de produção da vitamina D e a
derme é bastante vascularizada, a passagem do fluxo sanguíneo pelos
vasos capilares dérmicos ou pelas passagens arteriovenosas controla
a termorregulação e a pressão sanguínea.

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