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EM ESTÉTICA
Gabriela de Farias
Peeling cutâneo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O peeling químico consiste na aplicação isolada ou associada de um tipo
de ácido, responsável por promover uma esfoliação controlada sobre a
epiderme até a derme, resultando no rejuvenescimento e na melhora
do aspecto da pele sobre discromias e afecções cutâneas.
Neste capítulo, você vai estudar sobre os peelings químicos e sua ação
esfoliante, identificando as principais características de cada tipo de ácido,
sua classificação quanto à permeação sobre a pele e diferenciando as
concentrações de pH de acordo com cada utilidade em afecções estéticas.
Além disso, vai ver que, a partir dos peelings químicos, é possível realizar
uma esfoliação controlada sobre a pele, aplicando-os de acordo com a
necessidade de cada paciente e selecionando o tipo de ácido ideal segundo
os benefícios e os riscos que envolvem a aplicação do peeling cutâneo.
Ácidos cutâneos
Para a realização de uma aplicação segura e eficaz dos ácidos cutâneos, é
importante diferenciar sua ação de acordo com a profundidade de permeação
2 Peeling cutâneo
Ácido lático (Figura 1): possui ação umectante, por meio da retenção
de água ao lactato de sódio; clareadora, suprimindo a ação da tirosi-
nase; e esfoliante suave, sem promover irritação à pele. É utilizado nas
concentrações de 0,5 a 15% solúvel em água.
Figura 4. Organização
molecular do fenol.
Peso molecular
Ácido (g/mol) Ação Indicação
I e III), enquanto os ácidos de alto peso molecular são ideais para aplicação
em fototipos mais altos (entre IV e VI).
Para a terapêutica dos peelings químicos, existe a possibilidade de asso-
ciar diferentes tipos de ácidos com o objetivo de potencializar os resultados
do procedimento em peles hiperqueratinizadas, sequelas de acne, estrias e
foliculites, aplicando como pré-peeling ou até mesmo aplicando diferentes
ácidos na mesma sessão, de acordo com o objetivo do tratamento.
Quanto maior o número de camadas aplicadas do ácido, maior será a expo-
sição do produto na pele. Em média, os AHAs são aplicados de 2 a 4 camadas
por sessão e o tempo de exposição varia de acordo com a sensibilidade de
cada paciente — geralmente, varia entre 5 a 15 minutos de aplicação sobre
cada camada (KEDE; SABATOVICH, 2015).
Outra forma de potencializar a ação do peeling químico é realizar a apli-
cação do peeling biológico como agente preparador da pele alguns dias antes
do procedimento. O peeling biológico age por meio da hidrólise da ceratina,
pelas enzimas proteolíticas que atuam no rompimento das ligações entre os
aminoácidos das proteínas. Essa ação enzimática é mais utilizada por meio da
extração do mamão (papaína) e da extração do abacaxi (bromelina), atuando
no afinamento córneo de forma controlada (GOMES; DAMAZIO, 2017).
rada antes do procedimento, até que ponto a pele foi preparada uma semana
antes do procedimento, a espessura da pele (em peles mais espessas, o ácido
vai permear com mais dificuldade) e a região em que será aplicado (face ou
corpo) — esses fatores são considerados antes do início da terapêutica com
peeling químico.
Para a aplicação do ácido sobre a pele, orienta-se que o terapeuta limpe a pele
com agentes desengordurantes, já que o residual oleoso impede a permeação
efetiva dos ácidos. Esses agentes podem ser de origem alcóolica, cetônica ou
até mesmo com outro ácido — o ácido salicílico, por exemplo, é muito utilizado
para desengordurar a pele, preparando-a para melhor absorção de outro ácido
(DRAELOS, 2012; GOMES; DAMAZIO, 2017).
Para saber mais sobre a terapêutica de disfunções estéticas por meio dos peelings
químicos, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/uWcuYv
https://goo.gl/HNuZ9G
hipopigmentação;
hiperpigmentação;
reações alérgicas;
eritema persistente (mais de 3 semanas);
equimose;
queloides;
cicatriz hipertrófica;
necrose;
infecção por fungos e bactérias;
síndrome do choque tóxico;
herpes simples;
verrugas.
https://goo.gl/eGycD3
Leitura recomendada
GUERRA, F. M. R. M. et al. Aplicabilidade dos peelings químicos em tratamentos faciais: es-
tudo de revisão, Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 4,n. 3, p.33-36, set./nov.
2013. Disponível em: <https://www.mastereditora.com.br/periodico/20130929_214058.
pdf>. Acesso em: 21 out. 2018.
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