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COSMETOLOGIA
Introdução
A massagem é definida como técnicas específicas que utilizam o toque
de forma rítmica e metódica, comprimindo músculos e tecidos, para
promover benefícios estéticos ou terapêuticos com diferentes finalidades
— a maioria delas usa o toque e as mãos. O tipo geralmente empregado
se trata da modeladora, com movimentos de deslizamento, amassamento
e pressão vigorosos sobre a pele. Já a relaxante promove não somente
o relaxamento, como também uma série de benefícios, que podem ser
mecânicos, químicos, reflexos e psicológicos.
Os cosméticos de massagem são geralmente emulsões, contendo
quantidades suficientes de emolientes, substâncias oleaginosas que
têm a finalidade de formar uma película protetora na superfície da pele,
melhorando a hidratação, a proteção e a maciez, bem como promover a
espalhabilidade do produto e o deslizamento das mãos, evitando o atrito
entre a pele de quem aplica e a de quem recebe a massagem.
Neste capítulo, você estudará a formulação de um produto para
massagem, as principais matérias-primas utilizadas, os princípios ativos
incorporados, seus benefícios e como ocorre a permeação dessas subs-
tâncias através da pele.
2 Cosméticos de massagem
Emolientes
As emulsões são sistemas bifásicos formados por dois líquidos imiscíveis,
intimamente dispersos como gotículas por meio de substâncias denominadas
emulsionantes. Essas formulações adquirem viscosidades diferentes, depen-
dendo da concentração do espessante usado e, por isso, se classificam de
acordo com sua consistência em cremes (alta viscosidade), loções cremosas
(média) e leites (baixa). Para a elaboração de cosméticos de massagem, há
mais interesse nos cremes (LEONARDI, 2008; MARTINI, 2009; VANZIN;
CAMARGO, 2011).
Nas formulações de emulsões, há a necessidade de incorporação de subs-
tâncias graxas, ou emolientes, os quais são apolares e, quando aplicados sobre
a pele, provocam suavidade, flexibilidade e amaciamento, diminuindo os sinais
de ressecamento e a coesão entre as células da camada córnea, bem como
auxiliando o estrato córneo a manter sua capacidade de retenção de água na
superfície cutânea. Já as propriedades de um material graxo na pele dependem
de suas características químicas, de acordo com o número de átomos de carbono
em sua cadeia, o número e a localização de duplas ligações e a presença de
grupos funcionais específicos (CORRÊA, 2012; GOMES; DAMAZIO, 2009).
O sensorial dos emolientes é influenciado também pelo tipo de cadeia
carbônica, linear ou ramificada, geralmente as últimas proporcionam sensorial
mais leve. Em relação ao tamanho da cadeia, quanto maior ela for, maior será
a sensação gordurosa (sensorial desagradável e pegajoso). As duplas ligações
na cadeia carbônica dos triglicerídeos permitem que eles permaneçam líquidos
em temperatura ambiente a baixas temperaturas. Quando as duplas ligações
são conjugadas (–C=C-C=C–), o aspecto líquido é mais efetivamente mantido,
porém, sua presença predispõe as substâncias graxas à oxidação e, assim, os
antioxidantes são essenciais em formulações que contêm esses compostos
(CORRÊA, 2012).
As principais classes de substâncias graxas usadas como emolientes são
ácidos graxos, álcoois graxos, ésteres graxos, ceras, hidrocarbonetos e silicones
(REBELLO, 2004; CORRÊA, 2012; SOUZA, 2017).
Um material graxo de baixa massa molecular pode ocasionar uma sensação menos
gordurosa sobre a pele, como o ácido láurico e o mirístico.
Permeação cutânea
A principal barreira que se opõe à entrada de substâncias ativas na pele é a
camada córnea. Devido à composição das membranas celulares em bicamadas
de fosfolipídios, em que suas regiões lipofílicas (capazes de repelir água) ficam
voltadas para o exterior, e a região hidrofílica permanece na parte interna da
Cosméticos de massagem 7
Macadâmica
Cártamo Jojoba
Rosa
Borragem
mosqueta
Óleos
Carreadores
Avelã Sésamo
Amêndoas
Uva
doces
Germe
de trigo
Indicações terapêuticas
Nome botânico Nome popular no sistema nervoso
https://goo.gl/dWJCHJ
14 Cosméticos de massagem
https://goo.gl/ejq6ul
Leituras recomendadas
MATOS, S. P. Cosmetologia aplicada. São Paulo: Érica, 2014. 148 p. (Série Eixos).
MAXWELL-HUDSON, C. Aromaterapia & massagem. 2. ed. São Paulo: Vitória Régia,
2000. 112 p.
MICHALUN, M. V.; MICHALUN, N. Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados
da pele. São Paulo: Cengage Learning; Senac, 2011. 368 p.
SOARES, M. et al. Permeação cutânea: desafios e oportunidades, Revista de Ciências
Farmacêuticas Básica e Aplicada, Araraquara, v. 36, n. 3, p. 337–348, 2015. Disponível
em: <http://seer.fcfar.unesp.br/rcfba/index.php/rcfba/article/view/332>. Acesso em:
17 dez. 2018.
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