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Curso de Fisioterapia
FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi
DEFINIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A inflamação pulmonar ou sistêmica leva a liberação de citocinas inflamatórias que
ativam macrófagos alveolares e recrutam neutrófilos para os pulmões, que por sua
vez, liberam substâncias que lesam o endotélio capilar e o epitélio alveolar,
rompendo as barreiras entre capilares e espaços aéreos. Ocorre extravasamento de
líquido nos espaços aéreos e interstício, causando perda do surfactante, colapso de
espaços aéreos, desequilíbrio ventilação e perfusão. O colapso alveolar ocorre mais
comumente em áreas dependentes.
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
Repercute em:
• Redução da complacência pulmonar
• Redução da CRF
• Hipoxemia
• Aumento WOB – dispneia
• Limitações funcionais na alta, com déficit atividade muscular
• ↓ QV, por pelo menos1 ano após a alta hospitalar.
• EPIDEMIOLOGIA
• Incidência anual: 60/100,000
• 20% dos pacientes de UTI têm critério
DIAGNÓSTICO
• Lesão Pulmonar Aguda
• Infiltrado Bilateral
• PaO2/FIO2 < 200
• Pressão Capilar Pulmonar <18 mmHg ou ausência de disfunção de VE
• Edema sem causa cardíaca
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
Definição de Berlim
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
TRATAMENTO
• Ventilação Protetora: baixo VAC
• VC < 6mL/Kg (peso predito, peso ideal calculado pela altura);
• Hipercapnia permissiva: PaCO2 < 80, desde que o pH seja > 7,2;
• Melhora relação V/Q e reduz hipoxemia. Indicada quando PaO2/FiO2 é < 150.
• Medicamentoso
• BNM
• NO
• Corticóide (controverso)
• Surfactante
• Diurético
• ATB
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
• Manobra de recrutamento alveolar
A manobra de recrutamento alveolar (MRA) é uma técnica que utiliza o aumento sustentado
de pressão na via aérea com o objetivo de recrutar unidades alveolares colapsadas,
aumentando a área pulmonar disponível para a troca gasosa e, conseqüentemente, a
oxigenação arterial 16. É utilizada não somente em pacientes com SDRA, mas também em
situações clínicas que apresentem o desenvolvimento de áreas pulmonares colapsadas
(atelectasias).
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
PROGNÓSTICO
• Elevada (> 40%) na SARA grave PaO2/ FiO2 < 100 mmHg
Definição
Definições de fragilidade:
1. Fenótipo físico: Sd clínica com presença de 3 ou + itens:
• Perda de peso não intencional (> 4,5 kg no ano passado)
• Fadiga
• Fraqueza (força de preensão)
• Baixa velocidade da marcha
• Baixa atividade física
- Foram definidos 3 níveis de fragilidade:
• Sem comprometimento = robustos (não frágeis)
• Se 1 ou 2 = pré – frágil
• Se 3 ou + critérios = frágil
Escala FRAIL
Fried et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Geront 2001;56:M146-M156
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
resultados adversos.
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
Escala de Fragilidade de Edmonton
Escala de Fragilidade de Edmonton
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
Consequências da fragilidade
• ~21% das pessoas > de 65 anos são frágeis
• 48% são pré-frágeis
Fragilidade é associada a:
• probabilidade de hospitalização • Pré-frágil: 1,5 x o risco de quedas
25 anos 63 anos
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
Tratamento de fragilidade
• Multicomponentes
QUEDAS NO IDOSO
QUEDAS NO IDOSO
Definição
“Contato não intencional com a superfície de apoio, resultante da
mudança de posição do indivíduo para um nível inferior à sua posição
inicial, sem que tenha havido fator intrínseco determinante ou
acidente inevitável e sem perda de consciência”.
disfunções de influência de
QUEDA
= múltiplos
sistemas e órgãos
+ aspectos externos
ao indivíduo
QUEDAS NO IDOSO
SÍNDROME PÓS-QUEDA:
• Dependência
• Perda de autonomia
• Imobilização
• Isolamento
• Depressão
• Restrição nas tarefas diárias
• Redução da capacidade funcional
• > suscetibilidade para novas quedas
Fatores de risco para queda em idosos
QUEDAS NO IDOSO
Fatores de risco intrínsecos
• História prévia de quedas: > risco de novas quedas no ano subsequente
• Idade: > idade + quedas
• Sexo feminino
• Medicamentos
• Condição clínica: HAS, DM, dçs que afetem a FM, equilíbrio e a marcha
• Hipotensão ortostática
• Sedentarismo: acarreta dfç músculo-esquelética
• Psicológico: medo de cair = pior desempenho da marcha e novos episódios
de quedas, restringe atividades físicas e sociais.
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
1. História da queda
2. Avaliação Etiológica
3. Avaliação Ambiental
4. Avaliação Funcional
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
1. História da queda
• Quantas vezes houve quedas no último ano?
• Houve alguma consequência?
• Houve necessidade de procurar um médico?
• Teve AVDs restringidas?
• Motivo?
Intervenção fisioterapêutica
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
2. Avaliação Etiológica
• Sistema visual
o Campos periféricos
o Profundidade
• Sistema Vestibular
• Somatossensorial: propriocepção
• Avaliação de FM
• Avaliação da ADM
• Flexibilidade
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
3. Avaliação Ambiental
Avaliação do ambiente no qual vive o idoso
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
• Short Physical Performance Battery (capacidade funcional)
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
• Short Physical Performance Battery (capacidade funcional):
o Composto por 3 testes que avaliam: equilíbrio estático, velocidade
de marcha, FM de MMII.
QUEDAS NO IDOSO
QUEDAS NO IDOSO
Intervenções para prevenção de quedas:
• Adaptação ou modificação do ambiente doméstico
• Exercícios de força, equilíbrio, marcha, flexibilidade e resistência
• Suplementos de vitamina D
• Retirada ou redução de psicoativos
• Avaliação da hipotensão postural
• Atentar aos pés: joanetes, úlceras ou unhas deformadas
• Atenção aos calçados
• Programas de educação e informação sobre queda
QUEDAS NO IDOSO
Condutas
• Atividades aeróbicas moderados, controle de peso/Osteoporose
• Resistidos com aumento progressivo da intensidade 3x (8-12)
• Flexibilidade por 30s de 3-4 repetições
• Exercícios de equilíbrio
• Mobilidade Postural
• Exercícios multissensoriais - Circuito que alterne a velocidade do
deambular/alterne os braços
Causas:
• Quedas (especialmente em idosos e crianças)
• Acidentes de carro e atropelamento
• Agressões
• Atividades esportivas
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
As lesões são, normalmente, categorizadas como abertas ou fechadas.
Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem ser cortados ou rompidos, resultando em lesão
axonal disfusa. Os vasos sanguíneos rompidos causam contusões, hemorragias intracerebrais
ou subaracnoides e hematomas epidural ou subdural.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Concussão
• Contusão cerebral
• Lesão axonal difusa
• Hematoma subdural
• Hematoma epidural
• Hematoma intraparenquimatoso
• Hemorragia subaracnóidea
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Concussão
Alteração pós-traumática transitória e reversível no status mental (perda de
consciência ou memória, confusão mental) que dura de segundos a minutos e
por definição < 6 h
• Contusões encefálicas
Hematoma subdural
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Hemorragia Subaracnoidea
sangramento no espaço subaracnóideo, comum no TCE.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Hemorragia Subaracnóide
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Fisiopatologia
• Qualquer tipo de TCE pode causar edema cerebral e diminuição do FSC.
• Edema ou hematoma aumenta à PIC
• FSC é proporcional à PPC
• PPC= PAM - PIC
• Como a PIC aumenta (ou a PAM diminui), a PPC diminui.
• Quando a PAM < 50 mmhg, o tecido cerebral pode tornar-se isquêmico.
• Isquemia e edema = liberação de neurotransmissores excitatórios causando
dano celular adicional, mais edema e aumento adicional da PIC
• PIC excessiva = herniação e > morbidade e mortalidade.
• Se a PIC = PAM, a PPC = zero: isquemia cerebral completa e ME
• Ausência de FSC= ME
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Sinais e sintomas
• Perda da consciência
• Confusão mental ou amnésia
• Convulsão
• Cefaleia
• Paresia Lesão cerebral difusa grave ou PIC
aumentada = descorticação ou
Reabilitação
• Fisio + TO + fono + atividades de construção de habilidades + aconselhamento social e
emocional
• Grupos de apoio com assistência às famílias
• Pacientes com coma > 24 h, 50% apresenta sequelas graves persistentes, um período
prolongado de reabilitação, especialmente em áreas cognitivas e emocionais.
Reabilitação deve ser planejada precocemente.
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
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FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
danusa.rossi@fsg.edu.br