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Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
Profa. Danusa Rossi

Caxias do Sul, outubro de 2021.


SARA
SD FRAGILIDADE DO IDOSO
QUEDAS
TCE
GRAVAÇÕES

NÃO ESTÃO AUTORIZADAS!!!


SARA
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda

 DEFINIÇÃO

Insuficiência respiratória aguda grave, associada a alterações da


permeabilidade da membrana alvéolos capilar resultante de diversas
doenças que causam extravasamento de plasma para o interior dos
alvéolos resultando em edema pulmonar e redução do oxigênio no
sangue a níveis excessivamente baixos.
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda

 FISIOPATOLOGIA
A inflamação pulmonar ou sistêmica leva a liberação de citocinas inflamatórias que
ativam macrófagos alveolares e recrutam neutrófilos para os pulmões, que por sua
vez, liberam substâncias que lesam o endotélio capilar e o epitélio alveolar,
rompendo as barreiras entre capilares e espaços aéreos. Ocorre extravasamento de
líquido nos espaços aéreos e interstício, causando perda do surfactante, colapso de
espaços aéreos, desequilíbrio ventilação e perfusão. O colapso alveolar ocorre mais
comumente em áreas dependentes.
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda

Repercute em:
• Redução da complacência pulmonar
• Redução da CRF
• Hipoxemia
• Aumento WOB – dispneia
• Limitações funcionais na alta, com déficit atividade muscular
• ↓ QV, por pelo menos1 ano após a alta hospitalar.

• EPIDEMIOLOGIA
• Incidência anual: 60/100,000
• 20% dos pacientes de UTI têm critério

• Morbidade / Mortalidade: 26-44%

• Mais letal cfe idade, gravidade, Pao2/Fio2


SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
 FASES DA SARA
1. Fase I ou exsudativa: 24 a 48 h
• Extravasamento de líquido e proteínas
• Edema intersticial e alveolar
• Presença de taquicardia, taquipnéia e alcalose respiratória

2. Fase II ou proliferativa, 48 h ao 6º dia


• Migração de neutrófilos e fibroblastos
• Produção de fibrina e mediadores inflamatórios
• Fibrose pulmonar precoce
• Complicações infecciosas e barotraumas
• Taquipnéia e dispneia
• Diminuição da complacência
• Shunt pulmonar
• Paco2 elevada
• Hipoxemia grave refratária
• Acidose respiratória e metabólica extrema

3. Fase III ou fibrótica 7º dia em diante


SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
 ETIOLOGIA:
• Pneumonia (40%)
• Sepse (32%)
• Aspiração (9%)
• Trauma/outros (19%)

 DIAGNÓSTICO
• Lesão Pulmonar Aguda
• Infiltrado Bilateral
• PaO2/FIO2 < 200
• Pressão Capilar Pulmonar <18 mmHg ou ausência de disfunção de VE
• Edema sem causa cardíaca
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
 Definição de Berlim
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
 TRATAMENTO
• Ventilação Protetora: baixo VAC
• VC < 6mL/Kg (peso predito, peso ideal calculado pela altura);

• Pressão de platô < 35 cmH2O;

• Pressão de pico < 40 cmH2O;

• Hipercapnia permissiva: PaCO2 < 80, desde que o pH seja > 7,2;

• PEEP ajustada de acordo com a FiO2 (para evitar o colapso alveolar).


SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
• Prona

• Melhora relação V/Q e reduz hipoxemia. Indicada quando PaO2/FiO2 é < 150.

• Medicamentoso

• BNM
• NO
• Corticóide (controverso)
• Surfactante
• Diurético
• ATB
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda
• Manobra de recrutamento alveolar

A manobra de recrutamento alveolar (MRA) é uma técnica que utiliza o aumento sustentado
de pressão na via aérea com o objetivo de recrutar unidades alveolares colapsadas,
aumentando a área pulmonar disponível para a troca gasosa e, conseqüentemente, a
oxigenação arterial 16. É utilizada não somente em pacientes com SDRA, mas também em
situações clínicas que apresentem o desenvolvimento de áreas pulmonares colapsadas
(atelectasias).
SARA
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda

 PROGNÓSTICO

• Depende de etiologia, gravidade, idade, estado de saúde crônico

• Mortalidade diminuiu devido a aprimoramentos na VM e tratamento da sepse.

• Elevada (> 40%) na SARA grave PaO2/ FiO2 < 100 mmHg

• Morte é por sepse e DMOS.


SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

Definição

A Síndrome da Fragilidade é uma condição genética e de origem

neuroendócrina, que gera maior vulnerabilidade às doenças ou

estresses agudos nos idosos, e é caracterizada por massa e força

muscular reduzida e baixa energia para as atividades do dia a dia.


• 10% a 27% > de 65 anos e até 45% > de 80 anos

• 2 milhões de idosos no Brasil


SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

 Definições de fragilidade:
1. Fenótipo físico: Sd clínica com presença de 3 ou + itens:
• Perda de peso não intencional (> 4,5 kg no ano passado)
• Fadiga
• Fraqueza (força de preensão)
• Baixa velocidade da marcha
• Baixa atividade física
- Foram definidos 3 níveis de fragilidade:
• Sem comprometimento = robustos (não frágeis)
• Se 1 ou 2 = pré – frágil
• Se 3 ou + critérios = frágil
Escala FRAIL

Fried et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Geront 2001;56:M146-M156
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

2. Modelo de déficit acumulado


- Frágil: os indivíduos acima do 5º.
- Integração de fatores cognitivos e sociais
• Cognição
• Humor
• Motivação
• Habilidades motoras
• Equilíbrio
• Capacidade para as AVD’s
• Nutrição
• Status social
• Comorbidades
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

3. Modelo multidimensional de fragilidade

Fragilidade é um estado dinâmico que afeta um indivíduo que experimenta perdas

em 1 ou + domínios humanos funcionamento físico, psicológico, social, que é

causado pela influência de uma série de variáveis e que aumenta o risco de

resultados adversos.
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
Escala de Fragilidade de Edmonton
Escala de Fragilidade de Edmonton
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

 Consequências da fragilidade
• ~21% das pessoas > de 65 anos são frágeis
• 48% são pré-frágeis

 Fragilidade é associada a:
• probabilidade de hospitalização • Pré-frágil: 1,5 x o risco de quedas

• > tempo de internação hospitalar • Frágil: 2,5 - 3 x o risco de quedas

• > declínio funcional • sarcopenia

• > risco de institucionalização • fraqueza muscular

• > risco de morte • < desemp. físico (2 a 3 x + queda)

• > risco de quedas • Vários medicamentos


• Múltiplas comorbidades
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO
 Sarcopenia
• Perda de músculo relacionada à idade, associada à diminuição da fç muscular
• Perde 1% ao ano de músculo a partir dos 30 anos, mais depois dos 75
• A maior perda é dos músculos glúteos
• É tratável com exercícios e suplementação de proteína
• É um dos principais contribuintes para a fragilidade e quedas

25 anos 63 anos
SD DA FRAGILIDADE DO IDOSO

 Tratamento de fragilidade

• Exercícios físicos (ppe treinamento de resistência)

• Nutrição (suplementação de proteína)

• Multicomponentes
QUEDAS NO IDOSO
QUEDAS NO IDOSO
 Definição
“Contato não intencional com a superfície de apoio, resultante da
mudança de posição do indivíduo para um nível inferior à sua posição
inicial, sem que tenha havido fator intrínseco determinante ou
acidente inevitável e sem perda de consciência”.

No mundo, as quedas são responsáveis por 87% das fraturas e 50%


das internações nos idosos.

American Geriatrics Society


British Geriatrics Society
Scott V. World Heath Organization Report:
prevention of Falls in Older Age. WHO; 2007
QUEDAS NO IDOSO
 NÚMEROS DA QUEDA EM IDOSOS:
• Institucionalizados: > risco de queda
• Mulheres: caem 3x +
• Homens: > mortalidade
• Queda: Mais de 30% tem declínio funcional
• 5% das quedas em idosos da comunidade resultam em fratura
• 4 e de 5% -10%, em grave lesão de tecido mole e de cabeça
• Se associam a 12% das mortes no mundo
• 40% dos óbitos
• 5ª causa de morte
• 1ª causa de morte como fator externo
• Após as quedas, 20% morre em 1 ano, por fratura de quadril
QUEDAS NO IDOSO

disfunções de influência de
QUEDA
= múltiplos
sistemas e órgãos
+ aspectos externos
ao indivíduo
QUEDAS NO IDOSO
 SÍNDROME PÓS-QUEDA:

• Dependência
• Perda de autonomia
• Imobilização
• Isolamento
• Depressão
• Restrição nas tarefas diárias
• Redução da capacidade funcional
• > suscetibilidade para novas quedas
Fatores de risco para queda em idosos
QUEDAS NO IDOSO
 Fatores de risco intrínsecos
• História prévia de quedas: > risco de novas quedas no ano subsequente
• Idade: > idade + quedas
• Sexo feminino
• Medicamentos
• Condição clínica: HAS, DM, dçs que afetem a FM, equilíbrio e a marcha
• Hipotensão ortostática
• Sedentarismo: acarreta dfç músculo-esquelética
• Psicológico: medo de cair = pior desempenho da marcha e novos episódios
de quedas, restringe atividades físicas e sociais.
QUEDAS NO IDOSO

 Fatores de risco extrínsecos


• Iluminação inadequada
• Superfícies escorregadias
• Tapetes soltos ou com dobras
• Degraus altos ou estreitos
• Obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios)
• Ausência de corrimãos em corredores e banheiros
• Prateleiras excessivamente baixas ou elevadas
• Roupas e sapatos inadequados
• Via pública mal conservada com buracos ou irregularidades
• Órteses inapropriadas
QUEDAS NO IDOSO

 Fator comportamental: grau de exposição ao risco


• Idoso + inativo (frágil) e + ativo (+ exposta) tem > risco de cair
• Queda prévia
• Medicamentos
• Doenças músculo-esqueléticas
• Capacidade funcional
• Fatores de risco ambientais
QUEDAS NO IDOSO
Abordagem sugerida para avaliação e prevenção de
quedas em idosos
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
1. História da queda
2. Avaliação Etiológica
3. Avaliação Ambiental
4. Avaliação Funcional
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
1. História da queda
• Quantas vezes houve quedas no último ano?
• Houve alguma consequência?
• Houve necessidade de procurar um médico?
• Teve AVDs restringidas?
• Motivo?

 Intervenção fisioterapêutica
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
2. Avaliação Etiológica
• Sistema visual
o Campos periféricos
o Profundidade
• Sistema Vestibular
• Somatossensorial: propriocepção
• Avaliação de FM
• Avaliação da ADM
• Flexibilidade
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
3. Avaliação Ambiental
Avaliação do ambiente no qual vive o idoso
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
• Short Physical Performance Battery (capacidade funcional)
QUEDAS NO IDOSO

 Abordagem clínica
4. Avaliação Funcional
• Timed up and go test
• Berg Balance – teste de Berg (equilíbrio)
o Escala de 14 tarefas, de 0- 56 pontos
o 0: incapaz de realizar a tarefa
o 4: independente
• Short Physical Performance Battery (capacidade funcional):
o Composto por 3 testes que avaliam: equilíbrio estático, velocidade
de marcha, FM de MMII.
QUEDAS NO IDOSO
QUEDAS NO IDOSO
 Intervenções para prevenção de quedas:
• Adaptação ou modificação do ambiente doméstico
• Exercícios de força, equilíbrio, marcha, flexibilidade e resistência
• Suplementos de vitamina D
• Retirada ou redução de psicoativos
• Avaliação da hipotensão postural
• Atentar aos pés: joanetes, úlceras ou unhas deformadas
• Atenção aos calçados
• Programas de educação e informação sobre queda
QUEDAS NO IDOSO

 Condutas
• Atividades aeróbicas moderados, controle de peso/Osteoporose
• Resistidos com aumento progressivo da intensidade 3x (8-12)
• Flexibilidade por 30s de 3-4 repetições
• Exercícios de equilíbrio
• Mobilidade Postural
• Exercícios multissensoriais - Circuito que alterne a velocidade do
deambular/alterne os braços

(Relatório de prevenção à quedas na velhice,2007)


TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 Definição:
Lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita sua
função.

 Causas:
• Quedas (especialmente em idosos e crianças)
• Acidentes de carro e atropelamento
• Agressões
• Atividades esportivas
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
As lesões são, normalmente, categorizadas como abertas ou fechadas.

Abertas: Envolvem penetração do couro cabeludo, causadas por balas ou objetos pontudos.


A fratura craniana com laceração no revestimento devido à força direta também é considerada
lesão aberta.

Fechadas: A cabeça é golpeada, batida contra um objeto ou sacudida violentamente,


causando aceleração e desaceleração cerebrais rápidas, que lesionam tecido no ponto de
impacto, no polo oposto ou difusamente;

Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem ser cortados ou rompidos, resultando em lesão
axonal disfusa. Os vasos sanguíneos rompidos causam contusões, hemorragias intracerebrais
ou subaracnoides e hematomas epidural ou subdural.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Concussão
• Contusão cerebral
• Lesão axonal difusa
• Hematoma subdural
• Hematoma epidural
• Hematoma intraparenquimatoso
• Hemorragia subaracnóidea
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Concussão
 Alteração pós-traumática transitória e reversível no status mental (perda de
consciência ou memória, confusão mental) que dura de segundos a minutos e
por definição < 6 h

 Sem lesões cerebrais graves

 Podem causar encefalopatia traumática crônica, que resulta em disfunção


cerebral grave

 Diagnosticada quando a perda de consciência ou memória dura < 6h e os


sintomas não são explicados pela lesão cerebral identificada nos exames de
imagem.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:

• Contusões encefálicas

 São hematomas no cérebro e podem prejudicar as funções cerebrais

 Podem causar edema cerebral e aumentar a PIC

 Podem aumentar horas ou dias após a lesão inicial e causar deterioração


neurológica; cirurgia pode ser necessária
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
Contusões encefálicas
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Contusões encefálicas
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Lesão axonal difusa
 Perda de consciência por + de  6 h sem lesão focal específica
 Rupturas de fibras axonais e bainha de mielina
 Algumas podem resultar de lesão cerebral mínima
 Não existem lesões cerebrais graves
 Pequenas hemorragias na massa branca
 O edema aumenta a PIC, levando a várias manifestações
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:
• Lesão axonal difusa
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:

• Hematomas: Coleção de sangue dentro ou em volta do cérebro


 Hematoma epidural: sangue entre crânio e dura-máter. Menos comuns que HSD.
o normalmente causados por sangramento arterial
o sem intervenção, pacientes podem morrer rapidamente
o hematomas pequenos raramente são letais
 Hematoma subdural: acúmulo de sangue entre duramáter e aracnoide.
o ocorrem nos TCE por quedas ou acidentes com veículos motorizados
 Hematoma intraparenquimatoso: acúmulo de sangue dentro do próprio cérebro.
o resultam da coalescência das contusões
o PIC aumentada
o herniação e insuficiência do tronco cerebral
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

Hematoma subdural Hematoma epidural Hematoma intraparenquimatoso


TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

Hematoma subdural
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 TIPOS MAIS COMUNS DE TCE:

• Hemorragia Subaracnoidea
 sangramento no espaço subaracnóideo, comum no TCE.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Hemorragia Subaracnóide
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

 Fisiopatologia
• Qualquer tipo de TCE pode causar edema cerebral e diminuição do FSC.
• Edema ou hematoma aumenta à PIC
• FSC é proporcional à PPC
• PPC= PAM - PIC
• Como a PIC aumenta (ou a PAM diminui), a PPC diminui.
• Quando a PAM < 50 mmhg, o tecido cerebral pode tornar-se isquêmico.
• Isquemia e edema = liberação de neurotransmissores excitatórios causando
dano celular adicional, mais edema e aumento adicional da PIC
• PIC excessiva =  herniação e > morbidade e mortalidade.
• Se a PIC = PAM, a PPC = zero: isquemia cerebral completa e ME
• Ausência de FSC= ME
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 Sinais e sintomas
• Perda da consciência
• Confusão mental ou amnésia
• Convulsão
• Cefaleia
• Paresia Lesão cerebral difusa grave ou PIC
aumentada = descorticação ou

 PIC elevada: descerebração. Ambas tem mau


prognóstico.
• Hipertensão
• Bradicardia
• Depressão respiratória
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Escala de Coma de Glasgow:
 estima a gravidade do TCE.
• TCE leve: GCS = 14 A 15
• TCE moderado: GCS = 9 a 13
• TCE grave: GCS = 3 a 8
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
 Diagnóstico
• Avaliação geral e rápida do trauma/ exame neurológico
• Escala de Coma Glasgow
• TC
 Prognóstico
• TCE moderado a grave, o prognóstico não é bom
• Boa recuperação (retorno ao nível anterior da função)
• Deficiência moderada (paciente capaz de se autocuidar)
• Deficiência grave (paciente incapaz de se autocuidar)
• Vegetativa (definida pelo paciente sem função cognitiva)
• Morte
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

 Reabilitação
• Fisio + TO + fono + atividades de construção de habilidades + aconselhamento social e
emocional
• Grupos de apoio com assistência às famílias
• Pacientes com coma > 24 h, 50% apresenta sequelas graves persistentes, um período
prolongado de reabilitação, especialmente em áreas cognitivas e emocionais.
Reabilitação deve ser planejada precocemente.
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG
Curso de Fisioterapia

FISIOTERAPIA
CARDIOPNEUMOFUNCIONAL NO IDOSO
danusa.rossi@fsg.edu.br

Caxias do Sul, outubro de 2021.

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