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Ilana Fonteles

Acadêmica do 5º Semestre de Fisioterapia – UFC

Resumo – 2º Avaliação Neuro

Fortaleza, maio de 2019.

 Lesão Medular
 Parkinson
 TCE
 ELA
 Paralisia Facial

Esclerose Múltipla
O que é?

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença auto imune, crônica e


progressiva caracterizada por processo inflamatório dos
linfócitos T, que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC), a qual
ocasiona lesões desmielinizantes. Há um aumento na ativação
e produção dos linfócitos T, macrófagos e IgG. Ocorre falha na
barreira hematoencefálica e as células de linfócitos T sensíveis
a mielina destroem a camada desta que envolve o nervo. A
destruição provoca desmielinização ativa.

Quais são os principais sintomas ?

 Qualquer sintoma neurológico


 Fraqueza de MI
 Neurite óptica
 Parestesia
 Diplopia
 Vertigem
 Fraqueza
 Surdez
 Formigamento
 Distúrbios da marcha
Obs: Geralmente não há dor, apenas quando é
associada à neurite óptica.

Como é feito o diagnóstico?

 Critérios de Mc Donald : uma ou mais lesão com


hipersinal em T2 em 2 ou mais das seguintes
localizações:
- Periventricular
- Justacortical
-Infratentorial
- Medula
 RM – Lesões características de desmielinização
 Exame do líquor
 Potencial Evocado Visual ( Eletroneuromiografia para  Medula espinhal
medir a condução dos impulsos nervosos).  Penduculos cerebelares

Quais são as manifestações clínicas? Categorias da Esclerose Múltipla – Tipos de Evolução

 Alterações sensoriais: Parestesias e dormências  Forma recorrente remitente (EMRR): Sintomas


 Dor: crônica, neuralgia do trigêmeo individualizados que podem ou não deixar sequelas.
 Alterações visuais: Neurite óptica, diplopia, pontos  Forma secundariamente progressiva (EMSP): Fases de
escuros, dor atrás do olho. precedências e remissões. Há progressão dos déficits
 Disfunção motora: Fraqueza, fadiga, espasticidade. de surto (cada vez piores).
 Equilíbrio e coordenação: Ataxia, tremores posturais,  Forma primariamente progressiva (EMPP): Desde o
vertigem, náuseas, dismetria, diadococsinesia, início é uma doença progressiva com pequenas
dissinergia. estabilizações e períodos de melhora ( os surtos são
 Deambulação e mobilidade: Dificuldade na marcha, pequenos com possibilidade de estabilizações e
passos cambaleantes, pisada incorreta, perda de períodos de melhora).
equilíbrio.  Forma progressivo – recorrente (EMPR): Doença
 Disfunção da fala e deglutição: progressiva intercalada por surtos com ou sem
Disartria- discurso desarticulado alterações no volume recuperação total ( com o tempo a intensidade dos
e no timbre. surtos vai aumentando, mas ainda há alguma
Disfonia- Rouquidão ou sons hipernasais possibilidade de recuperação).
Disfagia- Dificuldade de mastigar mantendo os lábios
Avaliação Fisioterapêutica:
serrados, incapacidade de engolir, cuspir, tossir.
Ps: maior facilidade de pneumonia aspirativa,  História clínica
desnutrição e desidratação.  Cognição – Mini Mental ( rastreia perdas cognitivas e
 Afeto pseudobulbar: Rir e chorar ao mesmo tempo demência)
numa situação qualquer.  Funções afetivas
 Disfunção sexual, na bexiga, disautonomia  Sensibilidade
cardiovascular, disfunção intestinal.  Integridade dos nervos cranianos
EDSS: ESCALA EXPANDIDA DO ESTADO DE INCAPACIDADE  ADM
 Postura : Ashworth – Avalia o tônus muscular: Tônus é
 Quanto maior o valor na escala, mais incapaz o o grau de contração residual que os músculos
indivíduo está. Vai de 0 a 10 e 10 significa morte apresentam quando os músculos estão relaxados.
decorrente das complicações da Eclerose Múltipla. É uma escala qualitativa para avaliação do grau de
espasticidade, que é medida de acordo com a
resistência oferecida ao movimento angular de um
segmento movido de forma rápida e passiva por um
examinador.

Áreas mais afetadas pela EM

 Nervo óptico
 Substância branca periventricular
_____________________________________________  Movimentos involuntários
_____________________________________________  Ambiente: casa, comunidade, trabalho.
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________ Intervenção Fisioterapêutica
 Equilíbrio - Romberg: Avalia as colunas dorsais da 1. Tratamento de déficits sensoriais e cuidados com a
medula espinhal, que são essenciais para a pele:
propriocepção.  Caminhada com obstáculos, pesos ou faixas de
Um teste Romberg positivo sugere que a ataxia -  falta resistência, hidroterapia.
de coordenação de movimentos musculares  Prevenção de lesões por pressão
voluntários e de equilíbrio -  é de natureza sensorial,  Cuidado com disrreflexia autonômica
ou seja, depende da perda da propriocepção. Um teste - Vários estímulos que deveriam ser dolorosos e
Romberg negativo sugere que a ataxia é de natureza incômodos mas geralmente não são sentidos pelo
cerebelar, ou seja, depende de disfunção localizada lesionado medular podem desencadear essa síndrome.
do cerebelo.
2. Tratamento da dor:
 Alongamento
 Exercícios regulares
 Massoterapia / TENS
 Reeducação postural
 Hidroterapia
 Técnicas para manejo do stress – terapias
complementares

 Mini Best Test 3. Treino de exercícios:


_____________________________________________  EDSS entre 1 a 6 apresenta boa
_____________________________________________ tolerância a exercícios.
_____________________________________________  Exercícios moderados: 2x por semana
_____________________________________________  Dias alternados e ambiente adequado
_____________________________________________  Tempo para descanso
_____________________________________________  Hidratação contínua
 Avaliação contínua da fadiga
Avaliação da função Motora  Atividades em grupo
 Força
 Tônus 4. Condicionamento cardiovascular
 Reflexos hiperativos  Utilização do ciclo ergômetro
 Sinal de Babinski : Reflexo plantar patológico, quando  30 minutos de exercícios diários e para
há extensão do hálux. Esse reflexo é normal em os mais comprometidos 3x10 ao longo
crianças de até 2 anos de idade. Em adultos indica do dia.
lesão neurológica. Sua assimetria ( presença do sinal 5. Exercícios de flexibilidade, FNP, Conservação
em apenas um membro) indica qual hemisfério de energia, hidroterapia, Atividades de
cerebral foi afetado. alcance... Feedback visual com espelho,
utilização de realidade virtual para atividades
dinâmicas.
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_________________________________________________
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Questionários e escalas
_________________________________________________
 QMSQOL – 54: Multiple Sclerosis Quality Life _________________________________________________
O MSQOL-54 é uma medida multidimensional de qualidade _________________________________________________
de vida relacionada à saúde que combina itens genéricos e _________________________________________________
específicos de MS em um único instrumento. Os _________________________________________________
desenvolvedores utilizaram o SF-36 como o componente _________________________________________________
genérico ao qual 18 itens foram adicionados para atender a _________________________________________________
questões específicas da MS, como fadiga, função cognitiva, _________________________________________________
etc. instrumento gera 12 subescalas juntamente com duas _________________________________________________
pontuações resumidas e duas medidas adicionais de item _________________________________________________
único. As subescalas são: função física, limitações físicas do _________________________________________________
papel, limitações emocionais do papel, dor, bem-estar _________________________________________________
emocional, energia, percepção da saúde, função social, _________________________________________________
função cognitiva, problemas de saúde, qualidade de vida _________________________________________________
geral e função sexual. As pontuações resumidas são o _________________________________________________
resumo composto de saúde física e o resumo composto de _________________________________________________
saúde mental. As medidas de item único são a satisfação _________________________________________________
com a função sexual e a mudança na saúde. _________________________________________________
 EDSS – ESCALA EXPANDIDA DO ESTADO DE INCAPACIDADE _________________________________________________
Avalia 7 sistemas funcionais do corpo, além da _________________________________________________
deambulação. _________________________________________________
Função física, cognitiva, social e sexual _________________________________________________
Limitações devido a problemas físicos ou emocionais _________________________________________________
Percepções sobre sua saúde _________________________________________________
Dor _________________________________________________
Energia _________________________________________________
Qualidade de vida global _________________________________________________
Saúde emocional _________________________________________________
 MFIS – MODIFIED FATIGUE IMPACT SCALE _________________________________________________
Escala modificada de impacto da fadiga _________________________________________________
Instrumento – A MFIS é composta por 21 questões _________________________________________________
distribuídas em três domínios: físico (9 itens), cognitivo (10 _________________________________________________
itens) e psicossocial (2 itens). O formato das respostas _________________________________________________
permite escores de 0 a 4 para cada item, no formato tipo _________________________________________________
Likert, onde os escores maiores refletem maior impacto da _________________________________________________
fadiga. O domínio físico permite escores de 0 a 36, o _________________________________________________
cognitivo de 0 a 40 e o psicossocial de 0 a 8. O escore total _________________________________________________
da MFIS é dado pela soma dos três domínios e varia de 0 a _________________________________________________
84 pontos4. Valores abaixo de 38 correspondem à ausência _________________________________________________
de fadiga, e acima deste valor, quanto maior o escore, _________________________________________________
maior o grau de fadiga do indivíduo. _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________
Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA
 A Esclerose Lateral Amiotrófica é caracterizada pela - 3 regiões espinhais
fraqueza muscular devido a degeneração progressiva  ELA PROVÁVEL: Acometimento de duas regiões não
dos neurônios motores. bulbares
 Esclerose (cicatrização/ endurecimento)  ELA POSSÍVEL: Acometimento de apenas uma região
 Lateral se refere à glicose na coluna lateral medular
pela degeneração do trato corticoespinhal.
 Amiotrófica se refere a atrofia muscular causada pela
perda do neurônio motor inferior.
 ELA tem associação com a demência frontotemporal.
 A doença é caracterizada por degeneração progressiva
dos neurônios motores superiores e inferiores, e a
substituição destes por glicose.

Sinais e Sintomas

 Faciculações
 Cãimbras
 Há uma seletividade quanto ao acometimento da
 Fadiga
função motora, uma vez que as funções cognitiva e
 Fraqueza Resultantes diretos da degeneração motoneuronal
sensorial continuam preservadas.
 Atrofia muscular
 A ELA se caracteriza clinicamente por apresentar sinais
 Atrofia da região hipotênar
e sintomas do neurônio motor superior (espasticidade- é
 Disartria/disfagia/dispneia
quando ocorre um aumento do tônus muscular,
 Labilidade emocional
envolvendo hipertonia e hiperreflexia, no momento da
contração muscular, causado por uma condição
neurológica anormal e clônus - é uma série de contrações
musculares involuntárias devido a um estiramento súbito  Distúrbios psicológicos
do músculo.) e inferior (flacidez e hiporreflexia).  Distúrbios do sono
 A fraqueza assimétrica dos membros é o sinal mais  Constipação
comum. O comprometimento inicial é nas extremidades  Sialorréia Resultantes indiretos dos sintomas primários

( mãos e pés).  Hiperventilação


 A piora é gradual e progressiva, mas algumas
musculaturas permanecem preservadas, como:
musculatura intrínseca dos olhos e musculatura dos Exames complementares
esfíncteres.
 O corpo é dividido em quatro partes :  RM
-Bulbar: palato, língua, mandíbula, face e faringe;  ENMG
- Cervical: pescoço, MMSS e diafragma;  HEMOGRAMA
- Torácica: dorso e abdômen.  FUNÇÃO RENAL – URÉIA E CREATININA
- Sacral: abdômen, MMII e coluna lombar.  FUNÇÃO HEPÁTICA – TEMPO DE PROTROMBINA
 O diagnóstico de ELA é feito quando há as seguintes
apresentações (neurônio superior + neurônio inferior):
- Região bulbar + 2 regiões espinhais ou
Escala de avaliação - FNP
 EGELA: ESCALA DE GRAVIDADE NA ESCLEROSE - Treino de AVDs envolvendo diferentes texturas
LATERAL AMIOTRÓFICA → Flexibilidade e relaxamento
É uma escala ordinal com quatro dimensões: extremidade - Melhorar a ADM, a flexibilidade, o tônus e a oxigenação
inferior (EI), extremidade superior (ES), fala (F) e deglutição - Respiração rítmica, relaxamento por contração, uso de
(D). Cada dimensão é pontuada pelo examinador de 10 a 1, imagens e músicas
seguindo o declínio da função, adaptações funcionais, → Educação/reeducação neuromuscular
dispositivos auxiliares e necessidade de cuidador. A - Orientações sobre marcha e transferências
pontuação total varia de 40 (normal) a 4 (pior função) e não - Adaptações ambientais e possibilidade de auxílios
há escore classificatório de comprometimento pela Egela. O - Trabalho de consciência corporal
escore espinhal inclui as dimensões EI e ES e o escore bulbar __________________________________________________
é a soma dos escores F e D. __________________________________________________
- Avalia a evolução clínica e funcional da doença: declínio da __________________________________________________
função, adaptações funcionais, dispositivos auxiliares e __________________________________________________
necessidade de cuidador __________________________________________________
- Quatro dimensões: extremidades inferior e superior (escore ____________________________________________
espinhal), fala e deglutição (escore bulbar) _________________________________________________
_________________________________________________
Intervenção fisioterapêutica _________________________________________________
 Programa diário de exercícios, com exercícios _________________________________________________
moderados, sem resistência, com tempo não ultrapassando _________________________________________________
15/30 minutos por atendimento. _________________________________________________
 Estimular independência funcional _________________________________________________
 Correção postural _________________________________________________
 Treino de equilíbrio e coordenação _________________________________________________
 Normalizar o tônus _________________________________________________
 Melhorar a qualidade de vida _________________________________________________
 Prevenir úlceras de decúbito _________________________________________________
 Manter ADM _________________________________________________
 Exercícios ativos e ativos assistidos _________________________________________________
 Exercícios funcionais _________________________________________________
 Alongamento _________________________________________________
 Posicionamento no leito _________________________________________________
_________________________________________________
 Ventilação mecânica não invasiva, higiene brônquica
- Correção postural → recuperação → compensação das _________________________________________________
_________________________________________________
limitações → manutenção da
qualidade de vida _________________________________________________
_________________________________________________
- Exercícios em baixa intensidade para evitar o cansaço
→ Condicionamento aeróbico e de resistência _________________________________________________
_________________________________________________
- Exercícios progressivos para melhorar a função
cardiopulmonar e aumentar a _________________________________________________
_________________________________________________
tolerância para atividades mais complexas
- Treinamento de marcha e hidroterapia _________________________________________________
_________________________________________________
- Esteira com uso de suspensão e bicicleta ergométrica
→ Treinamento do equilíbrio, coordenação e agilidade _________________________________________________
_________________________________________________
- Transferência de peso
- Exercícios de equilíbrio e propriocepção _________________________________________________
_________________________________________________
- Trabalhar em várias posturas
_________________________________________________
Parkinson

 A Doença de Parkinson é uma doença Sintomas motores da DP


neurodegenerativa e lentamente progressiva, dos neurônios
dopaminérgicos da substância negra compacta, com  Sinais cardinais: Bradicinesia, oligocinesia, hipertonia
plástica – cano de chumbo e roda denteada, hipertonia
consequente redução na produção de dopamina.
plástica, tremor de repouso (início assimétrico que sessa com
 Núcleos da base – conjunto de neurônios da base do
o movimento) e instabilidade postural.
cérebro: Putâmen, globo pálido, núcleo caudado, claustro,
 Redução da expressão facial, dificuldade na fala e na
cápsula interna e externa.
Funções: Controle motor, controle das funções oculares deglutição, micrografia – a letra vai diminuindo, alteração no
(motricidade ocular), seleção e automatização de rotinas, padrão respiratório, perda da independência nas AVD’S,
controle das funções executivas ( atividades que envolvem alterações de equilíbrio e de postura – aumento da cifose
planejamento, atenção, tomada de decisão, alternância de torácica, retificação da lombar, hipercifose torácica,
conceitos). alterações na marcha (freezing – interrupção da sequência de
Motricidade automática (marcha) preparo e regulação do movimento, dificuldade em mudar de direção, dissociação de
tônus muscular e do tônus postural, controle da motivação, cinturas, dificuldade de inciar e finalizar os movimentos).
Sintomas não motores da DP
atenção e afeto.
Tríade da DP: Bradicinesia – lentidão dos movimentos;  Distúrbios autonômicos: olhos secos, sudorese

Oligocinesia-Poucos movimentos; excessiva e pele oleosa. Alterações urinárias (urgência,
Hiperexitação dos motoneurônios gama - rigidez noctúria, frequência, incontinência e esvaziamento
generalizada – hipertonia plástica e presença de tremor e incompleto). Disfunção sexual. Hipotensão ortostática.
Constipação.
instabilidade postural.
 Distúrbios do sono: Síndrome das pernas inquietas,
Sintomas pré-motores da DP movimentos durante o sono, pesadelos e insônia, despertar
frequente, micro fragmentado e alteração do
 Constipação
comportamento do sono REM.
 Déficit olfativo
 Sintomas neuropsiquiátricos: cognitivo,
 Desordens do sono: alterações do comportamento do
comportamental e de humor. Adenonia- perda da
sono REM. Depressão/ ansiedade.
capacidade de sentir prazer, disfunção executiva,  Marcha hipocinética: Diminuição da rotação do
pensamento abstrato mais dificultado, dificuldade em inibir tronco, passos curtos, diminuição da oscilação dos
comportamentos inadequados, disfunção fisio espacial. braços.
Demência, ataques de pânico, fobia social, comportamentos
compulsivos. INSTABILIDADE POSTURAL
Acometimento de áreas do tronco encefálico de diferentes  Mudanças súbitas na postura ( rotação de tronco)
regiões do cérebro.  Freezings na marcha
 Propulsão e retropropulsão na marcha
DIAGNÓSTICO  Quedas: diminuição da mobilidade e qualidade de vida.
Clínico – resposta á Levodopa: melhora significativa.
Presença de bradicinesia é o sinal mais importante para o
diagnóstico da doença. AVALIAÇÃO
Critérios diagnósticos do banco de cérebros de Londres  Movimentos rápidos, repetitivos, alternados de mãos e
 Critérios necessários para a DP de pés (aspectos de velocidade e amplitude)
 Critérios excludentes para DP  Instabilidade motora: diminuição progressiva do
 Critérios de suporte positivo para a DP tamanho do movimento. Marcha hipocinética e escrita.
 Acinesia: dificuldade de iniciar o movimento
PARKINSONISMO SECUNDÁRIO: Doenças que mimetizam o
Parkinson. Pobre resposta à levodopa, duração mais curta e Hoehn e Yahr Scale:
mais incapacitante. Nessa escala, o Parkinson pode ser classificado em cinco
Fisioterapia: Período ON estágios. O salto de estágios não é incomum, do primeiro
Discinesias: Movimentos involuntários anormais. para o terceiro, por exemplo.
Estágio I – unilateral
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FISIOTERAPIA É a fase incicial da DP, quando os sintomas são leves,
dificultando as AVD’S da pessoa. Tremores ou agitação em
TREMOR: um dos membros, alteração na postura, perda de equilíbrio
 Responde bem a levodopa; e perda de expressão facial.
 Fisioterapia pouco intervém porque o tremor Estágio II – bilateral
desaparece com o movimento; Os sintomas são bilaterais e afetam membros superiores e
 Cirurgias: palidotomia,talamotomia; inferiores. As tarefas do dia a dia são realizadas com certa
 A amplitude do tremor aumenta com o stress e a dificuldade, o paciente geralmente encontra dificuldade
ansiedade. para caminhar ou manter equilíbrio, e a incapacidade de
RIGIDEZ executar as atividades físicas normais se torna mais
 Detectada pelo movimento passivo do pescoço ou evidente.
membros enquanto o paciente realiza outra Estágio III – Instabilidade postural moderada
atividade que exija concentração. Incapacidade de andar em linha reta ou em pé. Há uma
 Afeta músculos do tronco e membros. desaceleração perceptível nos movimentos. Episódios de
 A rigidez pouco interfere no movimento congelamento da marcha podem ocorrer.
voluntário. Estágio IV– Instabilidade postural grave
 A rigidez piora com o stress e a ansiedade. Sintomas de rigidez e bradicinesia ( lentidão dos
 Relacionada a reflexos de longa latência movimentos). Geralmente estes pacientes são incapazes de
BRADICINESIA viver por conta própria, pois não conseguem executar
 Lentidão no movimento tarefas do dia a dia. Os tremores, presentes no início da
 Inicia – se pela dificuldade de realizar movimentos doença podem diminuir ou desaparecer, por motivos não
mais finos. conhecidos.
 Hipocinesia: pobreza dos movimentos. Face em
máscara. Estágio V– Locomoção dependente
Geralmente compromete todos os movimentos físicos. necessidades individuais do paciente
Geralmente o paciente é incapaz de cuidar de si mesmo e ~ Opções para manter os exercícios entre as sessões de
deambular, necessitando de auxílio de cadeira de rodas e fisioterapia: programa de exercícios
de cuidadores. comunitários ou domiciliares, ou prática de atividade física
 Quanto maior a numeração, maior o impacto na na academia
funcionalidade. ~ Evitar a perda da independência funcional e a
 Apoio ao autocuidado, prevenir a inatividade, prevenir institucionalização do indivíduo
o medo de cair ao se mover. → Diretrizes de Fisioterapia para a Doença de Parkinson
- Com HY- 3 o paciente ainda consegue se locomover, ou - Apoio ao autocuidado
seja, será o paciente que ainda veremos na clínica. - Prevenir a inatividade
- A instabilidade postural é o item de “virada’ e deve ser - Prevenir o medo de se mover ou de cair
avaliado. No “puxão”, se o paciente der até dois passos - Melhorar a capacidade física
para trás, é normal. Mais de dois passos = INSTABILIDADE - Reduzir a dor
POSTURAL. - Retardar o início de limitações atividades (aprendizagem
motora)
UPDRS – ESCALA UNIFICADA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA
DE PARKINSON Centralização no paciente
Possui itens que avaliam os sintomas principais da - Oferecer cuidados que respeitem e respondam às
doença: tremores, instabilidade postural e rigidez. preferências individuais dos paciente
Essa ferramenta de classificação é muito mais completa, - Atender as necessidades, habilidades e motivações do
incluindo itens além dos motores, como, por exemplo, o paciente
funcionamento mental, humor e interação social. É - Paciente participa ativamente no processo de escolha
composta por 42 questões divididas em 4 partes. A sobre as prioridades e
pontuação da escala vai de o a 199 pontos, considerando a intervenções
atividade do medicamento sob o paciente: ON (sob o efeito Autocuidado
da levodopa) OFF (sem efeito da levodopa). - Ajudar de maneira colaborativa os pacientes e as famílias a
adquirirem o
QUESTIONÁRIO DA DOENÇA DE PARKINSON – PDQ-39 conhecimento, as habilidades e a confiança para o manejo
É composta por 39 questões divididas em 8 categorias. A da doença crônica
pontuação varia entre 0 e 100. - Sugerir estratégias que possam ajudar com o tratamento
- Orientar sobre a adesão aos medicamentos e os cuidados
PDQL – PARKINSON DIASES QUALITY OF LIFE com a nutrição, a fala e o
Mede a saúde física e emocional, além de medir funções sono
importantes para o paciente com Parkinson. É auto Estratégias cognitivas
administrável e contém 37 questões. Mede sintomas - Uso de mecanismos de controle cortical a fim de obter
parkinsonianos sistêmicos, emocionais e sociais. movimentos com velocidades
e amplitudes adequadas
Marcha parkinsoniana: a postura é fletida, a marcha se - Lembrar mentalmente a sequência do movimento antes
inicia lentamente, os passos são pequenos e arrastados, de realizá-lo
existe uma redução dos movimentos associados dos - Gerar feedback detalhado sobre a mecânica do
membros superiores, e pode ocorrer uma aceleração movimento
involuntária (festinação). Marcadores externos
- Estratégias visuais e auditivas
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA - Direcionar a atenção do paciente para o movimento
Atuação mais precoce possível (antes do início da - Dividir tarefas complexas em subcomponentes
incapacidade) → Programa de potência muscular (reajuste da carga a cada
~ Reabilitação fornecida sobre intervalos regulares sobre a 2 semanas)
progressão da doença - Peso livre (40% de 1 RM) ou faixa elástica
~ Prescrição de exercícios sob medida para atender as - 3 séries de 10 repetições com 1-2 minutos de intervalo
- Progressão com o aumento da velocidade de execução do _________________________________________________
movimento (10s → 7s) _________________________________________________
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Importância da fisioterapia _________________________________________________
- Redução da capacidade física e desempenho _________________________________________________
- Alterações na marcha _________________________________________________
- Limitações nas transferências e nas atividades manuais _________________________________________________
- Alterações do equilíbrio e quedas _________________________________________________
- Experiência e percepção de dor _________________________________________________
→ Modelo de cuidados crônicos _________________________________________________
- Mudança comportamental _________________________________________________
- Atenção aos níveis de atividade física e limitações de _________________________________________________
atividade _________________________________________________
~ Atividades de intensidade moderada e vigorosa (esporte, _________________________________________________
lazer, tarefas domésticas e _________________________________________________
laborais) _________________________________________________
~ Exercícios aeróbicas + treino de fortalecimento muscular + _________________________________________________
treino de prevenção de quedas _________________________________________________
- Pacientes bem informados e ativos + profissionais _________________________________________________
preparados e proativos _________________________________________________
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Paralisia Facial Periférica Idiopática - Bell
 Retração limitada do ângulo da boca= desnervação do
 A eletroterapia é contra indicada na maioria dos casos; músculo risório.
 A reeducação neuromuscular é a terapia de escolha, ÍNDICE DE INCAPACIDADE FACIAL – FACIAL DISABILITY
avaliando-se deficiências faciais e funcionais e limitações. INDEX:
São realizados exercícios com base nos padrões corretos
de movimento. ATUAMOS NO LADO NÃO AFETADO!
 PFC: apenas um quadrante
 PFP: metade da face TRATAMENTO
 Após uma lesão nervosa, ocorrem basicamente  Corticóides e agenteas antivirais
três mecanismos de neuroplasticidade: a religação, a  Cirurgia de descompressão
reorganização dentrítica e a regeneração axonal. Com  Proteção córnea de ressecamento e abrasão
isto a Fisioterapia se baseia nestes conceitos para assim,  Acumputura, cinesioterapia, biofeedback. (ainda
dar início à reabilitação motora nos indivíduos poucas evidênciais)
portadores de tal patologia.  Exercícios de mímica facial
 Espera-se que melhore espontaneamente em 3 semanas  Movimentos combinados do lado afetado (em
O que é? relação ao lado não afetado)
É uma doença aguda no nervo facial, que pode começar com  Pequenas amplitudes no lado não afetado para não
sintomas de dor na região do processo mastoide e produzir sobrepor os movimentos do lado
paralisia parcial ou total dos movimentos de um lado da face. afetado
Sua causa é desconhecida, mas há evidências de que se  Exercícios de relaxamento do lado não afetado e
relaciona com a reativação do Vírus Herpes I latente no gânglio ativo-assistidos do lado afetado
do nervo facial. (iniciar o movimento
SINAIS E SINTOMAS  Orientações sobre o processo de recuperação
 Assimetria ao repouso  Facilitação (assimetria leve/moderada, problemas
 Assimetria ao movimento físicos são menores)
 Sincinesia = movimento involuntário que ocorre num  Sinais e sintomas
grupo de músculos por ocasião de um movimento voluntário - Mínima/nenhuma queda da face em repouso
ou de um reflexo de outra parte do corpo. - Leve/moderada fraqueza parcial (capacidade de
iniciar movimentos)
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA → Tratamento
 Classificação da postura em repouso, movimento - Amplitude de movimento ativa
voluntário e presença de sincinesia ou movimento anormal, - Exercícios resistidos (atenção com a
usando o Sistema de Graduação Facial de Ross – Facial possibilidade de desenvolver sincinesias)
Grade System (FGS). A escala de Ross avalia a mudança da  Controle do movimento (dificuldade de manter o
condição através da observação do avaliador. O score da olho aberto quando fala ou come)
escala de Ross vai de 0 (paralisia total) a 100 (função facial → Sinais e sintomas
normal). É avaliado a postura em repouso, sincinesia e - Tensão em repouso
movimento voluntário. - Leve fraqueza facial
 Central ou periférica? - Movimento anormal ao realizar movimento
 Recente ou tardia? voluntário
 Gradual ou súbita? - Realização de movimentos isolados
 Inspersão estática: Assimetria facial (ativação - Padrões corretos de movimentos (aprendizagem)
unilateral dos mms sadios), desvio da rima bucal para o lado - Alongamentos (encurtamentos devido
sadio e apagamento do sulco facial. hiperativação involuntária)
 Inspersão dinâmica: Fechar o olho (logoftalmo/ sinal  Relaxamento (gasto de tempo e energia
de bell= depressão da pálpebra inferior do lado paralisado – consideráveis para controlar o movimento)
olho mais aberto que o outro)  Sinais e sintomas
 Mostrar os dentes - Tensão muscular aumentada em repouso
- Espasmos e contrações espontâneas _________________________________________________
- Contratura facial dolorosa relacionada a _________________________________________________
sincinesia _________________________________________________
→ Tratamento _________________________________________________
- Movimentos rítmicos de contração-relaxa _________________________________________________
- Exercícios de relaxamento e alongamentos _________________________________________________
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Avaliação da função neurológica


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_________________________________________________ Exame de Função Motora:
_________________________________________________ A motricidade é exercida por neurônios superior e inferior. Os
_________________________________________________ neurônios superiores se originam no córtex cerebral e tronco
cerebral, projetando-se para neurônios motores inferiores no exemplo, a ataxia pode estar associada com tremor de
tronco cerebral e no corno anterior da medula espinal. Os intenção, que é mais exacerbado no início e no final de cada
neurônios motores inferiores se projetam do tronco cerebral e movimento; bem como decomposição dos movimentos, no
da medula espinal, por meio dos nervos motores, para inervar qual há perda do aspecto natural e fluido do movimento,
o músculo esquelético. Lesões dos neurônios motores caracterizado por movimentos fracionados.
superiores e inferiores produzem fraqueza. Clinicamente é Muitas vezes, é possível demonstrar uma diminuição da
possível distinguir entre lesões do neurônio motor superior e capacidade de interrupção do movimento, por exemplo,
do neurônio motor inferior em duas síndromes de acordo com quando se pede ao paciente que levante os braços
outros achados no exame neurológico. Por exemplo, lesões do rapidamente até determinada altura – ou quando os braços
neurônio motor superior além de fraqueza também causam estendidos e abertos em frente ao paciente são subitamente
aumento do tônus muscular, hiperatividade dos reflexos deslocados por uma força – pode ocorrer um movimento
tendinosos e sinal de Babinski, enquanto as lesões do excessivo (rebote). Para testar o rebote, pode-se segurar o
neurônio motor inferior produzem conjuntamente com braço fletido do paciente contra uma resistência – e, então,
fraqueza a redução do tônus muscular, reflexos hipoativos, remove-se subitamente a resistência. Se o membro for atáxico,
atrofia muscular e possivelmente fasciculações. O exame a interrupção da resistência imposta pelo examinador à
motor inclui a avaliação da massa muscular, do tônus e da contração pode fazer a mão do próprio paciente atingi-lo pela
força. incapacidade de frear o movimento. A ataxia dos membros
Massa muscular: avaliar atrofias, assimetrias, fasciculações ou inferiores pode ser demonstrada no teste calcanhar- joelho.
abalos musculares rápidos. Pede-se ao paciente deitado em posição supina que percorra
Tônus muscular: é o grau de contração muscular basal que se com o calcanhar a tíbia (canela) da perna oposta, para cima e
traduz ao exame pela resistência que o músculo impõe a para baixo, do tornozelo até o joelho. A ataxia produz
movimentação passiva de uma articulação. O tônus normal de movimentos de abalo e imprecisos, impossibilitando que o
um indivíduo apresenta-se com uma resistência pequena. paciente mantenha o calcanhar em contato com a tíbia.
Estados patológicos com tônus reduzido (hipotonia ou
flacidez) pode ser em decorrência de distúrbios musculares, O paciente deve ser solicitado a ficar com os pés juntos e os
distúrbios do neurônio motor inferior ou distúrbios olhos abertos para se detectar a instabilidade decorrente de
cerebelares. Tônus aumentado se apresenta como rigidez, na ataxia cerebelar. A seguir, o paciente deve fechar os olhos; a
qual pode ser constante durante a variação do movimento ou instabilidade que ocorre com os olhos fechados, mas não com
pode se apresentar como espasticidade, na qual a resistência os olhos abertos (sinal de Romberg), é um sinal de ataxia
é dependente da velocidade do movimento exercido, sendo sensorial (Sensibilidade profunda).
variável durante a evolução do movimento. Classicamente
hipertonia ocorre na síndrome do neurônio motor superior, Neuropraxia
sendo caracteristicamente espástica, ou mesmo em distúrbios - Menor velocidade de condução nervosa sem déficit motor
envolvendo outras vias motoras (vias extra-piramidais) como - Não apresenta PA de unidade motora (redução da amplitude
na doença de Parkinson, na qual a resistência é contínua, e da área)
chamada de hipertonia plástica. > Axonotmese
Exames de Coordenação: Distúrbios de coordenação (ataxia), - Dano axonal e degeneração Walleriana: incapacidade de
em geral resultam de lesões no cerebelo ou em suas conexões, resposta do nervo à estimulação elétrica
podendo afetar movimentos oculares, a fala, membros ou - Desnervação e aparecimento de potenciais de fibrilação e
tronco. Ataxia de membro: Uma ataxia de membro distal pode ondas positivas no repouso
ser detectada solicitando ao paciente que realize movimentos - Processo de brotamento colateral: aparecimento de
alternantes rápidos (por exemplo, bater alternadamente com a potenciais polifásicos de baixa amplitude
palma e o dorso da mão na outra mão) observando qualquer > Neurotmese
irregularidade na taxa, no ritmo, na amplitude ou na força de - Dano axonal e degeneração Walleriana: incapacidade de
movimentos sucessivos. No teste dedo-nariz, o paciente move resposta do nervo à estimulação elétrica
um dos dedos indicadores em direção ao nariz e depois afasta - Desnervação e aparecimento de potenciais de fibrilação e
o dedo do nariz e move-o em direção ao dedo do examinador; ondas positivas no repouso
a fluidez do movimento exercido pelo paciente deve ser - Não ocorre processo de brotamento colateral: não há
observada, constatando-se anormalidades no movimento. Por
recrutamento de PA de unidade motora na tentativa de
contração muscular (desnervação total).
Plegia: paralisia de um grupo muscular de um
membro.Diminuição ou abolição da motricidade em uma ou
mais partes do corpo.
Paresia: Perda de parte da motricidade de um ou mais
músculos. A paresia causa apenas limitação fazendo apenas
com que alguns movimentos não ocorram corretamente.
Diminuição da atividade muscular, semi paralisia.
Trauma crânio encefálico - TCE
Fisiopatologia:  Hematoma subdural crônico (HSDC) - trauma de
Lesão primária: Resultado imediato e direto do trauma crânio por queda que provoca sintomas e sinais
Lesão secundária: Nível celular (encéfalo), efeito de massa, neurológicos diversos com progressão lenta, como
hipóxia, hipotensão e FSC fluxo sanguíneo cerebral efeito de massa e desvio da linha média. além da
inadequado. possibilidade de evolução para uma lesão axonal difusa
Concussão: Não tem evidências nos exames de imagem. ~ Acomete idosos com provável histórico de
alcoolismo crônico
 Escala de Coma de Glasgow: abertura ocular, resposta
verbal e resposta motora
- Leve: 13 a 15 pontos
- Moderado: 9 a 12 pontos
- Grave: 3 a 8 pontos

ESCALAS
 Teste de orientação e amnésia de Galveston –
é utilizada para predizer o nível de resposta funcional
que o paciente pode apresentar após o trauma.
 Rancho Los Amigos – A Escala de Rancho Los Amigos
(RLAS) é uma escala amplamente utilizada para a
descrição dos padrões cognitivos e comportamentais
de pacientes com lesões cerebrais traumáticas à
medida que se recuperam.

Ela foi desenvolvida no Rancho Los Amigos National


Rehabilitation Center para avaliação das pessoas que
 Descerebração (predomínio dos extensores)
emergem de um coma. Em muitas vezes, a RLAS é
 Decorticação (predomínio dos flexores) utilizada em conjunto com a Escala de Coma de
Glasgow na avaliação de um paciente com
Coma: Não obediência a comandos, não proferimento de traumatismo crânio-encefálico (TCE).
palavras, não abertura dos olhos. Além da fase aguda, a RLAS pode ser utilizada durante
Estado vegetativo: Pacientes com diminuição do nível de as diversas fases de evolução do paciente, permitindo
consciência, abertura ocular intacta e ciclo de dormir e a avaliação do seu estado de consciência, do
desempenho das suas funções físicas e cognitivas e do
acordar, mas que perderam a habilidade de obedecer
seu nível de dependência funcional.
comandos e falar. A única limitação da RLAS está relacionada à avaliação
de pacientes que possuem maior nível de
 Espaços meníngeos independência funcional. Nesta situação, houve a
- Espaço epidural/extradural: entre o crânio e a dura- necessidade de revisar a RLAS no sentido de detalhar a
máter evolução no nível cognitivo VIII da RLAS. Assim, mais
dois níveis foram adicionados, originando uma escala
- Espaço subdural: entre a dura-máter e a aracnóide
de dez níveis mais abrangente, denominada Escala
- Espaço subaracnóideo: entre a aracnóide e a pia- Revisada de Rancho Los Amigos (RLAS-R).
máter
 Hematoma extradural agudo (HEDA) - coleção de Escala de níveis cognitivos do Rancho Los Amigos
sangue no espaço extradural que empurra a massa  Níveis 1, 2 e 3 - aproveitar a
encefálica (efeito de massa) e provoca déficit neuroplasticidade
instântaneo com perda rápida de consciência, seguida - Posicionamento com órteses e estímulo sensorial
por intervalo lúcido de minutos a horas, voltando a - Orientações à família e adaptação ambiental
haver nova deterioração do nível de consciência,
 Níveis 4, 5 e 6 - estímulo do aprendizado
- Ênfase nas capacidades do paciente, trabalhando
obnubilação, hemiparesia contralateral ao trauma
aspectos cognitivos e habilidades funcionais
~ Necessidade de drenagem cirúrgica - Manter uma rotina, orientando o paciente sobre o
tempo e o espaço para estimular a memória e o Treinamento da mobilidade funcional
planejamento - Treinos com posturas de desenvolvimento motor
- Atividades com variações nas repetições - Transição de sentado para de pé
 Níveis 7 e 8 - reorganização do paciente - Utilização de bolas, rolos e travesseiros
- Trabalhar habilidades cognitivas e motoras mais
- Treino de marcha e locomoção
específicas. melhorando o planejamento motor e a
qualidade dos movimentos _______________________________________________
- Estimular atividades que envolvem atenção, _______________________________________________
tomadas de decisão, organização e estratégias para _______________________________________________
a resolução de problemas. _______________________________________________
_______________________________________________
AVALIAÇÃO _______________________________________________
 Anormalidade de tônus muscular (Escala de
_______________________________________________
Ashworth - avaliação da hipertonia espástica) e de
reflexos (avaliação do tempo e do padrão) _______________________________________________
 Alterações na sensibilidade (avaliação _______________________________________________
discriminação de tato, pressão e dor) e na _______________________________________________
propriocepção (avaliação da percepção corporal) _______________________________________________
 Controle motor deficiente (avaliação da _______________________________________________
incapacidade de transferência e de _______________________________________________
manutenção postural)
_______________________________________________
 Fraqueza muscular (avaliação com testes de
_______________________________________________
força)
 Alteração do nível de consciência (coma x _______________________________________________
estado vegetativo) _______________________________________________
 Comprometimentos comportamentais, como _______________________________________________
desinibição sexual, baixa tolerância a _______________________________________________
frustração, depressão e apatia (avaliação da qualidade _______________________________________________
de vida) _______________________________________________
 Comprometimentos da comunicação com
_______________________________________________
afasias (avaliação do discurso/fluidez, da
compreensão/completar frases, da repetição e da _______________________________________________
nomeação) _______________________________________________
 Alterações no campo visual, como cegueira, _______________________________________________
erros de discriminação e negligência _______________________________________________
 Comprometimentos da deglutição com
apraxias, como a disfagia

● PROCESSO DE REABILITAÇÃO
1. Fase pré-trauma - anterior ao trauma
2. Fase aguda - primeiro atendimento da equipe de
resgate até o CTI/UTI
3. Fase intensiva - do CTI/UTI até a alta hospitalar
4. Fase de recuperação - educação e treinamento
(avaliação das habilidades e
capacidades)
5. Fase ambulatorial - ajustamentos pessoais e sociais,
e promoção da qualidade de vida
Exercícios terapêuticos
- Posicionamento articular
- Melhorar o desempenho muscular
- Treinar transferências
INTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURA/FUNÇÃO
- FNM
 Escala de comprometimento do tronco: Mediante a valor é identificado ou o
ECT é possível quantificar o comprometimento do tronco paciente realiza a técnica 3 vezes e é feio a média entre os
em sete itens. Dois itens (força muscular abdominal e valores
verticalidade) foram originalmente baseados na SIAS  ESCALA DE FUGL MEYER
(Stroke Impairment Assesment Set) desenvolvida por  Esta escala foi o primeiro instrumento quantitativo
Chino et al. Os outros cinco itens foram desenvolvidos para para mensuração sensório-motora da recuperação do AVC
a ECT, consistindo na percepção de verticalidade do tronco,  A EFM é um sistema de pontuação numérica
força de rotação dos músculos do tronco para os lados acumulativa que avalia seis aspectos do paciente: a
afetado e não-afetado, além das reações de amplitude de movimento, dor, sensibilidade, função motora
endireitamento de ambos os lados. da extremidade superior e inferior e equilíbrio, além da
 1. Percepção de verticalidade de tronco coordenação e velocidade, totalizando 226 pontos. Uma
- Movimento passivo com atividade de lateralidade de escala ordinal de três pontos é aplicada em cada item: 0-
tronco não pode ser realizado, 1- realizado parcialmente e 2
- Utilização do goniômetro realizado completamente13. Esta escala tem um total de 100
- O paciente deve indicar quando perceber que a coluna pontos para a função motora normal, em que a pontuação
está alinhada máxima para a extremidade superior é 66 e para a inferior,
2. Força muscular de rotação do lado afetado 34. A avaliação motora inclui mensuração do movimento,
- Paciente em DD, braços cruzados sobre o tórax e pernas coordenação e atividade reflexa de ombro, cotovelo,
estendidas punho, mão, quadril, joelho e tornozelo 3. Fugl-Meyer et
- Paciente deve rolar para o lado não-afetado al.7 determinaram uma pontuação de acordo com o nível de
- Avaliação do oblíquo externo do lado contralateral comprometimento motor, em que menos que 50 pontos
3. Força muscular de rotação do lado não-afetado indicam um comprometimento motor severo; 50-84
- Paciente em DD, braços cruzados sobre o tórax e pernas marcante; 85-95 moderado; e 96-99 leve.
estendidas  TESTE DE COORDENAÇÃO DE MI
- Paciente deve rolar para o lado afetado - Paciente sentado, fisioterapeuta coloca 2 papéis
- Avaliação do oblíquo externo do lado contralateral separados no chão
4. Reflexo de endireitamento do lado afetado - Orientar ao paciente que ele deve encostar o calcanhar no
- Empurra o paciente para o lado não-afetado primeiro papel e encostar o hálux no segundo papel
- Avaliar se o paciente retorna à posição ereta anterior durante 30 segundos, enquanto o terapeuta conta a
5. Reflexo de endireitamento do lado não-afetado quantidade de acertos e erros.
- Empurra o paciente para o lado afetado 
- Avaliar se o paciente retorna à posição ereta anterior
6. Comprometimento da verticalidade na posição sentada
- Inspeção do paciente na posição sentada
7. Comprometimento da força muscular abdominal
- Paciente deve ficar em posição semi-reclinada (encosto à
45°)
- Solicitar o paciente assumir uma posição sentada
enquanto o terapeuta aplica
resistência sobre o esterno
 Teste do Esfignomanômetro modificado
- Mensurar a pressão da força muscular com testes em
isometria
→ Preensão manual
- Encher o esfigmo até a pressão de 100 mmHg e depois
secar até 20 mmHg para tirar
as dobras da bolsa de ar
- Paciente com cotovelo em 90° de flexão e punho alinhado
- Paciente pressiona a bolsa de ar por 5 segundos e o maior
Lesão Medular - LME
 Paciente, 24 anos, nível motor T4
Avaliação: Tempo de transferência, força de MMSS,
condição neurológica.
MIF – medida de independência funcional
SCIM- Medida de independência na lesão medular
WST- Teste de habilidade em cadeira de rodas
Nível neurológico: É o mais alto preditor de independência
futura após uma LME. O nível neurológico indica a força dos
músculos.
O tríceps não é inervado em C6

A única diferença funcional entre um paciente C3 e um C4 é que o C4 consegue


respirar sem auxílio.

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