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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CURSO BACHARELADO DE ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

ALÍRIA CRISPIM MAIA


BEATRIZ SANTOS DE MACEDO
IZADORA ROCHA DE SOUSA
PAULO HENRIQUE LAURENTINO BRAVO
PRISCILA DIBAL COMENALLE GALERA
RIQUELE SILVA SANTOS
VITORIA LACERDA XAVIER NUNES

ADOECIMENTO NO TRABALHO E A INTERVENÇÃO PELO PAPEL DA


GESTÃO DE PESSOAS.

Goiânia - 2022
ALÍRIA CRISPIM MAIA
BEATRIZ SANTOS DE MACEDO
IZADORA ROCHA DE SOUSA
PAULO HENRIQUE LAURENTINO BRAVO
PRISCILA DIBAL COMENALLE GALERA
RIQUELE SILVA SANTOS
VITORIA LACERDA XAVIER NUNES

ADOECIMENTO NO TRABALHO E A INTERVENÇÃO PELO PAPEL DA


GESTÃO DE PESSOAS.

Trabalho avaliativo da disciplina de Psicologia


Organizacional do curso Bacharelado de
Administração da Universidade Federal de Goiás.

Orientador(a):
Profa. Dra. Gardenia de Souza Furtado Lemos

Goiânia - 2022
SUMÁRIO

RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO 6

2 MATERIAL E MÉTODOS 7

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 8

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS (ou CONCLUSÃO) 10

REFERÊNCIAS
APÊNDICE
ADOECIMENTO NO TRABALHO E A INTERVENÇÃO PELO PAPEL DA
GESTÃO DE PESSOAS.
ALIRIA CRISPIM MAIA 1
BEATRIZ SANTOS DE MACEDO 2
IZADORA ROCHA DE SOUSA 3
PAULO HENRIQUE LAURENTINO BRAVO 4
PRISCILA DIBAL COMENALLE GALERA 5
RIQUELE SILVA SANTOS 6
VITORIA LACERDA XAVIER NUNES 7
PROFª DRA. GARDENIA DE SOUSA FURTADO LEMOS 8

RESUMO
Contexto: O trabalho é tido como um papel importante e central na vida dos indivíduos, haja vista
que é motivo de identidade e inserção social dos mesmos. Entretanto, sabe-se que uma relação
satisfatória entre indivíduo e trabalho é fundamental para que se tenha uma qualidade de vida e até
mesmo laborais dignas, de modo que haja o desenvolvimento do indivíduo como um ser
biopsicossocial, pois tal desenvolvimento depende diretamente dos suportes sociais e afetivos durante
seu percurso profissional. Tendo em vista tal questão se é válido levantar os questionamentos que
levam um indivíduo a ser explorado e privado de seus direitos durante sua jornada de trabalho,
acarretando em um possível adoecimento e aumento do absenteísmo dos mesmos, sendo estas
questões advindas de um processo decisório ineficaz por intermédio de uma má gestão. Objetivo:
Sendo assim, este estudo tem como objetivo analisar como e quais as consequências de uma boa
versus uma má gestão de pessoas, organização, mediante o aumento dos índices de adoecimento no
trabalho e a piora da qualidade de vida laboral. Métodos: Foram utilizados como parâmetros para
esta revisão de literatura a análise de artigos publicados em plataformas renomadas, tais quais a da
base de dados da Scielo (Scientific Electronic Library), juntamente com livros e periódicos que
tenham como descritores o adoecimento no trabalho, a eficiência e a importância de uma boa gestão.
Resultados: Através da bibliografia incluída e por meio da vivência laboral de alguns dos autores é
possível perceber os principais fatores que desencadeiam o adoecimento no âmbito do trabalho,
destacando-se o papel de uma gestão que por intermédio de medidas corretivas eficientes de igual
modo preventivas, tais quais, acompanhamento psicológico, melhora de clima, do ambiente, das
condições de trabalho, da comunicação organizacional entre outras que priorizam o bem-estar físico,
mental e social do trabalhador. Conclusão: Através deste foi possível inferir diferença entre os tipos
de gestão e como estas estão diretamente relacionadas com o bem estar do trabalhador dentro da
empresa, assim como a importância cada vez maior de uma gestão mais humanizada, portanto, menos
burocrática e mecanicista, de modo a se ter como preocupação além dos resultados e números, a
saúde tanto física quanto mental, assim como, as qualidades do ambiente de trabalho, as relações com
colegas e atividades cotidianamente realizadas.

Palavras-chave: Adoecimento; trabalho; gestão,


_________________________________________________________________________
1
Acadêmico do curso de Administração – UFG.E-mail: aliriamaia@discente.ufg.br
2
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail :beatriz_santos2@discente.ufg.br
3
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail: izadora.rocha@discente.ufg.br
4
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail: paulobravo@discente.ufg.br
5
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail: prisciladibal@discente.ufg.br
6
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail: riquele@discente.ufg.br
7
Acadêmico do curso de Administração – UFG. E-mail: vitoriaxavier@discente.ufg.br
8
Gardenia de Souza Furtado Lemos, profª da disciplina de Psi Organizacional – E-mail: gardenialemos@ufg.br
WORK-RELATED ILLNESS, AND INTERVENTION THROUGH THE ROLE
OF PEOPLE MANAGEMENT.

ABSTRACT
Background: Work is held as an important and central role in the lives of individuals, given that it is
the reason for their identity and social insertion. However, it is known that a satisfactory relationship
between the individual and work is essential to have a quality of life and even dignified labor, so that
there is the development of the individual as a biopsychosocial being, because such development
depends directly on the social and affective support during his career. Considering this issue, it is
worth raising the questions that lead an individual to be exploited and deprived of his rights during his
work day, resulting in a possible illness and an increase in absenteeism, as these issues arise from an
ineffective decision-making process through poor management. Objective: Thus, this study aims to
analyze how and what are the consequences of a good versus a bad management of people,
organization, through the increase of the rates of work-related illness and the worsening of the quality
of work life. Methods: We used as parameters for this literature to review the analysis of articles
published in renowned platforms, such as the database of Scielo (Scientific Electronic Library), along
with books and journals that have as descriptors the work sickness, efficiency and the importance of
good management. Results: Through the bibliography included and through the work experience of
some of the authors it is possible to perceive the main factors that trigger sickness at work,
highlighting the role of a management that through efficient corrective measures equally preventive,
such as, psychological monitoring, improvement of climate, environment, working conditions,
organizational communication among others that prioritize the physical, mental and social well-being
of the worker. Conclusion: Through this study it was possible to infer the difference between types of
management and how these are directly related to the well-being of the employee within the
company, as well as the increasing importance of a more humanized management, therefore, less
bureaucratic and mechanistic, in order to have as a concern beyond results and numbers, both
physical and mental health, as well as the qualities of the work environment, relationships with
colleagues and activities performed daily.

Keywords: Illness; work; management.


1 INTRODUÇÃO

O trabalho é tido como um papel importante e central na vida dos indivíduos, haja vista
que é motivo de identidade e inserção social dos mesmos. Entretanto, sabe-se que uma relação
satisfatória entre indivíduo e trabalho é fundamental para que se tenha uma qualidade de vida e
até mesmo laborais dignas, de modo que haja o desenvolvimento do indivíduo como um ser
biopsicossocial, pois tal desenvolvimento depende diretamente dos suportes sociais e afetivos
durante seu percurso profissional. Tendo em vista tal questão se é válido levantar os
questionamentos que levam um indivíduo a ser explorado e privado de seus direitos durante sua
jornada de trabalho, acarretando em um possível adoecimento e aumento do absenteísmo dos
mesmos, sendo estas questões advindas de um processo decisório ineficaz por intermédio de uma
má gestão. Além disso, sabe-se que hoje uma sociedade é pautada por princípios capitalistas, no
qual estar inserido no mercado de trabalho significa fazer parte de um grupo privilegiado da
população, atendo às perspectivas de que o trabalho enobrece o homem, assim como pensava
Max Weber.
Assim sendo, é válido analisar-se os impactos negativos na saúde de um trabalhador
sejam estes físicos e/ou psicológicos os quais uma rotina exaustiva, repetitiva e estressante pode
desencadear. Pois um trabalho desprovido de significação, sem suporte social, não-reconhecido
ou que se constitua em fonte de ameaça à integridade física e/ou psíquica, gera, via de regra,
sofrimento ao trabalhador. É válido ressaltar que por meio da Previdência Social certas doenças
relacionadas passaram a ser reconhecidas exemplo disso à Síndrome de Burnout (SB) tido como
um problema de saúde pública previsto pelo Ministério da Saúde desde 1999 na lista de Doenças
relacionadas ao trabalho através da Portaria nº 1339 e presente a partir de 2007 através do
Decreto nº 6.042 na lista B da Previdência Social por meio do nome Transtornos Mentais e do
comportamento relacionados com o trabalho, constando também no capítulo XXI do CID-10
(código Z3.0) o qual diz respeito a problemas relacionados com estilo de vida e organização.
É perceptível e de reconhecimento os danos físicos os quais os trabalhadores são
acometidos, diversos ramos empregatícios atuais sejam industriais, agrícolas ou têxteis estão
expostos à riscos por lesões de esforços repetitivos e/ou distúrbios osteomusculares relacionados
ao trabalho - os conhecidos LER/DORT. Tais alterações fisiopatológicas podem vir a ser
incapacitantes, levando o indivíduo a afastar-se de sua atividade cotidiana e consequentemente de
seu suporte de relações sociais. Atrelado a isso a Segurança no Trabalho também deve ser
analisada pois os índices de acidentes de trabalho e abertura de CATs (Comunicações de
Acidentes de Trabalho) estão cada vez mais recorrentes.
Através da história do trabalho e das tecnologias a ele vinculada é notório que a
capacidade laboral do ser humano vem sendo cada vez mais explorada, seja pela cobrança de sua
habilidades exigindo-se capacitação, assim como pelo aumento da carga horária haja vista a
diminuição do quadro de ativos e contenção de gasto, atendo-se ao fato que historicamente nas
grandes corporações o lucro, produção e produtividade se sobrepõe à qualidade de vida e de
trabalho do indivíduo de modo que este seja visto apenas como um número "um peão em um
tabuleiro de xadrez", sendo portanto, deste modo, passível de substituição caso venha a falhar,
tornando o mercado de trabalho um local que predispõe a seleção de natural de Darwin, pela qual
apenas os mais fortes sobrevivem.
Por fim, tem-se verificado que a qualidade de vida do trabalho é um fator determinante
para a saúde de um indivíduo, sendo responsável em maior ou menor grau pela produtividade e
qualidade dos serviços prestados pelo trabalhador, consequentemente no que tange à obtenção de
lucros e atingimento de metas para sua empregadora. Evidencia-se de igual forma que fatores
gerenciais como manejamento de equipe, gestão de qualidade, garantia de direitos trabalhistas
concomitante aos fisiológicos/ psíquicos são elementos que se utilizados e manejados em seu
potencial máximo, via gestão eficiente de pessoas, garante um plano de negócios pelo qual um
indivíduo, é visto como um todo, diferindo-se assim os tipos de gestão, assim como dos diversos
modos de liderança. Pois, num mundo cada vez mais competitivo e exigente, a humanização
torna-se um diferencial positivo e promissor, pois o bem comum torna-se prioridade.
Sendo assim, o objetivo final desta revisão integrativa de literatura é abordar os diversos
problemas fisio-psicossociais que afetam os trabalhadores atuais e como uma intervenção por
meio de uma gestão eficiente e humanizada de pessoas corrobora para a prevenção de tais
adoecimentos assim como ajuda a solucionar e/ou amenizar os já existentes.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Será realizada uma revisão integrativa de literatura buscando fundamentação e evidências


científicas através das quais permitirá apresentar o tema previamente escolhido, a psicologia sua
relação com o adoecimento no trabalho, assim como, o papel de uma gestão e organização
eficientes de modo a aparência e os cuidados a serem feitos com os trabalhadores adoecidos e
fragilizados.
Esta pesquisa irá ocorrer sendo pautada por textos que tenham como base a Scielo e
demais bases de dados, as quais discorrem sobre os principais fatores que levam ao adoecimento
no trabalho e consequentemente na queda da qualidade de vida proporcionada pelas atividades
laborais desempenhadas. Além destas, utilizar-se-à bibliografias complementares que serão
devidamente identificadas na sessão a elas destinadas no fim do estudo proposto.
As buscas se sucederam seguindo 6 etapas, sendo elas: 1) Elaboração do tema do estudo e
questão norteadora; 2) Busca na literatura; 3) Coleta de dados e informações; 4) Análise dos
artigos e textos selecionados; 5) Discussão dos resultados; e, por fim, 6) Síntese da revisão.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O trabalho efetivamente ocupa certo referencial na vida das pessoas, porém considera-se
que o bem-estar por meio do equilíbrio entre o que se espera do trabalho, suas expectativas, e de
fato sua execução são fatores que constituem a qualidade de vida. Tal bem-estar é proporcionado
pela satisfação de condições específicas sendo renda, emprego, qualidade de habitação, assim
como, por exemplo, relações de auto-estima, apoio e reconhecimento social.
Os modelos de administração assim como os gerenciais sofreram com mudanças em suas
teorias e significações tanto quanto o próprio trabalho com o decorrer do tempo. Historicamente,
o modelo da Administração Científica de Taylor (1980), base da disciplina científica de
administração de empresas, sugere como principal objetivo dos sistemas administrativos
assegurar a prosperidade ao patrão e empregado simultaneamente. Em sua síntese, este modelo
administrativo, apesar de atribuir um alto valor pelo trabalho árduo - simbolizado como
prosperidade - tem como consequência a intensificação do processo de exploração e alienação,
haja vista que radicaliza a cisão entre o pensamento e execução. Desta forma surge-se a defesa de
uma supervisão estrita, trazendo consigo a concepção do trabalho hierarquizado (outrora
subordinado), baseado na visão dualista do ser humano.
Considerando-se de igual forma o ser humano em sua dualidade funcionando, entretanto,
numa unidade, a mente sofre mudanças produzidas pelo corpo, afetando o próprio indivíduo
biológico. Hoje em dia, a vida efetivamente repleta de estresse, preocupação e agitação torna-se
fonte constante de perturbações fisiológicas e doenças psicossomáticas.
Dentre essas perspectivas ressalta-se os tipos de adoecimento relacionados ao nexo
laboral, posteriormente analisar-se-á os tipos de liderança na perspectiva atual baseadas nas
relações de dominação de Weber, por fim, verificando-se as possíveis intervenções a serem feitas
pelas gestão, decorrentes da problemática aplicada.
Os fatores do contexto de trabalho que alteram a afetividade assim como a motivação e
desempenho de um funcionário podem ser reunidos em alguns eventos tais quais : fatores
estressores (estímulos aversivos), líderes, características do grupo de trabalho, ambiente físico,
recompensas e até mesmo punições organizacionais. Na análise do adoecimento psicológico
dentro do trabalho tem-se como premissas o estresse, psicodinâmica do trabalho assim como sua
epidemiologia. As principais diferenças comportamentais percebidas variam entre ansiedade,
depressão, alterações de humor, queda da produtividade, e a principal patologia associada ao
estresse Burnout. Acerca da manifestação do estresse existem 4 pressupostos a serem analisados,
sendo, respectivamente, a identificação do agente estressor, distinção do tipo de estresse (dor,
1
ameaça e desafio), os processos para lidar com tal estresse denominado de 𝑐𝑜𝑝𝑖𝑛𝑔 e por fim, o
padrão de sintomas físicos e psicológicos como resposta ao estresse. Sendo a Síndrome de
Burnout (SB) uma caracterização de tal olhar, sendo ela mesma dividida num tripé composto por
: 1) Exaustão Emocional, o qual implica o esgotamento do indivíduo 2) Despersonalização,
referenciada pela insensibilidade do indivíduo, distanciamento e isolamento. 3) Baixa realização
profissional, analisada por intermédio da diminuição da produção no trabalho, insatisfação
profissional, desinteresse.
Do ponto de vista físico o adoecimento se faz aparente por LER/DORT sendo ambas
realizadas pelo esforço repetitivo, exaustivo e sem pausas, há exemplo, da situação ocorrida nos
frigoríficos brasileiros, documentado por meio da produção cinematográfica “Carne e Osso”
disponibilizada nos mais diversos veículos de comunicação, assim como no icônico filme Tempos
Modernos de Charles Chaplin.
Um exemplo atualmente em pauta é a situação dos bancários brasileiros, que por meio da
Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) tem
disponibilizados dados alarmantes acerca do adoecimento tanto físico como mental destes
profissionais, os quais variam desde LER/DORT, depressão, ansiedade, pânico, angústia, e por
fim o suicídio. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação de Gestores da Caixa no
Rio de Janeiro (Agecef-Rio) e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) divulgada em março de 2021, 40% dos entrevistados afirmaram
passar por algum problema psicológico e/ou autoestima sendo que 98% atribuíram ao banco a
origem desses transtornos.
Dentre os tipos de gestão pode-se subdividi-las em 3 categorias principais: Legal ou
burocrática na qual a Administração é baseada em documentos e se há a exigência do rendimento
profissional. A tradicional diz respeito à hierarquização na qual há uma distinção de papéis bem
definidos entre chefe e subordinado. A carismática é vista como que inspira, transmite confiança
e leva os outros a executarem suas atividades.
Sendo assim, o quadro de problemática levantado acima é voltado à políticas e ações
organizacionais sob o campo da atuação da gestão de pessoas, no que tange a comunicação
burocrática e falha, distância entre funcionários e gestores, de modo que insatisfações, sugestões
não são registradas, consequentemente, induzindo o funcionário a não ser ouvido, sentindo assim,
que sua demanda por atenção fora negligenciada. Falta de autonomia, confiança do trabalhador
com sua equipe, acúmulo de tarefas, desvalorização e não reconhecimento da profissão, são
exemplo de situações que ocasionam o afastamento do indivíduo de seu ambiente de trabalho e
que podem ser modificadas por meio de uma intervenção eficiente da gestão, de modo a garantir
o bem comum haja vista que e a saúde se trata de uma política pública de acordo com a CF/88
(Constituição Federal de 1988) art. 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida
mediante políticas públicas e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário e ações e serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.”

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS (ou CONCLUSÃO)

Diante das ideias e pesquisas anteriormente citadas, é possível identificarmos os


principais casos de adoecimento e afastamentos decorrentes do âmbito laboral. Tendo em vista a
análise por meio da gestão pode-se concluir que os principais vetores organizacionais dizem
respeito à políticas ineficazes, burocracias exageradas, gestão inflexível, desvalorização e não
reconhecimento do trabalho realizado, a sobrecarga horária e más condições de trabalho com
insalubridade e periculosidade elevadas. Advindo dos adoecimentos, é válido ressaltar que não
são perceptíveis apenas o cansaço e exaustão física mas também psicológica, seja por doenças de
trabalho repetitivas, acidentes de trabalho comunicados através de CATs (Comunicação de
Acidente de Trabalho), depressão, Burnout, entre outras que descaracterizam um trabalhador
saudável e motivado por exemplo.
Sequencialmente, tais questões estão se tornando cada vez mais recorrentes e até mesmo
midiáticas em loco trabalhista, sendo necessário, portanto, enxergar tal situação como um
problema organizacional coletivo e não individual, por se tratar de uma forma frequente e
coletiva a qual surte impactos tanto ao próprio trabalhador como na organização na qual este está
inserido, por meio do aumento do absenteísmo, faltas, atestados que impactam de maneira
negativa, seja qualitativa ou quantitativamente os serviços prestados. Haja vista que (Le Guillant,
2006) os processos de adoecimento no contexto laboral possa e deve ser compreendido através de
um prisma integralizado, pois a saúde, por ele, não é percebida, unicamente relacionada a fatores
psíquicos ou biológicos individuais, sendo contextualizada mediante às práticas sociais presentes
em uma dada organização de trabalho.
Sendo assim, analisando-se as influências do Estado e das unidades administrativas no
contexto trabalhista é certo dizer que tem-se como seu papel garantir o bom funcionamento das
instituições de modo que os serviços prestados tenham qualidade e resultado final satisfatórios, a
começar pelo bem estar físico e psicológicos dos profissionais responsáveis por estes serviços.
Ademais, tal bem estar pode ser adquirido por intermédio de ações como
acompanhamento médico e/ou psicológico, reconhecimento e valorização do trabalho, melhoria
das condições do próprio trabalho como a manutenção das relações sociais, garantia de direito de
descanso, alimentação, assim como de outras necessidades fisiológicas que se façam necessárias,
melhora da comunicação interna por meio de sistemas gerenciais e/ou administrativos, maior
acessibilidade dos trabalhadores para com sua gestão imediata, departamentos pessoais, recursos
humanos, por exemplo, Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT) e
desenvolvimento de gestores, de modo a evidenciar-se à diferença entre os tipos de liderança, à
exemplo autocrática, liberal, democrática, são exemplos de mudanças e direitos que interferem
para melhora e manutenção do clima organizacional e da própria motivação dos trabalhadores
envolvidos no processo.

REFERÊNCIAS

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FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à sociedade da


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ZANELLI, JC; BORGES-ANDRADE, JE; BASTOS, A. Psicologia, Organizações e Trabalho.


ARTMED; 2004.

APÊNDICE

1
𝑐𝑜𝑝𝑖𝑛𝑔 É caracterizado como um conjunto de estratégias utilizadas pelas pessoas em
meio a situações adversas ou estressantes para se adaptarem.

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