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TRABALHO X QUALIDADE DE VIDA OU TRABALHO =

QUALIDADE DE VIDA: EM BUSCA DO BEM ESTAR

Ana Vitória Santos Morais


Tailane dos Santos Nascimento
Gabriela Silva Alves de Bulhões

RESUMO
O artigo tem por intuito apresentar uma pesquisa que apresenta uma temática
voltada ao trabalho, lazer e qualidade de vida. Esta foi realizada por discentes
do curso de educação física (UESC), por meio da aplicação de um questionário
online via google forms destinado aos funcionários ou professores do IES, para
observar os aspectos da qualidade de vida e do lazer no âmbito do trabalho e
da vida cotidiana, contextualizando com os tempos hodiernos e com
apronfudamento na perpesctiva de algumas citações que se encontram no
artigo, obtendo resultados significativos que faz necessário entender a
problemática do trabalho x qualidade de vida.
Palavras chaves: Qualidade de vida, lazer, trabalho e bem estar.

1 INTRODUÇÃO
No contexto social atual se entrever a qualidade de vida e o bem-estar é algo
pertinente, principalmente por serem aspectos severamente desejados, porém,
são deixados de lado ao serem colocados em confronto com a rotina de
trabalho e outras necessidades como: religiosas, sociais e familiares. A
qualidade de vida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é
"a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e
sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações". Esse conceito foi construído na
década de 1990, a partir de um projeto multicêntrico. O projeto também
originou o instrumento World Health Organization Quality of Life – 100
(WHOQOL–100) e sua versão abreviada o WHOQOL-bref5. No entanto essas
referências que definem a qualidade de vida e o bem-estar estão entrelaçados
as definições atribuídas ao lazer. Na expectativa de evitar imprecisões em
relação a esses termos, salienta-se a carência de verificar a correlação entre
os mesmos, sobretudo em relatos atuais propagados, que associam a questão
desses à Educação Física.

O termo “qualidade de vida” tem sido incorporado a estudos nas mais diversas
áreas acadêmicas desde a década de 90. Frequentemente associada na
avaliação de condições de vida urbana. Como trabalho, lazer, saneamento
básico e transporte (BOM SUCESSO, 2002). Na contemporaneidade, diversas
ferramentas têm sido construídas afim de medir os níveis de qualidade de vida
de diferentes grupos sociais. As abordagens gerais ou holísticas baseiam-se na
premissa segundo a qual o conceito de qualidade de vida é multidimensional,
apresenta uma organização complexa e dinâmica dos seus componentes,
difere de pessoa para pessoa de acordo com seu ambiente/ contexto e mesmo
entre duas pessoas inseridas em um contexto similar. Características como
valores, inteligência, interesses são importantes de serem considerados. Além
disso, qualidade de vida é um aspecto fundamental para se ter uma boa saúde
e não o contrário (RENWICK & BROWN, 1996).

Pondé e Caroso (2003) observaram, nas suas pesquisas, que cada vez mais é
notória a influência do lazer para a saúde mental, a satisfação e a qualidade de
vida. Do mesmo modo, outros estudos indicam que atividades intra e
interpessoais de contato com a natureza, associadas à componente lúdica,
ajudam a promover o relaxamento, a alegria e o divertimento, o que facilita a
construção de afetos entre as pessoas e, por conseguinte, estimulam a
vivência do lazer (Gáspari, & Schartz, 2005).

Para que haja lazer é necessário não só estar livre das obrigações do trabalho
cotidiano, mas de outras obrigações tais como: familiares, sociais e religiosas.
Outro elemento importante para a prática do lazer está relacionado a uma
atitude individual, em que de fato o indivíduo utilize o tempo livre para sua
prática (MARCELINO, 1998). A partir destes estudos, o lazer é um atributo
importante para a atual vida em sociedade, em reflexo à tecnologia pois
estamos em um mundo cada vez mais digital é necessário também fazer um
levantamento em que ela é um amparo e ao mesmo tempo um dano, tornando
mais complexas a compreensão das necessidades sociais e problemas
inseridos nela.

Ao fixar a problemática deste estudo, propomos a descoberta de qual a relação


dos funcionários ou professores do IES da instituição UESC, com o lazer e a
qualidade de vida de maneira análoga as suas respectivas vidas cotidianas e o
seu ambiente de trabalho.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O ESTUDO DO LAZER

O estudo do lazer ganha relevância ao se considerar várias instâncias, a saber,


pessoal, familiar, social, empresarial e governamental. Ainda, os estudos do
lazer estiveram ligados principalmente a dois eixos, sendo o direito do
trabalhador ao tempo liberado do trabalho e a necessidade de um uso
"adequado" desse tempo, o que sugere a necessidade do governo atuar com
políticas públicas para evitar o uso desse tempo de forma nociva e; numa outra
perspectiva, a recreação como uma forma de complementar a formação
cultural da população, indo em direção à formação de uma sociedade que
atende principalmente a fins elitistas/burgueses (Peixoto, 2007). Desse modo, a
presente pesquisa teve como objetivo captar dados com o máximo de precisão
para apresentar o trabalho aliado ao lazer como qualidade de vida.

2.2 ESTUDO DE CASO

Esta pesquisa se carcterizou por meio de uma pesquisa ou estudo de caso


realizada no dia 14 de maio de 2022 no formulário online via google forms
(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfsawmIsBnb0zl8FFcw0XsCYdryt
BDG-qnscMZ8RTWL_mdA/viewform ) com perguntas objetivas, de modo que
foi possível obter as informações mínimas necessárias para a análise; sendo
elas abertas e fechadas. O material de coleta de dados é este questionário que
teve como abordagem a forma qualitativa, obtendo 4 respostas, evidenciando
apenas 4 participantes, sendo eles funcionários da Universidade Estadual de
Santa Cruz (UESC) definindo a sua região geográfica: Brasil, Bahia, no
município de Salobrinho, Ilhéus- Itabuna.

2.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Mais detalhadamente, a Educação Física ocupou-se dos estilos de vida ou
características sócio-demográficas relacionadas à prática de atividade física
nos momentos de lazer ou ligadas ao sedentarismo e doenças crônicas (Kac et
al., 2007; Martins, Assis, Nahas, Gauche, & Moura, 2009; Pitanga & Lessa,
2005, entre outros). Faz-se salientar que para ter uma qualidade de vida
precisa também de lazer.

2.4 RESULTADOS
Ao observar a variedade das características das populações estudadas,
verifica-se que as pesquisas estão indo na direção de estudos de pessoas com
características o que permite o planejamento de intervenções mais ajustadas
às características das populações-alvo. Assim, acredita-se que a sociedade
terá mais benefícios com as pesquisas realizadas sobre o lazer, visto que,
quando as intervenções forem colocadas em prática, haverá maior
fundamentação sobre as necessidades de populações específicas.

1- Gênero: Foram distribuídas 4 opções de respostas, podendo selecionar


gênero masculino, feminimo ou outro. Obtendo 100% de respostas do
gênero masculino.

2- Idade dos participantes: Perguntas com resposta aberta, que


categorizou-se a amostra com uma faixa etária de 45 anos, sendo 25%
(1 pessoa) com 37 anos, 50% ( 2 pessoas) com 40 anos, 25% (1
pessoa) com 58 anos.

3- Qual a sua cidade: Os funcionários da Uesc são moradores do


Salobrinho, Ilhéus e Itabuna.
4- Cargo dos participantes: serviços gerais.
5- Carga horária de trabalho: Os participantes trabalham em média 8 horas
diária.

6- Nível de satisfação em referência ao trabalho: Foram divididas em média


linear, na qual um participante respondeu nota 5 (bom relevante) 2
responderam nota 8 (relevante) e 1 partipante respondeu com nota 10
( muito bom).

7- Organização de sua rotina de trabalho: Foi imposta 3 opções, sendo 2


fechadas e uma aberta, resultando em 100% de organização no seu dia
a dia, intercalando com sua rotina de trabalho.
8- Houve outro questionamento relacionado a questão 7, interrogando
sobre caso a resposta seja “não”, quais são os fatores que interferem?”

9- Doença relacionada ao trabalho: Foi exposto um conceito sobre a


Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do
Esgotamento Profissional, é uma doença mental que surge após o
indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes no qual 25%
dos participantes responderam que não tiveram e os outros 75% já
tiveram.

10- Estilo de vida: 100% dos participantes possuem uma vida urbana.
11- Lazer ativo: 100% não possuem lazer ativo e o questionário revelou
novas perguntas para entender esse fato.

12- Expressão “não tenho tempo”: 100% dos funcionários afirmaram não ter
tempo para praticar lazer.

13- Realização de atividade física no dia a dia: 50% responderam que


praticam exercício diariamente, enquanto os outros 50% não praticam.
14- Nível de frequência na realização de atividade física no dia a dia: 50%
realizam de forma irregular (quase nunca) 25% só nos domingos e os
outros 25% que pratica de forma média (as vezes).
15-Qualidade de vida: A pergunta questiona e traz uma reflexão sobre você
se considerar uma pessoa com qualidade de vida, e foi estabelecido que
50% afirmam ter uma vida de qualidade, enquanto os outros 50% não
possuem.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo da pesquisa aqui apresentada, foi observar os resultados obtidos
através do questionário aplicado, para entender à esfera do ambiente de
trabalho e da vida cotidiana em contrapartida aos parâmetros acerca da
qualidade de vida e do lazer no contexto hodierno. Em virtude disso, constata-
se por meio dos resultados, que o processo de avaliação da qualidade de vida
é multidimensional, mesmo sabendo que os participantes se inserem em
contextos similares, pois existem variáveis, ou seja, o contexto
socioeconômico, pessoal, profissional e entre outras. Porém vale salientar que
de modo geral a vida profissional e pessoal em reflexo ao bem estar, a prática
do lazer e a qualidade de vida, não se definem de uma forma muito equilibrada,
provas disso: É a falta de lazer ativo (evidenciando um nível de frequência
irregular na realização de atividades e exercícios físicos), a pertinência da
expressão “não tenho tempo” no discurso do dia a dia, refletindo na gerência
do tempo e pelo fato de alguns já terem desenvolvido a síndrome de burnout,
no faz entender a interferência diretamente na saúde. Com isso, é necessário
pensar sobre medidas de intervenções no ambiente de trabalho que
proponham para o trabalhador um momento de lazer, de descanso, de
exercícios laborais nos intervalos, a aplicação de palestras com promoção de
sáude e sobre hábitos que influenciam a ter uma boa qualidade de vida, para
que ele consiga ter uma visão mais equilibrada do ambiente em que trabalha
desenvolvendo suas funções com excelência e de forma resultante isso passa
a ser um processo de reconstrução das outras áreas, sendo transferível para o
âmbito familiar, pessoal e social influenciando na qualidade de vida.

REFERÊNCIAS
Nunes, M. F. O., & Hutz, C. S. (2014). Análise da Produção de Artigos Científicos
sobre o Lazer:: Uma Revisão. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 30(3), 307–315.
Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/18207

Gáspari, J.C., & Schartz, G.M. (2005). O Idoso e a Resignificação Emocional do Lazer.
Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol.21, nº1, p.069-076. Acedido a 17 de março de 2016
em http://www.scielo.br/pdf/%0D/ptp/v21n1/a10v21n1.pdf

Pondé, M.P., & Caroso, C. (2003). LAZER COMO FATOR DE PROTEÇÃO DA


SAÚDE MENTAL. LEISURE AS A PROTECTIVE FACTOR FOR MENTAL HEALTH.
Ciênc. Méd., 12(2): 163:172.

The WHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality of life
assessment instrument (WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W (Ed.). Quality of life
assessment: international perspectives Heidelberg: Springer Verlag; 1994. p. 41-60.

BOM SUCESSO, Edina de Paula. Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Tra-


balho. São Paulo: Qualitymark, 2002.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Estudo do lazer: uma introdução. Campinas: Ed.


Autores Associados, 2006.

RENWICK, R.; BRO- WN, I.; NAGLER, M. (Eds.). Quality of life in health promotion
and rehabilitation: conceptual approaches, issues and applications. Thousand Oaks:
Sage, 1996.

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