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GOIÂNIA
2017
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
ESEFFEGO - UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE GOIÂNIA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
GOIÂNIA
2017
ELAINE DE OLIVEIRA DOS SANTOS
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Prof.ª Me. Lídia Acyole, de S. Oliveira - Orientadora
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Prof.ª Dra. Thaís Cidália Vieira Gigonzac - Parecerista
SUMÁRIO
1 Introdução 5
1.1 Objetivos 6
2 Referencial Teórico 7
2.1 Considerações sobre o estilo de vida 7
2.1.1 Sedentarismo 7
2.1.2 Nutrição 8
2.1.3 Relacionamentos Sociais 10
2.1.4 Comportamentos Preventivos 10
2.1.5 Controle do Estresse 11
2.2 Relação entre o estilo de vida e trabalho 11
3 Metodologia 14
3.1 Caracterização do estudo 14
3.2 População e Amostra 14
3.3 Instrumentos de coleta 14
3.3.1 Pentáculo do Bem-Estar (NAHAS, 2000) 15
3.3.2 Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) 15
3.4 Procedimentos de coleta 16
3.5 Aspectos éticos da pesquisa 16
3.6 Análise de dados 16
4 Referências 19
5 Apêndices 21
6 Anexos 22
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas o estilo de vida tem sido diretamente afetado pelas mudanças
sócio demográficas, bem como também pelas inovações tecnológicas e as mudanças de
hábitos alimentares. Essas mudanças promovem como principais consequências,
prejuízos à saúde da população, que vem se tornando a cada dia menos ativa e menos
saudável (BATISTELLA, 2007; NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2012).
Associada a esta mudança de hábitos, ocupações e afazeres do cotiado surgem
também como um risco para a saúde. Isso porque na atual conjuntura, o trabalho é
considerado um agente estressor devido as exigências impostas sobre o indivíduo.
Martinez, Latorre e Fischer (2010) afirmam então que a capacidade para o trabalho é a
condição resultante da combinação entre recursos humanos e o ambiente de trabalho,
levando em conta o estado de saúde e as capacidades físicas e mentais que representam a
medida do envelhecimento funcional.
Segundo Martinez, Latorre e Fischer (2010), os aspectos sócios demográficos, o
estilo de vida, a saúde, a educação e competência, o trabalho e a promoção da capacidade
para o trabalho, são os fatores determinantes para a capacidade de trabalho. Além disso,
sabe se que os fatores que compõem o estilo de vida apresentados por Nahas, Barros e
Francalacci (2012), estão também ligados a capacidade para o trabalho por envolverem
questões comuns ou que influam no ambiente de trabalho (nutrição; sedentarismo;
relacionamentos sociais; comportamentos preventivos e controle do estresse) sendo
assim, é possível identificar comportamentos e hábitos incompatíveis com uma boa ou
ótima capacidade para o trabalho.
Neste sentido é possível perceber uma clara relação entre estilo de vida e
capacidade para o trabalho, compreendendo a influência mutua exercida entre eles. Por
tanto, investigações relacionadas ao tema são necessárias, a fim de promover a
conscientização dos trabalhadores à cerca do estilo de vida por eles adotado e as
consequências que este venha acarretar no desempenho da atividade laboral.
Sendo assim, o presente estudo busca responder a seguinte questão: Qual a relação
entre o estilo de vida e a capacidade para o trabalho de servidores de uma instituição de
ensino superior?
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1.1. Objetivos
Específicos:
• Caracterizar o perfil sócio demográfico e econômico da amostra.
• Identificar e avaliar o estilo de vida dos participantes do estudo e associar
com variáveis sócio demográficas.
• Avaliar a capacidade para o trabalho dos participantes do estudo e associar
com variáveis sócio demográficas.
• Associar o perfil do estilo de vida com a capacidade de trabalho dos
servidores.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
Nas últimas décadas é possível notar uma grande mudança de hábitos e padrões
de vida nas sociedades. Essas mudanças muito provavelmente estão ligadas aos avanços
tecnológicos, que exigem cada vez menos esforços físicos nas atividades, tanto no
trabalho, quanto outras atividades simples cotidianas (NAHAS; BARROS;
FRANCALACCI, 2012).
Alguns acontecimentos históricos como a urbanização da população rural, o
envelhecimento populacional e o controle de doenças infectocontagiosas que deram lugar
às doenças crônico-degenerativas, são reflexos dessas mudanças no estilo de vida das
sociedades (NAHAS; BARROS; FRANCALACCI, 2012). Neste sentindo, tem-se uma
clara mudança no estilo de vida das pessoas.
O estilo de vida para a OMS (1998), “é um modo de viver baseado em padrões
de comportamento identificáveis”. Esses comportamentos são geralmente a relação das
características individuais com as interações com o meio e as condições socioeconômicas.
Segundo Nahas, Barros e Francalaci (2012), para compreender o estilo de vida, é
necessário antes compreender os cinco fatores que compõem o pentáculo do bem-estar
que são: os nutricionais, controle do stress, níveis de atividade física habitual,
comportamentos
A avaliação do estilo de vida se faz importante na medida em que são necessárias
ações públicas para evitar que ocorram prejuízos à saúde da população decorridos de
hábitos adotados a partir do senso comum.
2.1.1. Sedentarismo
exercício físico. Pitanga (2002), afirma que atividade física é qualquer movimento
corporal produzido pela musculatura esquelética que resulte em gasto energético como
por exemplo jogos, lutas, esportes, atividades cotidianas, entre outros. Enquanto exercício
físico seria um subgrupo da própria atividade física caracterizado por ser:
2.1.2. Nutrição
Porém, a nutrição saudável citada acima, tem sido dificultada nos últimos anos.
Bleil (1998) coloca que a urbanização e a globalização diminuíram potencialmente a
qualidade dos alimentos produzidos e inseriram os alimentos ultra processados. Além
dessas mudanças, a carga horário de trabalho se encontra cada vez maior, no qual quase
não se percebe a divisão entre a vida pessoal e a profissional. Ainda para Bleil (1998), é
na alimentação onde buscamos economizar tempo e buscar satisfação:
Talvez esta seja uma das razões pelas quais procuramos uma satisfação onde
não a poderemos encontrar, ou seja, na quantidade de comida ingerida. A
relação de afeto que antes permeava a refeição nas trocas familiares e entre
amigos, hoje cede lugar a uma alimentação onde o seu parceiro é o aparelho
de televisão e, nos países de primeiro mundo, os livros são convidados para o
almoço num restaurante. Uma das características deste modelo é o apelo a
comer demais (BLEIL, 1998, p. 09).
Neste sentido, a população brasileira vem enfrentando nos últimos cinquenta anos,
uma transição nutricional, caracterizada pela redução nas prevalências dos déficits
nutricionais e um aumento expressivo com relação aos índices de sobrepeso e obesidade
(BATISTA FILHO, RISSIN, 2003). A fim de explicar esse fenômeno, Souza (2017),
elencou alguns acontecimentos na sociedade que teriam ligação direta com essa transição,
sendo eles: a ocupação demográfica, a inserção da mulher no mercado de trabalho
(fazendo com que esta abandonasse a figura feminina “dona do lar”, o que diminuiu a
qualidade da alimentação da família); a inclusão de alimentos ultra processados nas
refeições e a redução da prática de atividade física.
De acordo com o SISVAN (BRASIL, 2004), o sobrepeso e obesidade podem ser
identificados pelo estado nutricional, que é o resultado equilibrado entre o consumo de
nutrientes e o gasto energético do organismo, podendo ser classificado em três tipos de
manifestação: eutrofia, carência nutricional e distúrbio nutricional.
A segunda edição do Guia alimentar para a população brasileira (BRASIL, 2014),
que tem a intenção de informar, esclarecer e apoiar as ações de educação alimentar e
nutricional nos SUS, propôs e enumerou 10 passos importantes a se seguir para manter
uma alimentação saudável.
Dentre essas tem-se que, uma alimentação adequada é baseada em alimentação em
alimentos naturais ou minimamente processados, em menor quantidade óleos, gorduras,
sal e açúcar no preparo e tempero dos alimentos; se alimentar em horários regulares e
10
De acordo com Weber (1991), para as ciências sociais, relação social refere-se
ao relacionamento entre dois ou mais indivíduos no interior de um grupo social. Estes
relacionamentos podem ser afetivos ou profissionais e tem igual importância, pois
segundo Morin (2001), estar em contato com outras pessoas, é importante não só para o
desenvolvimento de uma identidade pessoal e social, mas também para a criação de laços
de afeição duráveis.
Nahas, Barros e Francalacci (2012), buscam correlacionar o fator “qualidade dos
relacionamentos” com a relevância em ter convivência com familiares e amigos, bem
como a busca de participação ativa ao meio social no qual o indivíduo está inserido.
A avaliação deste fator torna-se necessária quando se compreende que tanto a
falta quanto o excesso de relacionamentos sociais, são capazes de prejudicar os
rendimentos do indivíduo (MARQUES et al, 2016). Já um bom relacionamento social,
segundo Zalewska (1999), pode atuar na melhoria da saúde física e mental, auxiliando no
combate do estresse e adoção de um estilo de vida mais saudável.
Por outro lado, Marques et al. (2016), coloca que em alguns casos os prejuízos
do mal relacionamento estão ligados a outros comportamentos que não são adequados
para um estilo de vida saudável, como o consumo excessivo de álcool, violência e até
mesmo comportamentos sexuais sem nenhum cuidado.
3. METODOLOGIA
Segundo Silva Junior (2010), resultado do cálculo poderá atingir um escore que
vai 7 a 49 pontos e retratará o conceito que um trabalhador tem da sua capacidade para o
trabalho. (Quadro 3)
Para a coleta de dados, será feita a seleção de amostragem aleatória, que segundo
Ferreira e Campos (2001), é um procedimento caracterizado por dar a cada elemento da
população a mesma probabilidade diferente de 0 (zero) de ser escolhido para a amostra
Após a seleção da amostra, será feito contato prévio com os entrevistados
selecionados, onde lhes será apresentado o projeto e decididos os horários para aplicação
dos formulários. A pesquisa será apresentada e detalhada a partir de cada parágrafo do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) esclarecendo os objetivos, a
metodologia, a forma de participação, sigilo, garantia de desistência, destinação dos
dados e contatos com pesquisador. Em caso de aceite os funcionários assinaram o TCLE.
REFERÊNCIAS
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literatura. Psicologia em foco, v. 2, n. 1, 2009.
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tendências regionais e temporais. Cad saúde pública, v. 19, n. Supl 1, p. 181-91, 2003.
BATISTELLA, Carlos. Abordagens contemporâneas do conceito de saúde. O território
e o processo saúde-doença, p. 51, 2007.
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BLEIL, Susana Inez. O padrão alimentar ocidental: considerações sobre a mudança de
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FERREIRA, Maria João; CAMPOS, Pedro. XI–O inquérito estatístico. Dossiês
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TUOMI, Kaija et al. Índice de capacidade para o trabalho. São Carlos: EdUFSCar,
2005.
APÊNDICES
Apêndice I: Questionário Sócio Demográfico
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ANEXOS
Anexo I: Questionário de Classificação Econômica ABEP (2015-2016)
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Anexo II: Questionário de avaliação do perfil do estilo de vida individual, Nahas (2000).
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