Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FISIOTERAPÊUTICA
Introdução
O conceito de capacidade funcional (CF) pode ser definido como a
eficiência do adulto e/ou idoso corresponder às demandas físicas do
cotidiano, o que compreende desde as atividades básicas para uma vida
independente até as ações mais complexas da rotina diária.
Na velhice, é possível observar baixos níveis de CF, principalmente de-
vido à depreciação das funções físicas, como a diminuição da função dos
sistemas osteomuscular, cardiorrespiratório e nervoso, situação que pode
impedir os idosos de realizar suas atividades cotidianas com eficiência.
A avaliação do nível de CF dos idosos pode balizar as intervenções
direcionadas a essa população, pois é um ponto fundamental para deter-
minar o risco de dependência futura, de complicação ou instauração de
doenças crônicas, de probabilidade de quedas e de índices de morbidade
e mortalidade.
Tendo em vista que o desempenho nas atividades do cotidiano é
determinado pela integração de diversas capacidades e habilidades
físicas, a Fisioterapia dispõe de testes físicos que são utilizados como
importantes ferramentas para determinar o perfil funcional do idoso, pois,
além de permitirem a predição de possíveis alterações longitudinais da
2 Avaliação nos diferentes ciclos da vida: adultos
CF, podem ser utilizados para avaliar o efeito de intervenções com base
em programas de exercícios.
Neste capítulo, você vai identificar as formas de avaliação para de-
terminar a funcionalidade na fase adulta em situações de normalidade,
reconhecer os instrumentos e as metodologias de avaliação do movi-
mento humano em adultos e relacionar os instrumentos e equipamentos
utilizados em adultos aos objetivos fisioterapêuticos e funcionais.
Estado de saúde
(distúrbio ou doença)
Funções e
Atividade Participação
estruturas corporais
Fatores Fatores
ambientais pessoais
Fatores contextuais
A Fisioterapia é uma das principais áreas que vem tentando usar a CIF em todo
mundo, principalmente pela necessidade de se unificar a linguagem diagnóstica
desses profissionais. No entanto, no Brasil, os fisioterapeutas têm pouco contato com
a classificação, sendo que uma parte desses profissionais conhece apenas o modelo
de funcionalidade que ela propõe.
A CIF é formada por categorias e suas subdivisões, ou construtos, de diversas di-
mensões, incluindo as partes do corpo. Ela abrange a funcionalidade como atividade
e participação, ou seja, o que o ser humano pode fazer em diferentes situações ou
sob a influência de diferentes ambientes, por exemplo.
4 Avaliação nos diferentes ciclos da vida: adultos
Esse teste deve ser realizado em um corredor de linha reta e a distância deve
ser sinalizada a cada 3 m. O participante deverá ser previamente orientado
a vestir roupas confortáveis e calçados adequados para caminhada. O teste
deve ocorrer pelo menos 2 h após as refeições, sendo que, nesse período, o
participante não pode ter praticado exercício físico rigoroso.
Para a realização do teste, o participante deverá ter um repouso de, no
mínimo, 10 min. Durante esse tempo, serão avaliadas as contraindicações
absolutas (angina instável, infarto agudo do miocárdio recente) e relativas
(pressão arterial acima de 180 × 100 mmHg e frequência cardíaca de repouso
maior que 120 bpm) do teste.
Depois do TC6, é aplicada a Escala de Borg (Figura 2), que é uma escala
de 10 pontos, na qual cada número corresponde a uma intensidade de falta de
ar, indo desde nenhuma falta de ar até falta de ar máxima (ATS COMMIT-
TEE ON PROFICIENCY STANDARDS FOR CLINICAL PULMONARY
FUNCTION LABORATORIES, 2002).
0 Nada mesmo
1 Muito ligeira
2 Ligeiro (leve)
3 Moderado
4 Um pouco severo
5 Grave (pesado)
7 Muito severo
Homens Mulheres
DP = (7,57 × altura cm) – (5,02 × idade) – DP = (2,11 × altura cm) – (2,29 × peso Kg)
(1,76 × peso Kg) – 309 m – (5,78 × idade) + 667 m
Subtrair 153 m para obter o limite inferior Subtrair 139 m para obter o limite inferior
de normalidade de normalidade
vezes com cada uma das mãos, sendo registrado o maior valor obtido (BO-
HANNON, 2008; GALE et al., 2007).
Resultado
Objetivos específicos:
qualidade de vida muito melhor (AVEIRO et al., 2011; BENETTI et al., 2008;
ACIOLE; BATISTA, 2013).
Para saber mais sobre a CIF, acesse o link a seguir para ler um manual prático.
https://qrgo.page.link/Aqzg
GALE, C. R. et al. Grip strength, body composition and mortality. International Journal
of Epidemiology, v. 36, no. 1, p. 228-335, 2007.
GUCCIONE, A. A Functional assessment of the elderly. In: GUCCIONE, A. A. (ed.). Geriatric
physical therapy. Boston: Mosby, 1992. p. 921-928.
LEE, Y. The predictive value of self assessed general, physical, and mental health on
functional decline and mortality in older adults. Journal of Epidemiology Community
Health, v. 54, p. 123-129, 2000.
LOPES, M. J. et al. Avaliação da funcionalidade e necessidades de cuidados dos idosos.
Revista Latino-Americana Enfermagem, v. 21, nesp., p. 52-60, jan./fev. 2013. Disponível
em: https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/52926/56910. Acesso em: 14 abr. 2019.
MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso: concepção geron-
tológica. Porto Alegre: Sulina, 2001.
PODSIADLO, O.; RICHARDSON, S. The timed “up & go”: a test of basic function mobility
for frail elderly. Journal of the American Geriatrics Society, v. 39, p. 142-148, 1991.
RICKLI, R. E.; JONES, C. J. Teste de aptidão física para idosos. Barueri, SP: Manole, 2008.
ROSA, T. E. C. et al. Fatores determinantes na capacidade funcional de idosos. Revista
de Saúde Pública, v. 37, no. 1, p. 40-48, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rsp/v37n1/13543.pdf. Acesso em: 14 abr. 2019.
SANTOS, M. I . P. O.; GRIEP, R. H. Capacidade funcional de idosos atendidos em um
programa do SUS em Belém (PA). Ciência e Saúde Coletiva, v. 18, no. 3, p. 753-761, 2013.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v18n3/21.pdf. Acesso em: 14 abr. 2019.
SEGURA-ORTÍ, E.; MARTÍNEZ-OLMOS, F. J. Test-retest reliability and minimal detectable
change scores for sit-to-stand-to-sit tests, the six-minute walk test, the one-leg heel-
-rise test, and handgrip strength in people undergoing hemodialysis. Physical Therapy,
v. 91, no. 8, p. 1244-1252, 2011.
SILVA, T. A. A. et al. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e
opções terapêuticas. Brasil Reumatologia, v. 46, no. 6, p. 391-397, 2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/06.pdf. Acesso em: 14 abr. 2019.
THRANE, G.; JOAKIMSEN, R. M.; THORNQUIST, E. The association between timed up
and go test and history of falls: the Tromso study. BMC Geriatrics, v. 7, no. 1, p. 1-7, 2007.
VERAS, R. P. Gestão contemporânea em saúde: terceira idade. Rio de Janeiro: Relume
Dumará, 2002.
WELLS, K. F.; DILLON, E. K. The sit and reach: a test of back and leg flexibility. Research
Quarterly, v. 23, p. 115-118, 1952.
WHITNEY, S. L. et al. Clinical measurement of sit-to-stand performance in people with
balance disorders: validity of data for the Five-Times-Sit-to-Stand Test. Physical Therapy,
v. 85, no. 10, p. 1034-1045, 2005.