O documento descreve a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), incluindo sua história, domínios, princípios e aplicações. A CIF foi desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde para classificar o funcionamento e a incapacidade de indivíduos. Ela fornece um modelo biopsicossocial e ajuda profissionais de saúde a planejar intervenções e comunicar-se.
O documento descreve a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), incluindo sua história, domínios, princípios e aplicações. A CIF foi desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde para classificar o funcionamento e a incapacidade de indivíduos. Ela fornece um modelo biopsicossocial e ajuda profissionais de saúde a planejar intervenções e comunicar-se.
O documento descreve a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), incluindo sua história, domínios, princípios e aplicações. A CIF foi desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde para classificar o funcionamento e a incapacidade de indivíduos. Ela fornece um modelo biopsicossocial e ajuda profissionais de saúde a planejar intervenções e comunicar-se.
Docente: Priscila Yucari Sewo Sampaio Discente: Amanda de Jesus Santos Disciplina: Habilidades Profissionais em Terapia Ocupacional
Resumo sobre a CIF e suas aplicações
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), Saúde é o bem-estar físico
e mental agregado aos bons Determinantes de Saúde, tais como educação e saneamento básico. Um dos propósitos dessa definição foi romper a relação saúde- doença existente, onde para se ter uma era necessário a ausência da outra. Esse pensamento era a base do modelo Biomédico Linear, cujo uma pessoa com alguma doença ou distúrbio, classificava-se como deficiente, seguida por uma incapacidade e consequentemente causando uma desvantagem, logo, o foco estava apenas no indivíduo.
Em 1980, houve a primeira tentativa de classificação de funcionalidade e
incapacidade, buscando princípios de outro modelo de atenção, o Biopsicossocial, este que, propunha que um órgão ou sistema com deficiência não é sozinho o determinante das incapacidades de uma pessoa, é necessário considerar tanto os fatores biológicos como extra-biológicos, com um olhar multidirecional dos fatos, com isso, a doença será o produto das alterações de funcionalidade e não a causadora dessas interações. Foi chamado de CIDID (Classificação Internacional das Deficiências, incapacidades e Desvantagens). Apesar do avanço, era muito regida pelos fundamentos Biomédico Linear. Depois de anos em análise, verificando a veracidade de seus fatos, em 2001, foi aprovada a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade), e em 2007 a CIF- CJ para o público infanto-juvenil. A importância das classificações está no fato de ajudar nos levantamentos e embasamento científico para formação de códigos nas bases de dados nacionais, com o intuito de permitir a troca de informações entre profissionais de saúde de diferentes regiões e países, facilitando diagnósticos e intervenções. Por isso, a CIF está presente na prática clínica, hospitalar, ambulatorial e até mesmo na Previdência Social. A CIF assemelha-se com o modelo Biopsicossocial, pois acredita que uma incapacidade pode surgir de diferentes lados, tanto por interferências ambientais quanto individuais ou funcionais do corpo, atentando-se não apenas a presença de uma doença, mas na interação em ambas interferências, pois todas serão afetadas. Não obstante, é usada como ferramenta de descrição e organização das informações sobre a funcionalidade/incapacidade, porém é importante ressaltar que ela não é uma avaliação, sua função é categorizar alguém em um determinado estágio de saúde. Vale ressaltar que reconhece a importância das questões ambientais na criação das limitações, como também, a relevância das condições de saúde associadas e seus efeitos. Ela também criou novos conceitos, tais como a deficiência ou alterações, afirmando que são problemas apenas nas estruturas do corpo ou nas funções, por exemplo, a perda de um membro; capacidade que envolve a aptidão de um indivíduo para executar uma tarefa ou ação em um ambiente padrão, voltado para o estado das funções do corpo e estruturas do corpo, e por outro lado o desempenho envolve o que o indivíduo faz no seu próprio ambiente de vida cotidiana, como sua casa, voltados nos fatores ambientais e pessoais; para a funcionalidade afirmou que envolve todas as funções do corpo, como também atividades e participação, apontando pontos positivos da interação dos indivíduos com os fatores ambientais (físico e social na vivência de alguém, podendo facilitar ou dificultar nas funções e estruturas do corpo em relação a execução de alguma tarefa) e pessoais(estilo de vida, histórico particular que compõem um estado de saúde), em oposição, a incapacidade, na qual engloba mudanças nas funções e estruturas do corpo, limitação de atividades e restrição da participação, mostrando pontos negativos na interação entre um indivíduo e seus fatores ambientais e pessoais. Por fim, o intuito de classificação da CIF é a situação de uma pessoa e não a pessoa em si apenas. A CIF possui três princípios: Universalidade, Paridade e Neutralidade, assegurando que toda e qualquer pessoa pode ser classificada por ela, sendo assim, um modelo universal, algo que antigamente era voltada para a minoria, onde só quem possuía uma deficiência podia ser considerado incapaz. Aliado a isso, a CIF possui dois domínios: a Funcionalidade, cujo tem quatro subgrupos, as funções do corpo (fisiológicas e incluindo funções psicológicas); as estruturas do corpo(anatômicas); atividades (execução de uma tarefa) e participação (envolvimento de um indivíduo numa situação de vida real). O segundo domínio é o contexto, ele possui dois subgrupos, os fatores ambientais e os pessoais. Todos esses componentes podem ser codificados, com exceção dos pessoais, que englobam a identidade da pessoa. O contexto é essencial no desenvolvimento das atividades e envolvimento social das pessoas, podendo ser o objeto principal de intervenção no quadro da funcionalidade. Para codificação tem-se passos para serem seguidos, o primeiro está nos subdomínios, eles possuem uma letra (qualificadores) para representá-los, nas funções do corpo tem-se B, estruturas do corpo S, atividades e participação D, e a letra E para fatores ambientais. Em seguida, a inserção dos códigos genéricos para todos os componentes, o manual da CIF, e depois acrescenta um ponto e logo após, um número de 0 a 9 indicando o grau da alteração[o 0 fica de 0 a 4%, apontando nenhum problema; o 1 de 5 a 24%: problema leve; o 2 de 25 a 49% : moderado; o 3 de 50 a 95%: grave; o 4 de 96 a 100%: problema completo, o 8 não é especificado e 9 não aplicado], sendo geral para todos os domínios da CIF, exemplo: B210.3. Há algumas observações, nas funções do corpo(B), depois do número do manual coloca-se o ponto e o grau de dificuldade apenas, já para estrutura do corpo(S) possui três qualificadores, ou seja, depois do número do manual é necessário indicar a extensão da doença( da mesma maneira de cima, de 0 a 9 e não especificado e não aplicável) também a natureza dela, enumerando do mesmo jeito, e ainda a localização por números também, para atividades e participação há repetição dos qualificadores, um para desempenho e outro para a capacidade, e nos fatores ambientais os pontos significam barreiras, significando que algo nesse ambiente está atrapalhando o desempenho dessa pessoa, e se algo for facilitador assinalamos com um sinal positivo. Portanto, a codificação é fundamental para uniformizar uma terminologia, onde todos que acessarem compreenderam do que se trata e ajudar na intervenção. Essa numeração pode ser alterada ao longo do tratamento, feita pelos profissionais de saúde, percebendo -se a eficácia do método. Desse modo, a importância da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para os terapeutas ocupacionais encontra-se no fato de que, ela auxilia de maneira forte e eficaz em todo o processo de planejamento e tomada de decisões, seja na prática clínica, seja em uma equipe multiprofissional do qual os terapeutas fazem parte, melhorando a comunicação entre a equipe multiprofissional. Além disso, apresenta grandes benefícios em todo o plano terapêutico, pois se torna mais direcionado as reais necessidades dos pacientes.