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LASER

Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação


PRINCÍPIOS FÍSICOS
 Monocromaticidade (comprimento de onda)

 Coerência
 Temporal

 Espacial

 Colimação (unidirecionalidade do feixe)


 Conseqüência da Coerência Espacial
Coerência
espacial –
mesma direção

Coerência temporal –
mesmo ritmo
MONOCROMATICIDADE

GRANDE QUANTIDADE DE
ENERGIA EM UMA
COERÊNCIA SUPERFÍCIE REDUZIDA

EFEITO
COLIMAÇÃO TERAPÊUTICO
CLASSIFICAÇÃO

 Laser de alta potência:


 Uso cirúrgico – destruição tecidual

(CO2, Argônio)

 Laser de média Potência:


 AsGa
Fisioterapia
 Laser de Baixa potência
 HeNe
Tipos de Laser:

 He-Ne → laser Hélio-Neon (λ de 632,8


nm);
 - Ga-Al → laser Gálio-Alumínio (λ de 630-
685 nm);
 - He-Ne-As → laser de arseneto de Hélio-
Neon (λ de 780-870 nm);
 - As-Ga → laser de arseneto de Gálio (λ
de 904 nm).
POR QUE USAR LASER!!!!!!!!!

A razão principal para usar essas fontes


na região espectral vermelha e próxima
da infra-vermelha é o fato que a
hemoglobina não absorve a luz, podendo
penetrar profundamente no tecido vivo.
LASER HeNe
He – 90%
Ne – 10%
HeNe

Regime de contínuo
emissão
Comprimento de 632,8 nm
onda
Cor Vermelha (visível)
LASER DE As Ga
LASER AsGa

Tipo AsGa

Regime de emissão Pulsado

Comprimento de 904 nm
onda
Cor Infravermelha
(invisível)
TIPOS DE LASER
Mecanismo de Ação e
Efeitos da Radiação
Laser
ABSORÇÃO NOS TECIDOS

 LOW & REED, 2001:


 Radiação visível: absorvida pelos
Citocromos na mitocôndria (maior
produção de ATP).

 Diferentes foto-receptores nas


membranas celulares – respondem a
diferentes comprimentos de onda.
ABSORÇÃO

Determina as respostas fisiológicas.


 Depende:

 Aplicação perpendicular;

 Área de aplicação livre de:

 Suor;

 Pelos em excesso;

 Cremes
PROFUNDIDADE DE
PENETRAÇÃO
 Radiação visível vermelha:
1 – 2 mm (5 a 10 mm
espalhamento)

 Radiação infravermelha:
2 – 4mm (30 a 40 mm
espalhamento)
(KING, 1989)
EFEITOS DA INTERAÇÃO
DO LASER COM O TECIDO
BIOLÓGICO
Pele

Absorção
Efeitos fisiológicos Primários

Efeitos Fisiológicos Secundários

Efeitos Terapêuticos
EFEITO BIOQUÍMICO

EFEITOS FISIOLÓGICOS
PRIMÁRIOS

EFEITO BIOELÉTRICO
EFEITOS BIOQUÍMICOS

 Liberação de substâncias pré-formadas:


 Histamina;

 Bradicinina;

 Serotonina

 Aumento na síntese de ATP mitocondrial


EFEITOS BIOQUÍMICOS

 Aumento nas taxas de síntese de


RNA/DNA
 Alteração no conteúdo de
prostaglandina ()
 Aumento da atividade de fibroblastos
(formação do colágeno)
 Estimula formação de linfócitos
EFEITOS BIOELÉTRICOS

 Melhora a eficiência da bomba de


Na+/K+

 Manutenção do potencial de ação da


membrana.
ESTIMULA A MICROCIRCULAÇÃO

EFEITOS FISIOLÓGICOS
SECUNDÁRIOS

ESTÍMULO TRÓFICO CELULAR


MICROCIRCULAÇÃO

Histamina inibe os esfíncteres


capilares – aumento do fluxo
sangüíneo local
TROFISMO CELULAR
 da síntese de ATP

 do índice mitótico

 velocidade e qualidade da cicatrização


EFEITOS TERAPÊUTICOS

 EFEITO ANALGÉSICO:
 Modulação do processo inflamatório;

 alterações na velocidade de condução -


aumenta o período de latência nervoso
(BAXTER et al., 1991)

 Estimula liberação de -endorfina


EFEITOS TERAPÊUTICOS

 EFEITO ANALGÉSICO:
 Atua na fibras aβ - aumento do limiar
doloroso

  dos efeitos da bradicinina sobre os


receptores de dor ( prostaglandinas
que potencializa a ação da
bradicinina)
EFEITOS TERAPÊUTICOS

 Modulação Do Processo Inflamatório:

  a produção de prostaglandina (redução da


resposta inflamatória)
  o fluxo sanguíneo (ativação de macrófagos, maior
atividade fagocitária)
 Acelera a regeneração dos vasos linfáticos
EFEITOS TERAPÊUTICOS

 CICATRIZANTE:

  proliferação tecidual ( síntese de ATP - 


atividade mitótica)
  da microcirculação
  síntese de colágeno (ativação de pelos
fibroblastos precursores do colágeno)
CICATRIZAÇÃO

 Comprimento de onda – fator


determinante no processo de cicatrização.

 HeNe mais efetivo na cicatrização (KARU,


1987).

 YOUNG, 1989: mostrou que 660, 820,


870 nm ativam macrófagos e proliferação
de fibroblastos. Enquanto que 880 nm
inibiu.
CICATRIZAÇÃO
CICATRIZAÇÃO
HIPÓTESE DOS TRÊS MECANISMOS
DA AÇÃO DA RADIAÇÃO DE LASER

 Ação fotodinâmica nas membranas,


acompanhada pelo aumento de cálcio
intracelular e pela estimulação celular;

 Fotoreativação da superóxido dismutase


de Cu-Zn;

 Fotodecomposição dos complexos


metálicos do NO (ácido nítrico), com
liberação deste vasodilatador.
Superóxido Dismutase de Cu-Zn
(SOD)

 He-Ne- fotoreativação da SOD, que


acelerou o processo de cicatrização.

 SOD apresenta-se desativada em meio


ácido (feridas e ulcerações). Reativa essa
enzima, vencendo a acidez do meio;

 SOD reduz a concentração do superóxido


radical O2.
AÇÃO FOTODINÂMICA DE
SENSIBILIZADORES ENDOGÊNICOS

 A hematoporfirina é o fotosensibilizador natural


mais fotossensível à luz laser, que favorece:

 ⇒ Entrada de íons Ca++ para dentro das células


(ex: no sangue há aumento da ação de
neutrófilos e monócitos, protegendo o organismo
contra micróbios);

 ⇒ Ativação de processos intracelulares.


FOTODECOMPOSIÇÃO DE COMPLEXOS
METÁLICOS DO NO (ÓXIDO NÍTRICO)

A irradição de laser em complexos nitrosil


do citocromo C da hemoglobina realiza
uma fotodecomposição do complexo,
liberando o NO que é um vasodilatador.
OUTROS EFEITOS
TERAPÊUTICOS

Clínicos e Experimentais

 Consolidação de Fraturas
(TRELLES & MAYAYO,
1981);

 Diminuição de degeneração nervosa pós


traumática
(SCHWARTZ et al., 1987; NISSAN et al. 1986).
DOSIMETRIA
DOSIMETRIA

Comprimento de Onda
 LASER vermelho (visível) recomendado
para condições superficiais, como
feridas, ulceras e algumas condições de
pele;

 LASER infravermelho (invisível) para


estruturas musculoesqueléticas
profundas;
DOSIMETRIA

 Densidade de Energia: quantidade


de energia aplicada no tecido -
J/cm2
DENSIDADE DE ENERGIA

 Efeito analgésico: 3 a 4 J/cm2


 Efeito antiinflamatório: 1 a 3 J/cm2
 Efeito cicatrizante: 3 a 6 J/cm2
 Efeito circulatório: 1 a 3 J/cm2

(VEÇOSO, 1993)
DENSIDADE DE ENERGIA

 Estágios do processo inflamatório:


 Agudo: 1 a 3 J/cm2

 Subagudo: 3 a 4 J/cm2

 Crônico: 5 a 7 J/cm2

(VEÇOSO, 1993)
Dosimetrias Convencional (J/cm2) Sugerida (J/cm2)
Tecido mole 2a4 25 a 45
Tecido ósseo 4,5 a 6 90 a 120
Tecido dental 4 a 5,5 80 a 110
Tecido nervoso 5 a 6,5 100 a 130
Alveolite, edema 5 a 6,5 100 a 130
Xerostomia 2a3 45 a 60
Pericoronarite, 4 a 5,5 80 a 110
ATM
Anestesia 2a3 30 a 50
Glossite benigna 2a3 25 a 45
Herpes simples 5a6 30 a 60
Herpes zoster 5a6 30 a 70
Almeida-Lopes e Massini(2000
TEMPO DE APLICAÇÃO
 Depende:
 Da potencia do equipamento:

 Quanto maior a potencia do equipamento


menor o tempo de aplicação;
 Da área da aplicação:

 Pontual (determinada pelo


equipamento);
 Varredura (determinar o tempo de
aplicação)
LASER PULSADO

Freqüência do Pulsado

 Freqüências baixas para condições


agudas
 Freqüências altas para condições
crônicas
CRITÉRIOS DE DOSAGEM
 Pele escura menos dose que pele clara
(England,1988: 99% é da energia é
absorvida na pele, e pode variar com sua
pigmentação);
 Estado nutricional normal menos dose;
 Regiões do corpo epiderme mais
espessa dose maior
 Estresse dose maior
PROGRESSÃO DO
TRATAMENTO

 Resposta ao tratamento: 5 a 6 aplicações;

 Sem resposta nesse período: aumentar a dose;

 Se não houver resultado em 10 aplicações buscar


outra técnica.
PRINCIPIOS DE
APLICAÇÃO
 Preferencialmente o contato perpendicular
a área aplicada (Lei do Inverso
Quadrado);
 Distância entre os pontos 1 – 2 cm;
 Varredura (0,5 a 1 cm)
 Áreas de dor são tratadas nos pontos de
maior dor - ponto gatilho ou de
acupuntura (ONG, 1986).
INDICAÇÕES

 Lesão musculotendínea;
 Dor miofascial;
 Fraturas (falanges);
 Lesão de nervo periférico;
 Traumas articulares (aplicação na linha
articular/ em toda área dolorosa);
 Artrite reumatóide;
 Artrose;
INDICAÇÕES

 Lúpus eritematoso discóide (melhora


cicatrização, baixas doses);
 Herpes-Zoster;
 Queimaduras 1 º e 2º grau;
 Pós-operatório (incisão cirúrgica);
 Úlceras de decúbito
 Neuralgia de trigêmio e intercostais
CUIDADOS/PRECAUÇÕES E
CONTRA-INDICAÇÕES

 Principal risco: os olhos


 Tecido Neoplásico

 Fontanelas (SEITZ & KLEINKORT, 1986)

 Útero na gravidez

 Contato do Aplicador com áreas “infectadas”;

 Trombose venosa, flebite e doença arterial


(ENGLAND, 1988)
 Uso de medicamento fotosensível

 Hemorragia (BAXTER, 1994)

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