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ULTRA - SOM

Carlos André Gomes Silva


ULTRA – SOM

Oscilações (ondas) mecânicas produzidas


por um transdutor vibratório que se aplica
sobre a pele com fins terapêuticos,
atravessando-a e penetrando no organismo
em diferentes profundidades.
ULTRA – SOM

Apresenta uma elevada freqüência (acima


de 20.000Hz ), saindo do campo de
percepção do ouvido humano.

Audíveis: 20-20.000Hz
ULTRA – SOM

Figura 1 – direção de propagação das ondas ultra-sônicas e


mecanismo de compressão e expansão.
Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática. 2005.
p. 282.
ULTRA –SOM

As ondas US são longitudinais produzidas a


partir da transformação da corrente elétrica
convencional em corrente de alta F sobre
um cristal de Quartzo ( ou Zirconato-
titanato de Chumbo – ZTP), provocando
sua compressão e expansão alternada.
ULTRA –SOM

EFEITO PIEZOELÉTRICO
Corrente elétrica alternada

Cristal Vibração

Ondas Ultra-Sônicas
ULTRA – SOM

 FREQÜÊNCIA
O número de oscilações produzidas
pelo cristal é que determina a
Freqüência.
- 1 MHz – maior profundidade.
- 3 MHz ou 5 MHz – menor
profundidade.
ULTRA –SOM

Figura 2 – profundidade de ação das ondas


ultra-sônicas segundo a freqüência.
Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 287.
ERA ( Área Efetiva de Emissão)
- É menor que a área do cabeçote;
- Expressa em unidade de superfície (cm² );
- Varia de 0,8 a 6 cm².

Figura 3 – Área Efetiva de Emissão (ERA)


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e
Prática. 2005. p. 284.
ULTRA – SOM

 BNR ( Coeficiente de não uniformidade do


feixe )
- A intensidade de emissão geralmente não
é uniforme em toda a superfície;

Figura 4 – Coeficiente de não uniformidade do feixe.


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria
e Prática. 2005. p. 284.
ULTRA – SOM

 BNR

- A BNR deve estar especificada no aparelho;


- - A BNR não deve ser superior a 6
(intensidade de pico 6x o valor ajustado ).
ULTRA – SOM

 PROPRIEDADE ACÚSTICA DO
TECIDO

As ondas US podem penetrar com mais


facilidade em alguns meios que em outros,
pois cada tecido possui densidade diferente.
PROPRIEDADE ACÚSTICA DO
TECIDO
 REFLEXÃO

Produzida quando as ondas US tentam


passar de um meio a outro com diferente
impedância acústica.

Por isso usa-se meio de acoplamento.


PROPRIEDADE ACÚSTICA DO
TECIDO
 REFRAÇÃO (TRANSMISSÃO)

Quando a onda US continua se propagando


a um novo meio.
PROPRIEDADE ACÚSTICA DO
TECIDO
 ABSORÇÃO

Quando a onda US é absorvida pelos


tecidos.

Os tecidos ricos em colágeno são os que


mais absorvem o feixe US.
PROPRIEDADE ACÚSTICA
DO TECIDO

Figura 5 – principais propriedades acústicas do tecido.


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 294.
ULTRA – SOM

 PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO

À medida que o feixe US avança nos


tecidos, vai perdendo sua intensidade. Isto
se deve pela absorção e diversas reflexões.
ULTRA – SOM

Figura 6 – profundidade de penetração de acordo com a


freqüência e intensidade.
Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 293.
ULTRA – SOM

 CAVITAÇÃO

Pressões negativas no tecido podem causar


gases dissolvidos e formar bolhas.

- Trata-se de um efeito destrutivo;


ULTRA – SOM

Figura 7 – mecanismo de cavitação.


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 294.
ULTRA – SOM

Cavitação:
O colapso das bolhas causam lesão celular,
micro-hemorragia, redução do Cálcio
intracelular, aumento da atividade
fibroblástica, aumento da força de tensão do
colágeno;
ULTRA – SOM

Cavitação:

Pode ser causada por excesso de tempo de


aplicação numa mesma região, potência
elevada ou pela formação de ondas
estacionárias.
EFEITOS BIOFÍSICOS DO ULTRA
– SOM
 MECÂNICO

As vibrações sônicas causam compressão e


expansão do tecido, conduzindo a variações
de pressão.

Também chamado de micro-massagem.


EFEITOS BIOFÍSICOS DO ULTRA
– SOM
 TÉRMICO

O calor é adquirido pela absorção de


energia, e é dissipado por condução e pelo
fluxo sangüíneo da área.
Vibração molecular → atrito → CALOR.
EFEITOS BIOLÓGICOS DO
ULTRA – SOM
 Vasodilatação;
 Relaxamento muscular;
 Redução da dor – analgésico
 Melhora permeabilidade da membrana;
 Melhora a capacidade de regeneração dos
tecidos;
EFEITOS BIOLÓGICOS DO
ULTRA – SOM
 Efeito sobre os nervos periféricos;

 Melhora a flexibilidade dos tecidos ricos


em colágeno ( efeito fibrinolítico );

 Promove angiogênese, pela ativação de


células endoteliais.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO
ULTRA – SOM
 CONTATO DIRETO (DESLIZAMENTO):
- Usado em áreas planas que suportem a
pressão do transdutor;
- Pele íntegra;
- Interface ( gel, óleo mineral);
- Velocidade de movimentação do cabeçote:
varia de 2- 4 seg./cm²
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO
ULTRA – SOM

Figura 8 – método de aplicação direto (deslizamento).


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 296.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO
ULTRA – SOM
 CONTATO INDIRETO
(ACOPLAMENTO SUBAQUÁTICO )
- Submergir o cabeçote e o segmento a ser
tratado;
- Ideal para áreas irregulares ou que não
suportem pressão;
- A água deve ter sido fervida;
- Cabeçote a uma distância de 2 cm da pele.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO
ULTRA – SOM

Figura 9 – método de aplicação indireto


(subaquático).
Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia
Teoria e Prática. 2005. p. 299.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO
ULTRA – SOM

Figura 10 – aplicação do Figura 11 – tratamento de úlcera


Ultra-Som sobre úlcera com ultra-som (papel filme entre
(almofada de gel). o transdutor e a ferida).
Fonte: AGNE, J. E. Fonte: AGNE, J. E.
Eletrotermoterapia Teoria Eletrotermoterapia Teoria
e Prática. 2005. p. 297. e Prática. 2005. p. 298.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO ULTRA
– SOM
 CONTATO INDIRETO (ACOPLAMENTO
MISTO- com balão de látex)
- Usado em áreas irregulares ou côncavas, que não
podem ser submersas;
- O balão deve conter água fervida ou soro fisiológico;
- Para vencer a resistência do látex – aumentar a dose
30%
ULTRA – SOM

 MOVIMENTOS DO TRANSDUTOR

- É importante manter o transdutor em


movimento;
Tipos de movimentos

Longitudinal Circular
ULTRA – SOM

 FREQÜÊNCIA X PROFUNDIDADE

- 1Mhz – mais profundo ( 5 – 10 cm de


profundidade );
- 3Mhz – mais superficial ( 1,5- 3 cm de
profundidade ).
ULTRA – SOM

 MODO DE EMISSÃO
- Contínuo - efeito térmico predominante,
mais indicado para fase crônica;
- Pulsátil - efeito mecânico predominante,
mais indicado para fase aguda.
ULTRA – SOM

Figura 12 – modos de emissão do ultra-som.


Fonte: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e Prática.
2005. p. 288.
ULTRA – SOM

 DOSIMETRIA

Para o US contínuo considera-se:

- 0.3W/cm2 – baixa
- 0.3 – 1.2 – média
- 1.2 – 3 - alta
ULTRA – SOM

 DOSIMETRIA

Para US pulsátil deve-se considerar o valor


médio.
ULTRA – SOM

 TEMPO DE APLICAÇÃO

- Está relacionado a área a ser tratada;

- Estipula-se 2 minutos/cm².
ULTRA – SOM

 INDICAÇÕES

- Alívio da dor;
- Reduzir inflamação;
- Reduzir edema;
- Condições traumáticas e reumáticas.
ULTRA – SOM

 CONTRA-INDICAÇÕES

- Cérebro;
- Região pré-cordial;
- Órgãos reprodutores;
- Zonas de crescimento ósseo;
- Tumores;
ULTRA – SOM

 CONTRA-INDICAÇÕES

- Útero grávido;
- Implantes metálicos;
- Osteoporose e diabetes;
- Alterações sensitivas e cognitivas.
REFERÊNCIAS

AGNE, J. E. Eletrotermoterapia Teoria e


Prática. Santa Maria: Orium, 2005. 365p.

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