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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA


ELETROLOGIA
DISCIPLINA: ELETROTERMOTERAPIA Estudo da corrente elétrica como um
agente com variadas funções.
• Agente terapêutico
INTRODUÇÃO A ELETROLOGIA • Agente diagnóstico
E ELETROTERAPIA
• Agente patogênico

Prof. Carlos André Gomes Silva


• Agente produtor de outros
Prof. José Artur de Paiva Veloso
agentes físicos

ELETROESTIMULAÇÃO
ELETROLOGIA

Eletroterapia – emprego da corrente elétrica Efeito motor – dados informativos –


como agente terapêutico. eletrodiagnóstico ou dirigido para uma
conduta terapêutica em patologia com lesão
motora.
Eletrologia – base do entendimento das ações
fisiológicas e terapêuticas desta prática da
Efeito sensitivo – analgesia pela
Fisioterapia. estimulação dos nervos sensitivos.
TERMOS DA TERMOS DA
ELETROESTIMULAÇÃO ELETROESTIMULAÇÃO
Eletroestimulação transcutânea – realizada Estimulação elétrica neuromuscular
através da pele, por meio de eletrodos de (neuromuscular electrical stimulation –
contato – aderidos por cima da pele. NMES) – corrente empregada com fins
excitomotores – contração muscular.
Estimulação elétrica nervosa transcutânea Estimulação elétrica muscular (muscular
(transcutaneous electrical nerve stimulation – electrical stimulation – MES) – ativação
TENS) – estimulação transcutânea de fibras direta das fibras musculares em músculos
nervosas (sensíveis, motoras e autônomas). denervados.

TERMOS DA RESUMO HISTÓRICO DA


ELETROESTIMULAÇÃO ELETROTERAPIA

Em 2750 a. C. descargas de peixe


Estimulação elétrica funcional (functional
foram utilizadas para fins terapêuticos.
electrical stimulation – FES) – substituição
ortésica ou para aprimorar um movimento. Galen ( 130 a . C ) recomendava o
uso de peixe elétrico para analgesia.
Tales de Mileto fez experiências
com o âmbar e o pêlo de animal, vindo
daí o termo eletricidade.
O termo iontoforese teve origem com CONCEITOS BÁSICOS DA
Pivatti em 1745. ELETROTERAPIA

Luigi Galvani foi o primeiro fisiologista a Átomo – constituição da matéria. É


investigar as correntes de excitação nervosa. formado por prótons (carga positiva),
elétrons (carga negativa) e nêutrons (não
Duchene publica a obra “eletrofisiologia tem carga). A partícula fundamental da
dos movimentos”, indicando pela primeira corrente elétrica é o elétron.
vez os pontos motores. Carga elétrica – propriedade existente
entre prótons e elétrons, que possibilita a
Em 1819 surge a aplicação de energia
interação entre eles. Cargas opostas se
eletromagnética com fins terapêuticos. atraem e cargas iguais se repelem.

CONCEITOS BÁSICOS DA
ELETROTERAPIA
Corrente elétrica – fluxo de elétrons entre os
extremos de um condutor, de forma ordenada,
quando submetidos a uma diferença de
potencial.
Diferença de potencial (ddp) – força
eletromotriz que induz os elétrons a se
deslocarem de uma zona com excesso a outra
com déficit. É medida em Volt.
Figura 1 – Mecanismo de atração e repulsão eletrotástica.
Fonte: ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2000, p.19.
CONCEITOS BÁSICOS DA CONCEITOS BÁSICOS DA
ELETROTERAPIA ELETROTERAPIA
Intensidade – é o fluxo de elétrons que Lei de Ohm – estabelece as relações
atravessa um condutor num espaço de tempo. existentes entre os distintos parâmetros
É medida em Ampères (miliamperagem ou elétricos.
microamperagem). V=R.I
Resistência – é a maior ou menor dificuldade V=voltagem (ddp); I=intensidade; R=resistência
ou oposição à passagem de elétrons no “Mantendo-se constante uma determinada
interior do condutor. É medida em Ohms. ddp, quanto maior for a resistência, menor
será a corrente que passa pelo condutor”

CONCEITOS BÁSICOS DA CONCEITOS BÁSICOS DA


ELETROTERAPIA ELETROTERAPIA
Impedância – resistência da pele à passagem
das correntes de baixa freqüência empregadas Potência – conversão da energia elétrica em
na eletroestimulação. Depende de alguns
fatores, como: outras formas de energia. É a velocidade com
que se realiza um trabalho. É medida em
- Superfície dos eletrodos
W/cm².
- Temperatura - suor
- Umidade - gordura
- Espessura da pele - pilosidade (pêlos).
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA TIPOS DE CORRENTES
CORPORAL São três as correntes eletroterapêuticas:
Os tecidos do organismo podem ser divididos Corrente contínua – é aquela que tem
quanto à sua condutividade elétrica em: sempre o mesmo sentido de um pólo para
- Pouco condutores (osso, gordura, pele seca e o outro.
grossa, pêlos, unhas)
- Medianamente condutores (pele úmida, Corrente alternada – quando a
tendões, fáscias grossas, cartilagem) polaridade dos elétrons da fonte muda de
- Bons condutores (sangue, linfa, líquidos intra forma periódica no tempo, e por
e extracelulares, tecidos musculares, vísceras,
tecido nervoso)
conseguinte, o sentido de circulação dos
elétrons.

FORMAS DE PULSO ELÉTRICO


Unidirecionais ou monofásicas;
TIPOS DE CORRENTES
Bidirecionais- simétricas ou assimétricas, equilibradas
ou desiquilibradas.
CONCEITOS
Corrente pulsada – apresenta
interrupções a cada geração de onda. Largura de pulso – é o tempo de duração de cada um
dos pulsos.
Cada onda é sucedida por um intervalo
até a chegada da próxima onda. Período - é o tempo que vai do início de um pulso ao
pulso seguinte;
Intervalo - é o tempo que transcorre entre dois pulsos
ou conjuntos de pulso.
Figura 3 – Tipos de pulso.
Figura 2 – Corrente elétrica alternada, enfatizando a amplitude da
Fonte: ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2000.
corrente.
Fonte: ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2000.

MODULAÇÕES DA CORRENTE

Modulações de amplitude
Modulações de freqüência
Modulações de duração de pulso
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
GERAIS DA ELETROTERAPIA CONTRA-INDICAÇÕES;

INDICAÇÕES • Incapacidade cardíaca;


• Controle da dor aguda e crônica; • Marcapasso;
• Redução do edema, espasmo muscular • Gestação;
e das restrições articulares;
• Neoplasias e infecções;
• Minimização de atrofias por desuso;
• Facilitar cicatrizações de tecido;
• Implantes metálicos;

• Fortalecimento muscular e • Áreas de sensibilidade nervosa;


susbstituição de ortese. • Obesidade severa.

ELETRODOS REFERÊNCIAS
Podem ser de metal, borracha de silicone
impregnadas com carbono, as vezes sendo
necessário o uso de um meio condutor para AGNE, Jones E. Eletrotermoterapia:
diminuir a resistência da pele. teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2005.

Quanto menor o eletrodo ,mais corrente vai REED, Ann;LOW, John. Eletroterapia
passar por ele. explicada: princípios e prática. 3. ed.
Barueri: Manole, 2001.
Os pontos motores necessitam de menos
corrente para produzir contração muscular. ROBINSON, Andrew J.; SNYDER-
MACKLER, Lynn. Eletrofisiologia
A aplicação do eletrodo pode ser : unipolar clínica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
ou bipolar.

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