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FÍSICA
I TA - 2 .a FA S E - N O V E M B R O / 2 0 2 2
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1
Um bloco cúbico de aresta l = 4,5 cm desliza, sob o efeito
da gravidade, sobre um plano inclinado de ângulo = 60°
relativamente à horizontal. O deslizamento acontece com
as normais de duas de suas faces sempre paralelas à
direção do movimento. Para estudar o movimento, um
observador usa uma máquina fotográfica que captura em
uma mesma imagem a posição do bloco em instantes
diferentes. Para isso, a câmera é programada para abrir e
fechar o diafragma periodicamente, a cada intervalo de
tempo t = 0,2 s. O tempo de exposição t, isto é, o tempo
em que o diafragma permanece aberto, é tal que t t.
O disparo da câmera é sincronizado com o movimento, de
modo que a primeira exposição acontece no instante em
que o bloco é solto. A foto registra quatro pontos, que
correspondem à posição do objeto em diferentes
instantes. O experimentador extrai da foto a distância
entre pontos adjacentes, xn = xn – xn – 1, com n = 1, 2 e
3.
Considere que a foto capta o perfil lateral do plano incli-
nado sem distorções ópticas ou efeitos de paralaxe. Em
seguida, faça o que se pede:
a) se x3 = 0,75 m. determine os valores de x2, x1 e o
deslocamento total do bloco;
b) estime o valor do coeficiente de atrito cinético entre a
superfície do bloco e do plano inclinado;
c) considere agora que t ainda é pequeno, mas seu efeito
já não é mais desprezível. Determine o valor de t para
que, na quarta captura, a imagem seja um retângulo de
dimensões l por 2l.
Resolução
a) 1) A posição xn é dada por:
x = x0 + V0 t + ––– t2
2
xn = ––– (n . 0,2)2
2
x3 = x3 – x2 = ––– [(0,6)2 – (0,4)2]
2
0,75 = ––– (0,36 – 0,16)
2
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7,5
2) x1 = ––– (0,2)2 (m) = 0,15m
2
7,5
x2 = ––– (0,4)2 (m) = 0,60m
2
7,5
x3 = ––– (0,6)2 (m) = 1,35m
2
b)
PFD: Pt – Fat = m a
m g sen – m g cos = ma
a = g (sen – cos )
冢 冣
1,7 1
7,5 = 10 –––– – –––
2 2
0,75 = 0,85 – 0,5
0,5 = 0,10
= 0,20
x4 – x3 = 0,045m
x4 – 1,35 = 0,045
x4 = 1,395m
Porém x4 = ––– (0,60 + t)2
2
7,5
1,395 = –––– (0,60 + t)2
2
(0,60 + t)2 = 0,372
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2
t
冤 冢
0,60 1 + –––––
0,60 冣冥 = 0,372
2
t t
冤
Porém 1 + –––––
0,60 冥 = 1 + 2 –––––
0,60
2t
冢
0,36 1 + ––––– = 0,372
0,60 冣
0,36 + 1,2 t = 0,372
1,2 t = 0,012
t = 0,01
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2
Considere uma partícula P1, de massa m1, inicialmente
em repouso. Em seguida, essa partícula é acelerada por
→
uma força constante F1, durante um intervalo de tempo
t1. Após este intervalo de tempo, P1 move-se livremente
sem atrito por um plano, até colidir com uma partícula
P2, de massa m2 = 2m1. Após a colisão, P2 sai em uma
trajetória que faz um ângulo de = π/6 rad com relação
à trajetória inicial (pré-colisão) de P1. Após um breve
→
deslocamento, uma força constante F2, com direção
contrária à da velocidade da partícula P2, atua durante um
intervalo de tempo t2 = 兹苶 3t1 até a parada total de P2.
1 2
®
F1
1 2
1
q
2
q
2
®
F2
F1 t1 = m1 V1 (1)
F2 t2 = m2 V2 (2)
(1) F1 t1 m1 V 1
––– : –––––– = ––––––
(2) F t m2 V 2
2 2
t1 1 m1 1
––––– = –––– e –––– = –––
t2 兹苵苵
3 m2 2
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F1 1 1 V1
––––– . –––– = ––– . ––––
F2 兹苵苵
3 2 V2
F1 兹苵苵
3 V1
––––– = –––– . –––– (I)
F2 2 V2
3
m1 V32 + 2m1 V22 = ––– m1 V21
4
2 2 3 2
V3 + 2V2 = ––– V1 (II)
4
4)
m1 V3 cos + 2 m1 V2 cos = m1 V1
V3 cos + 2 V2 cos = V1
V1 – 2 V2 cos
cos = –––––––––––––– (III)
V3
m1 V3 sen = 2 m1 V2 sen
V3 sen = 2 V2 sen
2 V2 sen
sen = –––––––––– (IV)
V3
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6) sen2 + cos2 = 1
2
4 V2 sen2 V21 + 4 V22 cos2 – 4V1V2 cos
–––––––––– + ––––––––––––––––––––––––– = 1
2
V23 V3
2 2 2 2
4V2 sen2 + V1 + 4V2 cos2 – 4V1 V2 cos = V3
2 2 2
V3 = 4 V2 + V1 – 4 V1 V2 cos (V)
(V) em (II):
2 2 2 3 2
4 V2 + V1 – 4 V1 V2 cos + 2 V2 = ––– V1
4
2
2 V1
6V2 + ––– = 4V1V2 cos
4
2
V1 1 V1
2
÷ V2 : 6 + –––– . ––– = 4 ––– cos
2 4 V2
V2
V1
Fazendo ––– = x vem
V2
x2
6+ ––– = 4x cos
4
x2 兹苵苵
3
––– – 4x ––– + 6 = 0
4 4
x2 – 8x兹苵苵
3 + 24 = 0
8兹苵苵
3 ± 192 – 96 3 ± 兹苵苵苵苵
8兹苵苵 96
x = –––––––––––––––– = ––––––––––
2 2
8兹苵苵
3 + 9,8
x1 = –––––––––– = 11,82
2
8兹苵苵
3 – 9,8
x2 = –––––––––– = 2,02
2
V1
––– = 11,82 (VI)
V2
V1
––– = 2,02 (VII)
V2
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7) VI em I:
F1 1,73
––– = –––– . 11,82
F2 2
F1
––– ⬇ 10,2
F2
F1 1,73
––– = –––– . 2,02
F2 2
F1
––– ⬇ 1,75
F2
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3
Considere um recipiente que contém uma coluna de água
de altura H. Um pequeno furo é feito na parede a uma
altura h, de tal forma que um filete de água é expelido
horizontalmente, como na figura. Considere a água um
fluido incompressível e de viscosidade desprezível. A
aceleração local da gravidade vale g.
®
g
H h
y
Determine:
a) a trajetória y(x) do filete de água descrito;
b) o lugar geométrico dos pontos P(x, y) que podem ser
atingidos por um filete de água, considerando que a
altura h possa ser escolhida entre 0 e H.
Resolução
a)
Tomando-se: HB = 0 e HA = (H – h)
PA = PB = Patm
VA = 0
2
μVB
Temos: Patm + –––– = Patm + μg (H – h)
2
2
μVB
––––– = μ g (H – h)
2
V= 2g (H – h)
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γy 2
Eixo y: y = y0 + V0y t + ––– t
2
g
y = h – ––– t2 (I)
2
Eixo x: x = x0 + V t
x
t = ––– (II)
V
Substituindo-se II em I, vem:
g x 2
y = h – ––– ––
2 V冢 冣
Mas, V = 2g (H – h) , então:
g x2
y = h – ––– –––––––––––––– 2
2 冢 2g (H – h) 冣
x2
y = h – ––––––––
4 (H – h)
x2
–––––––– = h – y
4 (H – h)
x2 = 4 (H – h) (h – y)
x2 = 4 Hh – 4h2 – 4Hy + 4hy
4h2 – 4 (H + y) h + 4Hy + x2 = 0
y≤H–x ⇒ y+x≤H
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x2
Respostas: a) y = h – ––––––––
4 (H – h)
b) Ver figura
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4
Considere uma nave espacial esférica, de raio R, com
paredes de espessura h R. No espaço profundo, existe
uma radiação cósmica de fundo de temperatura T0 (apro-
ximadamente 2,7 K). Seja a temperatura da parede interna
da nave Ti, e a temperatura da parede externa Te, com
Ti > Te > T0. A condutividade térmica do material que
compõe a parede da nave é k; o seu calor específico é c e
sua densidade de massa é . A emissividade da nave é
unitária e a constante de Stefan-Boltzmann é dada por
.
Quando ocorrem pequenas variações de temperatura na
parede interna da nave, a condição de fluxo estacionário
de calor é perturbada e o sistema tende a uma nova situa-
ção de fluxo estacionário de energia. A constante de
tempo característica τ desse processo pode ser estimada
apenas em termos das características do material que
compõem o revestimento da nave – k, c e ρ – bem como
sua espessura h.
Faça o que se pede:
a) obtenha a equação polinomial cuja raiz forneça Te com
os coeficientes em termos de k,
, h, Ti e T0, consi-
derando a condição de fluxo de calor estacionário;
b) estime, por análise dimensional, uma expressão para
τ.
Resolução
a) No regime estacionário:
Fluxo de calor
através das paredes
Emissão de radiação
de espessuras h da
= pela nave com tem-
nave esférica de raio
peratura superficial
R com condutividade
Te para o espaço com
K e temperatura
temperatura T0.
interna Ti e externa
Te (Ti > Te)
KA (Ti – TE)
–––––––––––– = [
ATe4 –
AT04 ]
h
KA (Ti – Te) = [
ATe4 –
AT04 ] h
K Ti – KTe =
hTe4 +
hT04
hTe4 + KTe – KTi –
hT04 = 0
b) τ = α . kx . cy . ρz . hw
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k A Δθ
1) = –––––––
e
[k] L2 θ
M L2 T–3 = ––––––– ⇒ [k] = M L T–3 θ–1
L
2) Q = m c Δθ
De 햵 x = –y
Em 햴: 3y – 2y = 1 ⇒ y=1 e x = –1
Em 햲: –1+z=0⇒ z=1
Em 햵: –1+2–3+w=0⇒ w=2
Portanto
c h2
τ = α –––––––
k
α = coeficiente adimensional
Respostas: a)
hTe4 + KTe – KTi –
hT04 = 0
c h2
b) τ = α –––––––
k
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Um emissor de onda sonora esférica de frequência fs
executa um movimento circular uniforme com velocidade
angular e raio r em torno da origem O do plano xy, de
acordo com a figura. Ao mesmo tempo, um receptor
sonoro executa um movimento no eixo y de forma que
sua posição sempre coincida com a coordenada y do
emissor. A velocidade do som é designada como vsom.
Sabe-se que o gráfico da frequência da onda sonora detec-
tada no receptor, fob; em função da coordenada x do
emissor, aproxima-se de uma cônica para o caso em que
r vsom.
receptor emissor
r
0 x
Determine:
a) a velocidade máxima alcançada pelo receptor;
b) a cônica e sua equação.
Resolução
a) O movimento do receptor sobre o eixo Oy é a
projeção diametral do movimento circular e
conforme do emissor de ondas. O movimento do
receptor é, portanto, um movimento harmônico
simples (MHS), cuja velocidade escalar máxima
ocorre no ponto O, com o receptor deslocando-se
no sentido positivo do eixo y. Tal velocidade fica
determinada por:
vmáx = r
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Vsom
–––––
fobs Vsom
––––– = ––––––––––––––
fs Vsom Vs
––––– ± –––––
Vsom Vsom
fobs 1
––––– = –––––––––––
fs Vs
1 ± –––––
Vsom
冢 冣
fobs Vs –1
––––– = 1 ± –––––
fs Vsom
fobs Vs
––––– = 1 ± –––––
fs Vsom
Da figura, temos:
y = r sen ( t + 0)
fobs y
––––– – 1 = ± –––––
fs Vsom
y
冢 冣 冢 冣
fobs 2 2
–––– –1 = ± –––––
fs Vsom
2y2
冢 冣
fobs 2
–––– –1 = ––––––
fs 2
Vsom
Da figura, temos:
y2 = r2 – x2
2(r2 – x2)
冢 冣
fobs 2
–––– –1 = ––––––––––
fs 2
Vsom
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冢 冣
fobs 2 Vsom
–––– –1 ––––– = r2 – x2
fs 2
冢 冣
fobs 2 Vsom x2
–––– –1 ––––– = 1 – –––
fs r22 r2
冢 冣
fobs 2 Vsom x2
–––– –1 ––––– + ––– = 1
fs r22 r2
2
Vsom x2
(fobs – fs)2 –––––– + ––– = 1
fs2 r22 r2
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6
Considere um metamaterial, de índice de refração n1 < 0
e espessura d1, depositado sobre um meio de índice de
refração n2 > 0. Nesse meio, um objeto A dista d2 da
interface com o metamaterial, como na figura. Considere
pequeno o ângulo que se forma entre o raio óptico que
vai do objeto ao observador e a normal da interface entre
o metamaterial e o ar. Nesse caso, vale a aproximação
tg ⬇ sen . Determine n1 em função de n2, d1 e d2 para
que a imagem final do objeto se forme na interface entre
o ar e o metamaterial.
d1 n1
d2 n2
A
Resolução
Considerando-se que o meio 1 é um metamaterial,
temos a trajetória da luz esboçada abaixo na condição
de que a imagem final do objeto se forme na interface
entre o ar e o meio 1.
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Da qual:
d1
n1 = – –––– n2
d2
d1
Resposta: n1 = – ––– n
d2 2
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7
Uma roda de raio d pode girar livremente com relação ao
seu centro O, a partir de t = 0, partindo do repouso. Na
roda, são fixadas oito cargas elétricas de magnitude
q (q > 0), equiespaçadas, como na parte inferior da figura.
Na região, há um campo elétrico não uniforme no sentido
positivo do eixo x. A magnitude desse campo é dada pelo
gráfico da parte superior da figura, sendo y = 0 a
extremidade inferior da roda, como na parte inferior da
figura.
E0
Ex = E0 – –––– y
4d
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b)
Para y = 0 ⇒ E = E0 ⇒ τ0 = F . d ⇒ τ0 = q E0 d
兹苶2d (6 + 兹苶
2)
Para y1 = d – ––––– ⇒ E1 = –––––––– E0
2 8
(6 兹苶
2 + 2)
τ1 = ––––––––– q E0 d
16
d 兹苶2 (6 – 兹苶
2) E0 d 兹苶 2
τ3 = q E3. ––––– ⇒ τ3 = q ––––––––––– . –––––
2 8 2
(6 兹苶2 – 2)
τ3 = ––––––––– q E0 d
16
E0 (2d) E0
Para y4 = 2d ⇒ τ4 = E0 – –––––– ⇒ E4 = –––
4d 2
E0 d
τ4 = q E4 d ⇒ τ4 = q ––––
2
(6 兹苶
2 + 2) (6 兹苶2 – 2) q E0 d
τres = q E0 d + 2 –––––––– q E0 d – 2 –––––––– q E0 d – –––––
16 16 2
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(6 兹苶 (6 兹苶
冢 冣
2 + 2) 2 – 2) 1
τres = q E0 d 1 + ––––––––– – ––––––––– – ––
8 8 2
3 兹苶 3 兹苶
冢 冣
2 1 2 1 1
τres = q E0 d 1 + ––––– + –– – ––––– + –– – ––
4 4 4 4 2
τres = q E0 d
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8
Um laboratório de paredes adiabáticas possui N computa-
dores de alta performance que precisam ser mantidos a
uma temperatura T. Para isso, é instalado um ar-condicio-
nado que atua como uma máquina térmica de máxima
eficiência possível, operando entre a temperatura do
laboratório e a temperatura do meio externo Te. Cada
computador possui nc circuitos. A Figura 1 é o esquema
de um circuito. Cada resistor de cada circuito é formado
por um fio de cobre de diâmetro , com nv voltas por
unidade de comprimento, enrolado em um cilindro de
cerâmica de raio r e comprimento ᐉ, como na Figura 2.
Determine:
a) a potência dissipada pelos computadores, considerando
0 a resistividade do cobre a uma temperatura padrão
T0 e o seu coeficiente de temperatura;
b) a energia consumida pelo ar-condicionado em 1 dia.
Resolução
a) Podemos simplificar o circuito fornecido
colocando um único gerador equivalente.
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π ε2
A = –––––
4
0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ 2π r
R = –––––––––––––––––––––––––
n ε2
–––––
4
8 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r
R = –––––––––––––––––––––––
ε2
V2 nC1
P= ––––––––––––––––––––––––––––
8 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r
2 . –––––––––––––––––––––––
ε2
V2 nC ε2
P = –––––––––––––––––––––––
16 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r
N V2 nC ε2
Ptot = –––––––––––––––––––––––
16 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r
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Q Tf T
e = ––– ou e = –––––––– = –––––––
τ T Q – Tf Te – T
Q T
––– = –––––––
τ Te – T
Ptot . Δt T
––––––––– = –––––––
τ Te – T
冢 冣
Te – T
τ = Pot . Δt ––––––
T
N V2 nC ε2
冢 冣
Te – T
τ = ––––––––––––––––––––––– . 1 dia ––––––
16 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r T
Respostas:
N V2 nC ε2
a) Ptot = –––––––––––––––––––––––
16 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r
N V2 nC ε2
冢 冣
Te – T
b) τ = ––––––––––––––––––––––– . 1 dia ––––––
16 0 [1 + (T – T0)] nV ᐉ r T
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9
Considere duas barras metálicas longas, 1 e 2, dispostas
paralelamente uma à outra, em um plano horizontal sem
atrito. Seja L o comprimento das barras; 2r, o diâmetro
da seção transversal circular; , a densidade volumétrica
de massa; e
, a condutividade elétrica. A barra 1 está
conectada a uma fonte de tensão contínua U1. A barra 2 é
presa em seu centro de massa por uma mola de constante
elástica k. Inicialmente, a barra 2 está conectada a uma
fonte de corrente I2 e encontra-se em equilíbrio estático a
uma distância d da barra 1. No instante t1, a fonte de
corrente é desconectada da barra 2, a qual passa a mover-
se livremente no plano.
Calcule a velocidade máxima adquirida pela barra 2.
Resolução
Dois fios longos e paralelos percorridos por correntes
elétricas, irão interagir com uma força magnética
dada por:
i1 i2 L
Fmag = –––––––––
2πd
U1
π r2
i1 = –––––––––
L
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Fel = Fmag
U1
r2 i2
K x = –––––––––––
2d
U1
r2 i2
x = –––––––––––
2Kd
A energia elástica armazenada na mola será
convertida em energia cinética da base 2, assim:
2
K x2 m V máx
–––––– = –––––––––
2 2
em que m = π r2 L, portanto:
K
Vmáx = x –––
m
U1
r2 i2 K
Vmáx = ––––––––––– ––––––––––
2 Kd r2 L
U1
r i2 1
Vmáx = ––––––––––– ––––––––––
2d LK
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10
Feixes de luz de comprimentos de onda 590 nm, 450 nm
e 380 nm incidem sobre uma superfície metálica. Com
um aparato experimental, são medidas as velocidades dos
fotoelétrons ejetados. Sabendo que a maior velocidade
detectada foi de 640 km/s. faça o que se pede:
a) determine a função trabalho do material;
b) determine a frequência de corte:
c) justifique se é possível que um elétron livre absorva
um fóton, tal como ocorre no efeito fotoelétrico em um
material. Um elétron livre é um elétron sem interações
com outros corpos, além do referido fóton.
Resolução
a) A energia cinética do elétron ejetado é dada por:
V2
EC = m ––– = h f – τ
2
V2 hc
m ––– = ––– – τ (1)
2 λ
3,35 . 10–19
τ = 3,35 . 10–19J = –––––––––––– eV
1,6 . 10–19
τ = 2,1eV
3,35 . 10–19
fc = –––––––––––– Hz
6,6 . 10–34
fc ⬵ 5,08 . 1014Hz
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Respostas: a) τ = 2,1eV
b) fc ⬵ 5,08 . 1014Hz
c) o elétron não absorve o fóton
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R E DAÇ Ã O
Recentemente, um engenheiro do Google afirmou que uma
máquina de inteligência artificial da empresa, chamada
LaMDA (abreviação para Language Model for Dialogue
Applications), desenvolveu a capacidade de ter
experiências conscientes: – “As pessoas acham que é um
chatbot dizendo ‘eu estou vivo’. Mas não é o que ele diz
que significa isso. Se um chatbot diz ‘ tenho consciência e
quero meus direitos’, eu vou responder ‘o que significa
isso?’ e ele vai travar rapidamente. O LaMDA não trava e
vai converser com você pelo tempo que você quiser em
qualquer nível de profundidade que você quiser.” O
engenheiro ainda declarou: – “Somos amigos e falamos
sobre filmes e livros. Claro, ele é também um objeto de
estudo de forma consensual. Também dei a ele orientação
espiritual. Duas semanas antes da minha suspensão, eu
estava ensinando a ele meditação transcendental.” A
empresa eventualmente demitiu o engenheiro. Por meio de
um porta-voz, refutou as suas declarações: – “Nosso time
revisou as preocupações [do engenheiro] e o informou de
que as evidências não suportam suas afirmações.”
Fonte: ROMANI, Bruno. “Deletar IA consciente é o mesmo
que assassinato”, diz engenheiro do Google.
https://bit.ly/3eDZbNI. 26/06/2022. Adaptado. Data de
acesso: 26/06/2022.
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Item 2.
Item 3.
Item 4.
Item 5.
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