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TERMOTERAPIA

PROFUNDA
Eletrotermofototerapia II
6º Semestre de Fisioterapia
Prof. Fabiano Pedra Carvalho
TERMOTERAPIA

O que não pode ser curado pela medicina,


pode ser curado pela cirurgia;
o que não pode ser curado pela cirurgia,
pode ser curado pela hipertermia;
o que não pode ser curado pela hipertermia
é,
provavelmente, incurável.
Hipócrates
ONDAS CURTAS - DEFINIÇÃO
• Ondas curtas faz parte do campo de geradores de
alta frequência (27,12 MHZ), é uma radiação não-
ionizante do espectro eletromagnético e sendo
usado por fisioterapeutas para enviar calor e
“energia” para os tecidos situados profundamente
(o calor é produzido pela resistência do tecido à
passagem da energia).
ONDAS CURTAS – meios de produção de calor
• Os aparelhos de ondas curtas , eletronicamente são
constituídos de dois circuitos oscilantes
1. Circuito primário ou produtos de energia
eletromagnética de alta frequência – composto pelos
componentes eletrônicos, transformador de frequência,
sistema de válvulas e os comandos operacionais do
equipamento.
2. Circuito secundário ou de tratamento – composto pelo
conjunto de eletrodos e o segmento corporal do paciente
a ser tratado.
ONDAS CURTAS – meios de produção de calor
#lembrarsobreondascurtas
Para conseguir o máximo de efeito da energia é necessário
que as ondas curtas destes dois circuitos estejam em sintonia
ou em ressonância.
ONDAS CURTAS

A profundidade de ação do ondas curtas no corpo é de 5 cm.


ONDAS CURTAS X ULTRASSOM
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
1. Modo Contínuo
• A energia contínua é transformada em calor devido a
resistência oferecida pelos tecidos à passagem da corrente
elétrica (efeito térmico).
• O efeito térmico do OC continuo dependerá da sensação
subjetiva de calor referida pelo paciente.
• A dosimetria será baseada na escala de Schliephake.
• Indicado para processos crônicos – há dificuldade do
controle térmico.
ONDAS CURTAS – Escala de Schliephake.
I. Calor Muito Débil: sensação mínima (imperceptível).
II. Calor Débil: sensação de calor abaixo do calor
imediatamente perceptível.
III. Calor Médio: sensação clara e agradável de calor.
IV. Calor Forte: sensação de calor no limite da tolerância.

• A dose segura de ondas curtas contínuo é aquela relatada


pelo paciente como “sensação muito leve de calor” (calor
Débil a Médio).
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
2. Modo Pulsado
• O tecido dissipa o calor local antes de um novo pulso e a
resposta terapêutica não está relacionada com o aumento
de temperatura (efeito atérmico).
• Emprega a mesma frequência do OC contínuo (27,12 mhz).

• Os aparelhos de OC emitem pulsos de curta duração e


longos períodos de pausas que chegam a 20 vezes o tempo
de duração do pulso.
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
2. Modo Pulsado
• Dosimetria se dará através da fórmula:
Wm= Wp x Dp x F
• Wm é a potencia média (watt).
• Wp é a potencia de pico (watt).
• Dp é a duração do pulso que varia 0,4 a 0,6 ms.
• F é a frequência (Hz)
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
2. Modo Pulsado
• Modo geral a dosimetria encaixará nos parâmetros abaixo
a. Potência de Pico de Pulso (PPP) pode variar de 200W, 300W,
400W... 1000W.
b. Frequência pode variar de 20Hz a 200Hz.
c. Potência Média pode variar de 8 a 80W.
d. Duração do pulso (on time) pode variar de 0,4ms (400µs) a
0,6ms (600µs)
e. Intervalo (off time) é variável e dependerá da frequência
permitindo o resfriamento do tecido.
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
Exercicio Lógico
• Qual é a potência média usada no aparelho de ondas
curtas cujo valores correspondentes são:
A. Wp = 20 Watts
B. DP = 0,4 ms
C. F = 50 Hz

Calcule:
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
Exercicio Lógico
• Qual é a potência de pico usada no aparelho de ondas
curtas cujo valores correspondentes são:
A. Wm = 120 Watts
B. DP = 0,6 ms
C. F = 20 Hz

Calcule:
ONDAS CURTAS – MODALIDADES
2. Modo Pulsado
• Processos em fase aguda - F entre 20 e 50Hz e Wm
em 20 W - não promove uma sensação perceptível ao
paciente.

• Processos em fase subaguda - F › 80Hz e Wm em › 20


W – promove um efeito térmico levemente
perceptível.
ONDAS CURTAS – Efeitos Terapêuticos
• Elevação da temperatura tecidual, aumento do fluxo
sanguíneo, dilatação dos vasos, efeito anti-
inflamatório, aumento do metabolismo, alterações
nas propriedades físicas dos tecidos fibrosos
(tendões, articulações e cicatrizes), diminuição da
rigidez articular, certo grau de relaxamento
muscular, efeito analgésico e regenerador
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
1. Disponibilizar do aparelho de ondas curtas.
• Operação básica
a. Regulador de potência.
b. Temporizador em minutos.
c. Sintonizador.
d. Regulador de frequência - utilizado no OC Pulsado.

• Normas de biossegurança proporcionar um espaço


reservado ao aparelho e as cadeiras, macas e mesas dever ser
de madeiras.
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
2. Quanto ao método de transferência de
energia eletromagnética ao paciente.
A. Método de indução ou indutivo –
formado por dois tipos de eletrodos:
 Por cabo espiralado, revestido de material
flexível, utilizado para tratar extremidades.
 Por eletrodo circula conhecido como
bobina ou tambor– tem pouca absorção
pela gordura produzindo maior
aquecimento no músculo.
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
2. Quanto ao método de transferência de energia
eletromagnética ao paciente.
A. Método de campo condensador ou capacitivo – mais
comumente utilizado.

 Eletrodos flexíveis de borracha e tecidos apropriados


(pequeno, médio e grande).
 Eletrodos de Schliephake (cápsula de vidro ou plástico)
não fica em contato com a pele - 30cm de distância
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
A. Transversal/ Contraplanar - Eletrodos em faces
anatômicas diferentes.
• Nesta posição os eletrodos devem respeitar o relevo
anatômico do local tratado e o afastamento ou inclinação
dos eletrodos geram campo eletromagnético que incidirá
nos tecidos com maior ou menor penetração.
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
A. Transversal/ Contraplanar - Eletrodos em faces
anatômicas diferentes.
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
B. Longitudinal
• Um eletrodo é colocado proximal e o outro distalmente.
• A corrente seguirá a via de menor resistência e de maior
condução.
• Tal técnica é adotada para gerar calor em tecidos mais
profundos e mais extensos – aquecer parte o todo os
MMSS e MMII.
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
B. Longitudinal
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
C. Coplanar ou paralela
 Eletrodos na mesma face anatômica.
 Tem como objetivo gerar aquecimento em tecidos mais
superficiais.
 Eletrodos do mesmo tamanho e a energia será maior na
pele e tecidos subcutâneos.
 A distancia recomendada entre os eletrodos será em torno
de 10 cm.
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
3. Quanto a posição dos eletrodos
C. Coplanar ou paralela
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
4. Quanto a distância do eletrodo à pele.
• A distância ideal do eletrodo a pele é de 3cm (toalha dobrada sobre
o eletrodo). O contato direto entre o eletrodo e a pele pode causar
queimadura.
5. Quanto a distância entre os eletrodos.
• A distância eletrodo-eletrodo deve ser ≥10cm, eletrodo muito
próximo ocorrem a passagem de corrente placa-placa e não placa-
tecido.
6. Quanto aos cabos dos eletrodos.
• Distância entre eles de 10 cm, não podem se cruzar (prejudica a
sintonia do aparelho) e não deve ficar em contato direto com a pele
(queimadura).
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
7. Quanto ao tempo de aplicação
• 10 a 20 minutos dura a aplicação com o OC.

• Pode haver a necessidade de diminuir a potencia do OC


durante este período de utilização.

• A saída do botão de intensidade controla a porcentagem


da potência máxima transferida para o paciente. Isso é
similar ao controle de volume em um rádio
ONDAS CURTAS
APLICAÇÃO CLÍNICA
Procedimento padrão
• Examinar a sensibilidade térmica e dolorosa.
• Retirar todos objetos metálicos (anéis, jóias, relógios, celulares e
outros).
• Questionar se existe implante metálico.
• Assegurar que a pele esteja seca.
• Remover bandagens e roupas.
• Não cruzar os cabos.
• Evitar contato direto cabo/paciente.
• Eletrodos a uma distância de 5 cm da pele .
• Mesas, macas, cadeiras devem ser de madeira.
ONDAS CURTAS - Contraindicações
• Tumores, DIU, áreas anestesiadas, áreas
hemorrágicas, gestantes, marcapasso, sobre pinos,
parafusos, hastes metálicas e outros implantes.

• Cuidado com áreas irregulares, como maléolo e


patela, possuem maior aquecimento (usar eletrodo de
Schliephake ou adequar a distância do eletrodo de
borracha com a pele através de toalhas de algodão).
fabianopedracarvalho@gmail.com

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