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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR.

JORGE AUGUSTO CORREIA


Direção de Serviços da Região do Algarve
ES/3EB Dr. Jorge Augusto Correia; EB 2,3 D. Paio Peres Correia; EB1 nº2 Tavira;
EB1/JI Conceição; EB1 Cabanas

Curso de Educação e Formação de Adultos – EFA C (50h)/2014-2015


CLC 4 - Comunicação nas Organizações / Formadora: Lígia Cerqueira
Tema: Usos e Gestão do Tempo
Formanda: Olga Ilyina nº21
Data: 13/02/2015
RA 4: Contexto macro-estrutural.
Competências: Identificar os impactos de evoluções técnicas na gestão do tempo, reconhecendo ainda os seus efeitos
nos modos de processar e transmitir informação.

1.
Segundo Larry Daossey, no seu livro “Space; Time, and Medicine”, a “febre da pressa”
que consiste numa sensação fortemente perturbadora de “andar sempre a correr” é um
fenómeno que atinge grande parte da população nos Estados Unidos. As pessoas “correm” em
todos os sentidos, sem qualquer ideia rigorosa do rumo que devem seguir. A velocidade,
torna-se, o factor decisivo das suas vidas. As pessoas perdem o seu ritmo pessoal próprio (o
biorritmo definido pelo estado físico mental e emocional, o que é determinante para uma vida
saudável). Algumas das doenças provenientes da tão conhecida: ‘’febre da pressa’’, são por
exemplo: ataques de pânico, tensão nervosa, doenças cardíacas e úlceras. Isto tudo devido às
pessoas andarem à pressa e stressadas no seu dia-a-dia.
2.
O descanso e o prazer na vida são fundamentais no nosso dia-a-dia. Existem estudos
sobre a saúde e a longevidade que demonstram que as pessoas que mantêm diariamente o
equilíbrio entre o trabalho e o prazer, não só vivem mais tempo, como têm também uma vida
mais feliz e produtiva em todos os aspetos. É desejável equilibrar a “velocidade e eficiência”
com atividades diárias que nos proporcionem prazer do ponto de vista emocional. Devemos
definir objetivos com rigor e razoabilidade. Também, podemos organizar o tempo de modo a
realizarmos coisas de que gostamos, por exemplo: contribuir para uma empresa amiga do
ambiente, confraternizar com os amigos, etc. Devemos, além disso, respeitar as nossas
capacidades e necessidades singulares, porque somos únicos. Estas pequenas mudanças na
nossa vida, possibilitam-nos bem-estar, além de beneficiarmos de mais energia para
concretizar as tarefas diárias. Ou seja, a nossa vida não pode ser só trabalho/casa e, vice-versa,
também é importante abstrair-nos do nosso stresse do trabalho diário para apreciarmos as
coisas boas da vida.
3.
Segundo Peseschkian, devemos gerir o tempo de forma holística, isto é, devemos
organizar o tempo de forma harmoniosa, considerando integralmente vários aspectos da vida,
a saber: Trabalho; Saúde; Família e amigos e Objetivos de vida.
Paseschkian sublinha a necessidade de dedicarmos o nosso tempo e atenção
repartidos de forma equitativa a cada uma das quatro áreas acima referidas, sob pena de
sofrermos doenças psicossomáticas, físicas e mentais, bem como conflitos com a família,
amigos, etc.
No que respeita ao trabalho, apesar de nos sentirmos responsáveis pelas tarefas que
nos são atribuídas e desejarmos evoluir na nossa carreira, não devemos dedicar-lhe a maioria
do nosso tempo, que em geral é estimado entre 50% a 70%. Naturalmente que esta

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. JORGE AUGUSTO CORREIA
Direção de Serviços da Região do Algarve
ES/3EB Dr. Jorge Augusto Correia; EB 2,3 D. Paio Peres Correia; EB1 nº2 Tavira;
EB1/JI Conceição; EB1 Cabanas

percentagem excessiva atribuída à profissão pela maioria das pessoas, conduz a graves deficits
nas outras áreas. Estas pessoas levam para casa projetos por concluir, problemas relativos ao
trabalho por indefinição de prioridades e métodos de trabalho ineficazes.
A saúde, muitas vezes é esquecida, dando-lhe o valor devido apenas quando estamos
doentes. Apesar disso, já muitas pessoas dedicam uma quantidade de tempo à manutenção da
sua forma física ou recuperação da saúde.
A família e os amigos constituem uma outra grande área à qual devemos dedicar
tempo. O problema advém de levarmos “o trabalho para casa”. De facto, deveríamos dedicar
mais do nosso tempo às relações sociais. Assim o risco do isolamento social está cada vez mais
em foco nos meios de comunicação social.
Finalmente, surge a 4ª grande área à qual devemos dedicar parte do nosso tempo:
objetivos de vida. Na verdade, a sociedade a que pertencemos criou muito pouco espaço para
analisarmos os valores que conferem sentido à vida. Em consequência, há já quem esteja a
alargar o período de tempo dedicado a lidar com as questões do propósito de vida e do futuro.
Desta forma, assiste-se a uma mudança de valores. Hoje em dia, para muita gente, é mais
importante ter uma vida com significado e dispor de tempo suficiente para si e para a sua
família. Em lugar de colocar em destaque uma única área da vida. Estas pessoas procuram
atingir um equilíbrio harmónico entre as quatro áreas. Neste sentido, a gestão do tempo numa
perspectiva holística ajuda a utilizar melhor o tempo, consagrando equilíbrio à vida.

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