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Testemunhos sobre o stress

Ao longo deste trabalho foi abordado o tema stress nos estudantes universitários, e
fomos falando de stress e burnout como definição, história e etc…
Então para tornar essa ideia mais convicta e para fazer com que o nosso tema seja mesmo
comprovado decidimos, em grupo procurar alguns testemunhos de alguns profissionais na área
de saúde, e de uma estudante universitária formada recentemente em psicologia:

 Filipa- estudante da Universidade do Minho

“Atualmente deparamo-nos com uma sociedade que dá cada vez ênfase na saúde mental.
Quando falamos de estudantes universitários o stress aparece muitas vezes relacionado a estes
jovens. Além de todos os desafios associados à entrada na universidade, estes jovens deparam-
se ainda com a entrada na fase de jovens adultos onde surgem diversas situações de constante
desafio, que poderão estar associadas a níveis de stress, ansiedade e depressão mais elevados.
Estudos realizados em vários países incluindo Portugal, mostraram um aumento do stress nos
últimos anos entre os estudantes, sendo este nível de mal-estar psicológico associado a vários
motivos tais como: acontecimentos de vida traumáticos, perturbações mentais, tristeza,
problemas interpessoais, problemas académicos e de orientação vocacional, o “pensar” sobre o
futuro e a indefinição do projeto de vida, entre outros, são alguns fatores de risco que geram
nestes estudantes grandes níveis de stress.
Este stress está muito relacionado com um desequilíbrio entre as exigências com as quais o
estudante se depara e os recursos que este possui para lidar com essas exigências. Uma
estratégia fulcral para ajudar estes estudantes a gerir os níveis de stress passa pela procura ativa
de estratégias de coping adaptativas, como por exemplo, a realização de exercício físico,
exercícios de relaxamento como mindfulness, ouvir música, ler um livro, entre outros, de
maneira que estas estratégias ajudem na resolução do problema, como também, na diminuição
do stress.”

 Dr. Sá Nogueira -Médico de medicina geral e familiar

“Quando falamos de Stress estamos habitualmente a referir o tipo de ansiedade percecionada


como desagradável ou mal tolerada.
As sociedades modernas vivem muito em função do tempo, de prazos de tarefas que têm de ser
cumpridas e muitos dos seus membros referem uma incapacidade de lidar com os prazos que
eles próprios estabeleceram para si e para todos.
Manda o relógio, o prazo final, o resultado da tarefa, a ditadura da eficácia. Frequentemente nas
consultas médicas nos Centros de Saúde ou até nas urgências hospitalares aparecem cidadão a
referir incapacidade de dormir, de se concentrar, de cumprir as suas tarefas, de viver de acordo
com as regras que são impostas.
O recurso a ansiolíticos é frequente numa escalada que nem sempre termina bem para a saúde
dos próprios.
A correcta avaliação da ansiedade (que não é uma doençam) e a mudança de estilos de vida com
uma gestão de expectativas correta e terapêuticas comportamentais que evitem consumos
crescentes de ansiolíticos e de uma espiral de medicação são conselhos úteis.”

 Dr. Joana lima Ramos -Psicóloga

“A universidade é um contexto cheio de desafios e oportunidades, sendo essencial que os


estudantes sejam capazes de manter o equilíbrio entre as suas motivações e interesses pessoais e
as exigências do novo contexto que frequentam.
É uma fase de transição, o início de um longo caminho e convergir todas as suas expectativas e
projetos profissionais futuros da frequência e conclusão de um curso superior, motivo pelo qual
é normal que os níveis de stress e a ansiedade aumentem.
Para alguns estudantes o ingresso no ensino superior é percecionado como uma oportunidade
para promoverem as suas competências de desenvolvimento pessoal, para outros refletem
elevados níveis de ansiedade e competitividade, que favorece o aparecimento de situações que
provocam stress.
A universidade é um contexto novo e com situações de maior exigência, responsabilidade e
autonomia, sendo expectável que os novos estudantes não tenham à partida um reportório de
respostas adequadas para lidar com as fontes de stress. E são inúmeras as fontes de stress que o
estudante pode ter associadas ao ambiente universitário e à sua nova fase de vida, por exemplo:
ansiedade na época de exames/avaliações ou na apresentação de trabalhos; Ansiedade social
motivada pelo conhecimento de um novo grupo de pares e sentimento de pertença; Saída da
casa dos pais ou mudança de cidade; Medo de falhar; Pressão em tomar uma decisão de carreira
para a vida.
Todos os estudantes lidam com o stress de forma diferente e, por isso a manifestação dos
sintomas também são diferentes. Os sintomas podem ser alterações a nível psicológico,
comportamental e fisiológico.
As estratégias que cada um pode usar para reduzir e gerir o stress são diversas. De um modo
geral: definir objetivos reais e concretizáveis; hierarquizar prioridades; construir relações
interpessoais baseadas na empatia e entreajuda; ser tolerante com o próprio e reconhecer as suas
competências; praticar exercício físico e hábitos de vida saudáveis.
Muitos estudantes não conseguem controlar os seus sintomas de stress de forma autónoma. Por
isso, quando se sentem angustiados ou perturbados, é importante que procurem ajuda de um
profissional. “

Tal como era de esperar estes testemunhos comprovaram o tema escolhido por nós, e
mostraram o quanto é frequente o stress e a ansiedade por parte dos estudantes.
A vida não é fácil nem para os estudantes nem para ninguém, mas o objetivo do nosso trabalho
com ajuda destes membros da área de saúde é tornar esta ideia mais natural e mostrar que é um
assunto que se tem que aprender a gerir e que se pode tornar menor com o trabalho.
E para além de tudo temos que tirar a ideia de ter vergonha de pedir ajuda!

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