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Socorro!
Autores
Dr Marco Fabio Coghi
Priscila Fernandes Coghi
Olá!
Se você está lendo este material, provavelmente já se deparou com a seguinte situação, estudar e
estudar um determinado assunto e quando vai fazer a prova ou vestibular simplesmente...
Quando passamos por situações desafiadoras no nosso dia a dia, começamos a liberar vários hormônios
no sangue. A adrenalina é um deles. A adrenalina é responsável por manter nosso corpo e mente em
alerta. É um estado fisiológico classificado como “stress agudo”.
Simplificando, é aquele momento exato em que sentimos uma irritação crescendo, aquela vontade de
largar o carro no meio de uma avenida com o trânsito parado e ir embora a pé, é quando perdemos a
paciência numa fila e desistimos, ou mesmo quando decidimos que é melhor passar num cruzamento
com o semáforo vermelho, com muita cautela, de madrugada, do que ficarmos parados esperando o
semáforo abrir correndo o risco de sermos abordados e termos nossas vidas ameaçadas.
Sim, a adrenalina pode te salvar de situações de perigo, pois ela prepara nosso corpo e nossa mente
para lutar ou fugir e nos deixa muito atentos a tudo que está acontecendo ao nosso redor. Nossas
pupilas dilatam para que possamos enxergar melhor, nossa pressão arterial sobe para que possamos
nutrir melhor nosso organismo com o fluxo sanguíneo e oxigênio, aumenta o nível de açúcar no sangue
para que possamos nutrir os músculos caso tenha que correr ou lutar. Portanto, é necessário que o
organismo libere uma certa quantidade de adrenalina, muitas vezes não prejudicial.
Só existe um pequeno problema, em excesso, a adrenalina pode inflamar nossos vasos sanguíneos.
Se o stress agudo continua por períodos mais longos, torna-se o chamado de “stress crônico”.
A quantidade de adrenalina no nosso organismo permanece alta, não voltando aos limites “normais”.
Nosso organismo percebe a inflamação e libera também um outro hormônio, o cortisol. Você já deve ter
ouvido falar dele. Em doses pequenas, ele é necessário e benéfico por ser um anti-inflamatório poderoso
e tem por principal função reduzir o nível de adrenalina no nosso organismo.
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Um dia nesse estado não tem problema. O problema aparece quando passamos dias e meses com esse
excesso de cortisol no organismo. Pior, depois de alguns dias nesse estado alterado, nosso cérebro
passa a interpretar que o estado de ter muito cortisol no sangue é normal e passamos a não perceber o
nível de tensão que nos encontramos. Pois é, você se acostuma a viver em estado de alerta e acha que
ele é natural, nem percebe que está em alerta. Pode até pensar que tem uma boa qualidade de vida e só
perceber que tem algo errado quando os exames laboratoriais começam a mostrar alterações, como
colesterol, glicemia e pressão arterial elevados ou até mesmo quando parar no pronto socorro com uma
arritmia cardíaca.
Agora, pare para pensar, quais são os fatores que podem estar fazendo o nível do cortisol no seu
organismo subir?
Os fatores mais comuns são: provas, sensação de insegurança (quem vive nas cidades grandes entende
muito bem esse conceito devido ao grande número de assaltos), situações ameaçadoras (trânsito,
perigo), desafios no trabalho, metas a serem cumpridas, contas para pagar, cuidar dos filhos e da casa,
estudar e ter bom rendimento escolar, relacionamento interpessoal casamento, divórcio, nascimento ou
morte de um ente querido, aposentadoria, situações novas (mesmo as agradáveis geram insegurança).
O assunto é tão grave que diversos estudos estão sendo realizados ao redor do mundo na tentativa de
minimizar os efeitos da ansiedade e do estresse nos estudantes, confira só!
Resumo
Escreve o autor que o estresse, considerado o “Mal do Século 21” pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), é um importante problema de saúde e socioeconômico global.
O estresse atinge todas as faixas etárias desde o nascimento até a morte: ele é considerado uma doença
psicossomática, onde os fatores emocionais interferem diretamente no estado
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psicológico e físico. Na atualidade, o estresse é devido ao tipo da sociedade que o ser humano
desenvolveu, uma sociedade altamente competitiva e individualista, na qual ele mesmo não consegue
mais se adaptar e suportar.
O estresse pode surgir quando o indivíduo não consegue mais suprir suas demandas primárias, como as
fisiológicas e de segurança, ou secundárias, como as sociais, de autoestima e de autorrealização.
Estresse é um termo emprestado da física, que significa tensão, resistência. Na década de 1930, o
médico canadense Hans Selye desenvolveu os primeiros estudos sobre o estresse na área da saúde.
Selye definiu a reação do nosso corpo ao estresse como sendo uma “síndrome geral de adaptação na
qual o organismo visa readquirir a homeostase perdida diante de certos estímulos” (Malagris e Fiorito,
2006). Em 1974, Selye redefiniu o termo estresse como “uma resposta não específica do corpo a qualquer
exigência” (Lipp e Malagris, 1995).
Em geral, os eventos não são em si estressantes. O que vai determinar essa condição é o modo como
eles são interpretados (Malagris e Fiorito, 2006).
Segundo a International Stress Management Association (ISMA), o Brasil é o segundo país mais
estressado do mundo. E, no Brasil, o estresse e a educação andam lado a lado. O jovem brasileiro é
solicitado a escolher sua profissão, por vezes de forma precoce e sem apoio adequado dos pais e
mestres, e competir por vagas em universidades públicas estaduais e federais, sendo exigido a prestar
exames seletivos, o vestibular.
A competição torna-se acirrada, levando o jovem a um estado de alta ansiedade e de estresse, por vezes
de exaustão, prejudicando o seu desempenho nos estudos, nos exames e comprometendo a sua saúde
física e mental. Muitas vezes, o aluno fica traumatizado pelo evento, ocasionando prejuízo à sua vida
profissional.
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O estresse está presente em todas as profissões, sendo os estudantes e os professores um dos públicos
mais afligidos.
Para o adolescente na faixa etária entre 14 e 18 anos, os principais agentes estressores estão
relacionados à aceitação de suas ações pelo grupo a que pertence, a busca pela sua identidade
profissional, a preparação adequada para os exames vestibulares, a maior cobrança por disciplina
escolar.
C onclusã o
Development, Volume 53, Número 5, Setembro/Outubro 2012, pp. 742-749 (Artigo) pela The Johns
Hopkins University Press
Resumo
Introduçã o
O b jetivo
Este estudo investigou o impacto do uso do biofeedback cardíaco e de breve aconselhamento para
tratar o estresse e a ansiedade numa população etnicamente diversificada de estudantes universitários.
Métodos
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Os 30 participantes (20 mulheres e 10 homens, com idade entre 18 e 42 anos, média = 24,43,
DP = 5,78) foram recrutados de uma grande universidade pública do oeste dos Estados Unidos, e eram
de um centro universitário de aconselhamento. Dentre os participantes, os grupos étnicos eram afro-
americanos (3%), americanos de origem asiática (13%), latinos (47%) e caucasianos (37%).
Resulta dos
C onclusões
Os autores concluem que os resultados deste estudo mostraram que o grupo que recebeu treinamento
no uso do biofeedback cardíaco, juntamente com o aconselhamento, relatou diminuição
significativamente maior dos sintomas da ansiedade que o grupo controle.
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Embora ambos os grupos tenham apresentado uma queda, de moderada para leve, na interpretação da
escala BAI (Beck & Steer, 1990), o grupo tratado com o biofeedback cardíaco teve uma diminuição
significativamente maior dos sintomas de ansiedade, tanto estatística como clinicamente.
Este artigo de Ratanasiripong P. e col. foi publicado em D.ISRN Nursing, 2012, Article ID 827972. doi:
10.5402/2012/827972, e o texto integral desta publicação pode ser acessado aqui.
Resumo
O b jetivo
Os autores escrevem que tem sido bem documentado que estudantes de enfermagem em todo o
mundo apresentam sinais de estresse e de ansiedade durante a sua educação e o seu treinamento. O
propósito deste estudo randomizado e controlado é investigar o impacto de um programa de intervenção
pelo biofeedback cardíaco nos níveis de estresse e de ansiedade de estudantes de enfermagem, durante
o seu primeiro treinamento clínico.
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Métodos
Os participantes consistiram de 60 estudantes de bacharelato de enfermagem de segundo ano. Os 30
participantes do grupo do biofeedback cardíaco receberam treinamento sobre como usar o dispositivo
para ajudar a controlar o estresse e a ansiedade durante 5 semanas, enquanto que os 30 participantes
do grupo controle não receberam qualquer treinamento.
Resulta dos
Além disso, o grupo do biofeedback cardíaco teve uma redução significativa dos níveis de ansiedade,
enquanto que o grupo controle teve um aumento moderado da ansiedade.
C onclusões
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Os sinais físicos de estresse e da ansiedade podem ser observados: sudorese excessiva, dor ou frio no
estômago, boca seca, extremidades frias, aumento da frequência cardíaca, respiração rápida e ofegante,
tremores, hipertensão arterial, diarreia; já na mente, são observados sintomas como insegurança, insônia,
angústia, desesperança, medos e pânico, dentre outros.
O estresse agudo deixa a pessoa em imediato estado de atenção e alerta, aumentando o consumo de
energia; isto se dá pela ativação instantânea do ramo simpático do SNA e da glândula suprarrenal, onde
ocorre liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina. Isto coloca o indivíduo em situação de “fuga
ou luta”.
O estresse crônico, mais lento e duradouro, ocorre pela ativação do eixo HHS (hipotálamo – hipófise –
suprarrenal), que libera consideráveis quantidades de cortisol na corrente sanguínea.
Praticamente, a ansiedade é consequência da mesma fisiologia que o estresse, podendo evoluir por meio
de estados mentais negativos, como lembranças e pensamentos, que podem ser reais ou imaginários, e
podem também ser reforçados pelos sistemas de crenças individuais ou coletivas. O Distúrbio de
Estresse Pós-traumático (DEPT), a Síndrome do Pânico e as fobias são alguns dos aspectos decorrentes
de estados de elevada ansiedade.
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Os prejuízos causados pelo estresse e pela ansiedade são bem conhecidos; eles vão desde a perda de
produtividade e dos acidentes, até a elevação de custos de saúde e absenteísmo no trabalho.
Para recuperar o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, pode-se realizar o treinamento de biofeedback
cardiovascular, também conhecido como biofeedback cardíaco, deixando o
A pessoa se conecta a sensores cardíacos não invasivos para monitorar em tempo real a sua frequência
cardíaca e ajustar as atividades simpática e parassimpática através de exercícios mostrados na tela do
computador. Desta forma, ele reequilibra o funcionamento do SNA e fortalece o funcionamento cardíaco,
pela atividade mais compensada do sistema barorreflexo.
Você sabe que no Brasil já existe uma ferramenta de biofeedback cardíaco (HRV) disponível?
Quando ficamos ansiosos, tensos, tristes, preocupados, estressados, deprimidos, ativa muito nosso
sistema cerebral das emoções (sistema límbico), altera nosso padrão cerebral, fazendo com que esse
novo padrão seja interpretado como “natural” e passamos a reconhecer esses estados emocionais
desequilibrados como “normal”. Com isso acabamos liberando muito cortisol. Assim, nosso cérebro está
sempre em estado de alerta, não nos deixando descansar direito e muitas vezes um evento pequeno
acaba tomando uma proporção muito grande, a famosa “gota d´água”.
Com o uso do cardioEmotion®, reduzimos a quantidade de cortisol no sangue e o nosso sistema límbico
também entra em equilíbrio, reduzindo ansiedade, estresse, tensões, preocupações, depressão, insônia.
Também é interessante saber que o cardioEmotion® ensina a respiração correta e aumenta o nível de
oxigênio no sangue, até mesmo em pacientes que estão internados no hospital. É um excelente recurso
dentro da fisioterapia respiratória.
Agora já sabemos que o cardioEmotion® proporciona maior equilíbrio emocional, porque além de reduzir
o cortisol, alimenta o cérebro com mais oxigênio, assim passamos a tomar decisões com clareza mental,
usando nosso melhor discernimento, ajudando a controlar também a hiperatividade.
Mas, o cardioEmotion® não é apenas um aparelho para ensinar a respirar, é um programa no qual você
precisa prestar atenção para ter bons resultados: você treina sua concentração. Sim, concentração é
treino! Nós aprendemos a nos concentrar. Esse é um dos motivos pelo qual o cardioEmotion® é muito
bem aplicado para crianças e adultos com déficit de atenção e dificuldades para estudar. E como você
passa a dormir melhor com o cardioEmotion®, exatamente porque seu cérebro está mais equilibrado,
você memoriza melhor as matérias que aprendeu na escola, faculdade ou os novos desafios no trabalho,
pois é durante o sono que nossa memória se consolida.
Espero que você tenha percebido que apesar dessa rotina louca que nossa sociedade nos impõe hoje
em dia, é possível recuperar a qualidade de vida e manter sua saúde emocional!
Qualquer dúvida que você tenha, pode entrar em contato conosco pelo email priscila@nptronics.com.br
Um abraço!
Sobre os autores
CRP: 86946
Formada em psicologia há 12 anos realiza:
avaliações psicológicas;
avaliações neuropsicológicas;
psicoterapia de adolescentes,
adultos e idosos;
ludoterapia (terapia infantil);
orientação de pais;
acompanhamento gestacional;
doulagem;
educação perinatal.